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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Padre Bartolomeo Tiecher

Padre Bartolomeo Tiecher




O padre Bartolomeo Tiecher, nascido em Caldonazzo, hoje município da província de Trento, na Região do Trentino Alto Adige, foi o primeiro sacerdote tirolês a emigrar de onde hoje é a Itália, para o Brasil acompanhando 700 pequenos agricultores tiroleses, provenientes da Valsugana (Val Sugana) no ano de 1875. 

Chegou com as primeiras levas de imigrantes italianos no Rio Grande do Sul, acompanhado pelos pais, irmãos e conterrâneos. 

Por saber falar também a língua alemã, foi designado para assumir o posto de Capelão da Colônia Santa Maria da Soledade, no então município de São João de Montenegro, hoje São Vendelino, tomando posse em 23 de dezembro de 1875. 

No dia 21 de Março de 1876 celebrou a 1ª missa na Colônia Conde D'Eu, hoje Garibaldi, na Serra Gaúcha, em um altar improvisado com caixas e baús dos imigrantes, no meio da precária estrada ali existente. 

Como sacerdote exerceu o seu apostolado nas colônias de Conde D'Eu e Dona Isabel onde pela falta de igrejas celebrava as missas ao ar livre e em altares improvisados. Se preocupava muito com o abandono que os imigrantes se encontravam naqueles primeiros anos da chegada ao estado e também com a falta de sacerdotes para dar o atendimento religioso aos imigrantes.

Padre Bartolomeo Tiecher se destacou como naturalista estudando a flora do Rio Grande do Sul.

O sacerdote atuou nas
colônias Conde D’Eu e Dona Isabel
O sacerdote atuou nas
colônias Conde D’Eu e Dona Isabel e celebrava
missas a
o
ar livre
por causa
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a falta de igreja
s.
P
reocupava
-
se
com a
ausência
de auxilio religioso
nas colônias,
devido
à
falta de sacerdotes
,
e
com
a
situação de abandono em que os colonos italianos se encontravam durante a fase
pioneira. O Padre Tiecher também se destacou como um naturalista
,
sendo um grande estudioso
da flora rio
-
grandense.
Palavras
-
chave

: imigrantes italianos, p
mata

domingo, 25 de março de 2018

Sobrenomes Italianos e Vênetos na Linha Palmeiro Rio Grande do Sul



Sobrenomes (cognomi) italianos e vênetos na Linha Palmeiro, uma das principais vias de comunicação no início da colonização italiana no Rio Grande do Sul, que ligava a Colônia Dona Isabel (Bento Gonçalves) a Nova Vicenza (Farroupilha). Os sobrenomes aqui estão em ordem alfabética e não levando em conta o número do lote que ocupavam. Também muitos sobrenomes se repetem na lista pelo número do lote, quando vários núcleos familiares ocupavam os seus respectivos lotes. Também em alguns destes foram assentadas mais de uma família devido a enorme área de terra que tinham. Assim encontramos os sobrenomes: 

Adosco, Agnoletto, Agosti, Alberti, Antiga, Arboit, Arnoldi, Arsego, Bacin, Balbinote, Balbinotti, Barppi, Bartelli, Bartuci, Basei, Baso, Bassani, Bassi, Battistuzzi, Bellaver, Belluchi, Benvenuto, Bernardi, Bernardo, Bertuol, Bertuoli, Bertuolo, Bezzi, Bianchi, Biason, Biasus, Bonelli, Bongo, Bortolazi, Brustolin, Bunetta, Buratti,Bustolin, Cadona, Cainei, Canelli, Cantere, Canton, Carli, Carlin, Carnier, Cartieri, Casa Grande, Casagrande, Casanova, Cassol, Cassoli, Cavaleri, Cavaletti, Centa, Checonelle, Chiaconelli, Chiconello, Cilochi, Colere, Colombelli, Colonezi, Coloto, Comiotto, Conti, Cortina, Costacurta, Crestani, Cusin, Cuzzo, Dacos, Dalaqua, Dalberti, Dalberto, Dall´Agnol, Dallacen, Dallaqua, Dallarin, Dalldat, Dalmagro, Dalmazo, Dalpiva, Dalpizo, Dalponti, Dalvisco, Damarchi, Damiani, Damo, Dargolla, Darri, Dartor, Dassoler, De Luccas, De Maman, De Zorzi, Debarba, Debona, Decesere, Delazin, Delfabro, Dellosbe, Deparis, Dersodio, Desvaldi, Devilla, Dinardi, Domatteu Domenegatti, Domenegatto, Donada, Dorgi, Fabiani, Fabiano, Fachi, Fachio, Fai, Falgatti, Faoro, Faotto, Ferrari, Fiori, Fiurentina, Fochi, Fontanella, Foresti, Frà, Franceschi, Franceschini, Franceschito, Francesco, Francescon, Frandaloso, Fuzari, Gairdo, Galapaci, Galli, Gallina, Gasparin, Gasparini, Ghedini, Giaboti, Giacomel, Giron, Globo, Gobbi, Grando, Granville, Isordi, Isotton, Lamanata, Lanfredi, Lerin, Lira, Lodi, Lombardi, Lonardi, Lucavva, Macoli, Madalozzo, Madurano, Magagnin, Magnani, Magnoli, Mancalosi, Maregia, Marengon, Marin, Marini, Matteu, Mazzelino, Menegotto, Menegrini, Menin, Menta, Merlin, Milanezi, Mioni, Mognoli, Molin, Molinetti, Mulinari, Niquili, Noal, Oldoni, Olivier, Osvaldo, Pagnozatto, Pallude, Panassioli, Panazzolo, Pandolfi, Pasa, Pechin, Perdo, Perlina, Perozzo, Pezzin, Pialho, Pianna, Picolo, Pierri, Pilla, Poletti, Raimondi, Regali, Resera, Ricini, Rizzo, Ros, Marino, Rosarolli, Rossi, Rostirol, Rozzi, Saboti, Sachelli, Sachetti, Salangna, Salatini, Salvador, Sarini, Sarzi, Savario, Savaris, Sbardelotto, Scarton, Sculario, Sebben, Selotti, Serafino, Sertorio, Serttorio, Sineiro, Spolti, Spotti, Squena, Sterzzi, Strapazzon, Sumacal, Tabaldi, Tigarolli, Tomasini, Tonette, Tonietto, Torrini, Tremeio, Troici, Turbian, Under, Valdanega, Valério, Vasseler, Venzon, Vicentino, Viessel, Viessi, Zancanor, Zanella, Zanim, Zanin, Zanol, Zanoli, Zatte, Zomita, Zucchi, Zucco.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS


Linha Palmeiro o caminho dos imigrantes italianos entre Bento Gonçalves e Farroupilha no RS




No início da colonização italiana na Serra Gaúcha as famílias eram assentadas em grandes lotes separados pelas chamadas linhas e travessões, que permitiam o acesso livre entre eles.
Desde os primeiros tempos constatou-se a necessidade de estradas para possibilitar o escoamento da produção e a sua comercialização, atingindo os centros consumidores.
A chamada Linha Palmeiro, nome dado em homenagem ao engenheiro que realizou a demarcação dos lotes, foi uma das mais antigas vias coloniais do Rio Grande do Sul. Tinha uma extensão de 28 Km e em todo o seu comprimento foram demarcados 200 lotes de terra que logo foram ocupados pelos imigrantes italianos que chegavam.
Esta importante via começava na localidade conhecida por Barracão, na então Colônia Dona Isabel, hoje município de Bento Gonçalves, onde ficava o lote de número 1 e se entendia até a Colônia Nova Vicenza, hoje Farroupilha, com o lote de número 200.
Em toda a sua extensão, de acordo com um censo realizado em 1883, dava conta que todos os lotes já estavam ocupados, alguns por mais de uma família, devido a grande área disponível em cada um. Ainda o mesmo censo desse ano relata que nela estavam vivendo 1938 pessoas.
A Linha Palmeiro, pela sua importância, foi palco de importantes passagens da história da colonização italiana do Rio Grande do Sul. Entre elas a morte de Don Domenico Munari, pároco daqueles pioneiros, falecido no ano de 1878, aos 39 anos de idade, na altura do lote 79.
Don Domenico, tinha sido pároco de Fastro, comune de Arsiè, Província de Belluno e emigrou para o Brasil em 1876, via Porto de Bordeaux, juntamente com um grande grupo de seus paroquianos, em uma acidentada viagem oceânica a bordo de um veleiro norueguês que naufragou logo na saída, ainda nas costas da França.
Também na Linha Palmeiro aconteceu a criação da Capela de Nossa Senhora de Caravaggio, no lote 139, hoje Santuário, que marcou a vida daquela população.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta

Erechim RS