Espaço destinado aos temas referentes principalmente ao Vêneto e a sua grande emigração. Iniciada no final do século XIX até a metade do século XX, este movimento durou quase cem anos e envolveu milhões de homens, mulheres e crianças que, naquele período difícil para toda a Itália, precisaram abandonar suas casas, seus familiares, seus amigos e a sua terra natal em busca de uma vida melhor em lugares desconhecidos do outro lado oceano. Contato com o autor luizcpiazzetta@gmail.com
quarta-feira, 31 de janeiro de 2024
terça-feira, 30 de janeiro de 2024
Lista de Sobrenomes de Trovatelli na Itália
Sobrenomes fantasiosos:
Accorsi - Alboretti – Allevi - Bimbi - Disparuto - Fantuzzi - Mainati – Maina – Minghi – Monda – Mucelli - Natolino – Natuzzi - Secondi – Semprini - Strazzolini - Favilla, Fiamma, Albione, Lanotte, Orifiamma, Tantibaci, Sorrisi, Oredolci.
Sobrenomes invocando personagens históricas: Benvenuto Napoleoni, Maria Stuarda.segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
Raízes que Florescem: A Saga de Resiliência de Giovanni na Terra Prometida
domingo, 28 de janeiro de 2024
Roda dos Expostos na Igreja de San Rocco em Vicenza
sábado, 27 de janeiro de 2024
Destino: Brasil - A Odisseia Inesquecível de uma Família de Imigrantes
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
A Saga do Imigrante Alessandro Ferrazo: Uma Jornada da Itália à América e Além
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
Raízes de Pederneiras: O Legado Italiano - Sobrenomes e Origens Marcantes
- Adelmo Trazzi,
- Adolfo Zampieri
- Alessandro Grijo, de Padua
- Amadeu Baldellas, de Veneza
- Andre Reghini, de Ferrara
- Angelo Della Coletta, de Conegliano
- Angelo Quartaroli, de Padova
- Angelo Zanoto, de Verona
- Antoni De Agostini
- Antonino Pisani, de Corigliano Calabro, Calábria
- Antonio Albano Casarvan, de Veneza
- Antonio Caputo, de San Nicola Arcella, Calábria
- Antonio Garrone, de Maglione, província de Turim
- Antonio Marcandeli, de Nápoles
- Antonio Martini, de Ferrara
- Antonio Mazzini, de Soresina, província de Cremona
- Antonio Minguili, de Pádua
- Antonio Roma, de Rovigo
- Antonio Stabile
- Artemio Mordacchini
- Attilio De Conti, de Treviso
- Augusto Manzato
- Basilio Lodo, de Adria, Rovigo
- Bortolo Provido, de Grana, Asti
- Caetano Cestari, de Pádua
- Carlo Ghiraldelli
- Carlo Maran, de Pádua
- Carlo Moreto, de Verona
- Dario Beltramin, Veneto
- David Fabril, de Veneza
- Davide Erba, Verona
- Demetrius De Marco, da Calábria
- Dionisio Vicário, de Borgomanero, Novara
- Domenico Albonetti, da Comuna de Marradi, prov. de Florença
- Domenico Bonatelli, província de Brescia
- Domenico Sorze, de Pádua
- Emilio Serotine
- Eugenio Maccioca
- Eugenio Mai, de Verona
- Francesco Juliano Nicolielo
- Francesco Pelegrinelli, de Bracca, província de Bergamo
- Francesco Pisani, de Corigliano Calabro, Calábria
- Germano Borin, Verona
- Giacinto Bellissimo, da Calábria
- Giacomo Bertolini, de Udine
- Giacomo Cantarim, de Campolongo Maggiore,
- Giovanni Battista Guermandi, de Crevalcore, prov. de Bolonha
- Giovanni Bertotti, de Povo, província de Trento
- Giovanni Momesso
- Giovanni Scarlassara,
- Giovanni Tozzi, da Província de Verona
- Giuseppe Artioli, Casttel Dario, Mantova
- Giuseppe Bessi, de Legnaro, Padua
- Giuseppe Comegno, de Roma
- Giuseppe Magnani, de Mantova
- Giuseppe Mascaro, da Calábria
- Giuseppe Moi, de San Giorgio di Mantova
- Giuseppe Schiavonni, Treviso
- Giuseppe Tonini, de Treviso
- Gregorio Arena, da Calábria
- Guglielmo Fornazari, da província de Nápoles
- Isaia Alburghetti
- Leonardo Furlani, de Povo, província de Trento
- Leonore Reghini, de Ferrara
- Luigi Spoliante, de Bolonha
- Luiz Grigoletto, de Verona
- Marcelo Dario, de San Dona di Piave, Província de Veneza
- Michele Stancari, Mantova
- Natale Fabbri, de Ferrara
- Natale Garbin, de Padua
- Nazareno Balestri
- Pietro Copede, de Vila Minozzo, Reggio Emilia
- Pietro Mussi, de Veneza
- Pompeo Pompei
- Rocco Tamanini
- Salvadore Ladaga, Corigliano Calabro, Calábria
- Sante Frascarellii, de San Severino, Marche, Macerata
- Santi Bigelli, de Senigallia, Província de Ancona
- Secondiano Piccolo, de Udine
- Vittorio Minetto, de Veneza
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
Imigrantes Italianos nos EUA: Contribuições Notáveis e Legado
terça-feira, 23 de janeiro de 2024
Resistência Feminina na Província de Belluno no Século XIX - O Trabalho Sazonal das Meninas
No crepúsculo do século XIX, nas belas terras de Belluno, no entorno da magnífica província de Trento, desdobrava-se um capítulo épico de luta e sobrevivência, protagonizado por jovens moças compelidas pelo flagelo da fome. Entre os frágeis anos de 10 a 12-13, essas meninas destemidas se entregavam a afazeres domésticos nas rústicas fazendas, enquanto, nos raros intervalos de liberdade, embrenhavam-se nos campos para a colheita de ervas e a pastagem dos animais.
Entrementes, as mulheres, desabrochando na plenitude dos 14 anos, ingressavam em uma esfera mais árdua do labor agrícola, revelando uma resiliência notável que desafiava as agruras da natureza. Imbuídas em tarefas que tradicionalmente incumbiam ao sexo masculino, elas se dedicavam incansavelmente ao cuidado meticuloso das plantações de milho, perfurando as fileiras de vinhas com determinação, realizando tarefas de pulverização de sulfato, com a pesada carga de bombas sobre os ombros, uma labuta que persistia ao longo de intermináveis dias.
Além disso, eram parte integral das operações essenciais da agricultura, engajando-se no árduo processo de corte e colheita de trigo e milho. Seu envolvimento transcendia os limites das plantações, pois manipulavam o feno com destreza, virando-o, empilhando-o e, por fim, carregando-o com graciosidade nos carros, compondo uma sinfonia de força e graça em meio à ruralidade imponente.
Na dança mágica da vindima, essas meninas- moças destemidas não apenas testemunhavam, mas eram protagonistas, contribuindo ativamente nas operações vitais, traçando os contornos de suas existências entrelaçadas com a terra que tanto exigia e, paradoxalmente, concedia. Assim, sob o firmamento austero da época, as jovens de Belluno traçavam uma narrativa de coragem e perseverança, onde a fome instigava uma dança ardente entre o dever e a resistência.
domingo, 21 de janeiro de 2024
Harmonie della Vita: Poesia tra la Salute e la Conquista della Guarigione
Harmonie della Vita: Poesia tra la Salute e la Conquista della Guarigione
sábado, 20 de janeiro de 2024
Lamentos nas Marés da Condenação: O Desolador Destino dos Remadores de Veneza no Século XVI
No sombrio contexto do século XVI, a expressão "condannati al remare" sussurrava uma sentença cruel: prisioneiros condenados ao martírio das galés. Surgindo das terras germânicas, grupos de delinquentes, como sombras indesejáveis, eram escoltados por guardas através da Valsugana. No limiar de sua jornada sinistra, a Sereníssima República de Veneza, a Rainha do Adriático, os aguardava para impor a pena, na qual os condenados redimiriam seus pecados remando incansavelmente nas temíveis galés.
O nefasto comércio humano, urdido na Alemanha em 1556, estendeu seus tentáculos para outras cidades, proporcionando às autoridades germânicas uma maneira eficaz de se desvencilharem de elementos socialmente perigosos. Para Veneza, era uma fonte vital de remadores, uma necessidade acentuada, especialmente nos tumultuosos períodos de guerra. Na Guerra de Morea, o Duque da Baviera, Maximiliano Emanuel, estendeu a crueldade da pena de remo a mendigos, ciganos e caçadores, além dos criminosos comuns.
Os prisioneiros, como peões involuntários em um jogo perverso, eram reunidos na cidade de Munique, cruzavam os majestosos Alpes pelo Passo de Brenner, descendo o vale do Adige até Trento, onde ingressavam na traiçoeira Valsugana. O ritual sombrio atingia seu ápice em Primolano, quando os infortunados eram entregues ao podestà de Bassano, representante de Veneza. O preço da redenção variava entre 35 e 45 ducados, podendo atingir a exorbitante cifra de cem ducados para os condenados à prisão perpétua.
Uma cruel expedição, anotada nos anais em 1715, testemunhou 62 prisioneiros enviados pelo Eleitor de Mogúncia. No lazareto de Primolano, a realidade brutal se desdobrava diante do podestà de Bassano, Lorenzo Pisani, e seus 28 homens a cavalo, que recebiam apenas 59 prisioneiros, três deles consumidos pela sina antes mesmo de chegar ao seu destino final.
Primolano, entrelaçado nas teias da desgraça, não era o único palco dessa tragédia humana; em Val d’Astico, uma ponte de madeira sobre o rio Tora testemunhava a mesma prática macabra. Ali, sob a égide de Cesare, os prisioneiros eram entregues às triremes venezianas, um espetáculo dantesco de almas acorrentadas.
Essa tenebrosa gestão de prisioneiros, negociada por sombrias alianças, não era um monopólio veneziano; as autoridades do principado episcopal de Trento também recorriam a esse sinistro expediente para resolver o enigma da custódia. Nesse enredo sombrio, onde a vida era barganhada como moeda de troca, a jornada dos condenados à galé se tornava um capítulo macabro na história obscura e implacável da Valsugana.
sexta-feira, 19 de janeiro de 2024
La Rinascita Dorata: Storie e Sapori Tra le Montagne di Castagne
segunda-feira, 15 de janeiro de 2024
O Pacto das Vinhas
Em tempos passados, numa pequena vila italiana onde as colinas se vestiam de vinhedos e o aroma do grão fresco permeava o ar, Giovanni, um experiente viticultor, estava prestes a fechar um negócio que mudaria o destino de seu vinhedo. Numa tarde ensolarada, encontrou-se com Marco, um comerciante respeitado conhecido por sua palavra firme.
“Giovanni, este negócio pode mudar o destino da tua adega,” disse Marco, enquanto contemplavam as vastas plantações de uvas.
Com um aperto de mãos, decidiram selar o destino de seus vinhedos. Marco, um homem de honra, assegurou a Giovanni que seu vinho seria celebrado em todas as mesas do país.
As colinas ecoavam promessas silenciosas, e o aperto de mãos era mais do que um acordo; era um pacto esculpido na história da terra.
Décadas se passaram, e a adega de Giovanni prosperou, suas uvas tornaram-se símbolo de qualidade. Marco, agora um ancião sábio, voltou à vila para testemunhar o legado que juntos construíram. Em frente às vinhas douradas, renovaram o pacto com um olhar cúmplice, lembrando-se de como uma simples promessa, selada por uma aperto de mãos, transformou suas vidas.
A fama do vinho de Giovanni se estendeu além dos limites nacionais, alcançando países distantes. As colinas, uma vez silenciosas guardiãs de segredos, agora contavam histórias de sucesso e perseverança. Os descendentes de Giovanni e Marco uniram-se para manter viva a tradição, honrando o vínculo estabelecido pelos antepassados.
Nas noites estreladas, Giovanni caminhava entre os vinhedos, ainda fascinado pela magia daquele encontro fatídico com Marco. Sua amizade, transformada em uma parceria vitoriosa, continuava a desafiar o tempo. O vilarejo, antes sombrio e tranquilo, transformou-se em um lugar de festa e celebração, onde as pessoas se reuniam para homenagear a promessa feita por dois homens sábios.
Cada aniversário do acordo era comemorado com um banquete farto, com os cálices erguidos em honra à parceria eterna. Os jovens cresciam ouvindo a história de Giovanni e Marco, aprendendo o valor de uma palavra dada e de um compromisso mantido. As colinas, agora animadas pela vitalidade da comunidade, carregavam os sinais indeléveis de uma amizade que havia resistido às provações do tempo.
O destino da adega de Giovanni e das colinas circundantes estava entrelaçado com o fio da fidelidade e dedicação. O eco daquele primeiro encontro ainda ressoava, pois as gerações futuras continuavam a cultivar as vinhas, honrando a promessa de dois homens cujo vínculo havia resistido ao desgaste do tempo.