quarta-feira, 31 de agosto de 2022

A Diáspora Italiana

A fuga de cérebros



 


Por diáspora italiana se entende a emigração em massa que a partir de meados de 1876 até um ano antes de eclodir a I Guerra Mundial em 1914, viu sair do país milhares de italianos na maioria sem profissão definida, mas dispostos a assumir qualquer tipo de trabalho para sobreviver. 

Geralmente eram pequenos trabalhadores rurais, diaristas desempregados, agricultores meeiros descontentes com os donos da terra e artesãos que não mais conseguiam mais viver da sua arte.

Antes desse período a emigração já era conhecida, tinha por destino países da própria Europa, como a França, Áustria, Alemanha e Suíça, emigrando majoritariamente os homens seguidos mais tarde pelas suas famílias. 

Porém nesse período teve início um outro tipo de emigração, ainda desconhecido pelos italianos, que se caracterizou por envolver toda a família e ao mesmo tempo tinham destinos mais distantes, do outro lado do oceano, partiam agora para os promissores países do Novo Mundo, destacando-se a princípio o Brasil e logo seguido por Argentina e Estados Unidos. 

Devido as grandes distâncias e o preço elevado das passagens marítimas, para a grande maioria dos que deixavam o país tratava-se de uma emigração de caracter definitivo, uma emigração sem retorno. Realmente, a porcentagem dos que puderam retornar à Italia, depois de um curto período de trabalho nos países além mar, foi bem menor do que o total daqueles que saíram. 

Essencialmente agora emigravam os habitantes do norte e centro-norte da Itália, porém, no período compreendido entre as duas grandes guerras as populações do sul começaram a emigrar em massa.

Durante o período fascista a emigração em massa foi totalmente proibida, dando lugar a uma emigração de interesse do novo governo, deixando sair técnicos e profissionais liberais, emigrantes mais qualificados,  partidários e apoiadores fascistas, pessoas insuspeitas, para se estabelecerem nas zonas com grande presença de italianos, emigrados muitos anos antes, para se tornarem agentes de propaganda do regime.   

O período entre as duas guerras a grande massa de emigrantes italianos teve como destino os países da Europa, como França, Bélgica e Alemanha para trabalharem nos grandes canteiros de obras de reconstrução desses países e nas minas de carvão.

Nas décadas de 1950 e 60, com a melhoria das condições vida na Itália, decorrente do desenvolvimento econômico e a industrialização do país, provocaram uma diminuição acentuada da emigração, transformando em ambicionada terra de imigração.



 


Nos últimos anos novamente a Itália viu surgir um novo tipo de emigração, mais sutil e muito diferente das precedentes, a qual foi denominada de fuga de cérebros. Pessoas com diplomas universitários, cientistas e pesquisadores, estão procurando o exterior para morar e trabalhar, encontrando fora do seu país melhores oportunidades e maiores salários.



terça-feira, 30 de agosto de 2022

La Boje - A Revolta dos Camponeses do Vale do Rio Pó

 



A ebulição político-social que se seguiu imediatamente após a unificação da Itália, viu surgir diversos movimentos de protesto por todo o país, contra as dramáticas condições de vida e trabalho no campo. 

A rebelião dos camponeses e da sociedade rural ocorridas na Lombardia, mais propriamente nas províncias de Mantova e naquelas do Vale do Pò, nos anos 1884 e 1885, é considerada por muitos a data de nascimento do movimento campesino organizado na Itália.

Com o slogan criado a mais de cem anos, que dizia no dialeto local "La boje, la boje e de boto la va de fora", ou "borbulha, borbulha e de repente transborda", os camponeses do vale do rio Pó deram início a uma série de irados protestos, denunciando as dramáticas condições de vida e trabalho em que estavam vivendo.

O processo de unificação italiana, chamado de Risorgimento, não foi um movimento pacífico e durou alguns anos. No período ocorreram várias batalhas que deixavam um rastro de ressentimentos e ódio, aumentando a pobreza crônica em que já vivia a zona rural italiana.  A economia da península foi muito prejudicada em diversas regiões no novo país, aumentando o desemprego no campo.





No Vale do Pó, já na segunda década pós unificação, a agricultura, praticada com métodos usados nos séculos precedentes já obsoletos, foi atingida por uma grave crise depressiva, agravada pelo colapso internacional dos preços dos cereais. Os proprietários de terras além de exigirem do governo medidas protecionistas, reduziram significativamente os salários pagos no campo. As já precárias condições de vida dos pequenos agricultores pela pelagra crônica, se tornaram insustentáveis, com a fome rondando os lares mais humildes,  o que gerou a rebelião.

Os protestos tiveram início no ano de 1884 nas terras circundantes do rio Pó, o Polesine e dali se extendendo para outros locais de Mantova. O movimento contou com o apoio de sociedades de assistência e alguns jornais locais.

O surgimento de um protesto expontâneo e forte levou alarme aos proprietários de terras e às autoridades do governo, que se apressaram em dar ordens para que o movimento fosse imediatamente reprimido.

A resposta do governo não demorou a aparecer e o resultado foi que na noite de 26 de março de 1885, mais de 150 pessoas foram presas, acusadas por vários crimes, sendo que vinte dos revoltosos foram apontados por crimes graves, como ataques a instituições, massacre e saques.  

O julgamento dos camponeses presos teve início  na cidade de Veneza, para onde foi levado o processo coletivo, em 16 de Fevereiro de 1886, onde foram julgados os camponeses e os líderes organizadores do movimento rebelde "La boje". 

Esse foi o primeiro processo político da Itália pós unificação, e também um exemplo brilhante da imparcialidade dos juízes. O Tribunal de Justiça de Veneza em 27 de março de 1886 absolveu todos os réus. Segundo jornal da época que acompanhou o julgamento "O veredito foi recebido com ovações no tribunal e com manifestações de júbilo na cidade".

Não menos triunfal foi o retorno noturno dos absolvidos para Mantova, como relata a crônica do jornal La Favilla: 

"Milhares e milhares de pessoas esperavam na praça da estação, empunhando as bandeiras das associações de trabalhadores, bandas e fanfarras. O sino finalmente toca, o  trem vem a toda velocidade e gradualmente para na estação. As bandas tocam o hino do resgate, a multidão explode em aplausos, os libertos descem dos vagões e beijam seus parentes e amigos".

Como resultado do movimento rebelde, os proprietários  de terras concederam aos trabalhadores aumentos salariais de 10 a 15% dos praticados até então.










sábado, 27 de agosto de 2022

Relação de Imigrantes da Província de Cremona Desembarcados no Brasil entre 1876 e 1895

A partida do Porto de Gênova

 


Relação de Imigrantes da Província de Cremona que Desembarcaram no Brasil no Período de 
1876 e 1895

Emigrantes no Porto de Gênova aguardando a partida




A lista, organizada pelo Centro Galmozzi, é composta por nomes, sobrenomes e locais de origem de emigrantes italianos da província de Cremona, que desembarcaram no Brasil entre os anos de 1876 e 1895, encontrados em arquivos digitais dos sites do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo e do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro.

Outras informações foram também encontradas nas fichas familiares do Arquivo Municipal da Região, no Arquivo Histórico Diocesano de Crema e no buscador de documentos digitalizados do Arquivo Estadual de Cremona.

Para ter acesso a longa lista de imigrantes, e seus lugares de origem, clique no endereço abaixo:


https://www.centrogalmozzi.it/pdf/lista_emigranti.pdf


Nota - O ponto de interrogação ao lado do local de origem de alguns emigrantes indica que nenhuma outra evidência foi encontrada.







sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Referências Preconceituosas aos Imigrantes Italianos


 


Trechos do relatório datado do mês de Outubro de 1912, produzido pela Inspetoria de Imigração do Congresso Americano, referindo-se aos imigrantes italianos que, aos milhares, chegavam aos Estados Unidos. Entre os anos de 1880 e 1915 desembarcaram nos Estados Unidos quatro milhões de italianos, de um total de nove milhões que atravessaram o oceano em direção às Américas, em busca de uma vida melhor.

Seguem algumas afirmações oficiais,  bastante preconceituosas, do referido relatório produzido  em 1912 pela comissão de imigração do Congresso Americano:


1- "Os italianos são geralmente de baixa estatura e de pele escura;

2- As italianas não gostam de água, muitas delas fedem porque usam a mesma roupa por muitas semanas;

3- Os italianos vivem em barracos de madeira e alumínio, construídos nas periferias das cidades, próximos uns dos outros;

4- Quando conseguem morar mais próximo do centro, alugam apartamentos em ruínas pagando altos aluguéis;

5- Eles geralmente vêm em dois e procuram um quarto com cozinha. Depois de alguns dias eles se tornam quatro, seis, dez;

6- Eles falam línguas incompreensíveis para nós, provavelmente antigos dialetos;

7- Muitas das suas crianças costumam pedir esmolas e muitas vezes enfrente as igrejas mulheres vestidas de roupas escuras ou homens idosos, invocam misericórdia, em tons queixosos e petulantes;

8- Eles tem muito filhos, próximos um dos outros, e lutam para sustentá-los; 

9- Dizem que são viciados em roubar e se impedidos, se tornam violentos;

10- Nossas mulheres os evitam, não apenas porque são poucos atraentes e selvagens, mas, porque se espalharam rumores de alguns estupros cometidos, após emboscadas nas ruas dos bairros, quando as mulheres voltam do trabalho;

11- Os nossos governantes abriram demasiado a entrada pelas nossas fronteiras e, principalmente,  não souberam escolher quem entra no nosso país para trabalhar e aqueles que pensam viver de expedientes ou mesmo de atividades criminosas;

12- Proponho que os vênetos e os lombardos sejam privilegiados, ignorantes, mas, muito mais dispostos que os outros a trabalhar;

13- Estes se adaptam a casas que os americanos recusam, desde que as famílias permaneçam unidas e não contestam os salários;

14- Os outros, aqueles a que este relatório se refere, são provenientes do sul da Itália;

15- Os convido a verificar os documentos de origem e repatriar a maioria deles. A nossa segurança deverá ser a primeira preocupação".









quinta-feira, 25 de agosto de 2022

As Regras de Acentuação do Talian

 



Regras de Acentuação do Talian

O Talian é uma língua criada no Rio Grande do Sul pelos emigrantes italianos chegados a partir de 1875. 

Os recém-chegados foram instalados em colônias italianas, especialmente criadas para recebe-los, isoladas no meio da densa floresta, em linhas e travessões dos recém criados  núcleos de colonização, sem respeitar as suas origens, sua língua e seus usos e costumes, criando evidente problema de entendimento entre eles. 

Da necessidade de entender-se foi sendo criada uma nova língua de comunicação, muito mais vêneta do que daquelas outras línguas de outras regiões da Itália. Os vênetos formaram o contingente mais numeroso de italianos que chegaram ao Rio Grande do Sul. 

Como os vênetos representavam a grande maioria dos imigrantes italianos instalados nessas colônias, é compreensível que também a sua forma de falar viesse a ter papel predominante na nova língua, fato que, por outro lado, pode ser comprovado nos locais onde a predominância era, pelo contrário, de lombardos ou friulanos, a predominância das palavras dos seus dialetos se torna evidente no Talian falado nesses locais.






Acentos gráficos no Talian

1- Acento grave (`) se usa para indicar os sons abertos. Ex: fràgola
2- Acento agudo (´) é usado para sinalizar os sons fechados. Ex: doménega


Regra nº1 – Todas as proparoxítonas são acentuadas. Ex.: Véneto, mèrcore, basìlico, Ménego


Regra nº2 – As palavras paroxítonas não são acentuadas, com exceção daquelas terminadas em ditongo crescente. Ex.: orgòlio, calvário


Regra nº3 – As palavras oxítonas que terminam com consoante não são acentuadas. Ex.: talian


Regra nº4 – As oxítonas não monossilábicas que terminam em vogal serão acentuadas. Ex.: bacalá


Regra nº5 – As palavras monossilábicas só serão acentuadas quando possuírem um homógrafo átono para diferenciá-los. Ex.: (embaixo) e do (dois)




Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Recordações de um Período Difícil no Vêneto

Arenque defumado

 



Não esquecer do arenque defumado atado em um barbante

Entre as recordações do Vêneto que permanecem até hoje na memória dos emigrantes e que se conserva viva entre os seus descendentes encontramos o episódio do arenque defumado atado em um barbante sobre a mesa nas refeições. 
Os mais velhos contam esse episódio para fazer a comparação da pobreza endêmica sofrida pelas famílias vênetas no final do século XIX e início do século XX com a abundância e bem-estar atual. É uma forma de advertimento aos jovens de hoje que não sabem que coisa seja a necessidade. 
Nos contavam que devido as péssimas condições, a falta de proteínas e alimentos de qualidade propiciaram uma séria de doenças, entre elas a pelagra, que ceifaram a vida de tantas pessoas. 
O episódio do arenque defumado: quando se sentavam à mesa estavam sempre em muitos para alimentar e a comida era pouquíssima. Então se amarrava um arenque defumado com um barbante e o pendurava por sobre a mesa enquanto se servia a polenta. Cada um a sua vez esfregava a sua fatia de polenta quente no arenque pendurado, de modo que a polenta mudasse de sabor. 
Em outras versões nos dizem do salame e também do osso para o caldo, que percorria toda a vizinhança, cada dia fazia o “brodo” de uma família.

Casa pobre no Vêneto de antigamente



No scordare dell’aringa affumicata appesa nello spago

Tra i brevi ricordi del Veneto, rimasti fino oggi nella memoria degli emigranti che si conserva ancora con i suoi discendenti troviamo 
l'episodio dell'aringa affumicata appesa allo spago sopra la tavola nei pranzi. I più vecchi raccontano l'episodio per confrontare la povertà endemica patite dalle famiglie venete nel fin'Ottocento e inizio del Novecento con         l'abbondanza e benessere attuale. È una forma d'avvertimento ai giovani d'oggi che non sano cosa sia la necessità. 

Ci raccontano che dovuto le brutte condizioni, la mancanza di proteine e cibi di qualità hanno propiziato una serie di malattie, tra cui la pelagra, che portavano via tanti persone. 

L'episodio dell'aringa: quando ci si sedeva a tavola si era sempre in tanti da sfamare e il cibo pochissimo. Allora, si appendeva un'aringa affumicata ad uno spago penzolante sopra il tavolo e ai commensali si serviva la polenta. A sua volta ognuno strofinava la propria fetta di polenta calda sull'aringa, in modo che la polenta cambiasse sapore. Altre versioni ci parlano del salame e anche delle ossa per il brodo che faceva strada tra i vicini, ogni giorno faceva il brodo di una famiglia.



terça-feira, 23 de agosto de 2022

Relação de Municípios da Região do Vêneto

 





A Região do Vêneto tem 7 Províncias


A província de Belluno é composta por 69 municípios (comuni):

Agordo, Alano di Piave, Alleghe, Alpago, Arsiè, Auronzo di Cadore, Belluno, Borca di Cadore, Calalzo di Cadore, Canale d'Agordo, Cencenighe Agordino, Cesiomaggiore, Chies d'Alpago, Cibiana di Cadore, Colle Santa Lucia, Comelico Superiore, Cortina d'Ampezzo, Danta di Cadore, Domegge di Cadore, Falcade, Farra d'Alpago, Feltre, Fonzaso, Forno di Zoldo, Gosaldo, La Valle Agordina, Lamon, Lentiai, Limana, Livinallongo del Col di Lana, Longarone, Lorenzago di Cadore, Lozzo di Cadore, Mel, Ospitale di Cadore, Pedavena, Perarolo di Cadore, Pieve d'Alpago, Pieve di Cadore, Ponte nelle Alpi, Puos d'Alpago, Quero Vas, Rivamonte Agordino, Rocca Pietore, San Gregorio nelle Alpi, San Nicolò di Comelico, San Pietro di Cadore, San Tomaso Agordino, San Vito di Cadore, Santa Giustina, Santo Stefano di Cadore, Sappada, Sedico, Selva di Cadore, Seren del Grappa, Sospirolo, Soverzene, Sovramonte, Taibon Agordino, Tambre, Trichiana, Val di Zoldo, Vallada Agordina, Valle di Cadore, Vigo di Cadore, Vodo Cadore, Voltago Agordino, Zoldo Alto, Zoppè di Cadore.



A província de Padova è composta por 104 municípios (comuni):

Abano Terme, Agna, Albignasego, Anguillara Veneta, Arquà Petrarca, Arre, Arzergrande, Bagnoli di Sopra, Baone, Barbona, Battaglia Terme, Boara Pisani, Borgoricco, Bovolenta, Brugine, Cadoneghe, Campo San Martino, Campodarsego, Campodoro, Camposampiero, Candiana, Carceri, Carmignano di Brenta, Cartura, Casale di Scodosia, Casalserugo, Castelbaldo, Cervarese Santa Croce, Cinto Euganeo, Cittadella, Codevigo, Conselve, Correzzola, Curtarolo, Due Carrare, Este, Fontaniva, Galliera Veneta, Galzignano Terme, Gazzo, Grantorto, Granze, Legnaro, Limena, Loreggia, Lozzo Atestino, Maserà di Padova, Masi, Massanzago, Megliadino San Fidenzio, Megliadino San Vitale, Merlara, Mestrino, Monselice, Montagnana, Montegrotto Terme, Noventa Padovana, Ospedaletto Euganeo, Padova, Pernumia, Piacenza d'Adige, Piazzola sul Brenta, Piombino Dese, Piove di Sacco, Polverara, Ponso, Ponte San Nicolò, Pontelongo, Pozzonovo, Rovolon, Rubano, Saccolongo, Saletto, San Giorgio delle Pertiche, San Giorgio in Bosco, San Martino di Lupari, San Pietro in Gu, San Pietro Viminario, Sant'Angelo di Piove di Sacco, Sant'Elena, Sant'Urbano, Santa Giustina in Colle, Santa Margherita d'Adige, Saonara, Selvazzano Dentro, Solesino, Stanghella, Teolo, Terrassa Padovana, Tombolo, Torreglia, Trebaseleghe, Tribano, Urbana, Veggiano, Vescovana, Vighizzolo d'Este, Vigodarzere, Vigonza, Villa del Conte, Villa Estense, Villafranca Padovana, Villanova di Camposampiero, Vo'.



A província de Rovigo é composta por 50 municípios (comuni):

Adria, Ariano nel Polesine, Arquà Polesine, Badia Polesine, Bagnolo di Po, Bergantino, Bosaro, Calto, Canaro, Canda, Castelguglielmo, Castelmassa, Castelnovo Bariano, Ceneselli, Ceregnano, Corbola, Costa di Rovigo, Crespino, Ficarolo, Fiesso Umbertiano, Frassinelle Polesine, Fratta Polesine, Gaiba, Gavello, Giacciano con Baruchella, Guarda Veneta, Lendinara, Loreo, Lusia, Melara, Occhiobello, Papozze, Pettorazza Grimani, Pincara, Polesella, Pontecchio Polesine, Porto Tolle, Porto Viro, Rosolina, Rovigo, Salara, San Bellino, San Martino di Venezze, Stienta, Taglio di Po, Trecenta, Villadose, Villamarzana, Villanova del Ghebbo, Villanova Marchesana.




A província de Treviso é composta por 95 municípios (comuni):

Altivole, Arcade, Asolo, Borso del Grappa, Breda di Piave, Caerano di San Marco, Cappella Maggiore, Carbonera, Casale sul Sile, Casier, Castelcucco, Castelfranco Veneto, Castello di Godego, Cavaso del Tomba, Cessalto, Chiarano, Cimadolmo, Cison di Valmarino, Codognè, Colle Umberto, Conegliano, Cordignano, Cornuda, Crespano del Grappa, Crocetta del Montello, Farra di Soligo, Follina, Fontanelle, Fonte, Fregona, Gaiarine, Giavera del Montello, Godega di Sant'Urbano, Gorgo al Monticano, Istrana, Loria, Mansuè, Mareno di Piave, Maser, Maserada sul Piave, Meduna di Livenza, Miane, Mogliano Veneto, Monastier di Treviso, Monfumo, Montebelluna, Morgano, Moriago della Battaglia, Motta di Livenza, Nervesa della Battaglia, Oderzo, Ormelle, Orsago, Paderno del Grappa, Paese, Pederobba, Pieve di Soligo, Ponte di Piave, Ponzano Veneto, Portobuffolè, Possagno, Povegliano, Preganziol, Quinto di Treviso, Refrontolo, Resana, Revine Lago, Riese Pio X, Roncade, Salgareda, San Biagio di Callalta, San Fior, San Pietro di Feletto, San Polo di Piave, San Vendemiano, San Zenone degli Ezzelini, Santa Lucia di Piave, Sarmede, Segusino, Sernaglia della Battaglia, Silea, Spresiano, Susegana, Tarzo, Trevignano, Treviso, Valdobbiadene, Vazzola, Vedelago, Vidor, Villorba, Vittorio Veneto, Volpago del Montello, Zenson di Piave, Zero Branco.




A província de Venezia é composta por 44 municípios (comuni):

Annone Veneto, Campagna Lupia, Campolongo Maggiore, Camponogara, Caorle, Cavallino-Treporti, Cavarzere, Ceggia, Chioggia, Cinto Caomaggiore, Cona, Concordia Sagittaria, Dolo, Eraclea, Fiesso d'Artico, Fossalta di Piave, Fossalta di Portogruaro, Fossò, Gruaro, Jesolo, Marcon, Martellago, Meolo, Mira, Mirano, Musile di Piave, Noale, Noventa di Piave, Pianiga, Portogruaro, Pramaggiore, Quarto d'Altino, Salzano, San Donà di Piave, San Michele al Tagliamento, San Stino di Livenza, Santa Maria di Sala, Scorzè, Spinea, Stra, Teglio Veneto, Torre di Mosto, Venezia, Vigonovo.




A província de Verona é composta por 98 municípios (comuni):

Affi, Albaredo d'Adige, Angiari, Arcole, Badia Calavena, Bardolino, Belfiore, Bevilacqua, Bonavigo, Boschi Sant'Anna, Bosco Chiesanuova, Bovolone, Brentino Belluno, Brenzone sul Garda, Bussolengo, Buttapietra, Caldiero, Caprino Veronese, Casaleone, Castagnaro, Castel d'Azzano, Castelnuovo del Garda, Cavaion Veronese, Cazzano di Tramigna, Cerea, Cerro Veronese, Cologna Veneta, Colognola ai Colli, Concamarise, Costermano sul Garda, Dolcè, Erbè, Erbezzo, Ferrara di Monte Baldo, Fumane, Garda, Gazzo Veronese, Grezzana, Illasi, Isola della Scala, Isola Rizza, Lavagno, Lazise, Legnago, Malcesine, Marano di Valpolicella, Mezzane di Sotto, Minerbe, Montecchia di Crosara, Monteforte d'Alpone, Mozzecane, Negrar, Nogara, Nogarole Rocca, Oppeano, Palù, Pastrengo, Pescantina, Peschiera del Garda, Povegliano Veronese, Pressana, Rivoli Veronese, Roncà, Ronco all'Adige, Roverè Veronese, Roverchiara, Roveredo di Guà, Salizzole, San Bonifacio, San Giovanni Ilarione, San Giovanni Lupatoto, San Martino Buon Albergo, San Mauro di Saline, San Pietro di Morubio, San Pietro in Cariano, San Zeno di Montagna, Sanguinetto, Sant'Ambrogio di Valpolicella, Sant'Anna d'Alfaedo, Selva di Progno, Soave, Sommacampagna, Sona, Sorgà, Terrazzo, Torri del Benaco, Tregnago, Trevenzuolo, Valeggio sul Mincio, Velo Veronese, Verona, Veronella, Vestenanova, Vigasio, Villa Bartolomea, Villafranca di Verona, Zevio, Zimella.




A província de Vicenza composta por 122 municípios (comuni):

Agugliaro, Albettone, Alonte, Altavilla Vicentina, Altissimo, Arcugnano, Arsiero, Arzignano, Asiago, Asigliano Veneto, Barbarano Vicentino, Bassano del Grappa, Bolzano Vicentino, Breganze, Brendola, Bressanvido, Brogliano, Caldogno, Caltrano, Calvene, Camisano Vicentino, Campiglia dei Berici, Campolongo sul Brenta, Carrè, Cartigliano, Cassola, Castegnero, Castelgomberto, Chiampo, Chiuppano, Cismon del Grappa, Cogollo del Cengio, Conco, Cornedo Vicentino, Costabissara, Creazzo, Crespadoro, Dueville, Enego, Fara Vicentino, Foza, Gallio, Gambellara, Gambugliano, Grancona, Grisignano di Zocco, Grumolo delle Abbadesse, Isola Vicentina, Laghi, Lastebasse, Longare, Lonigo, Lugo di Vicenza, Lusiana, Malo, Marano Vicentino, Marostica, Mason Vicentino, Molvena, Monte di Malo, Montebello Vicentino, Montecchio Maggiore, Montecchio Precalcino, Montegalda, Montegaldella, Monteviale, Monticello Conte Otto, Montorso Vicentino, Mossano, Mussolente, Nanto, Nogarole Vicentino, Nove, Noventa Vicentina, Orgiano, Pedemonte, Pianezze, Piovene Rocchette, Pojana Maggiore, Posina, Pove del Grappa, Pozzoleone, Quinto Vicentino, Recoaro Terme, Roana, Romano d'Ezzelino, Rosà, Rossano Veneto, Rotzo, Salcedo, San Germano dei Berici, San Nazario, San Pietro Mussolino, San Vito di Leguzzano, Sandrigo, Santorso, Sarcedo, Sarego, Schiavon, Schio, Solagna, Sossano, Sovizzo, Tezze sul Brenta, Thiene, Tonezza del Cimone, Torrebelvicino, Torri di Quartesolo, Trissino, Val Liona, Valdagno, Valdastico, Valli del Pasubio, Valstagna, Velo d'Astico, Vicenza, Villaga, Villaverla, Zanè, Zermeghedo, Zovencedo, Zugliano.






segunda-feira, 22 de agosto de 2022

A Emigração Italiana e Preconceitos

Bairro italiano em New York

 

À partir de 1861 uma verdadeira multidão de italianos, do norte ao sul do país, calculada em aproximadamente 30 milhões de pessoas: homens, mulheres e crianças, deixaram suas vilas e pequenas cidades, transladando-se para o exterior, em busca de uma vida melhor.

Os detratores desse grande movimento migratório, geralmente, em artigos da imprensa que refletiam o pensamento dos grandes empresários e proprietários de terras, que viam a até então farta mão de obra, obediente e barata, escassear, diziam que essas pessoas que abandonavam a Itália eram indivíduos gananciosos que estavam deixando o país em busca da "cucagna", aventurando-se além mar em terras do Novo Mundo.

Entretanto, na realidade, essa "cucagna" que buscavam nada mais era que um trabalho digno  que pudesse garantir um prato de comida e um futuro melhor.

No exterior, esses pobres emigrantes quase sempre, eram recebidos com  reservas e preconceitos pelas populações locais, que viam esses novos recém chegados como competidores desleais nos diversos postos de trabalho



A situação econômica cada vez pior e o aumento da convulsão social no novo país criado, agravada pelos anos conturbados para a unificação, foi o estopim que faltava para desencadear o grande êxodo. 

A emigração começou pelos pequenos agricultores e artesãos do norte da Itália, para destinos tão distantes como o Brasil, Argentina e Estados Unidos. 

Os primeiros contingentes de emigrantes eram formados por inteiras, predominantemente do Vêneto e da Lombardia,  que emigravam definitivamente para as recém criadas colônias italianas do sul do Brasil, onde o governo imperial brasileiro iniciava um vasto programa de ocupação da terra e de colonização ou, também,  para as grandes plantações de café dos estados de São Paulo e Espírito Santo, em substituição da mão de obra escrava, liberta alguns anos antes.

Esses primeiros contigentes de emigrantes italianos destinados ao Brasil, tiveram a sua viagem subsidiada pelo governo ou pelos grandes proprietários rurais, interessados naquela mão de obra.  

Aqueles que saíam das regiões centro norte no início embarcavam no porto de Gênova e aqueles das províncias do sul italiano pelo porto de Nápoles. 

A quase totalidade dos emigrantes eram colocados nas acomodações de terceira classe, mal acomodados nos porões dos navios, em situação bastante precárias de conforto e higiene. Nos primeiros anos da grande emigração, esses navios, alguns deles verdadeiras sucatas, com suas estivas recém  adaptadas para transportar pessoas, não possuíam instalações sanitárias ou mesmo água corrente para os passageiros. Baldes de madeira com tampa, colocados nas extremidades das longas filas de beliches, era tudo que existia para os emigrantes satisfazerem as suas necessidades, durante toda a travessia, que poderia durar mais que um mês de viagem.

Muitos deles não tiveram oportunidade de conhecer o Novo Mundo, morrendo por epidemias  que frequentemente surgiam a bordo. Outros deles, e não foram poucos, uma vez alcançado o tão sonhado destino, não puderam desembarcar e tiveram que retornar ao porto de origem. Graves epidemias surgidas a bordo, ocasionando inúmeras mortes, principalmente pelo cólera, fizeram com que as autoridades sanitárias do porto não dessem o aval para o desembarque. 

Nem mesmo os membros das tripulações tinham ordem para desembarcar e o navio só podia ancorar fora do porto, alguns quilômetros em alto mar, para reabastecimento de água, víveres e carvão. 

Esses navios,  com toda a sua carga de infelizes emigrantes, tiveram que empreender a viagem de retorno, para o mesmo porto na Itália de onde tinham saído. Como as epidemias demoravam para serem vencidas, muitas outras mortes ocorreriam nessas viagens de retorno.

Nos Estados Unidos, a conquista de um lugar na nova pátria foi ainda mais complicado que nos países da América do Sul. O trabalho também era muito árduo e a competição bastante severa. 

As constantes perseguições sofridas pelos imigrantes italianos, por preconceito racial e medo da concorrência, por parte dos americanos e de imigrantes de outras nacionalidades, fizeram com que passassem a morar em guetos, ou bairros de italianos e  frequentar escolas paroquiais, retardando a disseminação do inglês nessas comunidades. 

Os americanos, no auge do preconceito diziam que "os italianos não eram brancos, nem descaradamente negros".  Eram considerados por muitos, uma raça inferior "uma linhagem de assassinos, anarquistas e mafiosos". Esse preconceito dos americanos para com os italianos perdurou praticamente até os anos da segunda guerra mundial. 




Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS


    




sábado, 20 de agosto de 2022

Relação de Imigrantes Italianos em Juiz de Fora MG 09.11.1894

 



VAPOR COLOMBO


IMIGRANTES ITALIANOS 

SAÍDA DO PORTO DE GÊNOVA

CHEGADOS À HOSPEDARIA HORTA BARBOSA

NO DIA 09 DE NOVEMBRO DE 1894


JUIZ DE FORA MINAS GERAIS 





SOBRENOME  NOME  IDADE  RELACIONAMENTO  DESTINO  CONTRATADO  




A imigração italiana em Minas Gerais ocorreu entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX de italianos para o estado brasileiro de Minas Gerais. O estado recebeu um dos maiores contingentes de imigrantes italianos do Brasil. A imigração italiana teve grandes subsídios do governo mineiro, que pagava a passagem de navio dos imigrantes, com vistas a aumentar os braços nas lavouras de café.
O governo do estado de Minas Gerias via a imigração não somente como uma solução para o problema da mão de obra no café, mas também como meio de desenvolver a agricultura local, em função do desconhecimento, ou mesmo, da resistência dos brasileiros em utilizar técnicas mais eficientes de exploração da terra. 
O governo mineiro não tinha os mesmos recursos financeiros para subsidiar as passagens de navios dos imigrantes, como tinha o governo paulista. A imigração subsidiada em Minas durou em torno de somente dez anos, de 1888 a 1898. Nesse último ano, devido à crise financeira, o governo mineiro praticamente cessou a imigração subsidiada.
Nas fazendas de café de Minas, predominou o sistema de "meação", que era menos vantajoso economicamente para os imigrantes que os sistemas de "locação de serviços" e de "colonato", que predominaram em São Paulo. Portanto, era mais vantajoso imigrar para São Paulo do que para Minas e, inclusive, muitos imigrantes abandonavam Minas e deslocavam-se para o estado vizinho.
De acordo com o censo de 1920, dos 42.943 italianos residentes em Minas Gerais, 67% estavam na Zona da Mata, e Juiz de Fora tinha a maior população, com 6.084 italianos, seguida de UbáCataguasesMuriaéLeopoldinaMar de EspanhaSão João Nepomuceno e Viçosa. O Sul de Minas era a segunda região com maior número de italianos (4.935), sendo a maior concentração em Poços de Caldas, com 2.017, seguida de São Sebastião do Paraíso e Varginha. A terceira região em número de italianos era a Metalúrgica ou central, e as maiores concentrações estavam em BarbacenaSão João del-Rei e Belo Horizonte.

























sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Relação de Imigrantes Italianos no Navio Colombo em 1894

 

Imigrantes na Hospedaria da Ilha das Flores Rio de Janeiro 



VAPOR COLOMBO 

 

 

  OUTUBRO DE 1894

 


DESTINO A MINAS GERAIS

 



 




ALBERTONI
ALOATTI
ALVISI
AMERI
AMOLINI
ANDREOLI
ANZOLIN
ARIELLO
AZPERTINI
BACCAGINI
BACCIN
BADIN
BALBO
BALDIN
BANCALARI
BARACCO
BARBIN
BATTAGLINO
BATTAGLINO
BATTISTELLI
BELLINATO
BELLONI
BERNARDI
BERTELLA
BERTELLI
BERTO
BERTOCCHI
BERTOLINI
BERTOLOTTO
BESUTTI
BETTARELLI
BIANCHI
BIANCHINI
BIONDI
BISATTO
BISIN
BOLTRI
BONALDI
BONATO
BONAVERI
BONFANTE
BORDIGATO
BORDIGNON
BORNACIN
BORTOLAZZO
BOSCATO
BOVOLAN
BRUGIATO
BRUNELLI
BURANELLO
BUTTURINI
CADANELLI
CADIELLO
CALANCA
CALOINI
CALVAGNI
CALVAGNI
CAMPAGNIN
CAMPIONI
CANATO
CARENZA
CARINELLI
CARRERI
CASAMORI
CASSAGHI
CASTALDELLI
CASTELLI
CATALANA
CATTOZZO
CAVALIERI
CAVALLETTI
CAVAZZA
CAVIOLA
CECCATO
CESCARI
CIMOSO
CITTO
COLOMBO
COLTRO
CORBETTA
CORRADI
CORTOSA
COSTA
COSTA
CRESCIMBENE
CRESTAN
CRIVELLARI
DALLA BENETTA
DALLA RUOTA
DALZOTTO
DANESE
DE CHECCHI
DE GRANDIS
DE MARCHI
DE ZUARI
FAGGIAN
FAGGIAN
FALDI
FATTORI
FATTORI
FEDERICI
FERRAGUTTI
FERRARESI
FERRARINI
FERRI
FILIPPIN
FINETTI
FIORESI
FONTANA
FURLANI
GABBATORE
GAIARDONI
GALERANI
GALLO
GALVAGNI
GARBIN
GATTI
GENTILINI
GHESINI
GHIESA
GIACCHELLO
GINNARI
GIRARDI
GIRARDI
GIRARDI
GISALDA
GOBBI
GREGGIO
GRIGNOLIO
GROTTI
GUERRIERO
GUSTMAN
LANZINI
LAVAGNOLI
LAZZARO
LIBANORI
LOCATELLI
LOMBARDI
LORCUZETTI
LORENZALE
LUPPI
MAINO
MANARON
MANIEZZI
MANTOVANI
MANZALI
MARCHI
MARI
MASSARDI
MASUT
MAZETTI
MAZIERO
MAZZACANI
MAZZETTI
MEARDI
MERLETTI
MIGLIORONZI
MILAN
MILANI
MIMMO
MINA
MONTAGNO
MOSCHETTA
MOSCHETTA
MOTTERAN
MUNARI
NARDIN
NAVASCHI
NOLLI
ONDEGGIA
PAGLIARINI
PAINELLI
PALMA
PAMPOLINI
PASCHETTA
PASETTO
PASQUALE
PAULON
PAVAN
PAVAN
PAVAN
PAVANI
PEDRON
PELLEGRINI
PEROTTI
PETROLATI
PIANTINI
PIAZZANA
PICCIOLI
PINZIN
PIRONI
PIRONI
PISANI
PIUBELLO
PIVATELLO
PIZZOLITTO
PORZIONATO
QUINZANI
RANA
RIGHETTO
RIGOBELLO
RIZZI
RIZZI
RIZZI
ROBERTI
ROSINA
ROSSIGNOLI
ROSSIGNOLI
RUDELLO
SABBIONI
SALAMINI
SANAVIA
SANGALLI
SARACCO
SARDI
SASSO
SCHANIC
SCHIESARO
SEGHETTO
SEMENSATO
SPINARDI
SPOLADORI
SQUIZZARDI
STERDI
STUPENDI
TAGLIERI
TASSINI
TERRAN
TEZZA
TIBONI
TODESCO
TODESCO
TOGNI
TOSI
TOSI
TRABANELLI
TREVISAN
TUNIATI
TURATTI
TURATTI
VALSANIN
VANNI
VANNI
VERONESE
VETTORE
VIDONI
VIGATO
VINCENZUTTO
VIOTTO
VIVIANI
ZAMBONI
ZAMIGNAN
ZAMPOLO
ZANON
ZERBINI
ZIVIANI
ZUCCHETTI
ZULIAN