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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

La Lìnea Palmeiro: el caminho de la speransa ’nte la Serra Gaúcha

 


La Lìnea Palmeiro: el caminho de la speransa ’nte la Serra Gaúcha

La Lìnea Palmeiro la ga un posto de primo piano ’nte la stòria de la colonizassion italiana de la Serra Gaúcha. Creà ’ntei ani 1870, la zè stà ´na de le prime strade segnà par ricever i imigranti, organizare i lotti de tera e meter in comunicassion le prime comunità coloniai de la region.


L’origene de la Lìnea Palmeiro e i primi ani de colonisassion

La Lìnea Palmeiro la siapà el so nome dal ingegnere che el ga fato la demarcassion de le tere. El so percorso el gavea sirca 28 chilòmetri, conetando la vècia Colònia Dona Isabel — che incòi la ze Bento Gonçalves — fin a Colònia Nova Vicenza, che incòi la ze Farroupilha.

Su tuto sto traieto i gavea segnà 200 loti de tera, ognedun con sirca 48 etari, grando abastansa par ospitar anca pì de ’na famèia. La division la ze restà cusì:

  • Loti da 1 a 99: zona de Bento Gonçalves

  • Loti da 100 a 200: zona che incòi la ze Farroupilha

I primi italiani i ze rivà in 1875, e verso el 1880 la zente gavea za ocupà quasi tuto. I coloni i ga fato casa, i ga sbosà, i ga fato i sentieri e i ga scominsià le coltive che dopo i ani i daria origine a la tradission vinìcola de la Serra Gaúcha.

L’importansa de la Lìnea Palmeiro par lo svilupo de la region

A parte de ’na strada, la Lìnea Palmeiro la ze stà el filo de vita che meteva insieme economia, comunità e la cultura de quei primi imigranti. Par là pasava tuto: prodoti de campagna, carghe, animai e anca le tradission che lori i ga portà da casa.

Sta via la permetea:

  • l’escolamento de la produssion agrìcola;

  • la comunicassion tra le comunità coloniai;

  • la nascita de nùclei religiosi e culturai;

  • el svilupo economico de la region.

La Lìnea Palmeiro la ze stà essensial par el sucesso de la colonisassion italiana ’nte el Rio Grande do Sul.

La fede dei imigranti e la devossion a la Madona de Caravaggio

Uno dei punti pì importanti de la Lìnea Palmeiro el ze la costrussion de la prima capela dedicà a la Madona de Caravaggio, fata su el loto 139. Da quel ze nato el futuro Santuàrio de Caravaggio, incòi un sìmbolo importante de la fede de la zente de la Serra Gaúcha.

Par quei coloni, la capela la gavea el senso de:

  • conforto ’nte le fadighe;

  • union tra le famèie italiane;

  • conservassion de le tradission portà da l’Itàlia;

  • speransa par un futuro novo.

La devossion, nassù là in meso a la foresta, la ze viva fin incòi.

Parché ze importante conservar sta stòria?

Capir la Lìnea Palmeiro el ze capir la nàssita vera de la Serra Gaúcha. Ogni lote, ogni famèia, ogni passo ’nte la mata ze la prova del coraio de quei che i gavea molà tuto par scominsiar da zero.

Sta strada la simbolisa:

  • el scomìnsio de la vitivinicoltura;

  • la formassion de Bento Gonçalves e Farroupilha;

  • la resistensa e la fede dei imigranti;

  • la nàssita de ’na identità ùnica ’ntel Brasil.

Salvar sta memòria la ze onorar el laoro e la vita de quei che ga fato grande la region.

Nota del autor

Mi go scrito sto testo parchè credo che conòssere el passà el ze fondamental par valorar el presente. La stòria de la Lìnea Palmeiro no la ze so ’na lista de nùmari e loti — la ze la stòria de la lota, de la speransa e de la volontà de tante famèie italiane che i ga trovà qua el so futuro. In sti ani che se parla tanto de identità e radise, contar sta stòria la ze on modo par tegner viva la memòria de chi che i ze vegnù avanti e par dar orgòio a le generassion che vignarà.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta


domingo, 30 de novembro de 2025

Linha Palmeiro: o caminho da esperança na Serra Gaúcha


Linha Palmeiro: o caminho da esperança na Serra Gaúcha

A Linha Palmeiro ocupa um lugar central na história da colonização italiana na Serra Gaúcha. Criada na década de 1870, ela serviu como uma das primeiras vias estruturadas para receber imigrantes, organizar os lotes agrícolas e conectar as recém-fundadas comunidades rurais da região.

A origem da Linha Palmeiro e o início da colonização italiana

A Linha Palmeiro recebeu esse nome em homenagem ao engenheiro responsável pela demarcação territorial. Seu traçado se estendia por cerca de 28 quilômetros, ligando a antiga Colônia Dona Isabel — atual Bento Gonçalves — até a Colônia Nova Vicenza, hoje Farroupilha.

Ao longo desse percurso foram demarcados 200 lotes rurais, cada um com aproximadamente 48 hectares, tamanho suficiente para abrigar mais de uma família. A divisão territorial ficou marcada da seguinte forma:

  • Lotes 1 a 99: área correspondente a Bento Gonçalves

  • Lotes 100 a 200: região onde hoje está Farroupilha

Os primeiros imigrantes italianos chegaram em 1875, e em poucos anos — por volta de 1880 — grande parte da Linha Palmeiro já estava ocupada. Esses pioneiros construíram casas, desbravaram a mata, abriram caminhos e iniciaram o cultivo que mais tarde daria origem à tradição vitivinícola da Serra Gaúcha.

A importância da Linha Palmeiro para o desenvolvimento da região

Mais do que uma estrada, a Linha Palmeiro funcionou como um eixo vital de integração econômica e social. Por ela circulavam produtos agrícolas, materiais de construção, mercadorias e também histórias, tradições e laços comunitários.

A picada aberta pelos primeiros colonos logo se transformou em uma via estruturada, permitindo:

  • escoamento da produção agrícola para os centros de consumo;

  • comunicação entre as diversas comunidades coloniais;

  • formação de núcleos religiosos, culturais e familiares;

  • crescimento econômico contínuo durante todo o final do século XIX.

Essa rota foi um elemento decisivo para o sucesso da colonização italiana no Rio Grande do Sul.

A fé dos imigrantes e a devoção a Nossa Senhora de Caravaggio

Um dos marcos mais simbólicos da Linha Palmeiro é a construção da primeira capela dedicada a Nossa Senhora de Caravaggio, erguida no lote 139. Esse pequeno templo foi o embrião do que mais tarde se tornaria o Santuário de Caravaggio, um dos principais símbolos religiosos da região.

Para muitos colonos, esse espaço representava:

  • consolo diante das dificuldades;

  • a união entre famílias italianas;

  • a preservação das tradições espirituais trazidas da Europa;

  • a certeza de que aquele território seria seu novo lar.

A devoção ali iniciada atravessou gerações e permanece viva na cultura regional até hoje.

Por que preservar essa história é essencial?

Entender a Linha Palmeiro é compreender o nascimento da Serra Gaúcha moderna. Cada lote, cada família, cada picada aberta na mata representa o esforço coletivo de imigrantes que reconstruíram suas vidas longe da Itália.

Essa rota histórica simboliza:

  • o início da vitivinicultura;

  • a formação das cidades de Bento Gonçalves e Farroupilha;

  • a resistência, coragem e fé dos imigrantes;

  • o surgimento de uma identidade cultural única no Brasil.

Ao preservar essa memória, honramos o legado de milhares de homens e mulheres que transformaram a região em um dos polos culturais e econômicos mais importantes do país.

Nota do autor

Escrevi este texto para valorizar a memória dos imigrantes que desbravaram a Linha Palmeiro e ergueram, com esforço e esperança, as bases da Serra Gaúcha. Contar essa história é manter vivo o legado de quem lutou, sonhou e acreditou em um futuro melhor. Como descendente e pesquisador da imigração italiana, sinto que preservar essas narrativas é essencial para fortalecer nossa identidade e transmitir às novas gerações o orgulho de nossas origens.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta



quarta-feira, 11 de abril de 2018

Lotes de Terra e Sobrenomes na Linha Palmeiro - Imigração Italiana no Rio Grande do Sul




No início da colonização italiana na Serra Gaúcha as famílias eram assentadas em grandes lotes separados pelas chamadas linhas e travessões, que permitiam o acesso livre entre eles. 
Desde os primeiros tempos constatou-se a necessidade de estradas para possibilitar o escoamento da produção e a sua comercialização, atingindo os centros consumidores. A chamada Linha Palmeiro, nome este dado em homenagem ao engenheiro que realizou a demarcação dos lotes, foi uma das mais antigas vias coloniais do Rio Grande do Sul. Tinha uma extensão de 28 Km e em todo o seu comprimento foram demarcados 200 lotes de terra, logo ocupados pelo emigrantes italianos.

Esta importante via começava na localidade conhecida por Barracão, na então Colônia Dona Isabel, hoje município de Bento Gonçalves, onde ficava o lote de número 1 e se entendia até a Colônia Nova Vicenza, hoje Farroupilha, com o lote de número 200. 

Em toda a sua extensão, de acordo com um censo realizado em 1883, dava conta que todos os lotes já estavam ocupados, alguns por mais de uma família, devido a grande área de terra disponível em cada um. Ainda no mesmo censo desse ano relata que nela estavam vivendo 1938 pessoas. 
A Linha Palmeiro, pela sua importância, foi palco de importantes episódios da história da colonização italiana do Rio Grande do Sul. Entre elas podemos lembrar a morte de Don Domenico Munari, pároco daqueles pioneiros, falecido no ano de 1878, aos 39 anos de idade, na altura do lote 79, em situação mal explicada.

Don Domenico, na Itália sido pároco da localidade de Fastro, comune de Arsiè, Província de Beluno e emigrou para o Brasil em 1876, via Porto de Bordeaux, juntamente com um grande grupo de seus paroquianos, em uma acidentada viagem oceânica a bordo de um veleiro norueguês que naufragou logo na saída, ainda nas costas da França.



Também foi na Linha Palmeiro que aconteceu a criação da Capela de Nossa Senhora de Caravaggio (Madonna di Caravaggio), no lote 139, hoje um grande Santuário, que marcou a vida daquela população.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

domingo, 25 de março de 2018

Sobrenomes Italianos e Vênetos na Linha Palmeiro Rio Grande do Sul



Sobrenomes (cognomi) italianos e vênetos na Linha Palmeiro, uma das principais vias de comunicação no início da colonização italiana no Rio Grande do Sul, que ligava a Colônia Dona Isabel (Bento Gonçalves) a Nova Vicenza (Farroupilha). Os sobrenomes aqui estão em ordem alfabética e não levando em conta o número do lote que ocupavam. Também muitos sobrenomes se repetem na lista pelo número do lote, quando vários núcleos familiares ocupavam os seus respectivos lotes. Também em alguns destes foram assentadas mais de uma família devido a enorme área de terra que tinham. Assim encontramos os sobrenomes: 

Adosco, Agnoletto, Agosti, Alberti, Antiga, Arboit, Arnoldi, Arsego, Bacin, Balbinote, Balbinotti, Barppi, Bartelli, Bartuci, Basei, Baso, Bassani, Bassi, Battistuzzi, Bellaver, Belluchi, Benvenuto, Bernardi, Bernardo, Bertuol, Bertuoli, Bertuolo, Bezzi, Bianchi, Biason, Biasus, Bonelli, Bongo, Bortolazi, Brustolin, Bunetta, Buratti,Bustolin, Cadona, Cainei, Canelli, Cantere, Canton, Carli, Carlin, Carnier, Cartieri, Casa Grande, Casagrande, Casanova, Cassol, Cassoli, Cavaleri, Cavaletti, Centa, Checonelle, Chiaconelli, Chiconello, Cilochi, Colere, Colombelli, Colonezi, Coloto, Comiotto, Conti, Cortina, Costacurta, Crestani, Cusin, Cuzzo, Dacos, Dalaqua, Dalberti, Dalberto, Dall´Agnol, Dallacen, Dallaqua, Dallarin, Dalldat, Dalmagro, Dalmazo, Dalpiva, Dalpizo, Dalponti, Dalvisco, Damarchi, Damiani, Damo, Dargolla, Darri, Dartor, Dassoler, De Luccas, De Maman, De Zorzi, Debarba, Debona, Decesere, Delazin, Delfabro, Dellosbe, Deparis, Dersodio, Desvaldi, Devilla, Dinardi, Domatteu Domenegatti, Domenegatto, Donada, Dorgi, Fabiani, Fabiano, Fachi, Fachio, Fai, Falgatti, Faoro, Faotto, Ferrari, Fiori, Fiurentina, Fochi, Fontanella, Foresti, Frà, Franceschi, Franceschini, Franceschito, Francesco, Francescon, Frandaloso, Fuzari, Gairdo, Galapaci, Galli, Gallina, Gasparin, Gasparini, Ghedini, Giaboti, Giacomel, Giron, Globo, Gobbi, Grando, Granville, Isordi, Isotton, Lamanata, Lanfredi, Lerin, Lira, Lodi, Lombardi, Lonardi, Lucavva, Macoli, Madalozzo, Madurano, Magagnin, Magnani, Magnoli, Mancalosi, Maregia, Marengon, Marin, Marini, Matteu, Mazzelino, Menegotto, Menegrini, Menin, Menta, Merlin, Milanezi, Mioni, Mognoli, Molin, Molinetti, Mulinari, Niquili, Noal, Oldoni, Olivier, Osvaldo, Pagnozatto, Pallude, Panassioli, Panazzolo, Pandolfi, Pasa, Pechin, Perdo, Perlina, Perozzo, Pezzin, Pialho, Pianna, Picolo, Pierri, Pilla, Poletti, Raimondi, Regali, Resera, Ricini, Rizzo, Ros, Marino, Rosarolli, Rossi, Rostirol, Rozzi, Saboti, Sachelli, Sachetti, Salangna, Salatini, Salvador, Sarini, Sarzi, Savario, Savaris, Sbardelotto, Scarton, Sculario, Sebben, Selotti, Serafino, Sertorio, Serttorio, Sineiro, Spolti, Spotti, Squena, Sterzzi, Strapazzon, Sumacal, Tabaldi, Tigarolli, Tomasini, Tonette, Tonietto, Torrini, Tremeio, Troici, Turbian, Under, Valdanega, Valério, Vasseler, Venzon, Vicentino, Viessel, Viessi, Zancanor, Zanella, Zanim, Zanin, Zanol, Zanoli, Zatte, Zomita, Zucchi, Zucco.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS


Linha Palmeiro o caminho dos imigrantes italianos entre Bento Gonçalves e Farroupilha no RS




No início da colonização italiana na Serra Gaúcha as famílias eram assentadas em grandes lotes separados pelas chamadas linhas e travessões, que permitiam o acesso livre entre eles.
Desde os primeiros tempos constatou-se a necessidade de estradas para possibilitar o escoamento da produção e a sua comercialização, atingindo os centros consumidores.
A chamada Linha Palmeiro, nome dado em homenagem ao engenheiro que realizou a demarcação dos lotes, foi uma das mais antigas vias coloniais do Rio Grande do Sul. Tinha uma extensão de 28 Km e em todo o seu comprimento foram demarcados 200 lotes de terra que logo foram ocupados pelos imigrantes italianos que chegavam.
Esta importante via começava na localidade conhecida por Barracão, na então Colônia Dona Isabel, hoje município de Bento Gonçalves, onde ficava o lote de número 1 e se entendia até a Colônia Nova Vicenza, hoje Farroupilha, com o lote de número 200.
Em toda a sua extensão, de acordo com um censo realizado em 1883, dava conta que todos os lotes já estavam ocupados, alguns por mais de uma família, devido a grande área disponível em cada um. Ainda o mesmo censo desse ano relata que nela estavam vivendo 1938 pessoas.
A Linha Palmeiro, pela sua importância, foi palco de importantes passagens da história da colonização italiana do Rio Grande do Sul. Entre elas a morte de Don Domenico Munari, pároco daqueles pioneiros, falecido no ano de 1878, aos 39 anos de idade, na altura do lote 79.
Don Domenico, tinha sido pároco de Fastro, comune de Arsiè, Província de Belluno e emigrou para o Brasil em 1876, via Porto de Bordeaux, juntamente com um grande grupo de seus paroquianos, em uma acidentada viagem oceânica a bordo de um veleiro norueguês que naufragou logo na saída, ainda nas costas da França.
Também na Linha Palmeiro aconteceu a criação da Capela de Nossa Senhora de Caravaggio, no lote 139, hoje Santuário, que marcou a vida daquela população.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta

Erechim RS