segunda-feira, 5 de março de 2018

O Transferimento dos Restos Mortais de São Marcos para Veneza

O Transferimento dos Restos Mortais de São Marcos para Veneza


 




Desde quando os otomanos invadiram Alexandria e todo o Egito, o imperador bizantino Leone V, que governou entre os anos 813 e 820, impôs, à todas as regiões do império, a proibição absoluta, para qualquer um, de ir para o Egito em negócios. Essa proclamação se difundiu por toda a parte e chegou também aos venezianos, que nessa época estavam sob o jugo de Bizâncio. Giustiniano Partecipazio, que naquela ocasião era doge de Veneza, confirmou aquela mesma ordem aos seus súditos. Mas, em Janeiro de 828 umas dez naves venezianas, empurradas por fortes ventos, fazendo crer mesmo que fosse vontade divina, foram obrigadas a procurar refúgio em Alexandria. Entre os nobres embarcados nesses navios, estavam o tribuno Bono da Malamocco e Rustico da Torcello. Os dois constataram a difícil situação dos cristãos locais e o resultado das contínuas espoliações de todo o tipo de bens materiais que eles estavam sofrendo. Falando sobre isso, confessaram a Stauranzio e Teodoro, os dois guardiões de origem grega da igreja de São Marcos, junto a qual repousavam os restos mortais do evangelista, o seu plano de roubar a santas relíquias e leva-las para um lugar mais seguro, em Veneza. Os dois guardiães inicialmente tiveram uma dura e negativa reação temendo pelas suas vidas e de todos os cristãos do Egito. Depois de muitas discussões e avaliações da situação que duraram mais alguns dias, aterrorizados também pelas notícias cada vez mais alarmantes das violências e roubos praticados pelos turcos, aceitaram o plano proposto. Acertaram o dia da transferência do santíssimo corpo e na hora combinada os dois guardiões forçaram o túmulo de mármore. Os restos do corpo jaziam em supino, completamente envolvido  em um manto de confecção síria. O corpo foi extraído do manto e no seu lugar, para retardar uma possível descoberta, foi preenchido com relíquias de Santa Cláudia, recolhidas a sua volta de um sarcófago vizinho. Os restos foram colocados em uma cesta e recobertas por folhas de repolho e de outras hortaliças e logo acima foram colocados grossos pedaços de carne de porco. Pegaram a cesta e dirigiram-se ao seu navio, mas, logo adiante foram barrados por uma patrulha sarracena com o propósito de examinar o seu conteúdo. A vista da carne de porco, que eles consideram impura, começaram a gritar: “kanzir” “kanzir”, que significa porco, e cuspindo por terra em sinal de nojo, se afastaram imediatamente. Somente Teodoro decidiu de não partir. Durante a viagem de retorno à Veneza, segundo alguns relatos, aconteceram alguns milagres, como a salvação do navio, de um naufrágio seguro, durante um temporal. A notícia da chegada em Veneza do navio que transportava as relíquias do santo se difundiu rapidamente e o próprio Doge Giustiniano, entusiasmado perdoou os responsáveis por desobedecer a sua ordem e comerciarem com os infiéis Sarracenos. Tão logo o navio entrou no porto de Olivolo, em Castello, veio o bispo Orso seguido de todo os representantes do clero, todos devidamente paramentados com suas roupas sacras. O corpo foi transportado ao palácio do Doge e colocado em um lugar do andar superior. Decidiram depois construir uma basílica em honra do Santo, que foi executada por Giovanni, irmão do Doge Giustiniano.    


A Pala de Ouro - La Pala d'Oro

La Pala d’Oro





É um dos mais importantes trabalhos de ourivesaria da época gótica veneziana. Adorna o “Altare Maggiore” da Basílica de São Marcos, em Veneza. Consta de várias centenas de valiosas gemas, pedras preciosas, ouro e esmalte. Foi criada por ordem do Doge Pietro Orseolo, que governou Veneza entre os anos de 876 e 878, para enriquecer e embelezar a Igreja San Marco, naquela época a capela ducal. O trabalho inicial foi ordenado em Constantinopla e depois enriquecida por ordem de doges que o sucederam, como Ordelaf Falier, que governou entre 1102 e 1018 e Pietro Ziani, cujo governo se deu entre 1205 e 1229. No ano de 1345, no dogado do Doge Andrea Dandolo chegou a forma como a conhecemos hoje, uma obra do artista Giampaolo Boninsegna. Este a transformou a forma anterior e acrescentou uma série incrível rica de esmaltes, quase todos de origem bizantina, dos século X e XII, muitos deles provenientes do célebre monastério de Pantocrator e trazidos para Veneza no ano de 1204 na época da IV Cruzada.
A pala tem a forma retangular com 3,48 m de comprimento por 1,4 m de altura, dividida em duas partes. Todos, com exceção dos 18 esmaltes da parte inferior, são de cunho religioso, ilustrando em especial episódios da vida de Cristo e de São Marcos.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS


La Vèra Stòria Véneta contà da “Dino da Sandrà”

La Vèra Stòria Véneta Contà da "Dino da Sandrà"


Cartone rigorosamente in lingua Veneta, proprio quella che non si trova sui libri di scuola, racconta in poco più di un quarto d’ora, circa 3.000 anni di storia, contà da “Dino da Sandrà”.

La grande storia dei Veneti - Parte Prima




La grande storia dei Veneti - Parte Seconda





Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

Os Vênetos Povo do Âmbar

Os Vênetos Povo do Âmbar




Desde os tempos mais remotos o comércio foi uma das atividades principais do povo Vêneto. Na antiguidade, o conhecido escritor e filósofo grego Aristóteles, se refere aos Vênetos como o povo do âmbar. Relata que além de comercializarem cavalos, dos quais eram conhecidos como hábeis criadores, os Vênetos também negociavam o âmbar com inúmeros outros povos, entre os quais os Gregos. O âmbar é uma resina fóssil, em estado sólido, formado de uma espécie extinta de pinheiro, encontrado e extraído na região do Mar Báltico e também na antiga Prússia. É muito comum encontrar insetos fossilizados no interior de uma peça de âmbar. Tem a cor característica amarelo-pálida ou acastanhada, transparente, conhecida também como cor âmbar. Na época o âmbar era uma substância muito rara e valiosa. Era usado para fazer objetos de adorno, tinha propriedades curativas e mágicas e na antiguidade também simbolizava prosperidade. Uma vez fricionada uma peça de âmbar tem a propriedade de atrair objetos leves de algodão ou palha, devido a eletricicade estática produzida. Os gregos a denominavam de Elektron, que mais tarde veio originar o nome eletrecidade.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta

Erechim RS

Veneza do século XVIII na visão do pintor Francesco GUARDI

 
Cannaregio dal ponte dei tre archi a Palazzo Surian Bellotto

 Il fiume dei mendicanti al convento dei Domenicani

Francesco Guardi - Solenità Doganali




Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS