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terça-feira, 27 de março de 2018

Don Domenico Munari e os emigrantes de Arsiè




 Don Domenico, era pároco de Fastro, no comune de Arsiè, Província de Belluno e emigrou para o Brasil em 1876, através do Porto de Bordeaux, na França, juntamente com um grande grupo de emigrantes, composto por 275 de seus paroquianos. Desses 58 eram de Arsiè e os demais de outros municípios feltrinos e de Vicenza. A acidentada viagem oceânica a bordo do veleiro norueguês, de nome Haugereid, que naufragou logo na saída, ainda nas costas da França durante uma terrível tempestade entre os portos de Royan e La Rochelle. Muitos foram os que perderam a vida sobretudo crianças.
Em Abril embarcaram no vapor Portena e chegaram no Rio Grande do Sul em 10 de Maio de 1876 foram destinados às colônias ao longo da Linha Palmeiro, entre as Colônia Dona Isabel e Conde D’Eu.
Em 1878 morreu aos 39 anos de idade devido um acidente em circunstâncias não bem esclarecidas, deixando seus paroquianos sem o seu suporte e guia espiritual.
No local desse acidente hoje tem um monumento em sua homenagem.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS






domingo, 25 de março de 2018

Linha Palmeiro o caminho dos imigrantes italianos entre Bento Gonçalves e Farroupilha no RS




No início da colonização italiana na Serra Gaúcha as famílias eram assentadas em grandes lotes separados pelas chamadas linhas e travessões, que permitiam o acesso livre entre eles.
Desde os primeiros tempos constatou-se a necessidade de estradas para possibilitar o escoamento da produção e a sua comercialização, atingindo os centros consumidores.
A chamada Linha Palmeiro, nome dado em homenagem ao engenheiro que realizou a demarcação dos lotes, foi uma das mais antigas vias coloniais do Rio Grande do Sul. Tinha uma extensão de 28 Km e em todo o seu comprimento foram demarcados 200 lotes de terra que logo foram ocupados pelos imigrantes italianos que chegavam.
Esta importante via começava na localidade conhecida por Barracão, na então Colônia Dona Isabel, hoje município de Bento Gonçalves, onde ficava o lote de número 1 e se entendia até a Colônia Nova Vicenza, hoje Farroupilha, com o lote de número 200.
Em toda a sua extensão, de acordo com um censo realizado em 1883, dava conta que todos os lotes já estavam ocupados, alguns por mais de uma família, devido a grande área disponível em cada um. Ainda o mesmo censo desse ano relata que nela estavam vivendo 1938 pessoas.
A Linha Palmeiro, pela sua importância, foi palco de importantes passagens da história da colonização italiana do Rio Grande do Sul. Entre elas a morte de Don Domenico Munari, pároco daqueles pioneiros, falecido no ano de 1878, aos 39 anos de idade, na altura do lote 79.
Don Domenico, tinha sido pároco de Fastro, comune de Arsiè, Província de Belluno e emigrou para o Brasil em 1876, via Porto de Bordeaux, juntamente com um grande grupo de seus paroquianos, em uma acidentada viagem oceânica a bordo de um veleiro norueguês que naufragou logo na saída, ainda nas costas da França.
Também na Linha Palmeiro aconteceu a criação da Capela de Nossa Senhora de Caravaggio, no lote 139, hoje Santuário, que marcou a vida daquela população.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta

Erechim RS