sábado, 21 de abril de 2018

Ano da Fundação das Colônias Italianas no Rio Grande do Sul





Conde d’Eu – Garibaldi – 1874

Dona Isabel – Bento Gonçalves 1875

Campo dos Bugres – Caxias do Sul – 1875

Silveira Martins 1877

Carlos Barbosa – 1877

Nova Vicenza – Farroupilha – 1877

Nova Trento – Flores da Cunha – 1878

São Marcos – 1883

Veranópolis – 1884

Antônio Prado – 1885
 
Encantado – 1888

Guaporé – 1898

Nova Prata – 1900

Nova Bassano – 1924

Serafina Correia - 1930


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

Sobrenomes Italianos Alguns de Pioneiros em São Carlos no Estado de São Paulo



Ambrogi
Appratti
Bandiera
Benincasa
Bentti
Bissinello
Borgio
Botta
Caputo
Cardinalli
Cascaldi
Cassinelli
Catalano
Cattani
Cella
Censoni
Cerri
Civatti
Constanzo
De Vitis
Facchina
Faga
Fagá
Farignole
Fazzari
Fazzi
Flosi
Foschini
Galli
Galucci
Giannoti
Giometti
Giongo
Giorgi
Gregori
Maffei
Mantovani
Marchesoni
Maricondi
Martini
Masci
Mastrofrancisco
Mugnai
Paccini
Pellicano
Pessa
Petroni
Picchi
Pugliesi
Rafelli
Ragonesi
Rizzini
Rizzo
Romanelli
Rossi
Sabadini
Saltarel
Secchiari
Serpe
Stefanutti
Vergameni
Villari
      Vinceguerra

          Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
          Erechim RS

Emigração Vêneta e os Preparativos para a Grande Viagem




Uma vez tomada a difícil decisão de emigrar e após terem dado os nomes ao agente recrutador, representante da companhia que promovia a viagem, a primeira providência era conseguir o devido passaporte, necessário para toda a família. Para tanto necessitava de uma declaração obtida junto a prefeitura da sua cidade. Também tinham que providenciar a obrigatória vacina.

Eram meses de preparativos, que começava com a venda de tudo que não podiam levar consigo. As roupas, objetos de uso pessoal, instrumentos musicais e ferramentas, eram acondicionadas em grandes caixas de madeira, os baús, nas arcas ou em sacos.
Faziam encontros com os que não iriam viajar, oportunidade que aproveitavam para se despedir dos amigos e familiares, não esquecendo também da obrigatória e sentimental última visita ao cemitério da localidade, para dar o ultimo adeus aos parentes e amigos já falecidos. 

Visitavam também o pároco da localidade, do qual pediam a benção e a sua interseção para afrontarem a longa, temida e desconhecida travessia.




No dia marcado para iniciarem a viagem, com destino ao porto de Gênova, emocionados despediam-se mais uma vez dos familiares que ficavam e, ainda bem cedo, partiam banhados em lágrimas. Davam uma derradeira e demorada olhada para trás e seguiam confiantes no seu destino. Chegavam a estação ferroviária mais próxima e junto com tantos outros que lá se encontravam, seguiam para o porto de Gênova. 

Durante o trajeto, em cada parada do trem, em estações do Vêneto ou de outras províncias da Lombardia, passagem até o porto, a mesma cena se repetia: dezenas de homens, mulheres e crianças, subiam carregados de bagagens, colocadas em malas de papelão, sacos ou baús de madeira. 

Muitas vezes eram vilas inteiras que partiam, tendo o pároco local à frente do grupo. Às vezes também partiam de noite, no escuro e em silencio, como estivessem em tempo de guerra e o inimigo estivesse na espera. Muitas vezes centenas de pessoas se movimentavam juntas, lentamente, ao som dos sinos, como acontecia nas grandes festas. Na frente do grupo puxando a marcha estava um grande crucifixo ou o estandarte de um santo que os emigrantes pretendiam levar consigo na nova pátria.

Para a grande maioria desses emigrantes esta viagem até a estação ferroviária já se constituía na distância mais longa que até então tinham se afastado dos seus povoados. A viagem de trem também era desconhecida para a maioria deles e isso gerava ainda mais medo e apreensão. 

O destino de todos eles era o Porto de Gênova e quando ali desembarcavam, pela primeira vez, a grande maioria vinha a conhecer o mar.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS