quarta-feira, 18 de abril de 2018

Alguns Sobrenomes Italianos em Botucatu Estado de São Paulo



Estes sobrenomes são pertencentes às famílias italianas de várias procedências regionais na Itália, descendentes ou não daqueles primeiros emigrantes, que foram trazidos para trabalhar nas fazendas da região, em substituição à mão de obra escrava. 
Bem diferente da colonização italiana implantada nos três estados do sul do Brasil, onde os italianos eram assentados nas colônias criadas pelos governos provinciais, em São Paulo eles vieram com destino certo para trabalharem nas várias fazendas de café já existentes, contratados por alguns ricos donos de terras e alojados nos casebres, que até bem pouco tempo eram usados pelos escravos. 


Devido as duras condições de trabalho impostas, com o passar do tempo esses imigrantes italianos foram abandonando as fazendas, especialmente devido as precárias condições em que viviam e o tratamento que recebiam. Vários deles, depois de alguns anos, retornaram para a Itália. 


Certos proprietários de terras, acostumados a lidar com os escravos, queriam tratar os italianos da mesma maneira que sempre tinham feito. Não deu muito certo. Aqueles mais empreendedores ou que já possuíam algum ofício, largaram as fazendas e passaram a trabalhar como empregados nas cidades vizinhas e mesmo, os mais preparados, montaram os seus próprios negócios como artesãos e comerciantes.



 Sobrenomes Italianos em Botucatu 
Estado de São Paulo


Andreasi
Avallone
Botti
Bozoni
Bronzato
Cagliare
Canellas
Carboneri
Caricati
Carnavalli
Carnieto
Cezario
Chequetti
Chiaradia
Chiari
Colognese
Conti
Corte
Cuiatti
Dal Farra
De Tomasi
Devide
Di Biasi 
Di Carli
Dorini
Faconti
Fioravante
Fioravanti
Frederico
Fusco
Galerani
Gasparini
Germinagnani
Gori
Grandi
Lanzaro
Laperuta
Lunardi
Magnani
Maselli
Matturo
Meneguin
Migiorini
Monteferranti
Moressi
Moscogliato
Paganini
Pedretti
Picinin
Pópolo
Rasati
Rauzani
Santarora
Serra
Simonete
Stefanini 
Tomasi
Trombaco
Varoli
Venditto
Ventrella
Vizotto
Zerbetto
Zonin



Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

A Longa e Angustiante Espera pelo Embarque no Porto de Gênova





Chegados ao Porto de Gênova, quase sempre, deviam esperar alguns dias, as vezes algumas semanas, pela partida do vapor que os levaria para a tão sonhada terra “della cucagna”, a prometida América.

No espaço frente a estação de trens, geralmente era invadida por milhares de emigrantes recém chegados de toda parte da Itália, que se amontoavam esperando para o embarque no porto.



Durante o período esta espera, os emigrantes ficavam desamparados e submetidos a toda sorte de provações, vendo muitas vezes, os seus poucos recursos, duramente economizados, serem roubados, por uma gama enorme de todo tipo de aproveitadores, especuladores e ladrões. 

Roubos de passaportes, dinheiro e bagagens eram constantes. O preço dos alimentos e das diárias dos albergues, em toda a área vizinha ao porto eram intencionalmente inflacionados, por comerciantes desonestos, que viam nos pobres emigrantes uma oportunidade desonesta de aumentarem os seus lucros. Estavam geralmente mancomunados com as agências de viagens e as companhias de navegação. O que acontecia nos portos era simplesmente escandaloso e muito terrível.

Nas declarações dos nossos emigrantes nos dão conta que já eram roubados pelos próprios italianos, antes mesmo de deixarem a Itália.


O padre Maldotti, enviado do Mons. Scalabrini, desempenhou importante papel na proteção e socorro a esses infelizes emigrantes que ali chegavam, muitas vezes uma semana antes da data do embarque, ficavam perambulando abandonados à própria sorte.

Diferente dos emigrantes italianos do sul que partiam quase sempre com os bolsos vazios, os emigrantes vênetos partiam sempre com uma pequena economia, fruto da venda de objetos das suas casas, de animais e de uma pequena área de terra.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS