sábado, 30 de setembro de 2023

Vapor Colombia: A Épica Jornada das Famílias Italianas Rumo ao Espírito Santo



 

Famílias Italianas no Espírito Santo

Vapor Colombia

15 de agosto de 1877




Amadio - Basso - Bazzo - 
Bibanel - Bigolin - Bit - Bitti - Bresciani - Cao - Caon - Casagrande - Chiaradia - Cisana - 
Costa - Cuzzuol - 
D' Ambros - Da Dalt - 
Dal Gobbo - 
Dall'Antonia - Dambom - 
D'Ambrosine - De Mari - De Mattia - 
De Nardi - De Poli - Del Pio Luogo - 
Del Puppo - 
Della Pascoa - Dusioni - 
Fantin - Faraon - Fiorot - Fiorotto - 
Follin - Franco - Furgeri - Garbelloto - 
Levis - Manente - Marin - Masullo - 
Mazzon - Menegazzo - Modolo - 
Moro - Nardi - Pazzin - Perin - Peruch - 
Pessot - Pianca - Pignaton - Pizzinat - 
Poletto - Redivo - Rizzo - Rosolen - 
Rossini - Rui - Sagrillo - Santret - Sarzi - 
Scarpat - Scopel - Soneghet - 
Sonego - Spinazzè -  
Susana - Tessianelli - Tonon - Venturin - 
Vighin - Zancanari - 
Zandonà




sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Desafios e Superações: A Vida dos Imigrantes Pioneiros nas Florestas do Rio Grande Do Sul

 

Rua central da colônia Caxias na década de 1890


Durante o século XIX, muitos italianos deixaram sua terra natal em busca de uma vida melhor no Brasil. Esses pioneiros imigrantes enfrentaram grandes desafios ao chegar no país e foram abandonados no meio da mata do Rio Grande do Sul, tendo que construir suas próprias casas e plantar suas próprias colheitas para sobreviver.
A vida dos imigrantes italianos nos primeiros anos no Brasil era extremamente difícil. Eles não tinham muita experiência de alguns cultivos que podiam se praticar no sul do Brasil e não estavam acostumados ao clima e ao solo do Rio Grande do Sul. Muitos tiveram que aprender a plantar, cultivar e colher sozinhos, sem a ajuda de especialistas. Muitas vezes aprenderam com  os negros, índios e caboclos que moravam na mata entorno da colônia. A terra tinha uma vegetação exuberante com grossas árvores que precisavam ser abatidas e queimadas para fazer lugar para as plantações, além de ter que lidar com animais peçonhentos desconhecidos, como as cobras, os insetos e outros animais selvagens.
Os imigrantes italianos produziam principalmente alimentos básicos, como trigo, feijão, milho e batatas, além de criar gado, suínos e outros animais para sustento próprio. Logo que puderam, depois de passados alguns anos da chegada, começaram também a produzir vinho, queijos e outros produtos derivados do leite. A produção era em pequena escala, principalmente para consumo próprio, e pouca parte era destinada para venda, mas nem sempre os mercados consumidores estavam próximos.
A falta de médicos era um grande problema nos primeiros anos daqueles imigrantes no Brasil. A maioria das doenças eram tratadas com remédios caseiros, feitos com plantas e ervas encontradas na região. Alguns dos remédios caseiros incluíam chás de ervas para dor de cabeça, febre e problemas digestivos. Além disso, a prática de cuidar de si mesmo e da família era muito comum, muitas vezes passando de geração em geração. Alguns imigrantes já traziam de casa na Itália o dom de curar doenças, fraturas e fazer partos. Eram os chamados curandeiros, os arrumadores de ossos, denominados  giustaossi na língua italiana e as parteiras, conhecidas como comare.
A religião era uma parte muito importante da vida dos imigrantes italianos e, embora não houvesse padres nos primeiros anos, eles mantiveram sua fé. Realizavam parte de ofícios religiosos  em casa, rezavam o rosário e a leitura da Bíblia e a oração eram práticas diárias. Quando os padres chegaram, eles se estabeleceram em pequenas igrejas construídas pelos próprios imigrantes, e a religião católica tornou-se uma parte importante da vida da comunidade.
A vida dos imigrantes italianos não era fácil, mas eles perseveraram e se adaptaram à sua nova vida no Brasil. Com o tempo, começaram a prosperar, construíram novas casas e ampliaram suas plantações e criações. Hoje, a cultura italiana contínua sendo muito importante no Rio Grande do Sul, e os descendentes desses imigrantes italianos ainda mantêm as tradições e costumes de seus antepassados.
Com o passar do tempo, os imigrantes italianos começaram a construir pequenas comunidades em volta de suas plantações e criações. Essas comunidades eram compostas principalmente por outros imigrantes italianos e suas famílias, mas também havia outros europeus e brasileiros que se juntaram a eles.
À medida que a comunidade crescia, os imigrantes italianos começaram a estabelecer escolas, igrejas e outros serviços públicos. As escolas eram muito importantes para eles, que valorizavam muito a educação. Muitas vezes, eles próprios se tornavam professores, ensinando a seus filhos e outros membros da comunidade.
A igreja também era uma parte importante da vida dos imigrantes italianos. Eles construíram pequenas igrejas de madeira ou pedra, decoradas com imagens religiosas e objetos sagrados. A missa era celebrada regularmente e os imigrantes italianos frequentavam a igreja em grande número, cantando hinos e participando de outras cerimônias religiosas.
Embora a religião católica tenha sido a principal religião dos imigrantes italianos, mais tarde havia também aqueles que pertenciam a outras religiões, como o protestantismo. Eles se reuniam em pequenos grupos para orar e estudar a Bíblia, muitas vezes construindo suas próprias igrejas.
A vida dos imigrantes italianos no Brasil também era influenciada pela política. Muitos dos imigrantes italianos eram socialistas e lutavam por melhores condições de trabalho e vida. Eles organizaram sindicatos e greves, exigindo melhores salários e direitos trabalhistas. Muitos imigrantes italianos também se envolveram na política local, apoiando candidatos que prometiam melhorias para a comunidade.
A culinária italiana também se tornou uma parte importante da cultura do Rio Grande do Sul. Os imigrantes italianos trouxeram consigo suas próprias receitas e práticas culinárias, que foram adaptadas com os ingredientes locais. Pratos como massa, pizza, polenta, risoto e outros pratos italianos se tornaram populares entre a população local, e muitos restaurantes e pizzarias foram abertos para atender à demanda.
Hoje, a cultura italiana continua a ser uma parte importante da cultura gaúcha, e muitas cidades têm festivais italianos anuais. Os descendentes dos primeiros imigrantes ainda mantêm as tradições e costumes de seus antepassados, incluindo a religião, a culinária e a língua italiana.
Em resumo, a vida dos pioneiros imigrantes italianos no Brasil foi marcada por grandes desafios e dificuldades, incluindo a falta de conhecimento na agricultura praticada no sul do país, a falta de médicos e a falta de padres nos primeiros anos. No entanto, esses imigrantes perseveraram e se adaptaram à sua nova vida no Brasil, construindo comunidades, escolas e igrejas. A cultura italiana se tornou uma parte importante da cultura do Rio Grande do Sul e os descendentes dos imigrantes italianos ainda mantêm as tradições e costumes de seus antepassados.



quarta-feira, 27 de setembro de 2023

A Cura Além dos Médicos




A Cura Além dos Médicos
 

No interior das colônias, um saber ancestral, 
A Medicina sem Médicos, um legado vital, 
Onde a vida se entrelaça com o dom natural, 
E o cuidado se revela em cada ritual.

A "comare", parteira, com mãos habilidosas, 
Acolhe a vida que brota nas terras formosas, 
Com carinho e sabedoria, nas horas dolorosas, 
Trilhando caminhos, desafiando as horas preciosas.

Giustaossi, arrumadores de ossos, verdadeiros artistas, 
Em segredos ancestrais, conhecimentos altruístas, 
Restauram corpos e almas, em técnicas assistidas, 
Curam dores e aflições, com mãos que são benfiquistas.

As benzedeiras, sábias curandeiras dos males, 
Com rezas e benzeduras, espantam os vendavais, 
Invocam a fé e a esperança, nos rituais ancestrais, 
Cicatrizam as feridas, acalmando os temporais.

Simpatias e chás, poções de alívio e cura, 
Remédios da natureza, na essência mais pura, 
Heranças transmitidas, de geração em geração, 
Caminhos de cura e alívio, trilhando a tradição.

Medicina sem Médicos, saberes que transcendem, 
No interior das colônias, raízes que se estendem, 
Um cuidado profundo, que do coração emana, 
Valorizando a ancestralidade, na medicina humana.



de Gigi Scarsea
erechim rs





terça-feira, 26 de setembro de 2023

Alguns Imigrantes Italianos no Navio Washington Abril de 1886


 


Navio Washington
 

Lista de passageiros italianos


Porto do Rio de Janeiro

 
05 de Abril de 1886














Epidemia a Bordo: A Trágica Jornada dos Imigrantes Italianos Rumo ao Brasil


 

Antonio era um imigrante italiano que decidiu arriscar tudo e embarcar em um navio em busca de uma vida melhor. Como muitos outros italianos na época, ele partiu do porto de Nápoles em direção à América do Sul, especificamente para o Brasil para trabalhar em uma fazenda de café do interior do estado de São Paulo onde já moravam alguns parentes. O ano era 1919, logo após o fim da Grande Guerra  e a viagem prometia ser longa e cansativa.

A viagem de navio através do Atlântico era um sonho de muitos imigrantes italianos que buscavam uma nova vida em um país estrangeiro. Para muitos, o medo e a expectativa eram grandes, mas para outros, a viagem era vista somente como um grande desafio para as suas sofridas vidas. Era uma época em que viver na Itália era difícil  e as perspectivas de trabalho e educação eram muito limitadas causadas pelo longo conflito. Muitos italianos partiram em busca de uma vida melhor, enfrentando o desconhecido a procura  de novas oportunidades.

Ele partiu de Nápoles com a intenção de encontrar seus irmãos mais velhos que já estavam vivendo no país há uns 4 anos. A bordo do navio, ele se juntou a outros imigrantes italianos do norte e do sul do país que compartilhavam da mesma esperança e expectativa. No entanto, a felicidade da viagem seria abalada por uma grave epidemia que se alastrou a bordo.

Logo nos primeiros dias, Antonio notou que muitos passageiros estavam tossindo, vomitando e com febre alta. Alguns dias depois, o médico de bordo identificou a doença como gripe espanhola, uma epidemia que ainda assolava o mundo na época. A bordo, havia poucos medicamentos e suprimentos médicos, e a tripulação estava sobrecarregada devido ao grande número de doentes inclusive funcionários de bordo.

A doença se espalhou rapidamente pelo navio, e muitos passageiros foram colocados em quarentena. O medo e o pânico tomaram conta do navio, e os passageiros se isolaram em seus camarotes. As condições de higiene a bordo eram precárias, o que contribuiu para a rápida propagação da epidemia.

Antonio ficou preocupado com sua própria saúde, mas também com a de seus irmãos e amigos que viajavam com ele. Ele se recusou a se isolar em seu camarote e tentou ajudar o pessoal de bordo, colaborando nos cuidados aos  doentes. Ele e outros voluntários tentavam manter o ambiente o mais limpo possível, limpando as áreas comuns e ajudando alimentar os doentes.

Os dias se passaram lentamente e a epidemia parecia não dar trégua. Antonio continuou trabalhando ajudando o pessoal da tripulação a a distribuir os remédios existentes. Ele se sentiu um pouco cansado, mas recusou-se a se entregar à doença. Seus irmãos, que também estavam doentes, estavam em quarentena e ele não podia visitá-los.

Os dias e as noites no navio foram marcados por uma sensação de medo e incerteza. Muitos passageiros morreram e foram jogados ao mar, sem cerimônias adequadas. A tripulação estava sobrecarregada e os passageiros se sentiam abandonados e desamparados.

Antonio, no entanto, continuou a ajudar como podia, apesar de sua própria saúde estar se deteriorando. Ele se recusou a se isolar e continuou trabalhando incansavelmente para ajudar os outros. Ele começou a ter febre alta e sua tosse piorou, mas ele se recusou a desistir. Ele sabia que seus irmãos dependiam dele e que muitos passageiros estavam em situação ainda pior.

À medida que a viagem se aproximava do fim, a epidemia começou a diminuir, graças aos esforços do pessoal de bordos e voluntários como Antonio. Muitos passageiros se recuperaram, mas outros não tiveram tanta sorte. Antonio perdeu alguns amigos e conhecidos durante a epidemia, o que o deixou profundamente triste.

Finalmente, o navio chegou ao seu destino, mas a chegada não foi como eles imaginaram. As autoridades portuárias temiam a propagação da epidemia e o navio foi colocado em quarentena. Antonio e os outros passageiros tiveram que permanecer a bordo por mais alguns dias antes de poderem desembarcar.

Quando finalmente desembarcaram, muitos dos imigrantes italianos estavam fracos e doentes. Eles foram levados a hospitais para tratamento e mais alguns morreram. Antonio e seus irmãos foram colocados em quarentena por mais algumas semanas, antes de serem liberados para se estabelecerem no novo país.

A experiência no navio deixou uma marca profunda em Antonio e em muitos outros passageiros. A epidemia mostrou a fragilidade da vida humana e como uma doença pode se espalhar rapidamente em condições de higiene precárias. Mas também mostrou a coragem e a solidariedade dos passageiros, especialmente aqueles que trabalharam incansavelmente para ajudar os outros.

A viagem de navio através do Atlântico foi uma jornada difícil para Antonio e outros imigrantes italianos, mas eles superaram os obstáculos e conseguiram chegar ao seu destino. A epidemia foi um desafio terrível, mas também trouxe à tona o melhor da humanidade, com muitos passageiros trabalhando juntos em solidariedade para enfrentar a doença. A viagem acabou deixando uma lição valiosa sobre a importância da cooperação e da empatia em momentos difíceis.


Texto
Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS



segunda-feira, 25 de setembro de 2023

As Bênçãos de Marietta, a Trevisana

 





No coração do Rio Grande do Sul, na progressista Colônia Dona Isabel, em 1890, a vida fluía em harmonia com a natureza e as tradições ancestrais. Era um lugar onde as histórias eram tecidas nos campos ondulantes e os segredos da Medicina sem Médicos eram passados de geração em geração.
Maria Trecchiana, uma mulher de cabelos prateados e olhos sábios, era a curandeira mais respeitada da comunidade. Sua sabedoria era conhecida em toda a região, e sua reputação se estendia além das fronteiras da colônia. Maria tinha uma aura de serenidade que inspirava confiança. Ela era o farol da colônia, uma referência de cura e compaixão.
A já idosa Giuseppina, mais conhecida por todos como nona Pina, a matriarca da família Guirosani, era uma das pessoas mais queridas da colônia. Sua casa, uma modesta construção de madeira, era um local de encontros e histórias compartilhadas desde o tempo em que seu marido ainda era vivo. Ela tinha uma memória prodigiosa e podia relembrar com detalhes os relatos de seus antepassados sobre a jornada da Itália até a colônia.
Mas um dia, uma sombra de preocupação pairou sobre a colônia quando nona Pina adoeceu gravemente. As notícias de sua condição se espalharam rapidamente, criando uma aura de apreensão entre os colonos. Ela era desde que chegou a colônia, uma figura central na comunidade, uma verdadeira matriarca, e sua presença era como um pilar que sustentava a todos.
A família Guirosani, angustiada, procurou desesperadamente ajuda para a nona. Não havia hospitais e muito menos médicos na colônia,  ou mesmo próximos a ela, mas todos sabiam que Maria Peruchin, que tinha o apelido de Marietta, a trevisana, devido a sua procedência na Itália, era a única capaz de trazer alívio às dores da matriarca. Com os olhos cheios de lágrimas, eles procuraram a curandeira, implorando por sua ajuda.
Maria aceitou a missão com gratidão, pois era seu dever honrar a tradição de seus antepassados vênetos, que a guiara por toda a vida. Prescrever ervas para curar doenças e arrumar ossos quebrados sempre fôra um dom passado de mãe para filha na sua família. Ela  saiu à procura de certas espécies curativas e começou a preparar uma poção com as ervas colhidas nas encostas da linha Zamith. Seus gestos eram precisos e cheios de devoção, misturando conhecimento ancestral com a fé nas bênçãos da natureza. Durante o processo de procura das plantas corretas, proferia palavras que ninguém compreendia e rezava pedindo ajuda à Deus e aos seus Santos protetores. No final da tarde  ao administrar a poção, ela viu um vislumbre de esperança nos olhos frágeis de nona Pina.
Noites e dias se passaram, com Marietta ao lado da paciente. Ela rezou e benzeu a paciente por diversas vezes, buscando força nas tradições que haviam sido mantidas vivas na colônia. Os Guirosani se reuniam em vigília, compartilhando histórias sobre sua matriarca e mantendo a chama da esperança acesa.
A paciência de Marietta e a determinação dos familiares de Pina foram recompensadas. Gradualmente, nona Giuseppina começou a se recuperar. Seu sorriso fraco, como o primeiro raio de sol após uma tempestade, iluminou a sala escura. A comunidade inteira celebrou a recuperação da matriarca.
Maria Trecchiana não queria recompensa ou reconhecimento, pois sabia que era apenas um elo na corrente de cuidado e tradição que ligava as pessoas da colônia. A cura de nona Giuseppina não era apenas a vitória de uma paciente, mas um testemunho do poder das bênçãos da natureza e da sabedoria transmitida pelas gerações.
Com o tempo, a história de Maria Trecchiana e nona Pina se tornou uma lenda na Colônia Dona Isabel, um lembrete constante do valor da compaixão, da fé e das tradições que uniam aquelas almas gentis em um lugar tão especial. E assim, no coração do Rio Grande do Sul, a Medicina sem Médicos continuou a florescer, fortalecendo os laços entre as pessoas e honrando os ensinamentos de seus antepassados. Era uma história de resiliência, tradição e compaixão que ecoaria eternamente nas montanhas e vales daquelas terras especiais.



domingo, 24 de setembro de 2023

Caminhos Transatlânticos: Uma Jornada Épica da Itália à Colônia Silveira Martins




No início do inverno de 1890, Antônio e Giovanna, jovens imigrantes italianos, ambos com 25 anos, da mesma maneira que tantos outros italianos, embarcaram em uma emocionante e totalmente desconhecida jornada rumo ao mítico Brasil. A situação econômica da Itália continuava cada dia pior, com diminuição dos postos de trabalho no campo e nas cidades, onde grandes grupos de desempregados passavam as manhãs reunidos na praça da matriz, na esperança de conseguir algum trabalho como diarista. O fenômeno da emigração contagiava todos, cada qual tentando encontrar meios para comprar as passagem e embarcarem para aquele novo país do outro lado do oceano. Eles vinham de um pequeno comune no interior de Vicenza, com o sonho de construir uma nova vida na Colônia Silveira Martins. Levavam consigo seu precioso tesouro, um filho de 18 meses chamado Carlo.

A tão temida travessia do oceano Atlântico foi uma experiência desafiadora a qual ficou indelevelmente marcada na memória daqueles emigrantes. O navio em que viajavam, o Andrea Doria, estava lotado de outros imigrantes, todos ansiosos por uma chance melhor. As condições a bordo eram simples, com beliches apertados, comida limitada, higiene precária e falta de instalações sanitárias suficiente para o número de passageiros. Antônio e Giovanna enfrentaram duas tempestades ferozes, as quais pareciam que fosse o fim do mundo, mas nunca perderam a esperança, agarrados nos corrimões do barco e orando fervorosamente à Madonna di Monte Berico, a Santa de devoção dos dois jovens. 

Finalmente, após semanas de sofri e incertezas, avistaram a costa brasileira. O Porto do Rio de Janeiro os recebeu com a promessa de um novo começo. Tinham chegado ao Brasil, mas ainda faltava muito até o local onde seriam assentados. A jornada até a Colônia Silveira Martins foi longa e árdua, durou mais quatro semanas, com viagem de navio, barco e carroças puxadas pó diversas mulas, mas a família chegou com a determinação de transformar aquele lugar em seu lar.

As primeiras impressões da nova terra eram mistas. A paisagem era desafiadora, com vastas áreas ainda cobertas de mata virgem a serem desbravadas. No entanto, a comunidade de imigrantes italianos ja instalados estava unida, e todos ajudaram na construção de suas casas simples, erguidas com troncos de árvores, abundantes nos seus lotes..

Os primeiros anos foram bastante difíceis. Depois de abrir uma clareira na mata, plantaram suas primeiras sementes e lutaram contra os desafios da agricultura em um clima tão diferente do que estavam acostumados. Mas com trabalho duro e a ajuda de seus vizinhos, logo viram os frutos de seu esforço crescerem.

Carlo, o filho que havia cruzado o oceano com eles, cresceu forte e saudável. Antônio e Giovanna tiveram mais seis filhos, todos nascidos na Colônia. A família prosperou, expandindo sua plantação e construindo uma vida melhor.

Os anos se passaram, e os filhos de Antônio e Giovanna cresceram, Casaram-se com outros imigrantes italianos, e a família cresceu ainda mais. A Colônia Silveira Martins também floresceu, tornando-se um ponto de referência na região. Ela ficou conhecida como a quarta colônia da imigração italiana no Rio Grande do Sul, localizada na parte central do estado, próxima à cidade de Santa Maria.

Antônio e Giovanna viram a chegada de netos, e seu lar se encheu de risos e histórias. A jornada desde aquela pequena vila na Itália até a Colônia Silveira Martins havia valido a pena. Eles haviam construído um legado, uma família unida e uma história de sucesso naquela nova terra.

A saga da família italiana continuou, com cada geração contribuindo para o crescimento da colônia e mantendo viva a memória de Antônio e Giovanna, os corajosos imigrantes que ousaram sonhar e construir uma vida melhor em uma terra distante. E assim, a história da família italiana na Colônia Silveira Martins se tornou uma parte essencial da rica tapeçaria cultural e histórica do Brasil.



sábado, 23 de setembro de 2023

Sábias Tradições: Medicina sem Médicos






Sábias Tradições: Medicina sem Médicos



No interior das colônias, um saber ancestral, 
A Medicina sem Médicos, um legado vital, 
Onde a vida se entrelaça com o dom natural, 
E o cuidado se revela em cada ritual.

A "comare", parteira, com mãos habilidosas, 
Acolhe a vida que brota nas terras formosas, 
Com carinho e sabedoria, nas horas dolorosas, 
Trilhando caminhos, desafiando as horas preciosas.

Giustaossi, arrumadores de ossos, verdadeiros artistas, 
Em segredos ancestrais, conhecimentos altruístas, 
Restauram corpos e almas, em técnicas assistidas, 
Curam dores e aflições, com mãos que são benfiquistas.

As benzedeiras, sábias curandeiras dos males, 
Com rezas e benzeduras, espantam os vendavais, 
Invocam a fé e a esperança, nos rituais ancestrais, 
Cicatrizam as feridas, acalmando os temporais.

Simpatias e chás, poções de alívio e cura, 
Remédios da natureza, na essência mais pura, 
Heranças transmitidas, de geração em geração, 
Caminhos de cura e alívio, trilhando a tradição.

Medicina sem Médicos, saberes que transcendem, 
No interior das colônias, raízes que se estendem, 
Um cuidado profundo, que do coração emana, 
Valorizando a ancestralidade, na medicina humana.

Na senda das tradições, o saber floresce, 
A cura, um elo que a história enriquece, 
Nas colônias, segredos que o tempo esquece, 
A Medicina sem Médicos, a sabedoria que aquece.

As "comares" sábias, nas noites serenas, 
Com mãos que acolhem vidas, de almas amenas, 
Guiando o nascimento, como mãos divinas, 
Nos laços da vida, tecendo as tramas mais finas.

Giustaossi, os mestres dos ossos quebrados, 
Com artes ancestrais, segredos guardados, 
Reconstruindo destinos, na luz do passado, 
Curando com toques, pelo tempo abençoados.

Benzedeiras, com rezas e gestos de amor, 
Espantam as dores, como raios de calor, 
A fé e a esperança, em seu manto de flor, 
Cicatrizam feridas, num abraço acolhedor.

Simpatias e chás, poções da natureza, 
Curas que fluem com tamanha beleza, 
Heranças que brilham, na nossa fortaleza, 
Geração a geração, a saúde em realeza.

Medicina sem Médicos, um legado a preservar, 
No coração das colônias, a luz a brilhar, 
Nossas raízes profundas, a nos guiar, 
Na senda da cura, juntos a caminhar.

Nas histórias contadas pelos mais velhos, 
O conhecimento se tece em fios vermelhos, 
A cura se expande, como rios em desvelos, 
A tradição, um farol, em nossos anelos.

No abraço da comunidade, o doente se acolhe, 
O calor da amizade, como manto que envolve, 
Na medicina das gentes, a fé que resolve, 
A união de corações, a dor que dissolve.

Assim, na Medicina sem Médicos, aprendemos, 
Que além dos remédios, na tradição, vivemos, 
Cada gesto de cuidado, nos braços que estendemos, 
É a cura que floresce, nos laços que tecemos.



de Gigi Scarsea
erechim rs






sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Caminhos Além do Sile: Uma Saga de Amor e Prosperidade


 

Maria Augusta, Giuseppina e Antonella eram 3 irmãs com idades de 24, 20 e 17 anos respectivamente, filhas do casal Domenico Zatellon e Anna Mezzomo, moradores no interior de um pequeno município da província de Treviso, na região do Vêneto. Além das três moças Domenico e Anna tinham mais cinco filhos homens, todos vivos e mais duas meninas já falecidas ainda no primeiro ano de vida. Moravam e trabalhavam na agricultura e criação de bichos da seda, em uma grande terra particular margeada pelo rio Sile, de propriedade de uma família nobre veneziana, que já tinha conhecido mais importância e esplendor na época da Sereníssima República de Veneza. Já de alguns séculos era propriedade rural de nobres patrícios venezianos, local de férias de verão da família e de onde obtinham a sua renda. Outrora eram grandes armadores que substituíram a atividade marítima pela produção rural. A propriedade tinha vários empregados, todos morando no próprio local com as famílias, cultivando e produzindo um pouco de tudo, sendo a criação do bicho da seda umas das suas atividades principais.

Na tranquila província de Treviso, aninhada nas margens serenas do rio Sile, erguia-se a imponente Villa del Conte. Um legado de beleza e história, a propriedade era o lar de uma família laboriosa e notável: os Zatellon, que ali trabalhavam a três gerações.

Domenico e Anna, os pilares da família, dedicavam suas vidas à agricultura e, acima de tudo, à laboriosa criação do bicho da seda na Villa del Conte. Domenico, um homem de meia idade, forte e  experiente, era o encarregado geral responsável por tudo na propriedade. Sua palavra era a lei, e ele se reportava somente aos distantes patrões da nobre família veneziana.

Além das três filhas - Maria Augusta, de 24 anos, Giuseppina, com seus 20 anos, e Antonella, a caçula de 17 - Domenico e Anna tinham mais cinco filhos homens, cujas vidas se entrelaçavam com a terra e o rio, assim como as irmãs. Juntos, formavam uma família que trabalhava incansavelmente para a produção e manutenção da Villa.

A produção de seda, atividade fabril cuja técnica foi trazida secretamente do oriente pelos navegadores venezianos, era uma arte que exigia dedicação meticulosa. As amoreiras, cujas folhas alimentavam os bichos da seda, eram cultivadas com carinho. A cada safra, casulos preciosos eram colhidos e cuidadosamente preparados para a venda à indústria da seda, que despontava no Vêneto desde a época da sereníssima. Era uma tarefa que demandava habilidade e paciência, mas os Zatellon haviam dominado essa arte ao longo das gerações.

Enquanto a família Zatellon prosperava na Villa del Conte, as três irmãs e seus irmãos encontraram destinos que os levaram a terras distantes. Os irmãos Luigi e Giovanni, em particular, fizeram uma jornada audaciosa para a colônia Dona Isabel, no Brasil. Os dois jovens eram ambiciosos e tinham grandes sonhos,  queriam progredir na vida e serem proprietários da terra em que trabalhavam. Não concordavam com a vida que a família tinha levado até agora. Uma vida marcada pela submissão à um patrão, onde o que sobrava era somente trabalhar e calar sempre. Sonhavam romper este antigo costume, passando de empregados à patrões.

A vida no Brasil não era fácil no começo, mas com determinação e trabalho árduo, os dois ambiciosos irmãos logo prosperaram. Eles investiram nas terras férteis da colônia, cultivando safras abundantes e expandindo seus negócios. Anos se passaram, e suas vidas na nova terra se transformaram.

Luigi casou-se com Isabella, uma mulher forte e inteligente que compartilhava seu desejo de sucesso. Juntos, eles tiveram filhos que cresceram em meio aos campos e às fazendas que Luigi adquirira ao longo dos anos. Ele não apenas se tornou um grande proprietário de terras, mas também investiu em indústrias, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região.

Giovanni, por sua vez, encontrou o amor nos braços de Elena, uma mulher de grande determinação. Eles construíram um legado juntos, à medida que Giovanni expandia seus negócios para além das fronteiras da agricultura. Ele estabeleceu indústrias prósperas e se tornou um dos empresários mais respeitados da colônia. Seu casamento trouxe à vida vários filhos que compartilharam a visão de seu pai.

Enquanto isso, na Villa del Conte, as famílias das três irmãs continuaram a prosperar, celebrando a vida, o amor e os laços familiares. A história dos Zatellon, marcada pela dedicação à terra, à criação do bicho da seda e à busca de novas oportunidades, era um conto duradouro, escrito com o suor e o amor de gerações de Zatellons nas terras abençoadas pelo rio Sile. E mesmo com a partida de Luigi e Giovanni em busca de novas terras no Brasil, o espírito e os valores da Villa del Conte permaneceram firmes, passados de geração em geração, enquanto os dois irmãos realizavam seus sonhos em terras distantes, tornando-se grandes proprietários de terras e líderes industriais. Suas histórias de sucesso ecoavam através do tempo, inspirando futuras gerações a trilharem seus próprios caminhos em busca de realizações e prosperidade.




quinta-feira, 21 de setembro de 2023

O Caminho dos Imigrantes Italianos em Minas Gerais


 



A imigração italiana para o Espírito Santo e Minas Gerais ocorreu principalmente no final do século XIX e início do século XX, quando o Brasil buscava incentivar a chegada de imigrantes europeus para trabalharem nas lavouras de café e outras atividades agrícolas.

No Espírito Santo, a chegada dos imigrantes italianos se deu em grande parte na cidade de Santa Teresa, que se tornou uma das principais colônias italianas do estado. Os primeiros imigrantes chegaram em 1875 e a partir daí, o fluxo de italianos para a região cresceu rapidamente. Outras cidades do Espírito Santo que receberam imigrantes italianos foram Castelo, Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante.

Já em Minas Gerais, os imigrantes italianos foram assentados em diversas cidades e regiões, sendo que a grande maioria deles se dedicou à atividade cafeeira. A cidade de São João del-Rei foi uma das primeiras a receber imigrantes italianos, que ajudaram a desenvolver a agricultura e a indústria têxtil da região. Outras cidades mineiras que receberam imigrantes italianos foram Juiz de Fora, Três Pontas, Varginha, Lavras e Poços de Caldas.

A imigração italiana para o Espírito Santo e Minas Gerais deixou uma forte influência na cultura e na sociedade dessas regiões, com a preservação de tradições, costumes e culinária típica italiana. Além disso, a chegada desses imigrantes contribuiu significativamente para o desenvolvimento econômico dessas regiões, especialmente no setor agrícola.

A chegada dos imigrantes italianos ao Brasil foi impulsionada pela crise econômica e social que a Itália enfrentava na época, além das promessas de melhores condições de vida e trabalho no Brasil. A maioria dos imigrantes italianos que chegaram ao Espírito Santo e Minas Gerais eram originários das regiões do Vêneto e da Lombardia, no norte da Itália.

Apesar das dificuldades iniciais de adaptação, como a língua e as condições climáticas, os imigrantes italianos se estabeleceram e criaram uma nova vida no Brasil. Eles trouxeram consigo seus costumes e tradições, como a culinária italiana, a religião católica e a música. Muitas dessas tradições ainda são preservadas pelas comunidades italianas presentes nessas regiões.

A imigração italiana também teve um papel importante na formação da identidade brasileira. A mistura de culturas e tradições italianas com a cultura brasileira criou uma identidade cultural única e enriquecedora. Além disso, os imigrantes italianos contribuíram para a formação da sociedade brasileira, ajudando a criar uma diversidade étnica e cultural que é uma das características marcantes do Brasil.

Em resumo, a imigração italiana para o Espírito Santo e Minas Gerais foi um importante capítulo da história brasileira. A chegada desses imigrantes contribuiu significativamente para o desenvolvimento econômico dessas regiões, além de ter deixado uma forte influência na cultura e na sociedade local. A preservação das tradições e costumes italianos ainda é evidente nessas regiões, o que mostra a importância da imigração italiana para a formação da identidade brasileira.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS



quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Carpinteiros da Esperança: O Legado dos Fernetti na Formação do Sul do Brasil

 



Em meio às colinas verdejantes da região sul do Brasil, onde os pinheiros se erguiam como sentinelas silenciosas, viveu uma família cuja história era tecida com habilidade e devoção. Giulio Fernetti, o último filho de uma prole de seis homens e quatro mulheres, era o protagonista dessa saga.
A história dos Fernetti teve início no final do século XIX, quando Giacomo e Augusta, acompanhados por seus três filhos, deixaram a Itália e cruzaram o oceano em busca de novas oportunidades. Aportaram em terras brasileiras em 1896 e, após vários anos na Colônia Dona Isabel, fixaram residência em Veranópolis, onde as raízes dessa família de origem italiana se entrelaçaram com a história do sul do Brasil. Duas das suas filhas eram freiras, um dos filhos, o mais velho era frei capuchinho e um outro padre Carlista.
Giacomo, o patriarca, era um hábil carpinteiro, mestre na arte de construir igrejas majestosas, vastos barracões e moinhos que giravam movidos pela força das águas e, mais tarde, da eletricidade. Com o passar dos anos, Giulio, o filho mais jovem, absorveu essas habilidades com afinco e determinação, tornando-se um carpinteiro exímio, especializado na construção de moinhos coloniais que seriam a força motriz da região.
Aos 25 anos, Giulio casou-se com Anna, o amor de sua vida, e juntos decidiram aventurar-se na rica região ainda em formação de Boa Vista de Erechim. Uma jornada de duas semanas, percorrendo estradas estreitas e sinuosas em lombo  de mulas e uma carroça de duas rodas com a pequena mudança, os conduziu a esse novo horizonte. O pequeno distrito de Floresta, hoje o município de Barão de Cotegipe, foi o local escolhido para estabelecerem raízes e onde Giulio abriu a sua própria carpintaria.
Naquele recanto, Giulio ergueu diversas casas com suas próprias mãos e contribuiu para a conclusão da imponente igreja local. Seus dias eram uma sinfonia de serras, martelos e madeira trabalhada com maestria. Boa Vista de Erechim, ávida por construção, abraçou o carpinteiro com entusiasmo, mantendo-o constantemente ocupado, construindo igrejas e  complexos moinhos em toda a região norte e central do estado.
Os anos se passaram, e Giulio e Anna foram abençoados com seis filhos, quatro meninas e dois meninos, que cresciam em meio ao som das máquinas e à reverência pela tradição familiar. À noite, reuniam-se em torno da mesa, onde as histórias das construções grandiosas e da vida na cidade ganhavam vida através das palavras de Giulio.
A família Fernetti personificava a força do trabalho árduo e a devoção à comunidade. Eles eram os construtores de sonhos, os artesãos que moldaram a paisagem da região e os guardiões da fé. Cada estrutura erguida por Giulio era mais do que um edifício de tijolos e madeira; era um testemunho de sua dedicação, um tributo à sua família e um presente para as gerações futuras.
Hoje, as construções podem ter se tornado monumentos históricos, e os moinhos podem ter sido substituídos por tecnologias mais modernas, mas a memória da família F. perdura, lembrando a todos que, em algum momento do passado, um carpinteiro e sua família moldaram o destino de uma região com suas mãos habilidosas e corações generosos. A história dos F. é a história de um Brasil que cresceu e evoluiu, guiado pelo espírito incansável de seus filhos e filhas.


terça-feira, 19 de setembro de 2023

Blog Emigrazione Veneta: Descubra o Fascinante Mundo da Emigração Italiana e Veneta






Descubra o Fascinante Mundo da Emigração Italiana e Veneta!

Você já se perguntou sobre as histórias por trás da emigração italiana e, especificamente, da emigração veneta? Quer explorar as experiências, as tradições culturais e as contribuições dos italianos que deixaram sua terra natal para buscar novos horizontes? Se a resposta for sim, você está prestes a embarcar em uma jornada emocionante!

Bem-vindo ao Emigrazione Veneta Blog - http://emigrazioneveneta.blogspot.com - seu portal para o rico e diversificado universo da emigração italiana e, mais especificamente, das histórias e legados dos venetos espalhados pelo mundo.

O que esperar do nosso blog:

Histórias de Coragem e Determinação: Explore as experiências inspiradoras de italianos que enfrentaram desafios incríveis ao deixar sua terra natal em busca de uma vida melhor.


Cultura e Tradições: Mergulhe na rica cultura italiana e veneta, incluindo gastronomia, música, folclore e celebrações que resistiram ao teste do tempo.


Entrevistas Exclusivas: Conheça venetos notáveis e indivíduos italianos que fizeram contribuições notáveis em suas comunidades de acolhimento.

Genealogia e Conexões: Descubra recursos valiosos para ajudá-lo a traçar suas próprias raízes italianas e venetas, tais como completas listas de sobrenomes italianos e os navios que os trouxeram.

Eventos e Comunidade: Mantenha-se atualizado sobre eventos culturais, exposições e atividades relacionadas à diáspora italiana e veneta.

Junte-se a nós nesta viagem emocionante pela emigração italiana e veneta. Visite o nosso blog em Emigrazione Veneta Blog e comece a explorar as histórias intrigantes e a cultura vibrante que tornam a diáspora italiana e veneta tão cativantes.

Não deixe de se inscrever para receber nossas atualizações mais recentes e compartilhar o nosso blog com amigos e familiares que compartilham seu interesse na rica herança italiana e veneta.

Venha fazer parte desta comunidade dedicada à emigração italiana e veneta. Juntos, vamos descobrir e celebrar a extraordinária jornada dos italianos pelo mundo!

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Scopri il Affascinante Mondo dell'Emigrazione Italiana e Veneta!

Ti sei mai chiesto quali storie si celino dietro all'emigrazione italiana e, in particolare, veneta? Vuoi esplorare le esperienze, le tradizioni culturali e i contributi degli italiani che hanno lasciato la loro terra natia per cercare nuovi orizzonti? Se la risposta è sì, stai per intraprendere un'avventura emozionante!

Benvenuti nel Blog dell'Emigrazione Veneta - http://emigrazioneveneta.blogspot.com - il tuo portale verso il ricco e variegato universo dell'emigrazione italiana e, più specificamente, delle storie e dei lasciti dei veneti sparsi per il mondo.

Cosa aspettarti dal nostro blog:

Storie di Coraggio e Determinazione: Esplora le esperienze ispiratrici degli italiani che hanno affrontato incredibili sfide lasciando la loro terra natia alla ricerca di una vita migliore.

Cultura e Tradizioni: Immergiti nella ricca cultura italiana e veneta, compresi la gastronomia, la musica, il folklore e le celebrazioni che hanno resistito alla prova del tempo.

Interviste Esclusive: Conosci veneti di spicco e individui italiani che hanno fatto contributi notevoli nelle loro comunità ospitanti.

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Eventi e Comunità: Resta aggiornato su eventi culturali, mostre ed attività legate alla diaspora italiana e veneta.

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Alguns Números da Emigração Italiana para o Brasil



À partir dos últimos 25 anos do século XIX até perto de estourar a I Grande Guerra Mundial, o Brasil representou uma das principais metas da emigração italiana e os imigrantes italianos se constituíram em um dos mais importantes contigentes de estrangeiros que escolheram o nosso país como a sua nova pátria.

Segundo estatísticas italianas confiáveis, no intervalo de um século, entre os anos de 1875 e 1975, um milhão e meio de imigrantes italianos deixaram a terra natal e emigraram para o Brasil. Nas estatísticas brasileiras referentes ao número de imigrantes italianos que aqui desembarcaram esse número é um pouco maior. 

Pelos números podemos avaliar mais facilmente a importância e a grandeza desse fluxo emigratório. 

Na primeira fase desse período migratório, compreendido entre os anos 1875 e 1914, o movimento de italianos em direção ao exterior, o grande êxodo como ficou conhecido,  registrava números colossais de uma média anual aproximada de 600 a 700 mil emigrantes.

Após o conflito mundial, os números de expatriados voltaram a crescer, com aqueles que saiam definitivamente para viver em outro país ou se ausentavam para trabalhar por um longo período fora da Itália. Entre os primeiros aumentou o número dos que deixavam a Itália acompanhados por toda a sua família.

A fase de maior expatrio de italianos se deu ao longo dos quinze anos finais do século XIX. Nessa época o grande atrativo foi representado pelo Brasil que, naqueles anos que se seguiram a abolição da escravidão, colocava em prática uma política agressiva de atração de imigrantes europeus para a substituição daquela mão de obra escrava e também para colonizar as enormes áreas ainda pouco habitadas, atraindo milhares de imigrantes italianos para trabalharem nos cafezais dos estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais e, principalmente ocuparem os grandes espaços vazios no sul do Brasil, especialmente Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. 

Nesses estados, a sedução em se tornarem donos das terras influiu na decisão de emigrar, principalmente, naqueles italianos mais pobres das regiões do Vêneto, Trentino e Lombardia. 

De acordo com a proveniência, no primeiro período do fluxo emigratório, de 1875 até 1914, a Região do Vêneto contribuiu com o maior número de emigrantes para o Brasil, com aproximadamente 400 mil indivíduos. 

A Região da Campania ficou em segundo lugar com quase 170 mil emigrantes, a Calabria com 130 mil, seguidos pela Lombardia 105 mil, Abruzzi e Molise com quase 100 mil e a Toscana aproximadamente 80 mil. De outras regiões o número é bem menor. 




Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS






segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Imigrantes Italianos Navio Napoli em 1891

 



            Navio Napoli

Imigrantes Italianos 

Desembarque no Porto do Rio de Janeiro

                em 24.04.1891

 


10396 GIRIBELLO ARISTOLAMO 27 ANOS SÃO PAULO agricultor
10397 PERASSINOLO POMPILLIO 34 ANOS SÃO PAULO agricultor
10398 FERRARESI ROMANO 22 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10399 FURLAN LUIGI 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10400 FURLAN LETIGIA 24 ANOS SÃO PAULO agricultor
10401 FURLAN ANGELA 15 ANOS SÃO PAULO agricultor
10402 FURLAN ANTONIO 8 ANOS SÃO PAULO agricultor
10403 FURLAN TEREZA 47 ANOS VIUVA SÃO PAULO agricultor
10404 REBOTTI LEONARDO 37 ANOS SÃO PAULO agricultor
10405 SIGNORINI GIACOMO 46 ANOS VICTORIA E.SANTO agricultor
10406 SIGNORINI AMEDEO 12 ANOS VICTORIA E.SANTO agricultor
10407 GRANDI GIOVANNI 58 ANOS SÃO PAULO agricultor
10408 GRANDI ANNUNSIATA 56 ANOS SÃO PAULO agricultor
10409 GRANDI LEOPOLDO 24 ANOS SÃO PAULO agricultor
10410 GRANDI MARIA 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10411 PICCOLO FERDINANDO 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10412 ZILIOTTO MATTEO 45 ANOS SÃO PAULO agricultor
10413 SCANAZOTTI GIOVANNI 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10414 SCANAZOTTI GIUSEPPE 33 ANOS SÃO PAULO agricultor
10415 SCANAZOTTI GIUSEPPINA 27 ANOS SÃO PAULO agricultor
10416 SCANAZOTTI ELVIRA 6 ANOS SÃO PAULO agricultor
10417 SCANAZOTTI DURSILLA 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10418 SCANAZOTTI UMBERTO 1 ANO SÃO PAULO agricultor
10419 SCANAZOTTI FILOMENA 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10420 SCANAZOTTI STELLA 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10421 SCANAZOTTI MARIA 1 ANO SÃO PAULO agricultor
10422 SCANAZOTTI SINFORIANO 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10423 SCANAZOTTI MARIA 6 ANOS SÃO PAULO agricultor
10424 CAMPIONI GIOVANNI 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10425 CAMPIONI ANNIBALE 48 ANOS SÃO PAULO agricultor
10426 CAMPIONI SILVIO 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10427 CAMPIONI FELICITÀ 14 ANOS SÃO PAULO agricultor
10428 VALDUGA FABIO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10429 ANDONNI INNOCENZIA 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10430 ANDONNI ROSMUNDA 23 ANOS SÃO PAULO agricultor
10431 ANDONNI ARRIGO 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10432 GIOVANNI RAFFAELLO 30 ANOS SÃO PAULO agricultor
10433 DA DALT GIACOMO 38 ANOS SÃO PAULO agricultor
10434 DA DALT AUGUSTA 30 ANOS SÃO PAULO agricultor
10435 DA DALT ANTONIO 9 ANOS SÃO PAULO agricultor
10436 DA DALT GIOVANNI 7 ANOS SÃO PAULO agricultor
10437 DA DALT RAFAELLO 4 ANOS SÃO PAULO agricultor
10438 DA DALT ERSILIA 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10439 DA DALT BORTOLO 49 ANOS SÃO PAULO agricultor
10440 VANUCCHI FRANCESCO 16 ANOS SÃO PAULO agricultor
10443 MARTINI DOMENICO 29 ANOS PARANAGUÁ agricultor
10444 MARTINI LUIGI 15 ANOS PARANAGUÁ agricultor
10445 FERRAZI DAVIDA 58 ANOS SÃO PAULO agricultor
10446 FERRAZI LUIGI 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10447 GIULIANI DOMENICO 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10448 MENEGONI PAOLO 31 ANOS SÃO PAULO agricultor
10449 ROCCO GIACOMO 20 ANOS SÃO PAULO agricultor
10450 ROCCO MARIA 16 ANOS SÃO PAULO agricultor
10451 ROCCO PASQUA 14 ANOS SÃO PAULO agricultor
10452 ROCCO GIOVANNA 46 ANOS SÃO PAULO agricultor
10453 SPINELLA GIOVANNI 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10454 SPINELLA CECILIA 24 ANOS SÃO PAULO agricultor
10455 SPINELLA AGOSTINO 3 ANOS SÃO PAULO agricultor
10456 SPINELLA FRANCESCO 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10457 FAGGION PIETRO 54 ANOS SÃO PAULO agricultor
10458 BRUGNERA ANDREA 63 ANOS SÃO PAULO agricultor
10459 TRABUCO GIOVANNI 34 ANOS SÃO PAULO agricultor
10460 TRABUCO FILOMENA 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10461 TRABUCO ELISABETTA 1 ANO SÃO PAULO agricultor
10462 VAZZOLER PIETRO 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10463 CUERA ANGELO 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10464 GORI FERDINANDO 46 ANOS SÃO PAULO agricultor
10465 POSATI TEODORO 48 ANOS SÃO PAULO agricultor
10466 DELL'AGNOL GIUSEPPE 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10467 DELL'AGNOL BORTOLO 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10468 LORENZONI ANGELO 48 ANOS SÃO PAULO agricultor
10469 LORENZONI ANGELA 48 ANOS SÃO PAULO agricultor
10470 LORENZONI VITTORIA 23 ANOS SÃO PAULO agricultor
10471 LORENZONI GIOVANNI 13 ANOS SÃO PAULO agricultor
10472 LORENZONI AMEDEO 11 ANOS SÃO PAULO agricultor
10473 LORENZONI ADELINA 6 ANOS SÃO PAULO agricultor
10474 PANSENELLI ANTONIO 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10475 PANSENELLI REVENIRA 42 ANOS SÃO PAULO agricultor
10476 MEREN SANTI 53 ANOS SÃO PAULO agricultor
10477 MEREN CELESTE 14 ANOS SÃO PAULO agricultor
10478 BRANCALEON GIUSEPPE 54 ANOS SÃO PAULO agricultor
10479 VERONESE NAPOLEONE 24 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10480 VERONESE MARIA 22 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10481 VERONESE AGNESE 2 MESES TRES CORAÇÕES agricultor
10482 VERONESE CAROLINA 20 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10483 ZAGOTO MARIA 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10484 CALLEGARI NICODEMO 20 ANOS SÃO PAULO agricultor
10485 CALLEGARI ANNA 17 ANOS SÃO PAULO agricultor
10486 SPARAPAN MARTINO 64 ANOS SÃO PAULO agricultor
10487 SPARAPAN GIOVANNI 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10488 SPARAPAN LUCIA 34 ANOS SÃO PAULO agricultor
10489 SPARAPAN ASSUNTA 14 ANOS SÃO PAULO agricultor
10490 SPARAPAN DORALICE 10 ANOS SÃO PAULO agricultor
10491 SPARAPAN SILVANO 7 ANOS SÃO PAULO agricultor
10492 SPARAPAN MARIETTA 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10493 SPARAPAN ELISA 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10494 SPARAPAN PASQUALE 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10495 MENON ANGELO 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10496 PASINELLI LUIGI 22 ANOS SÃO PAULO agricultor
10497 PASINELLI CAROLINA 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10498 PASINELLI PIETRO 8 ANOS SÃO PAULO agricultor
10499 PASINELLI POMPILIO 4 ANOS SÃO PAULO agricultor
10500 PASINELLI MARIA 2 MESES SÃO PAULO agricultor
10501 MATTEOZZI CATTERINA 33 ANOS SÃO PAULO agricultor
10502 BAGGECHA AMEDEO 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10503 MASIVIO TICIANO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10504 SANDALO ANDONIO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10505 FILIPPI ITALIA 22 ANOS SÃO PAULO agricultor
10506 DALLA VILLA GIUSEPPE 43 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10507 DALLA VILLA MARIA 40 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10508 DALLA VILLA LUIGI 12 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10509 DALLA VILLA GIOVANNI 9 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10510 DALLA VILLA MARIA 5 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10511 DALLA VILLA GIACOMO 2 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10512 BELLINATO PIETRO 25 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10513 BELLINATO ANGELA 24 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10514 BELLINATO MARIA 1 ANO TRES CORAÇÕES agricultor
10515 PASOTTO LUIGI 28 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10516 PASOTTO PONGIANA 23 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10517 TOMANINI ANTONIO 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10518 TOMANINI LUIGI 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10519 MAINARDI VICENZO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10520 MAINARDI MARIA 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10521 MAINARDI OSVALDO 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10522 MAINARDI ANTONIO 1 ANO SÃO PAULO agricultor
10523 BELLON GIROLAMO 46 ANOS SÃO PAULO agricultor 
10525 BELLON ARTURO17 ANOS /
10525 BELLON EUGENIA 4 ANOS SÃO PAULO agricultor
10526 VENTRIGLIA GIUSEPPE 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10527 GALLO MARGHERITA 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10528 GALLO MARIA 17 ANOS SÃO PAULO agricultor
10529 FRANZOI ROSA 33 ANOS SÃO PAULO agricultor
10530 FRANZOI GIOVANNI 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10531 FRANZOI PLACIDO 4 ANOS SÃO PAULO agricultor
10532 FRANZOI ROMANO 3 ANOS SÃO PAULO agricultor
10533 TANESELLI GUERINO 29 ANOS SÃO PAULO agricultor
10534 MAZZANTI VICENZO 45 ANOS SÃO PAULO agricultor
10535 CALLEGARI GIOVANNI 31 ANOS SÃO PAULO agricultor
10536 CALLEGARI ELISA 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10537 CALLEGARI ANTONIO 9 ANOS SÃO PAULO agricultor
10538 CALLEGARI MARIA 7 ANOS SÃO PAULO agricultor
10539 CALLEGARI AMABILE 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10540 CALLEGARI PASQUA 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10541 PIRONDI GIOVANNI 38 ANOS SÃO PAULO agricultor
10542 ZUCCHETTA ANGELO 55 ANOS BANANAL agricultor
10543 ZUCCHETTA ORSOLA 9 ANOS BANANAL agricultor
10544 ALLESSINA MARCO 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10545 GROSSO MARIA TEREZA 31 ANOS RESENDE R.J. agricultor
10546 GROSSO MICHELE 12 ANOS RESENDE R.J. agricultor
10547 GROSSO DONATO 10 ANOS RESENDE R.J. agricultor
10548 GROSSO FRANCESCO 7 ANOS RESENDE R.J. agricultor
10549 PESSOTO MAURO 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10550 VIGILANTE DOMENICO 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10396 GIRIBELLO ARISTOLAMO 27 ANOS SÃO PAULO agricultor
10397 PERASSINOLO POMPILLIO 34 ANOS SÃO PAULO agricultor
10398 FERRARESI ROMANO 22 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10399 FURLAN LUIGI 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10400 FURLAN LETIGIA 24 ANOS SÃO PAULO agricultor
10401 FURLAN ANGELA 15 ANOS SÃO PAULO agricultor
10402 FURLAN ANTONIO 8 ANOS SÃO PAULO agricultor
10403 FURLAN TEREZA 47 ANOS VIUVA SÃO PAULO agricultor
10404 REBOTTI LEONARDO 37 ANOS SÃO PAULO agricultor
10405 SIGNORINI GIACOMO 46 ANOS VITORIA E.SANTO agricultor
10406 SIGNORINI AMEDEO 12 ANOS VITORIA E.SANTO agricultor
10407 GRANDI GIOVANNI 58 ANOS SÃO PAULO agricultor
10408 GRANDI ANNUNSIATA 56 ANOS SÃO PAULO agricultor
10409 GRANDI LEOPOLDO 24 ANOS SÃO PAULO agricultor
10410 GRANDI MARIA 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10411 PICCOLO FERDINANDO 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10412 ZILIOTTO MATTEO 45 ANOS SÃO PAULO agricultor
10413 SCANAZOTTI GIOVANNI 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10414 SCANAZOTTI GIUSEPPE 33 ANOS SÃO PAULO agricultor
10415 SCANAZOTTI GIUSEPPINA 27 ANOS SÃO PAULO agricultor
10416 SCANAZOTTI ELVIRA 6 ANOS SÃO PAULO agricultor
10417 SCANAZOTTI DURSILLA 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10418 SCANAZOTTI UMBERTO 1 ANO SÃO PAULO agricultor
10419 SCANAZOTTI FILOMENA 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10420 SCANAZOTTI STELLA 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10421 SCANAZOTTI MARIA 1 ANO SÃO PAULO agricultor
10422 SCANAZOTTI SINFORIANO 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10423 SCANAZOTTI MARIA 6 ANOS SÃO PAULO agricultor
10424 CAMPIONI GIOVANNI 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10425 CAMPIONI ANNIBALE 48 ANOS SÃO PAULO agricultor
10426 CAMPIONI SILVIO 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10427 CAMPIONI FELICITÀ 14 ANOS SÃO PAULO agricultor
10428 VALDUGA FABIO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10429 ANDONNI INNOCENZIA 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10430 ANDONNI ROSMUNDA 23 ANOS SÃO PAULO agricultor
10431 ANDONNI ARRIGO 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10432 GIOVANNI RAFFAELLO 30 ANOS SÃO PAULO agricultor
10433 DA DALT GIACOMO 38 ANOS SÃO PAULO agricultor
10434 DA DALT AUGUSTA 30 ANOS SÃO PAULO agricultor
10435 DA DALT ANTONIO 9 ANOS SÃO PAULO agricultor
10436 DA DALT GIOVANNI 7 ANOS SÃO PAULO agricultor
10437 DA DALT RAFAELLO 4 ANOS SÃO PAULO agricultor
10438 DA DALT ERSILIA 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10439 DA DALT BORTOLO 49 ANOS SÃO PAULO agricultor
10440 VANUCCHI FRANCESCO 16 ANOS SÃO PAULO agricultor
10443 MARTINI DOMENICO 29 ANOS PARANAGUÁ agricultor
10444 MARTINI LUIGI 15 ANOS PARANAGUÁ agricultor
10445 FERRAZI DAVIDA 58 ANOS SÃO PAULO agricultor
10446 FERRAZI LUIGI 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10447 GIULIANI DOMENICO 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10448 MENEGONI PAOLO 31 ANOS SÃO PAULO agricultor
10449 ROCCO GIACOMO 20 ANOS SÃO PAULO agricultor
10450 ROCCO MARIA 16 ANOS SÃO PAULO agricultor
10451 ROCCO PASQUA 14 ANOS SÃO PAULO agricultor
10452 ROCCO GIOVANNA 46 ANOS SÃO PAULO agricultor
10453 SPINELLA GIOVANNI 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10454 SPINELLA CECILIA 24 ANOS SÃO PAULO agricultor
10455 SPINELLA AGOSTINO 3 ANOS SÃO PAULO agricultor
10456 SPINELLA FRANCESCO 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10457 FAGGION PIETRO 54 ANOS SÃO PAULO agricultor
10458 BRUGNERA ANDREA 63 ANOS SÃO PAULO agricultor
10459 TRABUCO GIOVANNI 34 ANOS SÃO PAULO agricultor
10460 TRABUCO FILOMENA 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10461 TRABUCO ELISABETTA 1 ANO SÃO PAULO agricultor
10462 VAZZOLER PIETRO 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10463 CUERA ANGELO 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10464 GORI FERDINANDO 46 ANOS SÃO PAULO agricultor
10465 POSATI TEODORO 48 ANOS SÃO PAULO agricultor
10466 DELL'AGNOL GIUSEPPE 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10467 DELL'AGNOL BORTOLO 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10468 LORENZONI ANGELO 48 ANOS SÃO PAULO agricultor
10469 LORENZONI ANGELA 48 ANOS SÃO PAULO agricultor
10470 LORENZONI VITTORIA 23 ANOS SÃO PAULO agricultor
10471 LORENZONI GIOVANNI 13 ANOS SÃO PAULO agricultor
10472 LORENZONI AMEDEO 11 ANOS SÃO PAULO agricultor
10473 LORENZONI ADELINA 6 ANOS SÃO PAULO agricultor
10474 PANSENELLI ANTONIO 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10475 PANSENELLI REVENIRA 42 ANOS SÃO PAULO agricultor
10476 MEREN SANTI 53 ANOS SÃO PAULO agricultor
10477 MEREN CELESTE 14 ANOS SÃO PAULO agricultor
10478 BRANCALEON GIUSEPPE 54 ANOS SÃO PAULO agricultor
10479 VERONESE NAPOLEONE 24 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10480 VERONESE MARIA 22 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10481 VERONESE AGNESE 2 MESES TRES CORAÇÕES agricultor
10482 VERONESE CAROLINA 20 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10483 ZAGOTO MARIA 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10484 CALLEGARI NICODEMO 20 ANOS SÃO PAULO agricultor
10485 CALLEGARI ANNA 17 ANOS SÃO PAULO agricultor
10486 SPARAPAN MARTINO 64 ANOS SÃO PAULO agricultor
10487 SPARAPAN GIOVANNI 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10488 SPARAPAN LUCIA 34 ANOS SÃO PAULO agricultor
10489 SPARAPAN ASSUNTA 14 ANOS SÃO PAULO agricultor
10490 SPARAPAN DORALICE 10 ANOS SÃO PAULO agricultor
10491 SPARAPAN SILVANO 7 ANOS SÃO PAULO agricultor
10492 SPARAPAN MARIETTA 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10493 SPARAPAN ELISA 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10494 SPARAPAN PASQUALE 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10495 MENON ANGELO 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10496 PASINELLI LUIGI 22 ANOS SÃO PAULO agricultor
10497 PASINELLI CAROLINA 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10498 PASINELLI PIETRO 8 ANOS SÃO PAULO agricultor
10499 PASINELLI POMPILIO 4 ANOS SÃO PAULO agricultor
10500 PASINELLI MARIA 2 MESES SÃO PAULO agricultor
10501 MATTEOZZI CATTERINA 33 ANOS SÃO PAULO agricultor
10502 BAGGECHA AMEDEO 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10503 MASIVIO TICIANO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10504 SANDALO ANDONIO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10505 FILIPPI ITALIA 22 ANOS SÃO PAULO agricultor
10506 DALLA VILLA GIUSEPPE 43 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10507 DALLA VILLA MARIA 40 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10508 DALLA VILLA LUIGI 12 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10509 DALLA VILLA GIOVANNI 9 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10510 DALLA VILLA MARIA 5 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10511 DALLA VILLA GIACOMO 2 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10512 BELLINATO PIETRO 25 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10513 BELLINATO ANGELA 24 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10514 BELLINATO MARIA 1 ANO TRES CORAÇÕES agricultor
10515 PASOTTO LUIGI 28 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10516 PASOTTO PONGIANA 23 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10517 TOMANINI ANTONIO 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10518 TOMANINI LUIGI 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10519 MAINARDI VICENZO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10520 MAINARDI MARIA 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10521 MAINARDI OSVALDO 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10522 MAINARDI ANTONIO 1 ANO SÃO PAULO agricultor
10523 BELLON GIROLAMO 46 ANOS SÃO PAULO agricultor
10525 BELLON ARTURO17 ANOS /
10525 BELLON EUGENIA 4 ANOS S. PAULO agricultor
10526 VENTRIGLIA GIUSEPPE 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10527 GALLO MARGHERITA 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10528 GALLO MARIA 17 ANOS SÃO PAULO agricultor
10529 FRANZOI ROSA 33 ANOS SÃO PAULO agricultor
10530 FRANZOI GIOVANNI 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10531 FRANZOI PLACIDO 4 ANOS SÃO PAULO agricultor
10532 FRANZOI ROMANO 3 ANOS SÃO PAULO agricultor
10533 TANESELLI GUERINO 29 ANOS SÃO PAULO agricultor
10534 MAZZANTI VICENZO 45 ANOS SÃO PAULO agricultor
10535 CALLEGARI GIOVANNI 31 ANOS SÃO PAULO agricultor
10536 CALLEGARI ELISA 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10537 CALLEGARI ANTONIO 9 ANOS SÃO PAULO agricultor
10538 CALLEGARI MARIA 7 ANOS SÃO PAULO agricultor
10539 CALLEGARI AMABILE 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10540 CALLEGARI PASQUA 2 ANOS SÃO PAULO agricultor
10541 PIRONDI GIOVANNI 38 ANOS SÃO PAULO agricultor
10542 ZUCCHETTA ANGELO 55 ANOS BANANAL agricultor
10543 ZUCCHETTA ORSOLA 9 ANOS BANANAL agricultor
10544 ALLESSINA MARCO 25 ANOS SÃO PAULO agricultor
10545 GROSSO MARIA TEREZA 31 ANOS RESENDE R.J. agricultor
10546 GROSSO MICHELE 12 ANOS RESENDE R.J. agricultor
10547 GROSSO DONATO 10 ANOS RESENDE R.J. agricultor
10548 GROSSO FRANCESCO 7 ANOS RESENDE R.J. agricultor
10549 PESSOTO MAURO 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10550 VIGILANTE DOMENICO 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10551 MARCINI ANTONIO 40 ANOS SÃO PAULO agricultor
10552 DE LUCIA SABATTINA 38 ANOS SÃO PAULO agricultor
10553 ANTONELLI GIUSEPPE 53 ANOS SÃO PAULO agricultor
10554 ANTONELLI DONATO 42 ANOS SÃO PAULO agricultor
10555 BUCCI DOMENICO 32 ANOS SÃO PAULO agricultor
10556 BUCCI DOMENICO 34 ANOS SÃO PAULO agricultor
10557 DE LUCIA DOMENCIO 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10558 PERFETTO NICOLA 47 ANOS SÃO PAULO agricultor
10559 PERFETTO FELICE 16 ANOS SÃO PAULO agricultor
10560 PERFETTO ANGELONTONIO 13 ANOS SÃO PAULO agricultor
10561 MICONE NICOLA 47 ANOS SÃO PAULO agricultor
10562 MICONE PASQUALE 16 ANOS SÃO PAULO agricultor
10563 PERFETTO MICHELE 15 ANOS SÃO PAULO agricultor
10564 CUTONE LORENZO 24 ANOS SÃO PAULO agricultor
10565 LIMOL GENARO 40 ANOS SÃO PAULO agricultor
10566 GIOVANNI SALVATORI 34 ANOS SÃO PAULO agricultor
10567 CASSIANO FELICE 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10568 ALLIERI ANTONIO 44 ANOS SÃO PAULO agricultor
10569 NECI GIUSEPPE 21 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10570 BRUNI GIOVANNI 50 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10571 DUIRIO SAVERIO 24 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10572 MANCIRI DOMENICO 28 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10573 DE SETA ARCANGELO 25 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10574 CAPUA GIOVANNI 46 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10575 DI BIASI RAFAELLE 23 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10576 PANNI ORESTI 29 ANOS SÃO PAULO agricultor
10577 FELIPOPOLI ANTONIO 49 ANOS SÃO PAULO agricultor
10578 PAROLI GIOVANNI 52 ANOS VICTORIA E.S. agricultor
10579 RIGHETO ORILIANO 26 ANOS SÃO PAULO agricultor
10580 FEI SERAFINO 34 ANOS AVELAR agricultor
10581 VOLTA FERMA 39 ANOS SÃO PAULO agricultor
10582 CESENEA ALCIBIADE 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10583 DI BIASI MICHELE 11 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10584 UCCELLI RINO 50 ANOS SÃO PAULO agricultor
10585 SANTINON ANTONIO 48 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10586 SANTINON GIOVANNI 50 ANOS TRES CORAÇÕES agricultor
10587 MOSSE CONRADO 40 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10588 MANGELA PIETRO 21 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10589 SACHETO ANTONIO 31 ANOS RIO DE JANEIRO agricultor
10590 ROSOLEN GIUSEPPE 24 ANOS PORTO ALEGRE agricultor
10591 ROSOLEN VIRGINIA 4 ANOS PORTO ALEGRE agricultor
10592 ZEN ANTONIO 61 ANOS PORTO ALEGRE agricultor
10593 ZEN CRISTINA 19 ANOS PORTO ALEGRE agricultor
10594 ZEN MARIETTA 6 ANOS PORTO ALEGRE agricultor
10595 MAESTREZO VICENZO 40 ANOS SÃO PAULO agricultor
10596 CAVALLARE GIO ETTORE 38 ANOS VICTORIA E.S. agricultor
10597 ANGELERI LUIGI 28 ANOS VICTORIAE.S. agricultor
10598 MONTAGNOLI GIOVANNI 23 ANOS SÃO PAULO agricultor
10599 BIANCHINI ANTONIO 35 ANOS SÃO PAULO agricultor
10600 BIANCHINI TEREZA 30 ANOS SÃO PAULO agricultor
10601 BIANCHINI CARLO 7 ANOS SÃO PAULO agricultor
10602 BIANCHINI VIRGINIA 5 ANOS SÃO PAULO agricultor
10603 BIANCHINI GIUSEPPE 3 ANOS/ 
10604 PIETRO 4 MESES SÃO PAULO agricultor
10605 DEPASQUALE PIETRO 27 ANOS BARRADO agricultor
10606 DEPASQUALE GIUSEPPE 29 ANOS BARRADO agricultor
10608 FILIPELA ANTONIO 37 ANOS VICTORIA E.S. agricultor
10609 MANCO MARCELINO 39 ANOS SÃO PAULO agricultor
10610 ZULAN GIOVANNI 21 ANOS SÃO PAULO agricultor
10441 BARDINI VICENZO 28 ANOS SÃO PAULO agricultor
10442 ANCECHI GEREMIA 43 ANOS SÃO PAULO agricultor