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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Sobrenomes Italianos da Quarta Colônia: História e Herança dos Imigrantes no RS


Sobrenomes Italianos da Quarta Colônia: História e Herança dos Imigrantes no RS

Introdução

A Quarta Colônia de Imigração Italiana, localizada no coração do Rio Grande do Sul, é formada pelos atuais municípios de Silveira Martins, Ivorá, Faxinal do Soturno, Nova Palma, Dona Francisca, São João do Polesine e Vale Vêneto. A região recebeu milhares de imigrantes italianos entre o final do século XIX e início do século XX, consolidando um legado cultural, religioso e familiar preservado até hoje.
Entre os elementos mais marcantes dessa herança estão os sobrenomes das famílias pioneiras, muitos deles ainda presentes em toda a região sul do Brasil.

Lista de Sobrenomes Italianos da Quarta Colônia

A seguir, apresenta-se uma lista organizada dos principais sobrenomes de imigrantes que se estabeleceram na Quarta Colônia Italiana. Esses nomes refletem a diversidade regional da Itália — especialmente do Vêneto, Trentino, Lombardia, Friuli e Piemonte — e ajudam a reconstruir trajetórias familiares e históricas.

Agnolin, Aguirra, Aita, Albanello, Alegranzi, Alessio, Allodi, Almeida, Alves, Amadori, Andrade, Andretta, Antolini, Antonello, Antoniazzi, Anversa, Arizzi, Avosani, Azolin, Ba, Badon, Baggio, Bagnotto, Bajotto, Balcone, Baldasso, Balem, Balest, Ballin, Barbetta, Barbieri, Barbosa, Barzoni, Bassani, Bassoni, Bassoto, Batocchio, Baú, Bell, Belocchi, Beniamino, Benincá, Bertgnolli, Bertina, Bertoldo, Bertolini, Betucco, Bevilacqua, Biacchi, Bianchi, Bianchin, Bigaton, Bilibio, Biolchi, Bisello, Bisognin, Bisotto, Bitencourt, Bizzi, Bohrer, Boldrini, Bolzan, Bombassaro, Bonfada, Boranga, Borba, Bordignon, Borin, Borsatto, Bortolasso, Bortolini, Bortolotto, Bortoluzzi, Bos, Bottari, Bovolini, Bozzetto, Bragagnolo, Casagrande, Casarotto, Cassasola, Cassol, Castor, Cattani, Catto, Cavallin, Cecco, Cecchin, Cella, Ceolin, Cera, Ceratti, Ceretta, Cerezer, Cervi, Cervo, Chelotti, Chaves, Chemelo, Cherobini, Chiarello, Christo, Cielo, Cirolini, Cocconcelli, Codal, Cola, Coletto, Colvero, Comazzetto, Comin, Comoretto, Conte, Copetti, Coppetti, Corato, Corra, Corradini, Cossetin, Costa, Couto, Creazzo, Cremma, Cremonese, Da Ronc, Da Ros, Dal’Aglio, Dal Fabbro, Dal Forno, Dal Molin, Dal Pas, Dalben, Dalcin, Dalforno, Dal Fabbro, Dall’Ongaro, Dalla Corte, Dalla Paula, Dallafava, Dallalan, Dallanora, Dalle Aste, Dalmas, Dalmaso, Damolin, Dalpas, Danesi, Darold, Daronco, De Bernardi, De Pellegrin, De Toni, Della Mea, Demarchi, Demo, Demichiei, Depra, Ferreira, Ferron, Fialho, Finotti, Fin, Fillipini, Fischer, Floriani, Fogliato, Foletto, Folletto, Fracarro, Frazetto, Freo, Gabbi, Gambin, Gargato, Garlet, Garzon, Gasparetto, Gasparini, Gazapina, Gellati, Gelmo, Genero, Germann, Giacomazzi, Giacomello, Giacomini, Giordani, Giovelli, Giugo, Gobbo, Goelzer, Goi, Gollin, Gomes, Gonzatti, Gorsch, Greenhalgh, Grendene, Grigoletto, Grigollo, Grotto, Guarienti, Guerino, Guerra, Guidolin, Guliani, Hirt, Hoening, Hölzer, Hopf, Heikelmann, Innocente, Iop, Iopp, Janse, Jantelli, Jiop, Kantoski, Lago, Lanza, Lazzari, Leão, Marion, Marques, Martini, Martins, Mascarini, Massariol, Mastella, Mattoso, Mazzon, Mazzonetto, Melatto, Menapace, Meneghel, Meneghetti, Menuzzi, Milani, Minetto, Mioli, Mioso, Miotto, Missau, Missio, Mizzan, Modolon, Monfardini, Montagner, Moreschi, Moretto, Morizzo, Moro, Moscon, Mossini, Muzzolon, Naidon, Nascimento, Natal, Negrini, Nicolli, Noal, Nodari, Nogara, Noro, Novello, Odorizzi, Ongaro, Orlandi, Padilha, Padoin, Paganin, Paniz, Parro, Parzianello, Paoletto, Pascotini, Pasqualin, Pasquotto, Paula, Pauletto, Pavesi, Pavin, Peccin, Pedrollo, Pedroso, Pegoraro, Pelegrin, Pelizzaro, Pereira, Peretti, Perlin, Pesamosca, Pettuco, Piccinato, Piccinin, Picolotto, Pigato, Pillecco, Pinto, Piovesan, Pippi, Piussi, Pivetta, Pivotto, Pizzolato, Polidoro, Pontelli, Porporati, Porciúncula, Porporati, Porto, Possani, Possebon, Pozza, Pozzebon, Pozzer, Pozzobon, Pradebon, Preda, Pressotto, Previatti, Prevedello, Protti, Putton, Quatrin, Querin, Ragagnin, Raguzzoni, Ramos, Rapachi, Ravazzolo, Razzia, Reck, Rech, Redin, Rezzardin, Rezzi, Ribeiro, Riggo, Righi, Rigo, Rizzi, Rocha, Romano, Rorato, Rosa, Rossato, Rossatto, Rossi, Rossinguer, Rosso, Ruaro, Rubin, Rubert, Ruggine, Ruoso, Ruviaro, Sacchet, Sacilotto, Sala, Sagin, Salgado, Sandre, Sanfelice, Sante, Santini, Santos, Sartori, Sarzi, Savegnago, Sbicego, Scaglioni, Scalcon, Schlosser, Schuster, Schwinn, Scolari, Segabinazzi, Segatto, Seghetto, Serafin, Sertori, Sforzin, Silva, Silveira, Simeoni, Simonetti, Soccal, Soldera, Somavilla, Sonego, Souza, Soncini, Souza, Spagnollo, Spadotto, Spanavello, Sperandio, Spigolon, Sponchiado, Squarzieri, Stangherlini, Stefanello, Sterzi, Stipano, Stochero, Strabosco, Stradiotto, Strabosco, Tagliapietra, Tailoto, Teixeira, Teston, Tesselle, Thomasi, Thomazetti, Thomazi, Thomazzi, Toffolo, Tognotti, Tolfo, Tomazetti, Tommasi, Tondo, Tonel, Tonet, Tonetto, Tonin, Torri, Toson, Trentin, Trevisan, Trevisol, Trombetta, Tronco, Turchetto, Uliana, Ulrich, Urbani, Vaccaro, Valcosena, Varaschini, Vedovato, Velloso, Venchierutti, Vendrame, Vendruscolo, Venturini, Verini, Veronese, Vettor, Vicentini, Vicenzo, Vidale, Vieira, Viero, Villanova, Villani, Visentini, Vizzotto, Volcato, Webber, Whitme, Zago, Zamberlan, Zambonatto, Zampieri, Zancan, Zanchi, Zanella, Zanetti, Zanini, Zanon, Zanotto, Zarantonello, Zasso, Zavareze, Zechinatto, Zemolin, Zini, Zolin, Zorzetto, Zucchetto, Zuliani.

A Importância dos Sobrenomes para a História da Imigração

Os sobrenomes preservados na Quarta Colônia não são apenas registros familiares, mas também documentos vivos da trajetória dos imigrantes. Eles revelam origens regionais, tradições religiosas, profissões da época e conexões entre famílias que ajudaram a construir comunidades, paróquias, escolas, sociedades e lavouras.
Para descendentes de italianos, essas listas são ferramentas essenciais de pesquisa genealógica e de resgate da própria identidade cultural.

Conclusão

A preservação dos sobrenomes italianos da Quarta Colônia é uma forma de honrar a memória dos imigrantes que ajudaram a formar o Rio Grande do Sul. Cada nome carrega histórias de coragem, esperança, trabalho árduo e fé. Reunir e divulgar esses registros é um passo fundamental para fortalecer a identidade cultural das novas gerações e manter viva a herança deixada pelos pioneiros italianos.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta



sábado, 24 de março de 2018

Colônia Silveira Martins a Quarta Colônia Italiana no Rio Grande do Sul









A Colônia Silveira Martins, Quarta Colônia Italiana fundada Rio Grande do Sul, originou os municípios de Silveira Martins, Ivorá, Faxinal do Soturno, Nova Palma, São João do Polesine, Dona Francisca e Pinhal Grande. Integram hoje esta região os municípios de Restinga Seca, que teve colonização portuguesa e o município de Agudo, que por sua vez foi colonizado por alemães.

A Quarta Colônia Italiana no Rio Grande do Sul foi fundada no ano de 1877 e recebeu o nome de Colônia Silveira Martins. Assentada na região central do estado, longe dos centros econômicos e dos outros três núcleos coloniais já criados, estes na Serra Gaúcha.
Os imigrantes, enviados para essa nova colônia, ficavam inicialmente abrigados em barracões, locais com pouca higiene e onde a alimentação deixava muito a desejar, até que se completasse o trabalho de demarcação dos lotes que seriam cedidos aos colonos por parte do governo imperial do Brasil.
A chegada regular de novos imigrantes, na sua grande maioria composta de vênetos, gerou a necessidade de se criarem outros lotes de terras, o que veio a dar lugar a formação de novos núcleos próximos à sede da Colônia Silveira Martins, como: Soturno, Arroio Grande, Nova Treviso e Vale Vêneto os quais com o passar do tempo originaram os atuais sete municípios da região da Quarta Colônia como, Silveira Martins, Ivorá, Faxinal do Soturno, São João do Polesine, Nova Palma, Pinhal Grande e Dona Francisca.
A religião e o isolamento das quatro colônias italianas no Rio Grande do Sul facilitaram a valorização e a preservação da cultura que foi trazida da Itália, contribuindo com o seu trabalho, com suas tradições, com a sua religiosidade, com os seus usos e costumes para a formação, composição e a cultura do povo gaúcho.
Na Quarta Colônia ainda hoje estão presentes e cultivados com orgulho toda essa bagagem cultural herdada dos pioneiros que ali chegaram. Podemos lembrar que o desenvolvimento dos municípios que compõem hoje a Quarta Colônia é uma consequência direta da grande religiosidade dos italianos e de seus descendentes, que puderam se  manter unidos, superando os obstáculos iniciais na nova terra.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta

Erechim RS

terça-feira, 6 de março de 2018

As Colônias Italianas no Rio Grande do Sul

Distribuição dos Lotes em Caxias do Sul



As Colônias Italianas no Rio Grande do Sul


Após a bem sucedida experiência de colonização alemã no Rio Grande do Sul, fundada em 1824, o governo imperial brasileiro iniciou um processo semelhante com imigrantes de origem italiana. Assim, em 1875, começaram a chegar, na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, as primeiras famílias de imigrantes italianos, sendo que os vênetos constituiram-se no contingente mais numeroso, atingindo no final a percentagem de 54% do total dos italianos desembarcados no Estado.
Nessa época o Rio Grande do Sul já contava com uma população de aproximadamente 400 mil habitantes e o governo provincial aproveitando a doação de terras, de acordo com a lei imperial de 1848, iniciou uma política imigratória, sendo a primeira província a fundar colônias com fundos próprios, podendo assim administrá-los por conta própria. Em 1875 iniciou a criação de quatro novos núcleos destinados ao assentamento de colonos imigrantes italianos. Assim foram fundadas as Colônias de Dona Isabel e Conde D' Eu (logo mais conhecidas como Bento Gonçalves e Garibaldi respectivamente), a Colônia Fundos de Nova Palmira (depois rebatizada de Colônia Caxias) e a Colônia Silveira Martins, também conhecida como Quarta Colônia, por ter sido o quarto núcleo de colonização italiana a ser criado no RS naquele período. Breve estas quatro colônias pioneiras deram lugar a dezenas de municípios gaúchos. Temos então:

1- Colônia Caxias deu origem a Caxias do Sul, Flôres da Cunha, Farroupilha e São Marcos

2- Colônia Dona Isabel formou Bento Gonçalves


   3- Colônia Conde D' Eu originou Garibaldi e Carlos Barbosa

  4- Colônia Silveira Martins deu origem as cidades de Silveira Martins, Vale Vêneto, Ivorá, Nova Palma, Faxinal do Soturno, São João do Polesine e Santa Maria



À partir de 1884, uma vez totalmente ocupadas esses quatro núcleos pioneiros, foram sendo criadas outras colônias do outro lado do Rio das Antas e assim surgiram:

1.        Colônia Antonio Prado, deu origem ao atual município de mesmo nome

2. Colônia Alfredo Chaves, deu origem a Veranópolis, Nova Prata, Nova Bassano e Cotiporã

3. Colônia Guaporé, origem dos municípios de Guaporé, Encantado, Muçum, Serafina Correa e Casca

4. Colônia Encantado, originou os municípios de Encantado e Nova Brescia.

Aos poucos, essas colônias foram se expandindo cada vez mais, sempre em direção do Rio Uruguai, divisa com Santa Catarina. Foram surgindo novas colonias nas atuais cidades de: Tapejara, Getúlio Vargas, Erechim, Severiano de Almeida, Sananduva, Paraí, Nova Araçá, Ciríaco, Davi Canabarro, Marau, Anta Gorda, Ilópolis, Putinga, Arvorezinha, Ipê.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta

Erechim RS