sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

A Aplicação da Justiça na Sereníssima República de Veneza


Ponte dos Suspiros em Veneza

















 A Justiça em Veneza, na época da Sereníssima República, era exercida de modo exemplar e se transformou em um dos seus grandes mitos. 

Aos acusados era dada oportunidade de defesa e usava o mesmo rigor no caso em que eles pertencessem à classe dirigente. A inexorabilidade e a eficácia dos órgãos da justiça vêneta de então permitiram conter a criminalidade. 




No período compreendido entre os anos de 1300 e 1797, portanto em quase quinhentos anos, as condenações à morte foram em número de 1279, ou aproximadamente de duas ao ano. 

Trata-se de um número pequeno em relação ao que acontecia nesse mesmo período no resto da Europa. A pena mais severa depois da de morte era a de exílio, expulsão dos domínios da República de Veneza. 

Se o criminoso era condenado aos trabalhos forçados significava que era embarcado nas galeras como remador, conhecidos por  de "galeotto". 

Nas prisões da Sereníssima existiam os famigerados "piombi", assim denominadas as prisões revestidas de placas de chumbo que cobriam o seu teto, como nas prisões do Palazzo Ducale. 

Os Doges deviam ser responsáveis e administrar com honestidade a Sereníssima República de Veneza. Os que não agiram corretamente foram executados como foi o caso do Doge Marino Falier que articulou um plano para impor um poder absoluto em Veneza contra o Governo Colegiado vigente. Julgado foi condenado por alta traição e decapitado no pátio do Palazzo Ducale, em execução reservada, com as portas fechadas. 

A justiça da República tinha força para permitir a punição e até a decapitação do seu líder máximo. 

Quando assumiam o cargo os doges deviam jurar fidelidade e honestidade à República, não devendo fazer do cargo trampolim para poder pessoal ou para enriquecimento particular. 




Os doges não deviam se considerar senhores de Veneza, mas somente como chefes da República, ou melhor deviam se considerar os servos honorários desta e submeter-se às mesmas leis vigentes como qualquer outro cidadão comum.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta 
Erechim RS

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Dia Nacional do Imigrante Italiano no Brasil






Dia Nacional do Imigrante Italiano no Brasil




Na data de hoje, 21 de Fevereiro, comemora-se em todo o território nacional do Brasil o “Dia do Imigrante Italiano”, segundo estabelece a lei aprovada pelo Congresso Nacional no dia 8 de maio e sancionada dia 2 de junho de 2008 pelo presidente da República em exercício, José Alencar. 



A criação de um dia específico para homenagear os imigrantes é o reconhecimento oficial do Brasil pela grande contribuição do Povo Italiano para o progresso do nosso País. 




Nos unimos as merecidas homenagens que hoje serão prestadas aqueles italianos que escolheram o Brasil como a sua nova Pátria.




Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

A Península Italiana no Século XVIII

A Península Italiana no Século XVIII

A Origem da Palavra "Schei"




Ainda hoje podemos ouvir nos falantes do talian, especialmente nas zonas de colonização italiana do Rio Grande do Sul, a palavra schei usada como um sinônimo de dinheiro.


Exemplo: lu gaveva tanti schei, ou ainda, lu gavea la scarsela pien di schei.


Em todo o Vêneto, o termo “schei”, era usado há muitos anos, para denominar o dinheiro em geral, desde o tempo em que a Lombardia e o Vêneto se encontravam sob a dominação austríaca. Naquela época estavam em circulação as liras italianas e a moeda austríaca, as quais substituíram o “zechin” que era a moeda da República de Veneza.













 O centésimo de lira se chamava “centesimin” e da moeda austríaca, que tinha um valor um pouco inferior, se chamava “scheo”. 

Este termo teve origem pelo fato que sobre os centésimos austríacos estava cunhada a inscrição “Scheidemünze”. 

Devido a dificuldade de pronunciarem bem esta palavra estrangeira, os vênetos somente liam o início da inscrição, isto é “schei”, usado para indicar o plural e “scheo” para o singular. 

O termo se firmou na língua veneta para indicar dinheiro em geral.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A Criação de uma Nova Língua o Talian



Quando os imigrantes italianos, e os vênetos a grande maioria, chegaram no Rio Grande do Sul, não tinham conhecimento do português, a língua oficial do Brasil. Também pouco conheciam a língua italiana, idioma oficial da Itália. 

Vivendo em núcleos isolados, criaram por muito tempo verdadeiras colônias estrangeiras dentro RS. Já falamos que os dialetos do norte da Itália que se destacaram, pela predominância de origem desses imigrantes, com presença de 88% do contingente aqui chegados foram os vênetos e os lombardos. Entre os vênetos predominaram os dialetos vicentino, feltrino-bellunese, trevisano e padovano. 




Entre aqueles lombardos tivemos os dialetos cremose, bergamasco, mantovano e milanese. Muito preocupados em se integrarem à variada comunidade local, nunca pretenderam conservar o dialeto da própria origem. Encontrando-se longe dos centros urbanos, esquecidos pelas autoridades competentes, emarginados socialmente, economicamente e geograficamente, para não morrerem culturalmente, desenvolveram a própria tadição cultural, em especial a religiosa e familiar.




Usavam a língua de origem, os dialetos provinciais, propensos a desagregação na medida em que esses vários dialetos entravam em contato entre si. No início a cultura das colônias se concentrava intorno às igrejas ou capitéis, locais de encontro das diversas comunidades nos dias de festas e cerimônias religiosas. 

Alguns dialetos, por serem numericamente pouco representativos, desapareceram dentro da comunidade. Com o passar do tempo se fundiram os dialetos que não tinham afinidades formando grupos dialetais e aqueles que eram afins se influenciaram reciprocamente se fortalecendo acabando por predominar sobre os demais. 


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Noções Históricas sobre o Ano Novo Vêneto



Nozioni storiche sul Capodanno Veneto


Il calendario Veneto affonda le radici nella notte dei tempi fra i popoli indoeuropei. La zona originaria dei Veneti era il nord dell’Europa centrale (zona Lusaziana), dove gli scavi archeologici degli ultimi 30 anni stanno confermando quello che diverse fonti antiche riportavano. La civiltà veneta antica (venetica) sapeva coltivare, produrre il vino, allevare gli animali, scrivere, lavorare i metalli e le ceramiche, fare arte nelle case e nei monili, già attorno il 3000 Avanti Cristo.


Questa civiltà creatrice aveva come divinità principale la Dea Retia che era appunto la divinità della vita, della salute e generatrice di essa. Non stupisce dunque che proprio quando la terra, ancora nel freddo, inizia l’attività generatrice e si prepara alla primavera, ossia nel mese di marzo, proprio allora i veneti festeggiassero la fine del vecchio anno e l’inizio del nuovo. Attorno al 2500 A.C. iniziarono diverse migrazioni dei veneti, secondo alcuni per cause climatiche ed ambientali, secondo altri per una certa naturale espansione di una civiltà che sapeva dare molto alle altre senza bisogno di far guerra. 


Essi si espansero in tutte le direzioni, cosicché sono di origine indoeuropea anche le popolazioni dell’est come dell ovest fino all’odierno Iran. Verso sud essi si stanziarono anche nell’Anatolia, e successivamente, intorno al 1200 A.C., a seguito della guerra di Troia da cui Antenore fu salvato, si stanziarono nell’alto Adriatico, fondando Padova e altre Città. Forse perché i romani ebbero come capostipite Enea, un discendente di Antenore, anche essi usavano il calendario indoeuropeo con inizio a marzo, ma tuttavia esso non rispondeva bene alle loro necessità dato che era di originario di luoghi soggetti all’inverno artico. Alcuni sostengono che per loro l’anno iniziasse a marzo e fosse intitolato a Marte, ma secondo la mitologia romana arcaica, quella più antica, Marte era appunto il dio della natura, della fertilità, della pioggia e dei tuoni e fu solo successivamente, in età classica , che divenne il dio della Guerra. 

 

Comunque fosse, ancora oggi il calendario risente dell’impronta indoeuropea, per cui a partire da Marzo, il mese della rinascita, si contano i dieci mesi, di cui il settimo (settembre), l’ottavo (ottobre), il nono (novembre) e il decimo (dicembre) conservano ancora il ricordo. Il quinto (Luglio ) e il sesto (Agosto ) furono poi intotalati a Julius e ad Cesare Augustus. Gennaio e Febbraio furono aggiunti con varie riforme per dare conto al ciclo delle stagioni che più a sud di dove nacque è diverso nei tempi della luce. Così, anche nella millenaria Serenissima Repubblica l’anno cominciava il 1 Marzo e Gennaio e Febbraio erano gli ultimi mesi dell’anno.


Fonte: Silvana Dal Cero

sábado, 16 de fevereiro de 2019

Gramática da Língua Vêneta em Cinco Lições



Lessiòn de Vèneto

PRIMA LEZIONE

Il vèneto è parlato sotto forma di diverse varianti (veneziano, veronese, trevigiano, feltrino-bellunese, padovano-vicentino-polesano detto veneto centrale, e fuori dal Veneto) ma ha delle strutture comuni. E` quindi possibile raggiungere una lingua unitaria scritta lasciando vive le diverse varianti di pronuncia. Anche se, è bene notarlo, alcune variazioni di pronuncia si riflettono sulla grammatica (per esempio i plurali o i verbi)…

Dove è possibile le pronuncie vengono unificate con un’unica grafia, dove non è possibile si opereranno delle scelte ma l’importante è: 1) non usare lettere che favoriscono la pronuncia errata italianizzante dei giovani ; 2) Se si fanno delle scelte, seguire un procedimento democratico (legge della maggioranza) o basato sull’autorità della storia; 3) Non scrivere in modo troppo complicato ma, nei limiti dell’unificazione, usare una grafia regolare che possa essere facilmente imparata anche da chi non conosce il veneto in modo che sia più facile diffonderlo.

L-tajà: Ł, £ = L-normale oppure E-breve o muta (suono evanescente).
Ła ba£a (pronuncia /la bala/ oppure /’a baea/) = la palla
Łe sca£e (pronuncia /le scale/ oppure /’e scae/) = le scale
El co£or (pronuncia /el colór/ oppure /el coeór/) = il colore
Łóre (pronuncia /lóre/ oppure /eóre/) = esse, loro (femm.)
Łigo (pronuncia /ligo/ oppure /’igo/) = lego, allaccio

Questa lettera unifica due diverse pronuncie (la prima è veronese e feltrino-bellunese o rustica) e inoltre ha il pregio di risolvere parecchi casi di ambiguità anche quando non viene pronunciata. Ad esempio:

ba£i (=balli) rispetto a bai (=vermi,insetti)
scó£e (=scuole) rispetto a scóe (=scope)
cava£i (=cavalli) rispetto a cavài (=tolti)
anima£i (=animali) rispetto a animài (=animati)
va£e (=valle) rispetto a vae (sinonimo di vaga= che vada)
corte£o (=coltello) rispetto a corteo (=corteo)
mìsi£e (=missile) rispetto a misie (congiunt. di misiar=mescoli)

Questi sono solo alcuni esempi per spiegare l’utilità di questo simbolo (che è usato, con scopi diversi, anche in polacco).

Un altro simbolo che unifica a livello scritto due varianti di pronuncia è:

J: = i-breve oppure gi (pronuncia veneziana).
ojo (pronuncia /oio/ oppure /ogio/) = olio
maravéja (pronuncia /maravéia/ oppure /maravégia/) = meraviglia
bóje (pronuncia /bóie/ oppure /bógie/) = bolle, bollono


Ricordiamo, infine un’altra regola fondamentale delle Parlade Vènete Unificàe:

O, E finali: si leggono oppure sono mute (pronuncia feltrino-bellunese)

tenpo (pronuncia /tenp(o)/) = tempo
toco (pronuncia /tòc(o)/) = pezzo
sente (pronuncia /sent(e)/) = sente, sentono
mónte (pronuncia /mónt(e)/) = monte

In una grafia unitaria è corretto scrivere queste vocali perché esse si usano in quasi tutte le varianti, però a livello di pronuncia è altrettanto lecito lasciarle anche mute rispettando il feltrino



SECONDA LEZIONE


Altre lettere con doppia pronuncia sono S / X ma il loro utilizzo è comunque molto regolare perché ogni lettera ha un suono (ed eventualmente una variante). Ricordiamo che l’uso della lettera Z tende notevolmente a rafforzare gli errori di pronuncia dei giovani, che la leggono all’italiana oppure come la Z spagnola anche quando in realtà è usata per rappresentare il suono ‘dh’.

S: sempre come in spagnolo = Ss italiana di “rossa”.
Zs: = Ss italiana di “rossa” oppure =TH inglese.
Pasar (pronuncia /passàr/ ) = passare
Baso (pronuncia /basso/ ) = basso
Masa (pronuncia /massa/ ) = troppo
Piazsa (pronuncia /piassa/ oppure /piatha/) = piazza
Giazso (pronuncia /giasso/ oppure /giatho/) = ghiaccio
Senzsa (pronuncia /sensa/ oppure /sentha/) = senza
Mése (pronuncia /mésse/ ) = messe
Rósa (pronuncia /róssa/ ) = rossa
Verso (pronuncia /vèrso/ ) = verso
Sente (pronuncia /sente/ ) = sente
Se (pronuncia /se/) = se
Sórso (pronuncia /sórso/) = sorso

X: sempre come portog. “exemplo” = S ital. di “rosa” anche in inizio di parola.
Zx: come portog. “exemplo” = S ital. di “rosa” oppure =DH inglese.
Roxa (pronuncia /ròsa/ ) = rosa
Mezxe (pronuncia /mèse/ oppure /mèdhe/) = mezze
Méxe (pronuncia /mése/) = mese
Baxo (pronuncia /baso/ ) = bacio
Caxa (pronuncia /casa/ ) = casa
Pianzxe (pronuncia /pianse/ oppure /piandhe/) = piange, piangono
Verzxo (pronuncia /vèrso/ oppure /vèrdho/) = apro
Zxente (pronuncia /sent(e)/ oppure /dhent(e)/) = gente
Xe (pronuncia /sè/) = è, sono
Sórxo (pronuncia /sórso/) = topo (anche sórxe)

In pratica i gruppi ZS,ZX rappresentano le versioni "a doppia pronuncia" delle corrispondenti lettere S/X.
Il gruppo Zs rappresenta lo stesso suono di S quando esso ha anche l'alternativa interdentale TH.
Il gruppo Zx rappresenta lo stesso suono di X (S-sonora) quando esso ha anche l'alternativa interdentale DH.

Attenzione: le parole pasion, mision, sesion ecc… hanno una sola pronuncia e si distinguono da quelle come nazsion, azsion, direzsion, sezsion… che hanno due pronuncie. Per esempio:

Sesion (pronuncia /sessión/ ) = sessione
Tension (pronuncia /tenssión/) = tensione
Atenzsion (pronuncia /atenssión, atenthión/ ) = attenzione
Sezsion (pronuncia /sessión, sethión/ ) = sezione
Pasion (pronuncia /passión/ come in spagn.) = passione
Azsion (pronuncia /assión, athión/ ) = azione
Le parole ocaxion, desixion, invaxion e quelle in –vixion sono regolarmente con X (=s sonora italiana)

TERZA LEZIONE


-L, -R finali: sono pronunciate come sono scritte oppure seguite da vocale (veneto centrale)

Dotor (pronuncia /dotór(e)/) = dottore
Vardar (pronuncia /vardàr(e)/) = guardare, osservare
Parol (pronuncia /paról(o)/ [o paróeo] ) = paiuolo, pentolone
…In una grafia unitaria è giusto scrivere –L , –R finali perché questa è la pronuncia della maggioranza delle varianti, ma nel parlato niente vieta di aggiungere la vocale come nel veneto centrale.

In fine, ricordiamo che il veneto ha un altro gruppo di suoni che non esiste in italiano: s + ci, s + ce che si pronunciano separati e non “sci, sce” all’italiana…

S-c , s·c: si pronunciano sempre separate

S-cioco , s·cioco (pronuncia /s.ciòc(o)/ ) = schiocco, scoppio
Fis-ciar, fis·ciar (pronuncia /fis.ciàr(e)/ ) = fischiare
Mas-cio, mas·cio (pronuncia /mas.cio/ ) = maiale

Chiarito l’uso delle lettere passiamo a vedere le regole di accentuazione: per una lingua come il veneto, spesso distorta dai presentatori in Tv e poco conosciuta fuori dalle nostre zone, è molto importante l’uso degli accenti perché permette una corretta pronuncia anche a chi non la conosce.

1) L’accento non si segna sulle parole che finiscono in consonante: infatti cade automaticamente sull’ultima vocale ed è quasi sempre chiuso: paron (pron. /parón/) , saver (pron. /savér/) , parol (pron. /paról/) , cantar (pron. /cantàr/) …
2) L’accento si segna in penultima posizione solo su ó-chiusa ed é-chiusa: sóto (pron. /sóto/ =sotto) ma soto (pron. /sòto/ =zoppo) ; bóta (pron. /bóta/ =botte) ma bota (pron. /bòta/=botta) ; méxe (pron. /mése/ =mese) ma mexe (pron. /mèse/ , /mèdhe/ =mezze) ; e così via… néto, nóvo, famóxa, péro, cavéjo…
3) Si segna sempre in tutte le altre posizioni: àsido, òstrega, tiènte£o, invìtene, metarò, finìo, savùo, pòrtene£o, partìi, sentìa, segretarìa (=segreteria) diverso da segretaria (=segretaria)…
4) Non si segna sugli avverbi in –mente e su alcune parole di uso molto frequente: normalmente (pron. /normalménte/) , stranamente (pron./stranaménte/)… questo, que£o, fora, insieme, come…

N.B.: sarebbe consigliabile scrivere con qû- le seguenti parole per indicare le diverse pronuncie che esse hanno: qûel (=kél, kuél) , qûesta (=késta, kuésta) , qûe£e (=kéle/kee, kuéle/kuée) , qûi (=kì/kuì) etc… Se non si ha il simbolo "û" esse si possono scrivere con q-: qel (=kél, kuél) ; qe£e (=kéle/kee, kuéle/kuée) e anche qûi (=kì/kuì) che ha un significato diverso da "chi/ci"…

Infine, notiamo che l’accento serve anche a distinguere alcune parole simili che hanno però significato diverso:

a) so (=io so) è diverso da so’ (=io sono) e diverso da só (=suo/a/oi/e)

b) me (=mi) è diverso da mé (=mio/a/ei/e)
“me pare = mi pare,sembra” mentre “mé pare = mio padre”
“£a me domanda = (lei) mi domanda” mentre “£a mé domanda = la mia domanda”

c) to! (con o-aperta =eccoti!) è diverso da to’ (=prendi!) e diverso da tó (=tuo/a/oi/e)

d) dighe (=dighe) , dìghe (=digli,dille, di’ a loro) ; dame (=dame) , dàme (=dammi)
fame (=fame) , fàme (=fammi) ; porte£a (=sportello, porta) , portè£a (=portàtela)
jùtene (=aiutaci) , jutène (=aiutateci) ; scólteme (=ascoltami) , scoltème (=ascoltatemi)…

QUARTA LEZIONE

Abbiamo visto che, per la legge della maggioranza, è più giusto scrivere dotor, sentir, fiol, parol ecc... anche se poi nella pronuncia si può aggiungere una vocale. Per lo stesso principio abbiamo visto che in una lingua scritta unitaria è meglio usare forme come mónte, toco, tenpo, el sente ecc… anche se poi nella pronuncia le vocali finali possono essere tralasciate.

Ma i plurali di questi nomi come si fanno? E anche i verbi presentano voci “ambigue”, come vedremo.
Cosa fare? Purtroppo, questi sono due casi in cui le diverse parlate venete variano molto. Consideriamo le parlate genuine (e non lo pseudoveneto di città, che in realtà è italiano travestito da veneto).

Guardate qua:

a) Veronese-Venez.(-Trevig.meridion.) : el mónte à (plur.) i mónti ; el ségno à (plur.) i ségni
b) Feltr-Bellun. (Trevig. settentr.) : el mónt à (plur.) i mónt ; el ségn à (plur.) i ségn ; (paronàparogn…)
c) Padov-Vicent-Polesano (parte del Veron., asolano, gradese) : el mónte à i munti ; el ségno à i signi

A questo punto, almeno a livello scritto, sarebbe più giusto scegliere le ultime forme. (tra l’altro anche alcune zone del bellunese hanno paronà parui…). Sono forme che si presentano un po’ in tutto il territorio veneto anche se “a macchia di leopardo”


E anche nei verbi c’è una situazione simile:

a) Venez.-Trevig. : el sente à ti sente (te sente) ; el véde à ti véde (te véde)
b) Veron. : el sente à te senti ; el véde à te vedi
c) Feltr-Bellun.-(Trevig.settentr.) : el sent à te sent (tu sent) ; el vét (el véd) à te vet (te véd)
d) Padov-Vicent-Poles. (parte del Veron., asolano, gradese) : el sente à te sinti ; el véde à te vidi

Come vedete, se cerchiamo le forme autentiche delle varie zone, sarebbe più giusto scegliere le ultime forme a livello di scrittura unitaria. Poi parlando, ognuno è libero di fare quel che vuole.

Quindi, riassumendo, ecco cosa fare in questi casi:
ó-chiusa in penult. posiz. (-o in ultima) à -u: el mónteà i munti, el paronà i paruni, el fiolà i fiu£i… ma el tocoà i tochi, l’ortoà i orti, el moroà i mori…
é-chiusa in penult. posiz. à -i: el ségnoà i signi, el sécioà i sici, el védeà te vidi, nétoà niti…
ma el trenà i treni, el piaxerà i piaxeri, el perdeà te perdi…
combinazione -o-ó à -u-u: el moróxoà i muruxi, el dotorà i duturi
combinazione -o-é à -u-i: l’argoméntoà i arguminti, el moméntoà i muminti, movéaà te muvivi


Ricordiamoci poi, che i nomi femminili in ­­–e restano invariati al plurale (anche se i giovani che parlano l’italiano tendono a fare confusione facendo anche il plurale veneto in –i). Quindi:

na ciave à dó ciave (non “ciavi” che è italianeggiante)
£a nave à £e nave (non “navi” che è italianeggiante)
£a fòrbexe à £e fòrbexe
na straje à £e straje
ecc…

mentre: na vocalà dó voca£i ; £a nathionalà £e nathiona£i ; el/£a cantante à i/£e cantanti, ecc… perché terminano in consonante (-l) oppure non sono nomi prettamente femminili ma misti (cioè masch/femm)

QUINTA LEZIONE


Ormai siamo alla fine, restano da vedere alcune forme verbali e poi le principali regole di unificazione sono terminate. Abbiamo visto le forme del tipo: el movéa à te muvivi , el savéaà te savivi e ovviamente quelle analoghe che movése à che te muvisi, che ’l savéseà che te savisi ecc…

Guardiamo ora i futuri:

Veron.-Padov-Vicent-Polesano: el cantarà à te cantarè
Venez.-Trevig.-Bellun.: el cantarà à ti cantarà (tu cantarà/te cantarà)

In questo caso per la legge della maggioranza scegliamo le prime forme: te cantarè, te pensarè, te savarè, te finirè ecc…escludendo il veneto nord-orientale.


Analogamente tra le seguenti forme:

Veronese-Venez-Trevig-Bellun: (voaltri) cantarè, canterè
Padov-Vicent-Polesano (=veneto centr.): (voaltri) cantarì

In questo caso il veneto centrale risulta in minoranza quindi si sceglieranno le forme (voaltri) cantarè, savarè, finirè ecc…


Ora i principali punti di disaccordo tra le diverse varianti venete sono unificati, le restanti variazioni minori possono essere accettate contemporaneamente e saranno il tempo e l’uso a decidere quali diventeranno più “ufficiali” e quali saranno escluse. Per il momento non ha senso decidere un’unificazione nei minimi dettagli…anche perché molte lingue, come inglese e spagnolo presentano doppie forme verbali e questo non vuol dire che non siano lingue unitarie (pensiamo a it is->it’s , I have -> I’ve , He would go -> He’d go oppure spagnolo fuera -> fuese , cantara -> cantase , cantáramos -> cantásemos ecc…)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

A Liga de Cambrai contra a República de Veneza



Liga de Cambrai


No ano de 1509 a próspera Sereníssima República de Veneza era invejada pelas outras potências européias, que se uniram para destruí-la e apoderar-se de suas riquezas. Em 10 de Dezembro de 1508 formaram a coalizão contra Veneza com o estímulo do Papa Júlio II: o Reino da França, o Império dos Habsburgos, a Coroa da Espanha com Fernando de Aragon (Reinos de Nápoles e da Sicília), o Ducado de Ferrara, o Marquesado de Mantova, o Reino Pontifício, o Reino da Hungria e o Ducado de Savoia.
Para enfrentar esse formidável exército a República de Veneza com imensos esforços reagiu formando um grande exército jamais até então visto na península italiana. Mesmo assim na Batalha de Agnadello, nas proximidades de Cremona, em 14 de Maio de 1509, Veneza foi derrotada e também a frota veneziana foi vencida na Batalha de Polesella. As cidades vênetas localizadas na terra-firme foram invadidas, com os nobres entregando ao inimigo a maior parte das cidades.
A cidade de Treviso desde o início recusou a se entregar aos invasores. O mesmo se deu com Udine resolveu ficar do lado da Sereníssima. Rebeliões populares de resistência aconteceram e vários locais.
Veneza colocou o condottiere Gritti como comandante dos seus exércitos e fez um grande esforço para sustentar o esforço de guerra conseguindo doações de tesouros particulares e também do estado.
Gritti reagrupou as tropas venetas e partiu para a reconquista de Padova. A seguir com o auxílio da sua habilíssima diplomacia conseguiu quebrar a aliança que existia entre os seus inimigos, fazendo a desistência do Papa Júlio II que passou a combater a França, criando a Liga Santa junto com a Espanha e Sacro Império Romano.
Assim, aos poucos, A Sereníssima República de Veneza foi recuperando todos os seus antigos domínios tendo combatido a Liga de Cambrai até o ano de 1511.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Um Pouco da História da Basílica de San Marco em Veneza



A derrota da frota de Pepino, rei dos Francos, na laguna vêneta, no ano de 810 pode ser considerado o marco decisivo da fundação do Estado Veneziano. Tão logo passou o perigo o doge Agnello Partecipazio transferiu a sede do governo para uma ilha no centro da laguna, chamada de Rivoalto, onde já se refugiava grande número de vênetos que escaparam dos centros invadidos pelos Francos. A lenda nos conta que dois comerciantes vênetos se apropriaram dos restos mortais do evangelista Marco, retirado secretamente da Alexandria, onde estava enterrado e transladado por mar até Veneza no ano de 828, no período de governo do doge Giustiniano. Esses espólios do santo foram inicialmente conservados em uma capela do próprio palácio ducal onde vivia o doge e onde também funcionava a sede do governo. Em honra ao santo, que passou a ser o patrono da cidade de Veneza em substituição a S. Teodoro, foi construída uma igreja ao lado do palácio do doge, chamada posteriormente de Basílica de S. Marco, sendo consagrada no ano de 832 por Orso Partecipazio, bispo de Olivolo. No ano 976 ela foi destruída, juntamente com inúmeras casas, em um grande incêndio provocado por tumultos populares em protesto à tirania do doge Pietro Candiano IV. Foi rapidamente restaurada no prazo de dois anos, embelezada com revestimentos de mármore e decorações, pelo sucessor doge Pietro Orseolo, conhecido pelo apelido de “O Santo”. Esta nova basílica, muito mais rica e decorada foi consagrada no ano de 978, passando de uma capela privada do doge para uma grande igreja do Estado. Com o passar dos anos, devido à necessidade de mais espaço em seu interior ela e a outra vizinha consagrada a São Teodoro foram demolidas. No local a partir de 1063 ela foi reconstruída pelo doge Domenico Contarini, dando lugar a uma só construção, de maiores dimensões, que seguia o modelo da Basílica de Constantinopla, com aproximadamente as mesmas linhas arquitetônicas da atual: construção em cruz grega com cindo cúpulas sustentadas por quatorze pilastras. A parte de construção foi concluída no ano de 1071. Durante o governo do doge Domenico Selvo foi dado início da colocação de revestimentos e ornamentos em mármore, além dos famosos mosaicos, os quais continuaram a ser trabalhados por mais trezentos anos. O edifício foi solenemente consagrado em 08 de outubro de 1094 durante a visita do Imperador Henrique IV. Entre as maiores relíquias que ela guarda citamos a Pala d´Oro que adornava o altar maior, mandada confeccionar em Bizâncio pelo doge Ordelaffo Falier, a qual foi concluída em 1105. Aos poucos esta Pala foi sendo acrescida de mais ornamentos finos e pedras preciosas, transformando-se nos governos seguintes doges Pietro Ziani (1209) e Andrea Dandolo (1343/1354). Depois da IV Cruzada foram colocados na fachada da Basílica os quatro belíssimos cavalos de bronze trazidos de Constantinopla. Cada governo seguinte, com o acréscimo de novas construções, ornamentos e decorações foi tornando a Basílica na grandiosidade artística que conhecemos hoje. A Capela Ducal, Igreja de Estado e paróquia durante a Sereníssima Republica de Veneza contava para a sua administração com um Capitulo de doze canônicos presididos pelo Primicerio, o qual tinha privilégios de abade, enquanto que a cura das almas estava a cargo de dois canônicos, chamados “sacrestani”. A sua administração, o financiamento de tudo que era necessário para o funcionamento e manutenção do edifício, era providenciado pelo doge e por dois procuradores, os quais gozavam de alto prestigio na República. Todos os trabalhos de construção e restauro eram projetados e dirigidos por um arquiteto, conhecido como “Proto”, cargo que no decorrer dos séculos foi exercido por figuras do porte de Giorgio Spavento, Iacopo Sansovino e Baldassare Longhena. A Capella Musicale di San Marco gozava de grande prestigio, tendo as suas custas um maetro responsável, grande número de cantores e músicos. A partir do ano de 1613 Cláudio Monteverdi foi seu maestro por mais de trinta anos.




Dr. Luiz Carlos B. Piazetta
Erechim RS Brasil

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

La Peste a Venezia del XVI secolo



Nel XVI secolo, se dal punto di vista politico la città di Venezia stava perdendo il suo ruolo centrale, dal punto di vista demografico era in continua espansione: coi suoi 175.000 abitanti, era una delle città più popolose del mondo. Dal punto di vista culturale era una delle capitali europee, dove pittori, scultori, architetti e letterati rispondevano al nome di Tiziano, Tintoretto, Veronese, i Bassano, Palladio, Sansovino, Pietro Aretino, Galileo Galilei. La vivacità culturale era resa possibile da una notevole libertà di pensiero, che faceva sì che molti intellettuali stranieri perseguitati trovassero nella Serenissima una seconda patria. Questo prima dell'infuriare del terribile morbo della peste.



Nel triennio 1575-1577 la Serenissima fu scossa dal flagello della peste: favorito dall'altissima concentrazione di abitanti, il morbo serpeggiò a lungo e inflisse delle perdite gravissime, con una recrudescenza drammatica nei mesi estivi del secondo anno. Le vittime furono quasi 50.000, più di un terzo dei suoi abitanti. Il morbo si diffuse principalmente tra le classi povere, a causa di una più diffusa promiscuità e di un tenore di vita precario. All'inizio la gravità del fenomeno fu minimizzata, ma con l'imperversare della pestilenza il governo dovette adottare misure igienico-sanitarie molto restrittive: creò lazzaretti, fece seppellire i morti con la calce, sequestrò case o addirittura interi quartieri, disciplinò i contatti con l'esterno, riuscendo a mantenere in vita le istituzioni. Durante la pestilenza si aggiravano per le calli di Venezia due figure particolari, che avevano a che fare con la malattia: il medico e il pizzicamorti. Il medico era esposto fortemente al rischio del contagio e doveva prendere molte precauzioni: era coperto di una veste nera, probabilmente di tela cerata, ben profumata di bacche di ginepro. Il pizzicamorti era invece il becchino, anche lui protetto da una casacca di tela incatramata e spessi guanti, cui spettava l'ingrato compito di trasportare i cadaveri degli appestati e bruciarli. Portava guanti e una maschera che copriva il viso e i capelli con un caratteristico naso adunco che conteneva aromatici antidoti, avvertiva della sua presenza facendo tinnire i campanelli di bronzo che portava alle caviglie. Il Senato, il 4 settembre 1576, deliberò che il Doge dovesse pronunciare il voto di erigere una chiesa dedicata al Redentore, affinché lo stesso intercedesse per far finire la pestilenza. Ogni anno la città si sarebbe impegnata a rendere onore alla basilica, il giorno in cui fosse pubblicamente dichiarata libera dal contagio, a perpetuo ricordo del beneficio ottenuto. Il 3 maggio 1577, a peste non ancora ufficialmente debellata, fu posta la prima pietra e il tempio votivo, opera di Palladio, fu consacrato nel 1592 (12 anni dopo la morte del celebre architetto). La facciata è caratterizzata da quattro gigantesche colonne che reggono un grande timpano triangolare e sembra essere su tre piani sovrapposti. L'interno è nello stesso tempo solenne e semplice, con pianta a croce latina.



Il 13 luglio 1577 la pestilenza fu dichiarata definitivamente debellata, e si decise, dunque, di festeggiare la liberazione dalla peste la terza domenica del mese di luglio. All'aspetto religioso della celebrazione si affiancò subito l'aspetto di festa popolare, momento liberatorio dopo tanta tristezza. Per attraversare il Canale della Giudecca e per consentire il transito della processione, già nel primo anno fu allestito un imponente ponte di barche, elemento caratterizzante della festività. Attorno al ponte e al tempio votivo il vociare di gente festante e gioiosa, a piedi o in barche riccamente addobbate, conferiva alla festa anche un aspetto profano, dove alla devozione popolare si accompagnavano piacere e divertimento. Era una notte di veglia, la "notte famosissima", che si concludeva solo con l'arrivo dell'alba. 

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS