sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Sinfonia d’Autunno a San Martino: Castagne, Vino e Amore nell’Incanto di una Notte Magica


 


Nel cuore della piazza, uno stand emanava l’invitante profumo delle caldarroste appena grigliate. Maria, la cuoca del paese, preparava con cura le castagne, seguendo un’antica ricetta tramandata di generazione in generazione. I visitatori si riunivano intorno al fuoco scoppiettante, gustando le caldarroste fumanti e immergendosi nell’atmosfera accogliente.
Intanto, Giuseppe, il giovane enologo appassionato di vino, apriva la sua cantina per presentare il vino novello appena prodotto. Le bottiglie erano decorate con etichette artistiche che celebravano l’arte e la tradizione locale. La gente si avvicinava curiosa, assaporando il vino rosso rubino che danzava nei bicchieri.
Tra la folla, c’era una coppia, Marco e Giulia, innamorati della festa e l’uno dell’altro. Si ritrovavano ogni anno sotto il grande albero di castagne per scambiarsi promesse e brindare con il vino rosso. La loro storia si intrecciava con la magia di San Martino, diventando parte integrante della festa.
Una notte, un misterioso violinista apparve sulla piazza. Il suo suono avvolgeva la folla, creando un’atmosfera magica. Il violinista, con il suo cappello nero, incantava tutti con melodie che sembravano narrare storie dimenticate. La musica si fonde con il profumo delle caldarroste e il gusto del vino, creando un’esperienza sensoriale unica.
La festa raggiunse il suo apice quando, improvvisamente, iniziarono a cadere dolcemente fiocchi di neve. La neve decorò le ghirlande di foglie e trasformò San Martino in un paese incantato. La gente rideva, ballava e assaporava il momento, consapevole che quella notte sarebbe rimasta impressa nei loro cuori.
Il giorno seguente, al risveglio, i residenti trovarono una sorpresa: un grande dipinto raffigurante la festa, realizzato dal misterioso violinista. Il dipinto era appeso nella piazza, diventando un simbolo indelebile di quel magico San Martino.
Negli anni successivi, la festa delle castagne e del vino continuò a crescere, attirando visitatori da ogni angolo del mondo. San Martino divenne famosa per la sua tradizione unica, dove il profumo delle caldarroste e il sapore del vino si univano a storie d’amore e melodie incantate, creando un’atmosfera indimenticabile che resisteva al passare del tempo.

Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS



Vinho na Alma: O Ritual da Transformação Rural

 


Entre as vinhas que se estendiam até onde a vista alcançava, Giacomo viu sua vida entrelaçada com o ciclo das estações. A primavera era um despertar de promessas, quando os primeiros brotos surgiam como pequenas esperanças nas videiras. Ele recordava com carinho os dias de verão, quando o sol beijava as uvas, nutrindo-as para o amadurecimento perfeito.
A colheita, marcada pelo bulício e pela alegria, trazia consigo a recompensa de meses de trabalho árduo. Cestos repletos de cachos suculentos eram cuidadosamente colhidos, e a cantina ganhava vida com o aroma adocicado das uvas recém-chegadas. Giacomo, com a sabedoria dos anos, apreciava cada momento, pois sabia que ali começava o verdadeiro desafio: transformar frutas humildes em néctar dourado.
Os barris de carvalho, orgulho da cantina, eram como guardiões do tempo. Giacomo, com mãos calejadas e olhar experiente, escolhia os melhores para abrigar o mosto, confiante de que a madeira acrescentaria nuances singulares ao vinho. Esse cuidado, passado de geração em geração, era a essência da arte vinícola que ele defendia com fervor.
Nos dias chuvosos do outono, a cantina ressoava com o som reconfortante das gotas batendo nas telhas. Giacomo, inabalável diante dos caprichos da natureza, via nas tempestades uma purificação necessária para a terra. A paciência, aliada à experiência, era sua aliada enquanto esperava que o vinho amadurecesse nos barris, desenvolvendo complexidade e caráter.
A adega, ao longo dos anos, tornou-se mais do que um local de trabalho; era um espaço sagrado, onde histórias eram contadas entre cada fileira de garrafas. Giacomo não apenas produzia vinho; ele cultivava memórias, transformando a cantina em um testemunho vivo de sua jornada e das gerações que o precederam.
As festas sazonais, que marcavam o lançamento dos vinhos, eram celebrações comunitárias. Amigos, familiares e vizinhos reuniam-se para brindar à colheita, compartilhando risos e histórias. O vinho de Giacomo não apenas enriquecia copos, mas fortalecia os laços entre as pessoas, criando uma rede de conexões que se estendia além das vinhas.
Cada rótulo na cantina contava uma história única. Giacomo nomeava seus vinhos com base em eventos marcantes, homenageando as estações, as tradições e até mesmo os desafios superados. Cada garrafa, cuidadosamente rotulada, representava um capítulo da vida rural e uma expressão única da paixão que fluía em suas veias.
Giacomo, ao observar as garrafas alinhadas como guardiãs de seu legado, sentia uma profunda conexão com a terra e a comunidade. Ele percebia que, assim como o vinho evoluía, também o faziam as histórias que permeavam as colinas. A cantina era um relicário de tradições, onde o passado, presente e futuro se entrelaçavam em uma dança atemporal.
Os aprendizes, ansiosos para absorver os segredos transmitidos por Giacomo, tornaram-se parte fundamental dessa narrativa. Sob sua orientação, eles aprenderam não apenas a técnica, mas a importância de preservar a herança que fluía pelas videiras. O conhecimento era compartilhado como um tesouro, garantindo que a arte da vinificação prosperasse nas mãos das gerações vindouras.
À medida que o tempo avançava, Giacomo olhava para as vinhas com um senso de gratidão e realização. Seu legado não estava apenas nas garrafas meticulosamente armazenadas, mas na alma da comunidade que florescia ao redor da cantina. O vinho, agora mais do que nunca, era um testemunho vivo da resiliência, paixão e dedicação que moldavam não apenas um agricultor, mas uma tradição duradoura.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS