segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Sobrenomes Italianos Porto do Rio de Janeiro

 



FAMÍLIAS ITALIANAS 

PORTO DO RIO DE JANEIRO NO 
VAPOR ADRIA 

EM 29 DE SETEMBRO DE 1891



AGOSTINI - AMBROSO - ANDROVANTI - ANTOLINI - ARTIOLI

BACCHIN - BALDAN - BALDO - BALLERINI - BARALDI - BARBATO - BARBIERI - BARINA - BAROLO - BASSANI - BASSI - BASSO - BASTASIN - BAZZAN - BELLODI - BELLOTTO - BELLUZZO - BENETTI - BEOLO - BERGAMINI - BERGAMO - BERNARDO - BERSANETTI - BERTAN - BETTIOLI - BEZZOLATO - BIANCHI - BISOL - BOLDRIN - BONATO - BONDI - BONIFACCIO - BONINSEGNA - BONISIOL - BORSATO - BORTOLATO - BORTOLETTO - BOTTANI - BRACCIOLI - BRAZZALE - BRAZZALOTTO - BROTTO - BRUN - BRUNELLI - BUSATTO

CALLEGARO - CALZOLARI - CAMPAGNARO - CAMPAGNOLA - CAMPAGNOLO - CANTARELLA - CANTARELLI - CANTELLE - CAPOVILLA - CARLESSO - CARLONI - CARRARO - CASAGRANDE - CASARI - CASATO - CAVALIERI - CAVALLER - CAVALLINI - CAVOLO - CEBIN - CECCON - CELEGHINI - CELIN - CESCA - CHESINI - CHINELLATO - CHIVATO - CICOLA - CINEL - CLIODE - COERON - COPPO - CRIVELLARI - CUCCATO - CUOGGO - CUOGO

DA BROI - DA ROS - DA RUI - DAL BON - DAL CIN - DAL PONTE - DAL POZZO - DAL ZILIO - DALLA LANA - DALLE CRODE - DALL'OCCO - DANIELETTO - DARIO - DE BORTOLI - DE LAZZARI - DE MARCHIORI - DENTI - DORO - DRAGONI

FABBRI - FACCHINI - FACCO - FAMBRI - FANTICELLI - FANTONI - FASOLATO - FASOLO - FASSINA - FAVARO - FAVERO - FERRARI - FERRETI - FIABANI - FIN - FINETTI - FOLLI - FONTEBASSO - FORESE - FRANCO - FREDDO - FRIGGI - FRIGNANI

GALBERO - GALETTO - GALLI - GALLINA - GALVANI - GARDIMAN - GAROFOLIN - GASPARINI - GENOVESE - GHIRARDELLI - GIACETTI - GIAMPICOLI - GIANA - GIBELLATTO - GIULI - GOZONI - GRASSI - GRAVETTI - GRECO - GREIM FERMBERG - GRIGGIO - GUERINI - GUERRA - GUIDOLIN

INNOCENTE - LAZZARINI - LEVIZZANI - LIMA - LOMBARDI - LONGHIN - LORENZATO - LORENZI - LOVEGIATO - LOVO

MAGRI - MALANGUTI - MALESTIA - MANTAGANA - MARAZZATO - MARAZZATTO - MARCHETTI - MARCHI - MARCOLAN - MARCONATO - MARINI - MARVOCHI - MASINO - MATTIAZZO - MAZZOCCO - MENEGHELLO - MERTELELLO - MESCHIERI - MIATTO - MILANETTO - MINELLO - MIOTTO - MIRANDOLA - MISTURA - MODENESI - MOLETTA - MOLINARI - MONELLI - MONTAGNARI - MONTANARI - MORINI - MUNAIO - MUNARO

NAPPONI - NARDOTTO - NASELLO

OCCHI - ONGARATO

PAGLIANI - PAMPOLINI - PANDOLFI - PASIN - PASTI - PAVANETTI - PELLIZARI - PERICOLOSI - PERIN - PERUZZO - PESENATO - PICCAGLI - PICCOLI - PIETROBON - PINOFFO - PINTON - PIOVAN - PISANA - POL - POLATI - POLETTI - POLLASTRI - POLO - POMPOLINI - POZZEBON - PRIOR

RASSIN - REBONATO - REGGIANI - RIGAN - RIGATO - RIGHETTI - RIGHINI - RIZZOLO - ROSANI - ROSATO - ROSIGNOLO - ROSSATO

SALVIATO - SARTO - SARTORI - SCABELLO - SCALAMBRA - SCAMPERLE - SCAPINELLO - SCHIAVI - SEGALA - SEGATO - SEGOLA - SIMONIN - SOMMAGGIO - SPOLADORI - SQUIZZOTO - STOPIGLIA - STRAFORINI - SUCCI

TACCHETTO - TADDEI - TEDESCHI - TIRELLI - TODESCO - TOGLIA - TONCHETTO - TONETTI - TONETTO - TOVANI - TREVISAN

UGULINI

VALLE - VENTURIN - VEZZURO - VIALETTO - VINCENZI - VOLPATO - VOLPONI

ZAGANELLI - ZAGNI - ZAMBOLIN - ZAMPIERI - ZANASI - ZANIN - ZANTANI - ZARDINI - ZUCCHETTO

História de Vida: A Jornada dos Emigrantes



 

História de Vida: 

A Jornada dos Emigrantes


Em 1888, Giovanni e Maria, um jovem casal de agricultores, viviam em Pederobba, um pequeno município na província de Treviso. Com dois filhos pequenos, Luca de seis anos e Sofia de quatro, eles enfrentavam a dura realidade da vida no campo, onde a terra, outrora fértil, começava a falhar. A unificação da Itália trouxe consigo uma crise econômica avassaladora, deixando muitas famílias na pobreza e sem perspectivas.

Giovanni, um homem forte e dedicado, sempre acreditou que o trabalho árduo poderia mudar suas vidas, mas com o passar dos anos, a escassez de trabalho e a miséria crescente abalaram suas convicções. Maria, uma mulher carinhosa e de espírito resiliente, partilhava da preocupação do marido, mas mantinha viva a esperança de um futuro melhor para seus filhos.

Ao ouvir relatos de outros emigrantes que partiram para o Brasil, um país de oportunidades e terras férteis, Giovanni decidiu que era hora de buscar um novo começo. Com o coração apertado, venderam suas poucas posses e se prepararam para a longa jornada rumo à Colônia Dona Isabel, no estado do Rio Grande do Sul.

A viagem de navio foi extenuante e cheia de incertezas. Luca e Sofia, apesar de jovens, sentiam a ansiedade de seus pais e perguntavam constantemente quando chegariam ao novo lar. Giovanni tentava acalmá-los, prometendo que logo estariam em uma terra onde poderiam correr livremente e ajudar na lavoura. Maria, com lágrimas nos olhos, rezava em silêncio, pedindo proteção para sua família.

Após semanas de viagem, finalmente chegaram ao Brasil. A Colônia Dona Isabel, rodeada por montanhas e florestas densas, era um lugar cheio de desafios. As dificuldades iniciais foram muitas: a adaptação ao clima, a falta de infraestrutura e o isolamento. No entanto, Giovanni e Maria, com o apoio mútuo e a força da comunidade de outros imigrantes, começaram a construir sua nova vida.

Giovanni trabalhava de sol a sol, limpando a mata, plantando e construindo sua casa de madeira. Maria cuidava dos filhos e ajudava no que podia, além de ensinar Luca e Sofia a valorizar cada pequeno progresso que faziam. As crianças, envoltas nas tradições da terra natal, cresceram falando o dialeto vêneto, a língua comum entre os imigrantes. A convivência com outras famílias italianas manteve viva essa herança linguística, e o português, embora presente no Brasil, só começou a ser aprendido mais tarde, na idade adulta, quando a integração com a sociedade brasileira se tornou mais necessária.

Com o passar do tempo, a família começou a prosperar. A terra, trabalhada com cuidado e dedicação, começou a dar frutos. A pequena casa, inicialmente modesta, foi sendo ampliada, e a vida, antes marcada pela incerteza, passou a ser pautada pela esperança.

Giovanni e Maria, embora sentissem saudades da Itália, agora reconheciam que a decisão de emigrar havia sido a melhor escolha para garantir um futuro melhor para seus filhos. O sacrifício, as lágrimas e o suor não foram em vão. Na Colônia Dona Isabel, eles encontraram não apenas uma nova terra, mas um novo lar, onde o passado italiano se misturava com o futuro brasileiro, criando uma identidade única e plena de orgulho e realização.