quarta-feira, 23 de maio de 2018

Imigração Vêneta o Homem e o Ambiente



Já dizia Émile Zola que "Não se pode separar o homem daquilo que o circunda, pois ele se completa através da sua indumentária, da sua casa, da sua cidade e do seu país. É a descrição do ambiente que determina e completa o homem". 
O homem só se torna completamente humano quando entra em contato com o mundo exterior.
Colocados no meio da floresta, em regiões longínquas e de difícil acesso, sem estradas e meios de locomoção, isolados da convivência com outros grupos, os imigrantes pioneiros se viram na contingência de fazer com as próprias mãos os seus utensílios e ferramentas de trabalho. 
Paralelamente foram desenvolvendo as atividades de artesanato, uma de arte que muito ajudou na nova vida, como forma de linguagem e meio através dos qual os recém-chegados transmitiam a sua compreensão da realidade que viviam tendo por base aquilo aprendido e trazido da terra natal. 



Uma enorme gama de novos materiais, culturas e maneiras de fazer foram aos poucos sendo incorporados à nova vida coletiva. 
Se na grande maioria eram iletrados, analfabetos ou semianalfabetos, traziam consigo, de forma latente, inconsciente mesmo, a milenária cultura do povo vêneto, berço de cultura e arte desde o tempo da Sereníssima República de Veneza.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta 
Erechim RS