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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Explorando a Razão por Trás do Sufixo -i em Sobrenomes Italianos


 


A questão dos sobrenomes que terminam com a letra -i tem sido objeto de debate entre os estudiosos genealogistas, pois possui um interesse teórico, contribuindo para mostrar que um grupo familiar poderia ter sido nomeado de forma plural.

Nos primórdios da civilização, o sobrenome era, na maioria das vezes, uma etiqueta oficial e artificial que o portador, especialmente no campo, só usava quando era obrigado, como por exemplo, em atos notariais; o resto do tempo, as pessoas se denominavam de maneira completamente diferente. No entanto, a denominação oficial e a etiqueta, permaneceram e acabaram se impondo nos documentos escritos.

Na Idade Média, os notários redigiam seus documentos em latim, não na língua falada pela maioria da população, e a notação de nomes e sobrenomes individuais deveria ser um "ponto de encontro" entre a forma vulgar e uma forma latina ou latinizada.

Muitos sobrenomes italianos terminam pela letra -i porque derivam em grande parte dessas fórmulas notariais latinas, nas quais eram registrados patronímicos. Vejamos um exemplo clássico:

Em um ato notarial, Pietro filho de Martino foi escrito como Petrus filius Martini e, com o tempo, "filius" desapareceu. A terminação em -i foi sendo incorporada a outros tipos de sobrenomes, como os que derivam de topônimos.

Na Lombardia, o sobrenome Inzaghi se formou a partir de Inzago, assim como Galbiati de Galbiate, Turati de Turate, etc. O mesmo ocorreu com os derivados de nomes ligados a ocupações ou apelidos:

Iohannes filius Ferrario (Giovanni filho do ferreiro) deu lugar a Giovanni Ferrari. A terminação -i se referiria a "grupos familiares".

O -i nos sobrenomes italianos representa, em princípio, a terminação do genitivo masculino singular latino utilizado pelos notários na redação de seus documentos. Denominações que parecem aplicar-se mais a grupos familiares, ou, talvez, até mesmo a pessoas ou clãs que viviam na mesma casa ou próximos.

No entanto, existem inúmeras exceções, como Paoli, considerado por alguns autores apenas uma adaptação de Pauli do latim notarial.

A finalização -i predomina no Norte, contrastando com o Centro e o Sul da Itália, onde os sobrenomes frequentemente apresentam distintas terminações vocálicas (o, a, u). Por vezes, essas terminações também são acentuadas, refletindo origens linguísticas que se entrelaçam com narrativas bastante diversas.

Ao analisar os 100 sobrenomes mais comuns em cada uma das 20 regiões italianas, observa-se que somente 847 deles apresentam a terminação -i. Outras terminações incluem 526 com -o, 233 com -a, 151 com -e, 60 com -n, 44 com -r, 41 com -s, 28 com -u, e 70 terminam com diferentes letras.



segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Mosaico de Sobrenomes Calabreses


 

Sobrenomes Calabreses

A influência da cultura grega na região da Calábria ao longo de vários séculos é notória, mantendo-se presente mesmo em áreas que, eventualmente, adotaram a língua latina, pelo menos até os séculos XIV e XV. A persistência do idioma grego na escrita é evidenciada em alguns sobrenomes distintos, enraizados em suas origens, como Laganà (derivado do grego "lacanas", que significa vendedor de verduras) ou Arcuri (do grego "arkouda", que traduz para urso).

Para reforçar essa influência, identificamos outros sobrenomes vinculados a terminações gregas típicas, como -iti e -oti, destacando-se Minniti (originado da fração Diminniti, em Reggio Calábria), Scopelliti (rocha), Misiti (mediador), Politi (cidadão), Ascioti (proveniente do topônimo Ascea), Geracioti (de Gerace), e Rotiroti, todos associados à Calábria e possuindo terminações gregas como -ites e -oti.

Um traço distintivo dos sobrenomes calabreses é a presença de vogais acentuadas, tais como ò, ì e à, que indicam origem, profissão ou apelido. Exemplos incluem Calabrò, Aricò (granjero/agricultor), Sgrò (cabelo encaracolado), Nisticò (ayuno/jejum), Spanò (sem cabelo, careca) e Praticò (trabalhador). Além disso, há sobrenomes como Cannistrà (fabricante de cestos), Criserà (fabricante ou vendedor de peneiras) e Barillà (trabalhador com barris). Outros exemplos compreendem Cutrì (alfarero - com vários significados atribuídos), Pennestrì (serrador) e Putortì (coalho para produção de queijo).

Dentre os sobrenomes calabreses mais comuns, encontram-se aqueles que figuram também entre os mais frequentes na Itália, como Romeo, Russo, Greco, Marino, Gallo, De Luca, Bruno, Perri, Ferraro, Caruso, Pugliese, Morabito, Martino, Mancuso, Esposito, Aiello, Rizzo, Tripodi, Giordano e Talarico.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Sobrenomes Italianos Derivados das Cores do Cabelo, Pele e os seus Significados




Se revisarmos os sobrenomes italianos comuns, percebemos que seis deles estão relacionados à aparência capilar; começando pelos dois primeiros, Rossi e sua variante Russo, que se referem aos cabelos ruivos. Bianchi e Bruno evocam cabelos brancos, grisalhos ou castanhos, enquanto Ricci e Rizzo estão associados aos apelidos dados a pessoas com cabelos cacheados.

Rossi, Russo 

Embora Rossi e Russo tenham significados iguais, alternaram posições na lista dos sobrenomes italianos mais comuns, sendo os mais populares na Itália.
 
Bianco 

O sobrenome Bianco vem da palavra "branco", usada como nome ou apelido baseado em uma característica física: o cabelo e, mais especificamente, a palidez da pele. Na época de nossos antepassados, a má alimentação contribuía para o envelhecimento precoce do cabelo, resultando em cabelos grisalhos prematuros. O sobrenome pode também derivar de um topônimo, como 'casa Bianca' ou 'monte Bianco'. Também pode ter uma função augural, propiciatória, como "ser puro na fé".

Ricci 

Ricci é outro sobrenome italiano comum, associado ao apelido "riccio", que significa cabelo cacheado. Formou-se como sobrenome na Idade Média e se espalhou por toda a península itálica. Outras hipóteses sugerem que pode derivar do recobrimento da castanha (riccio) ou de um nome de animal, já que "riccio" também significa ouriço, como um apelido com conotação depreciativa.

Bruno 

Bruno deriva de um nome germânico comum, "brun - bruno", que significa "marrom, de cor reluzente", indicando a cor do cabelo, barba ou pele. Os sobrenomes derivados de cores estão frequentemente presentes entre os mais comuns na Itália. Alguns pesquisadores sugerem que, para Bruno, pode se referir à cor da roupa ou dos emblemas. O nome 'bruno' foi adotado na toponímia local, com lugares como Piebruno di Monterosso Grana e Roccabruna, aludindo à cor das rochas.







segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Algumas Curiosidades dos Sobrenomes do Vêneto


 

Os nomes de família no Vêneto são caracterizados principalmente por suas terminações (sufixos) ou pelos prefixos que os precedem.

Atualmente, entre os sobrenomes mais prevalentes na região, destacam-se aqueles que têm a terminação "an". Exemplos incluem Baldan, Bressan, Pavan, Trevisan. Há também sobrenomes que terminam em "in", como Bedin, Bottacin, Cagnin, Casarin, Martin, Perin, Trentin, Visentin, Zanin, e aqueles que se encerram em "on", como Bordignon, Lorenzon, Marangon, Schiavon, Tegon, Tonon, Zagon, Zanon, Zambon.

Outra terminação frequente nos sobrenomes do Vêneto é "ato", que é utilizada como diminutivo e para indicar descendência familiar. Exemplos incluem Bonato, Simionato, Volpato e Marcato.

Os patronímicos, sobrenomes derivados do nome do pai, também são comuns, como Perin (derivado de Piero/Pietro), Lorenzon, Berton, Martin, Baldan. Além disso, há sobrenomes como Frigo (derivado de Federico) e Vianello (derivado de Viviano). Sobrenomes começando com Zan ou Zam, como Zanata, Zampieri, Zanetti, Zamboni, são patronímicos derivados do nome Giovanni (João) no dialeto vêneto, escrito como Zan.

Um prefixo frequentemente encontrado é "Dal" (similar ao usado no Friuli, indicando "do"), presente em sobrenomes como Dal Farra, Dal Molin, Dal Lago, Dal Zotto e Dal Corso.

Embora um dos sobrenomes italianos mais comuns seja Ferrari (derivado de ferreiro), no Vêneto, encontramos variantes locais, como Favero e Favaretto. Outros sobrenomes frequentes incluem Boscolo (de boscaiolo = lenhador), Masiero (de mezzadro = inquilino), Sartor, Sartori, Zago (diácono, coroinha). Essa diversidade reflete a riqueza cultural e histórica da região.


Além disso, é notável que o prefixo "Dal" é bastante difundido, indicando "do", semelhante à prática no Friuli. Exemplos incluem Dal Farra, Dal Molin, Dal Lago, Dal Zotto e Dal Corso.

Enquanto o sobrenome italiano comum Ferrari (derivado de ferreiro) é encontrado em todo o país, no Vêneto, surgem variações locais, como Favero e Favaretto. Outros sobrenomes proeminentes incluem Boscolo (originado de boscaiolo = lenhador), Masiero (de mezzadro = inquilino), Sartor, Sartori, Zago (diácono, coroinha). Esses sobrenomes não apenas refletem as ocupações tradicionais das famílias, mas também adicionam camadas à narrativa cultural e histórica da região.

Dessa forma, a diversidade e a complexidade dos sobrenomes do Vêneto não apenas fornecem insights fascinantes sobre a genealogia da região, mas também enriquecem a compreensão da história e das tradições locais.

domingo, 4 de fevereiro de 2024

O Mito dos Emigrantes Clandestinos



O mito do antepassado que chegou à América como clandestino em um navio é uma crença muito popular enraizada na ideia de imigrantes se escondendo nas embarcações na esperança de alcançar um destino sem detecção. Quando não há registros oficiais da primeira entrada do antepassado no porto, as famílias muitas vezes atribuem a sua chegada desconhecida como clandestino em algum navio. Contrariando a crença difundida, os clandestinos geralmente foram devidamente documentados em registros e listas de passageiros. Na grande maioria dos casos foram identificados, registrados e documentados, seja em alto mar ou durante o desembarque nos portos. É crucial ressaltar que a persistência da teoria do clandestino nas famílias frequentemente decorre da ausência de registros específicos ou do desconhecimento de outros documentos relacionados à entrada no país. A complexidade dos processos migratórios e a falta de acesso a determinados arquivos podem contribuir para lacunas na compreensão da história familiar. Além disso, a romantização da ideia de imigração clandestina pode ser atribuída ao contexto histórico desafiador enfrentado pelos imigrantes, como fugas da justiça, de conflitos, de obrigações familiares e evasões de compromissos militares. Esses elementos, aliados à tradição oral e à transmissão de histórias ao longo das gerações, desempenham um papel fundamental na construção de uma narrativa familiar única em torno da jornada dos antepassados. Inicialmente, destaca-se que ao abordar a imigração clandestina, não se limitava apenas a indivíduos que partiam para evitar responsabilidades legais ou compromissos militares. Esta categoria incluía também aqueles recrutados por agentes de imigração que operavam à margem da autorização ministerial. Esses indivíduos optavam por emigrar dessa maneira devido aos custos econômicos mais baixos, embora isso implicasse na perda da tutela do estado. A legislação penalizava os recrutadores clandestinos, porém, o próprio imigrante tinha a liberdade de embarcar em um porto estrangeiro, embora abrisse mão dos benefícios associados à proteção do estado. Os principais portos europeus que testemunharam um significativo influxo de imigrantes por meio de operações não autorizadas de companhias de navegação incluíam Le Havre, Marselha, Hamburgo, Antuérpia e Trieste. É importante destacar que Trieste, embora fosse um porto de onde também partiam imigrantes, não fazia parte da Itália naquela época. Essas empresas, que operavam de maneira ilegal, tinham suas sedes na Suíça e na França, contando com investimentos de capitais americanos, franceses e alemães. A ilegalidade residia no modus operandi dessas empresas não autorizadas pelo estado italiano. No entanto, é crucial notar que o estado não exercia controle sobre a saída dos emigrantes. Com o intuito de atrair imigrantes, essas empresas realizavam extensa atividade propagandística em cidades e vilas, prometendo comodidades de viagem a baixo custo, o que, na realidade, não era cumprido e se tornava uma experiência humilhante para os viajantes. É evidente que ocorreu imigração clandestina, desprovida de documentação, contudo, isso se deu sobretudo em direção a países vizinhos, como França e Suíça, onde as fronteiras naturais, vales, montanhas, rios e até mesmo o mar eram familiares aos locais. No entanto, ao embarcar em um navio, a realização dessa prática sem a devida documentação tornava-se uma tarefa desafiadora.

Em decorrência da magnitude dos abusos ocorridos, foi promulgada a primeira lei em 1888, que submeteu as agências de emigração ao controle estatal. Em 1901, surgiu o Commissariato dell'Emigrazione, um órgão dedicado a cuidar da emigração, com a finalidade de conceder licenças aos transportadores, bilhetes a preços fixos, supervisionar os portos de embarque, monitorar as condições de saúde, estabelecer abrigos para os emigrantes e firmar acordos com os países de destino para auxiliar no acolhimento dos recém-chegados. Nesse contexto, entidades privadas, tanto laicas quanto religiosas, emergiram para prestar assistência aos emigrantes. A discussão sobre a legislação trabalhista nos Estados Unidos, considerada discriminatória em relação aos trabalhadores estrangeiros em 1885, a suspensão temporária da emigração para o Brasil, onde muitos emigrantes eram explorados em condições inaceitáveis, e as facilidades no cumprimento das obrigações do Alistamento Militar e na emissão de passaportes também foram integradas às medidas adotadas.




sábado, 3 de fevereiro de 2024

A Fraude do Antepassado Nobre


 

Muitas pessoas iniciam a busca de informações sobre seus antepassados portando um grau elevado de ilusão, uma pequena esperança de encontrar um nobre entre seus ancestrais. Estar relacionado a uma família nobre ou aristocrática, gera fascinação, prende a atenção e seduz uma grande parcela dos ítalos brasileiros e não só eles. Se o assunto é fascinante, certamente, causa interesse, e é justamente neste contexto que podem ocorrer  as fraudes. E foi isso que aconteceu com os escudos e brasões de família, tão comentados e divulgados com inegável orgulho pelos italo brasileiros, especialmente aqueles com menos conhecimento dos fatos reais que ocorreram na Itália.

Na década de 1990, era muito comum ver em shoppings ou centros comerciais uma gôndola com vendedores que ofereciam um "histórico do sobrenome" e "o brasão de armas" da família, usando um computador. Com o advento do computador e da internet, proliferaram os sites que "fabricam" um brasão de armas para cada sobrenome, um escudo de família inventado do nada. Mas precisamos recordar que o escudo não representa o sobrenome em si, mas sim uma família específica que carregava esse sobrenome, e a realidade é que quase todas as famílias nobres italianas se extinguiram, tornando improvável encontrar uma relação de parentesco com essas famílias.

Devemos antes de tudo clarear certas coisas relacionadas ao tema dos escudos de sobrenomes:

    O brasão de armas está intrinsecamente ligado a uma família nobre específica que ostentava aquele sobrenome, não sendo uma representação direta do sobrenome em si. É importante ressaltar que uma família com o mesmo sobrenome em uma região distinta poderia possuir um brasão diferente, ou até mesmo pertencer a uma linhagem de origem camponesa.A fraude ou a manipulação genealógica tem uma longa história, pois as posições de poder e prestígio nobre sempre foram percebidas como hereditárias ao longo dos tempos. As contendas pelos direitos sucessórios das coroas deram origem a diversas manipulações. A persistência dessas práticas pode ser observada em muitas genealogias, muitas vezes baseadas em evidências documentais falsas ou até mesmo na ausência total delas.
    É irracional considerar que todos os indivíduos que carregam sobrenomes comuns em todo o mundo possam ser representados por um único escudo de armas.
    Nos tempos de nossos avós imigrantes, a maioria da sociedade era formada por pessoas humildes, predominantemente camponeses, enquanto a elite nobre representava uma parcela minoritária. É plausível que em pequenas comunidades tenha ocorrido algum tipo de reconhecimento especial para famílias destacadas, ainda que distantes de possuir um título nobre.
    Com a instauração da República Italiana, o governo deixou de reconhecer os títulos nobiliários, desencadeando uma série de contestações legais. Essa transformação significativa ocorreu com a implementação da constituição republicana.
    O início do parágrafo XIV da disposição transitória da Constituição enfatiza que "os títulos nobiliários não são reconhecidos". 
    Essa declaração não implica na abolição ou supressão dos títulos nobiliários. A Constituição não estabelece proibições quanto ao uso público ou privado desses títulos por parte daqueles que os detêm.
    A ausência de reconhecimento funciona apenas como uma restrição para os funcionários públicos, aos quais é incumbida a responsabilidade de omitir qualquer menção a títulos nobiliários em documentos que assinam.
    Indivíduos, mesmo devidamente investidos com um título nobiliário, não têm o direito de pleitear (não apenas em eventos públicos, mas também em contextos privados, publicações e relacionamentos) o reconhecimento do título nobre que lhes é conferido.
Devido à desautorização constitucional, os títulos nobiliários não são mais considerados elementos do direito à identidade pessoal. Eles foram excluídos do âmbito jurídico italiano pela Constituição, sendo seu uso irrelevante para o Estado, que, ao não reconhecê-los, não os protege. Nos termos da Constituição vigente, nenhum órgão do Estado, seja administrativo ou judicial, está autorizado a conceder oficialmente títulos nobiliários.

Assim, para concluir, não espere encontrar um Barão à sua espera na Idade Média: os aristocratas constituíam apenas uma parcela ínfima da população e, em muitos casos, eram aqueles que menos contribuíam. Exploravam o sangue e o suor dos camponeses, bravos e despretensiosos, verdadeiros antepassados da maioria de nós. Eram esses camponeses que preservavam tradições, compunham canções, transmitiam receitas, e para eles as igrejas eram adornadas. Muitos ramos da aristocracia europeia desapareceram, seja por fatores genéticos ou por carência intelectual, enquanto os descendentes dos "peões" e "agricultores" contemporâneos se destacam em universidades, conquistam títulos, escrevem poesias e educam filhos notáveis destinados a explorar a Lua, Marte e além, revelando um futuro ainda incerto.

É evidente que houve famílias nobres, e os escudos de sobrenomes associados a essas linhagens persistem até hoje. Da mesma forma, há publicações e sites respeitáveis dedicados a esse tema. Logo, para assegurar a confiabilidade de uma informação, é prudente examinar cuidadosamente a fonte, indagando sobre a credibilidade dos escritores e a reputação do veículo de divulgação.


  1. Resumo


    1 - Manipulação Genealógica e Títulos Nobiliários:

    • A manipulação genealógica não é um fenômeno exclusivo da Itália ou de descendentes italianos, sendo uma prática que ocorre em diversas partes do mundo.
    • As lutas pelo poder e prestígio nobre ao longo da história muitas vezes resultaram em manipulações, levando à criação de evidências documentais falsas ou à ausência delas.
    • A descontinuação da aceitação oficial de títulos nobiliários pela República Italiana marcou uma mudança significativa no reconhecimento legal desses privilégios.
  2. 2 - Brasões de Armas e Sobrenomes:

    • É crucial compreender que os brasões de armas estão vinculados a famílias específicas e não diretamente aos sobrenomes em si. Diferentes famílias com o mesmo sobrenome podem ter brasões distintos, especialmente em regiões geográficas diferentes.
    • A comercialização de históricos de sobrenomes e brasões em shoppings e online, muitas vezes usando computadores para criar essas informações, destaca a necessidade de cautela ao avaliar a autenticidade desses registros.
  3. 3 - Transformações Históricas na Itália:

    • A transição para a República Italiana e a subsequente não-reconhecimento oficial dos títulos nobiliários marcaram uma mudança nas estruturas de poder e na forma como a nobreza era percebida legalmente.
  4. 4 - Contribuição dos Camponeses e Descendentes:

    • O texto destaca a importância e a contribuição significativa dos camponeses na preservação de tradições, cultura e conhecimentos, contrastando com a ideia romantizada da aristocracia.
    • Observa-se uma mudança nas dinâmicas sociais ao longo do tempo, com descendentes de camponeses alcançando realizações notáveis em diversas áreas.
  5. 5 - Desaparecimento de Ramos Aristocráticos:

    • O reconhecimento de que muitos ramos da aristocracia europeia desapareceram, seja por fatores genéticos ou intelectuais, destaca a importância de uma abordagem mais equilibrada ao considerar a história das famílias.
  6. 6 - Validação de Informações Genealógicas:

    • A ênfase na necessidade de validar informações genealógicas por meio de fontes confiáveis e respeitáveis destaca a importância de uma abordagem crítica ao explorar o passado da família.

Em suma, embora existam registros autênticos de famílias nobres e brasões de armas associados, é crucial abordar a pesquisa genealógica com realismo, ceticismo e uma compreensão aprofundada das transformações históricas e sociais que moldaram essas narrativas ao longo do tempo.


terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Lista de Sobrenomes de Trovatelli na Itália



Desde a antiguidade, era costume ter um sobrenome. Entretanto, este costume caiu em desuso com as invasões bárbaras, pois a tradição germânica previa o uso exclusivo do nome. A partir da Baixa Idade Média, o sobrenome foi novamente adotado em toda a Itália, primeiro pela nobreza e gradualmente também pelas classes sociais mais baixas. Isso tornou-se obrigatório a partir de 1563 com o Concílio de Trento. Surgiu, então, a necessidade de atribuir sobrenomes também aos encontrados, aquelas crianças que eram abandonadas pelos pais naturais e geralmente acolhidas por orfanatos e instituições religiosas. Esses sobrenomes eram geralmente convencionais, com inúmeras variantes nas várias cidades.
Os sobrenomes atribuídos aos encontrados variavam de acordo com a região e o período histórico, dando origem a centenas de sobrenomes diferentes.

Sobrenomes com significado religioso: devido à numerosa presença de instituições religiosas que cuidavam dos expostos, era muito comum dar sobrenomes com significado religioso a essas crianças, como um sinal de boa sorte, com numerosas variantes em toda a Itália.
Del Papa refere-se à prática de chamar os expostos do Estado da Igreja "filhos do Papa". Tem raízes na Toscana, Lácio e Abruzzo-Molise.
Di Dio é típico da Sicília, presente desde o século XV; as variantes Didio e Di Deo são comuns, respectivamente, no teatino e no materano.
Diolaiuti é frequente perto de Pistoia; também está presente com as variantes Diomaiuti, Diotaiuti, Diotaiuta e Diolaiti (esta última provavelmente devido a erros de transcrição).
Diotallevi deriva do nome medieval Diotallevio, usado principalmente para crianças abandonadas, carregado, entre outros, pelo pintor Diotallevio D'Antonio. Uma família Diotallevi foi marquesa em Rimini, com propriedades em alguns territórios na Ístria. O sobrenome é tipicamente das Marcas, com presença também na Umbria e Lazio.
Diotisalvi, agora quase desaparecido, tem origens lucanas.
Dioguardi, sobrenome presente na Sicília, em Irpinia, na Puglia, no Lazio e no Piemonte.

Sobrenomes emprestados de celebridades, artistas famosos, compositores, maestros, cantores de óperas: 
Puccini

Sobrenomes que indicam o estado de abandono: muitos sobrenomes eram usados pelos orfanatos para indicar o estado original de abandono do portador, às vezes indicando com precisão o orfanato do qual foram acolhidos. Esposito, de origem napolitana, é provavelmente o sobrenome italiano para encontrados mais difundido e deriva da roda dos expostos, uma estrutura pública giratória na qual as crianças eram deixadas para serem entregues à caridade pública. Com inúmeras variantes presentes em toda a Itália, é o quarto sobrenome italiano mais difundido.
Proietti, panitaliano, mas mais frequente no centro-norte, especialmente em Roma, deriva do latim proiectus, que significa "projetado, lançado", portanto, abandonado no adro da igreja ou na roda de um orfanato. Suas variantes são Proietta, Proietto, Projetti, Projetto, Proitti, Proitto. Entre os portadores famosos, destaca-se o ator e showman Gigi Proietti.
Trovato é difundido principalmente no leste da Sicília. Suas variantes são Trovatelli, Trovatello (tarantino e messinese), Trovatelli (pisano), Trovati, Trovatori (veneto) e Trovatore (milanês).
Colombo, embora em alguns casos derive do nome latino tardio Columbus, é principalmente conhecido por ser usado para encontrados acolhidos no Ospedale Maggiore de Milão até 1825, razão pela qual é amplamente difundido na cidade metropolitana de Milão, sendo o primeiro em termos de difusão na Lombardia e o vigésimo segundo na Itália. Também está presente nas variantes Columbo, Colombi, Colombelli, Colombetti, Colombina, Colombino, Colombini, Colomboni e Colombin.
Innocenti deriva principalmente do Spedale degli Innocenti de Florença. O sobrenome é o segundo mais difundido na Toscana e também está presente nas formas, difundidas em várias partes da Itália, Innocente, Innocentini, Innocenza, Innocenzo, Innocenzi, Degli Innocenti, Nocenti, Nocentino e Nocentini.
Incerti é uma clara referência à frase latina Incertis Padris, que indica a não conhecimento do pai do portador. Está mais presente na região de Reggio e Modena.
Ignoti, também na forma Ignoto, tem a mesma origem do anterior e é tipicamente siciliano.
Casadei refere-se aos orfanatos religiosos. Está presente no Lazio, na variante Casadidio. Historicamente, é muito difundido na Romagna, especialmente em Forlì.
Conforti indica um desejo de saúde e sorte para os encontrados. Confuorti é a variante napolitana.
Regalato, indicando o abandono como um presente.
Fortunati, indicando a sorte do encontrado por ter sido encontrado.
Sperandio e Dellasanta, indicando a confiança nos santos na ausência da mãe biológica.

Sobrenomes que enfatizam a condição de falta de paternidade:
Ventura - Venturini – Fallaci - Mainati – Trovato –Venuto – Vago - Paternò - Incogniti – Ignari – Lasciati – Disgraziati – Buttò – Buttazzoni - Trovò – Donati – Di Dona’ – Inciampi - Incerti – Inutile - Vianello - Venini – Interdonato – Esposito – Degli Esposti – Manca – Mancaniello – Stancanelli - Locatelli - Avanzi – D’avanzo – Vanzetti - Amari, per giungere fino a Trovatelli – D’ignoto – D’incerto - Bastardini – Bastardo - D’Ignoto- D’Ignoti, D’Incerti, D’Incerto, Incertopadre, Parentignoti, Spurio, Spuri.

Os sobrenomes que lembram a “ruota”: 

Giraldi – Girardi – Girardelli – Girardengo - Rodari – Rota – Rotelli - Rotari – De Roda - Barili – Barilla - Bartoli – Bartolini - Bortoli – De Bortoli – Tombolo – Tombola – Torno – Tornelli – Tamburello – Mangano – Manganelli - Presepi – Botta – Baricco -Barrichello - Bottai.

Sobrenomes que indicam o Instituto de abrigo
Innocenti – Nocenti – Nocentini - Degli Innocenti - Innocente, Nocentino dall’omonimo Spedale Fiorentino.
Colombo – Colomba – Colombini – Palumbo – Palombelli – Tortora – Tortorelli , para lembrar  o brasão  do Ospedale Maggiore di Milano que é uma pomba.
Trovato, Ventura, Venturelli, Venturini.

Sobrenomes que indicam o local onde foram encontrados:
Di Piazza – Chiesa – Campanile - Da Ponte – Aponte – Ponti -Fontana - Riva – Costa – Canali – Strada - Campo – Sacrestia - Soglia - Scala - Viale.

Sobrenomes que se relacionam diretamente ao nome de Deus e que indicam os Institutos religiosos onde foram deixados
Amadio - Diotallevi –Daddio – Di Dio, Diotallevi, Diotiguardi Diotisalvi, Diotaiuti, Diotallevi, Servodidio, Sperandio , Acquistapace– Casadei – Casadidio, Graziadei - Casadio – Casaceli - Caddeo – Cantamessa - Laudadio – Servadio – Pregadio - Adeodato – Deodati - Casagrande - Della Pietà – Dall’angelo –D’annunzio - Angeli - Angiolini – Agnolin - Agnoletti - Cherubini – Serafin – Del Prete –Del Frate –Del Monaco– Cantamessa - Dell’amore – Di Benedetto – Benedetti – Benedini – Salvadori – Santi – Santucci – Cardinale – Del Santo – Del Buono – Del Pio – Fede – Fedeli–Paternostro.

Sobrenomes relacionados a objetos de uso comum, frequentes, por exemplo, no Instituto delle Laste de Trento: 
Bottiglia refere-se aos recipientes.
Posata refere-se às louças e talheres.
Salvietta refere-se a gradanapos.
Sala refere-se à sala.
Sedili refere-se aos assentos, lugares para se sentar.
Tavola refere-se à mesa.
Tazza refere-se às xícaras.
Terraglia refere-se ao tipo de cerâmica.
Tovaglia refere-se à toalha de mesa.
Mestoli, Quaderni, Inchiostri, Tetti, Valigi

Sobrenomes relacionados ao nome do encontrado, típicos também do Instituto delle Laste de Trento:

Sobrenomes referentes a lugares geográficos, utilizados no mesmo instituto.
Padovani, em referência ao topônimo Padova.
Dalpiaz.
Fornace, do nome de um povoado local.

Sobrenomes com referências temporais ao momento em que o bebê foi encontrado: 
Martedi, em referência à terça-feira, dia da semana.
Marzini, em referência ao mês de março.
Ottavo, atribuído ao dia 8 de dezembro.
Pasquali, em referência à Páscoa.
Silvestrini, atribuído ao 1º de janeiro em referência à festa de São Silvestre.
Primo, atribuído ao primeiro dia do mês.

Sobrenomes em referência a aspectos da vida religiosa ou a figuras eclesiásticas, típicos de instituições religiosas: 
Preti, em referência aos padres católicos.

Sobrenomes dados em sinal de augúrio,  qualidades morais, votos de boa sorte ou infundir força: 

Bencivenga – Bonagura – Bennato -Benvenuti Benarrivati - Bonaventuri– Beccaiuti - Di Bello - Di Meglio - Di Vita – Vitale - Vitali – Vivarini –Viviani - Felici - Fortunato – Venturato – Riccobon – Re - Del Re - Di Sole – Guarise - Allegri - Bonfigli – Bonfanti – Boncompagni - Perfetti - Migliori – Migliorini – Bonaiuti - Boninsegna –Bonvicini - Laudati – Letizia - Buonaccorsi – Bonaccorti – Vigorosi - Valorosi - Modesti.

Sobrenomes emprestados da natureza: Felci - Alberi - Allori – Alberoni – Arbusti – Giacinti – Nespoli - Olivi – Ontani – Ornelli -Pruni – Peri - Rosai – Sorbi - Susini – Tassi - Carpini – Volpi – Gabbiani – Caprioli - Cervi – Grilli – Grillini - Orsi – Orselli – Orsini - Pavone – Lupi - Lovi - Serpi – Tacchini – Tassi – Tassini - Tassoni -  Primagema, Pioppi, Peri, Limoni, Rosai, Gerani.

Sobrenomes que se referem ao tempo de quando foram encontrados
Del Sabato – Domenicali – Dominici - Domenichini – Festa - Bonora – Gennari - Di Marzio, Marzi - Aprile - Di Maggio – Maggi, Maggini Maggioni – De Julii – Lugli - Agostini – Augusti - Settembri, Settembrini – Natali – Pasqualin - Pasquetto – Quaresima – Annunziata – Rosario - Meriggi - Tramontin – De Luna – Inverni – Invernizzi - Carnevale.

Sobrenomes fantasiosos

Accorsi - Alboretti – Allevi - Bimbi - Disparuto - Fantuzzi - Mainati – Maina – Minghi – Monda – Mucelli - Natolino – Natuzzi - Secondi – Semprini - Strazzolini - Favilla, Fiamma, Albione, Lanotte, Orifiamma, Tantibaci, Sorrisi, Oredolci.

Sobrenomes invocando personagens históricas: Benvenuto Napoleoni, Maria Stuarda.


Sobrenomes lembrando localidades, cidades, paísesMantovani, Romani, Senesi, Tamigi, Sassarini, Asiatici, Tirolesi.

Sobrenomes que indicam aspectos de caráter ou características físicas:
Briosi
Bassi

Sobrenomes indicando condições de saúde precárias: 
Giali, em referência à icterícia.

Sobrenomes indicando profissões: Tagliaferro, indicando a profissão de ferreiro.

Sobrenomes que indicam acessórios: 
Zaini, em referência às mochilas.

Sobrenomes que indicam a condição de gêmeos:
Isidi, do grego isos: igual.


sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Legado Vivo: Os Nomes e Histórias por Trás da Lista de Imigrantes Italianos em Ascurra, SC

 



Os imigrantes pioneiros Ascurra chegaram em novembro de 1876 pelo Ribeirão São Pedro, em Rodeio, sendo assentados na linha colonial Ribeirão São Paulo. Esta foi a primeira comunidade de imigrantes provenientes do Vêneto, Lombardia e do Tirol. Os tiroleses eram súditos do império austríaco e falavam alemão.

Em dezembro de 1876 chegou mais uma leva de imigrantes italianos que foram instalados em Guaricanas.

No Brasil continuaram trabalhando como agricultores, cultivando principalmente tabaco que era exportado para a Europa. Com o tempo foram formando cooperativas agrícolas e moinhos, chamados atafonas, para o beneficiamento da farinha, e batedeiras de arroz. A produção da uva, a fabricação de vinho e cachaça foram outras das atividades desses italianos.  



Lista dos pioneiros italianos em Ascurra 


Linha Ribeirão São Paulo:

 

Vittorio Anselmi, Giuseppe Avancini, 

Giuseppe Bazzanella, Arcangelo Bazzanella, 

Elia Barbetta, Arturo Bassani, 

Guerino Bertelli, Giuseppe Bertelli, 

Albino Bona, Albino Bona (Filho), 

Daniele Bona, Giuseppe Bonetti, 

Giovanni Bonetti, Giovanni Buzzi, 

Luigi Catafesta, Vittorio Catafesta, 

Andrea Chiarelli,Giovanni Chiarelli, 

Antonio Chiminello, Giovanni Dagnoni, 

Carlo Dalfovo, Giacomo Dalfovo, 

Giovanni Dalpiaz, Luigi Fachini, 

Marco Fachini, Nicolò Faes, 

Pietro Felisari, Giovanni Ferretti, 

Beniamino Filigrana, Giovanni Filagrana,

 Eugenio Felippi, Giuseppe Felippi, 

Salvatore Felippi, Mosé Frare, Antonio Ferrari,

 Bortolo Gandin, Giovanni Ghezzi, 

Bortolo Girardi, Cesare Girardi, 

Gioachino Girardi, Francesco Lasta, 

Luigi Leonello, Rocco Longo, 

Luigi Losi, Agostino Macoppi, 

Giuseppe Maiola, Giuseppe Maccon, 

Miguel Magariano, Angelo Maiochi, 

Antonio Marcarini, Angelo Marcarini, 

Giuseppe Merini, Giovanni Battista Merlini,

 Angelo Mesadri, Ottorino Morastoni, 

Antonio Odorizzi, Giuseppe Odorizzi, 

Giovanni Passero, Giovanni Pedrini,

 Ermenegildo Poffo, Domenico Poltronieri, 

Gottardo Possamai, Davide Rafaelli, Emilio

 Rafaelli, Giuseppe Rafaelli, Giuseppe Rossi, 

Secondo Saccani, Natale Sala, Enrico Sandri,

 Pio Sandri, Giovanni Simeoni, Cesare Stedile,

 Giuseppe Stedile, Carlo Stedile, Emanuele

 Tambosi, Giovanni Tessarolli, 

Bernardo Testoni, Francesco Tomasi, 

Angelo Tomio, Giuseppe Tonolli, 

Guilhermo Tonolli, Giacomo Tonon, 

Giuseppe Vicentini, Paolo Zendron, 

Alessandro Zonta, Andrea Zonta, 

Luigi Zonta.


Linha Guaricanas: 

Angelo Andreani, Alessandro Avancini,

 Giuseppina Bertoli, Antonio Bianchet,

Pietro Bragagnolo, Giovanni Biz,
 
Fioravante Cargniel, Pietro Castellani,
 
Gregorio Cechelero, Giacomo Cecchet,
 
Luigi Ceccato, Bortolo Conti,
 
Bernardo Dal Cere, Francesco Dalmolin,

 Giovanni Angelo Dalmolin, Giovanni Dalmolin,

 Domenico Dalmolin, Giovanni Feltrin,
 
Andrea Darolt, Giuseppe Finardi, 

Pietro Fistarol, Angelo Fusinato, 

Giovanni Grava, Santo Isolani, 

Domenico Largura, Aurelio Ledra, 

Lorenzo Mondini, Aristide Marchi, 

Antonio Marconcini, Filippo Maschio,
 
Angelo Moretto, Beniamino Moser,
 
Fortunato Moser, Francesco Moser,
 
Santo Nolli, Pietro Possamai,
 
Giovanni Possamai, Andrea Possamai,

 Alessandro Prade, Francesco Prade,
 
Angelo Prade, Giovanni Prade,
 
Paolo Prade, Luigi Rinco,
 
Marco Salton, Francesco Schiochet,
 
Santo Schenalli, Pietro Sevegnani,
 
Luigi Tenestri, Luigi Tontini, 

Gaetano Vendrami, Giuseppe Viviani.


Outros pioneiros

Ermembergo Pellizzetti, Nicola Badalotti,

 Ricardo Voigt, Giacinto Scottini,
 
Alessandro Vignola, Carlos Rothenburg, 

Vicente Luiz da Silva, Inácio Simianowski,

 Hermann Schultz, Felice Bassani,
 
Francesco Adami, Wilhelm Krüger, 

Augusto Braatz, Giuseppe Demarch,
 
José Antônio de Amorim, 

Miguel Francisco de Souza, Gabriel Firmino

 Polidoro, Firmino Antonio de Pinho, 

Zilindro Antonio de Pinho,
 
João Tobias da Costa,
 
Joaquina Rosa Jesus, Francisco Amaro Belini,

 Francisco Polidoro dos Santos, 

Giovanni Bordin.