Espaço destinado aos temas referentes principalmente ao Vêneto e a sua grande emigração. Iniciada no final do século XIX até a metade do século XX, este movimento durou quase cem anos e envolveu milhões de homens, mulheres e crianças que, naquele período difícil para toda a Itália, precisaram abandonar suas casas, seus familiares, seus amigos e a sua terra natal em busca de uma vida melhor em lugares desconhecidos do outro lado oceano. Contato com o autor luizcpiazzetta@gmail.com
terça-feira, 11 de junho de 2024
Alguns Sobrenomes Italianos em Barra Bonita e Região
domingo, 9 de junho de 2024
Alguns Sobrenomes na Basilicata
domingo, 18 de fevereiro de 2024
Sobrenomes Friulanos: Uma Jornada Pelas Raízes Familiares de Trieste
domingo, 28 de janeiro de 2024
Roda dos Expostos na Igreja de San Rocco em Vicenza
sexta-feira, 24 de novembro de 2023
Guardiões Peludos: A Saga Épica dos Gatos Venezianos na Batalha Contra a Peste
Na encantadora cidade de Veneza, a Festa da Madonna della Salute evoca memórias de uma época sombria: a terrível epidemia de peste que assolou o norte da Itália entre 1630 e 1631. Durante esses dias aflitivos, os gatos venezianos emergiram como heróis silenciosos, desempenhando um papel crucial na proteção da cidade.
À medida que os barcos zarpavam para longas jornadas em direção ao Oriente, os gatos se tornavam tripulantes essenciais, enfrentando a ameaça dos ratos portadores da doença. A meticulosa seleção de raças, como os destemidos "soriani" da Síria, evidencia os esforços dos venezianos em salvaguardar sua cidade da iminente epidemia.
Mesmo com a propagação da peste, os gatos permaneceram, transformando-se em testemunhas afetuosas e silenciosas da história de Veneza. As vielas e praças da cidade se enchiam de gatos, símbolos de resistência em meio às adversidades. Embora o número deles tenha diminuído ao longo do tempo, os gatos modernos de Veneza são herdeiros da coragem de seus antecessores, perambulando pelas ruas estreitas e canais tranquilos, carregando consigo uma herança única e fascinante.
Na Veneza do século XVII, a cidade enfrentou um desafio sem precedentes durante a epidemia de peste bubônica entre 1630 e 1631. Em tempos sombrios, os gatos venezianos desempenharam um papel crucial na defesa da cidade, embarcando nas imbarcazioni que cruzavam os mares em direção ao Oriente. Esses gatos não eram apenas mascotes, mas guardiões essenciais contra os ratos portadores da doença.
A seleção criteriosa de raças, incluindo os destemidos "soriani" da Síria, revela a sagacidade dos venezianos na proteção de sua cidade. À medida que os barcos retornavam das longas jornadas comerciais, os gatos eram soltos pelas calle e campielli da cidade, tornando-se membros apreciados da comunidade veneziana.
Apesar de todos os esforços, a peste deixou suas marcas em Veneza, ceifando vidas e alterando irrevogavelmente o curso da história da cidade. No entanto, os gatos permaneceram, não apenas como símbolos de resistência durante tempos difíceis, mas como testemunhas peludas da resiliência de Veneza diante da adversidade.
O legado dos gatos venezianos não é apenas uma curiosidade histórica; é um testemunho vívido da ligação única entre os seres humanos e esses companheiros felinos. Mesmo agora, ao passear pelas ruas estreitas e pontes pitorescas de Veneza, é possível sentir a presença sutil, mas duradoura, dos gatos que uma vez ajudaram a cidade a enfrentar uma de suas maiores provações.
As águas serenas dos canais de Veneza refletem não apenas a arquitetura grandiosa, mas também a narrativa silenciosa dos gatos que patrulhavam os barcos e becos da cidade. Esses guardiões de quatro patas, ao desbravarem os recantos venezianos, personificam a coragem e a tenacidade que permearam a sociedade durante aquela época desafiadora. Suas pegadas, agora suaves, contam a história de uma cidade resiliente e dos laços indissolúveis entre ela e seus destemidos protetores felinos.
Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS
quarta-feira, 8 de novembro de 2023
Mar Tempestuoso, Terra Prometida: A Épica Jornada dos Imigrantes Italianos ao Brasil
Texto
Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS
terça-feira, 7 de novembro de 2023
Ecos da Itália: A Saga dos Imigrantes Italianos que Transformaram Ribeirão Pires, São Paulo
Na região que hoje se encontra o Grande ABC Paulista, antigamente conhecido por freguesia de São Bernardo, foram criados três núcleos coloniais, diretamente subordinados ao governo imperial brasileiro: São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires.
Este último foi fundado em 1887, em zona próxima a ferrovia São Paulo Railway, a primeira estrada de ferro criada no estado de São Paulo, que ligava o planalto paulista, na Estação Jundiaí, ao litoral paulista na Estação Valongo, já na cidade de Santos.
A primeira leva de imigrantes italianos começou a chegar nos núcleos em 1888 e início de 1889; um segundo grupo em meados de 1889, e finalmente o terceiro, em setembro de 1890.
Algumas famílias eram provenientes de fazendas do interior de São Paulo. A maioria desses imigrantes declarou ser agricultor, entretanto, outras profissões como pintor, pedreiro, carpinteiro, sapateiro e costureira também foram encontradas nos registros ainda existentes. Traziam conhecimentos dos trabalhos que executavam nos seus locais de origem na Itália.
Os primeiros imigrantes começaram a chegar lentamente a São Caetano ainda em julho de 1877, quando foram distribuídos os lotes de terra.
O núcleo colonial de São Bernardo começou a receber imigrantes praticamente na mesma época, entre 1877 e 1880, os quais foram alocados em diferentes linhas.
O núcleo colonial de Ribeirão Pires, como já referido, foi criado em 1887, em terras próximas a ferrovia São Paulo Railway. Ainda baseando-se em alguns documentos, tais como o Livro dos Colonos, custodiado pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo, este núcleo era formado por três linhas: duas delas em Ribeirão Pires, uma na zona rural e outra na zona urbana e a terceira em Pilar, formada por chácaras, distribuídas para 20 famílias, em um total de 80 pessoas, local que mais tarde veio a formar o atual município de Mauá.
Em Pilar, 13 dessas famílias italianas eram provenientes das províncias de Mantova e Verona e uma de Padova. As demais eram brasileiras de origem portuguesa. Nesse grupo de italianos estavam as famílias: Bersan, Buasi, Bernini, Cursi, Gallo, Gadioli, Lunghi, Lupi e Magrie.
Os lotes rurais da Linha Ribeirão Pires eram em número de 25 e foram distribuídos para 24 famílias italianas, e um para uma família brasileira, que já habitava a região. Quanto a origem na Itália: 17 dessas famílias italianas eram procedentes do comune de Salzano, na província de Veneza, 4 famílias da província de Padova, 2 famílias das província de Rovigo e 1 delas da província de Treviso. Essas famílias eram constituídas por casais cuja idade estava entre 30 e 50 anos e tinham de 2 a 4 filhos, a maioria menores de 15 anos.
Com exceção da família Martineli, que havia deixado uma fazenda no interior do estado, os demais vieram diretamente da Hospedaria dos Imigrantes, na capital.
Dos 63 lotes urbanos do Núcleo de Ribeirão Pires distribuídos em 1890: 46 foram destinados à famílias italianas. Os 17 outros restantes se destinaram: 1 para uma família alemã, outro para um imigrante português e os outros 15 para famílias brasileiras.
Entre as famílias italianas podemos citar:
Astolfo, Beletto, Massiero, Zabeo,
Zamberto, Zonni, Pescarini,
Gallo, Bottaccin, Pandolfi,
Fochi, Tussi, Bertoldo, Bersan,
Buasi, Bendinelli, Benini, Bonaventuri,
Sacarpello, Girolano, Ganitano, Russomano,
Luca, Lupi, Magri, Marza,
Milan, Pellizon.
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
Raízes Além-Mar: Lista dos Imigrantes Italianos no Navio Martha em 13.07.1887
sábado, 30 de setembro de 2023
Vapor Colombia: A Épica Jornada das Famílias Italianas Rumo ao Espírito Santo
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
Lágrimas no Horizonte: A Chegada Épica dos Imigrantes Italianos pelo Navio Lavarelo
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
Legado Vivo: Os Nomes e Histórias por Trás da Lista de Imigrantes Italianos em Ascurra, SC
Os imigrantes pioneiros Ascurra chegaram em novembro de 1876 pelo Ribeirão São Pedro, em Rodeio, sendo assentados na linha colonial Ribeirão São Paulo. Esta foi a primeira comunidade de imigrantes provenientes do Vêneto, Lombardia e do Tirol. Os tiroleses eram súditos do império austríaco e falavam alemão.
Em dezembro de 1876 chegou mais uma leva de imigrantes italianos que foram instalados em Guaricanas.
No Brasil continuaram trabalhando como agricultores, cultivando principalmente tabaco que era exportado para a Europa. Com o tempo foram formando cooperativas agrícolas e moinhos, chamados atafonas, para o beneficiamento da farinha, e batedeiras de arroz. A produção da uva, a fabricação de vinho e cachaça foram outras das atividades desses italianos.
Lista dos pioneiros italianos em Ascurra
Linha Ribeirão São Paulo:
Vittorio Anselmi, Giuseppe Avancini,
Giuseppe Bazzanella, Arcangelo Bazzanella,
Elia Barbetta, Arturo Bassani,
Guerino Bertelli, Giuseppe Bertelli,
Albino Bona, Albino Bona (Filho),
Daniele Bona, Giuseppe Bonetti,
Giovanni Bonetti, Giovanni Buzzi,
Luigi Catafesta, Vittorio Catafesta,
Andrea Chiarelli,Giovanni Chiarelli,
Antonio Chiminello, Giovanni Dagnoni,
Carlo Dalfovo, Giacomo Dalfovo,
Giovanni Dalpiaz, Luigi Fachini,
Marco Fachini, Nicolò Faes,
Pietro Felisari, Giovanni Ferretti,
Beniamino Filigrana, Giovanni Filagrana,
Eugenio Felippi, Giuseppe Felippi,
Salvatore Felippi, Mosé Frare, Antonio Ferrari,
Bortolo Gandin, Giovanni Ghezzi,
Bortolo Girardi, Cesare Girardi,
Gioachino Girardi, Francesco Lasta,
Luigi Leonello, Rocco Longo,
Luigi Losi, Agostino Macoppi,
Giuseppe Maiola, Giuseppe Maccon,
Miguel Magariano, Angelo Maiochi,
Antonio Marcarini, Angelo Marcarini,
Giuseppe Merini, Giovanni Battista Merlini,
Angelo Mesadri, Ottorino Morastoni,
Antonio Odorizzi, Giuseppe Odorizzi,
Giovanni Passero, Giovanni Pedrini,
Ermenegildo Poffo, Domenico Poltronieri,
Gottardo Possamai, Davide Rafaelli, Emilio
Rafaelli, Giuseppe Rafaelli, Giuseppe Rossi,
Secondo Saccani, Natale Sala, Enrico Sandri,
Pio Sandri, Giovanni Simeoni, Cesare Stedile,
Giuseppe Stedile, Carlo Stedile, Emanuele
Tambosi, Giovanni Tessarolli,
Bernardo Testoni, Francesco Tomasi,
Angelo Tomio, Giuseppe Tonolli,
Guilhermo Tonolli, Giacomo Tonon,
Giuseppe Vicentini, Paolo Zendron,
Alessandro Zonta, Andrea Zonta,
Luigi Zonta.