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domingo, 18 de agosto de 2024

Sonhos em Terra Nova: A Jornada dos Imigrantes Italianos no Rio Grande do Sul



No final do século XIX, a Itália, então um reino recém unificado, estava marcada pela diminuição drástica de trabalho, pobreza e pelo desespero. A falta de empregos no campo trazia para as pequenas cidades levas de famílias em busca de uma vida nova que o país, por falta de recursos, infelizmente, não podia oferecer. Trento, Vêneto e Lombardia eram regiões particularmente afetadas pela crise econômica que assolava o país. As terras eram secas em algumas zonas e sofriam com inundações em outras, sendo a fome um inimigo constante, especialmente nas zonas montanhosas, acostumadas  a séculos com essas dificuldades. Entre as aldeias e vilarejos, a esperança de melhora era uma mercadoria escassa. No entanto, o rumor de uma terra prometida, do outro lado do oceano, começava a se espalhar como um bálsamo para aqueles que lutavam pela sobrevivência.

Giovanni e Maria, pequenos trabalhadores rurais, moradores em uma vila de Trento, viviam com seus três filhos – Carlo, Lucia e Antonio – em uma velha e precária casa, que a família ja não tinha recursos para os devidos reparos, mas, por outro lado, cheia de sonhos. Giovanni, como agricultor lutava contra a terra ingrata, a inclemência do clima e os preços baixos dos grãos que colhia e dos poucos produtos que conseguia obter, sentia agora que sua família estava à beira do desespero. Ao ouvir histórias sobre a vastidão das terras brasileiras e as oportunidades que se abriam no Novo Mundo, decidiu que era hora de buscar um futuro melhor. Com apenas alguns poucos bens e muito mais esperança, a família se preparou para deixar para trás o que conheciam e partir rumo ao desconhecido.

Enquanto isso, em Treviso, Elisa e seu pai, Giuseppe, estavam imersos em um sentimento de perda e esperança. Giuseppe, um viúvo marcado pela dor da perda recente de sua esposa, viu na emigração uma chance de dar a sua filha uma vida que ele não podia mais proporcionar na Itália. Eles embarcaram em um navio, cheios de expectativas e com o coração pesado pela despedida, rumo ao Brasil.

Na Lombardia, a situação era igualmente desesperadora. Luigi, um jovem artesão, viu a emigração como a única saída para mudar sua sorte e garantir um futuro melhor para seus irmãos mais novos. O navio que os transportava estava cheio de pessoas como ele – homens e mulheres que, carregavam consigo sonhos e esperanças.

A travessia para o Brasil não foi fácil. O oceano, imenso e imprevisível, desafiou a resistência dos imigrantes com tempestades e doenças. A comida era escassa e as condições de vida, precárias. No entanto, a fé e a determinação mantiveram todos em frente. A promessa de um novo começo estava sempre presente, um farol na escuridão das dificuldades.

Quando os navios finalmente chegaram ao Brasil, a visão que se apresentava era muito diferente daquilo que haviam imaginado. Os portos estavam abarrotados de pessoas, a vegetação era densa e o calor, abafante. Os imigrantes foram distribuídos em várias regiões, mas foi no Rio Grande do Sul que encontraram a maior concentração de novas colônias.

As colônias de Caxias do Sul, Dona Isabel e Conde d'Eu foram fundadas com o propósito de oferecer terras e condições para que os imigrantes pudessem prosperar. No entanto, a adaptação à nova vida não foi fácil. As terras eram vastas e selvagens, e a infraestrutura era quase inexistente. A comunicação com o mundo exterior era limitada e os primeiros anos foram marcados por um intenso esforço para transformar a mata virgem em campos férteis.

Giovanni e Maria enfrentaram o desafio com coragem. A família começou a desbravar a terra, com Giovanni trabalhando a terra e Maria cuidando da casa e dos filhos, além de ajudar o marido no pesado trabalho da roça. As dificuldades eram muitas, mas o trabalho árduo e a esperança de uma colheita promissora eram a motivação diária. O clima quente e as doenças desconhecidas representavam desafios constantes, mas a perseverança da família era inabalável.

Elisa e Giuseppe por sua vez, lutaram para se estabelecer em sua nova casa. Encontraram apoio em outros imigrantes e, juntos lentamente, foram formando uma pequena comunidade. Giuseppe usou suas habilidades agrícolas para cultivar a terra, enquanto Elisa cuidava da casa e procurava fazer amizade com os vizinhos para se adaptar à vida nas colônias.

Luigi e seus amigos enfrentaram desafios semelhantes. A terra era rica, mas o trabalho era intenso. Sua aptidão na construção foi útil, encontrando nesse setor o se ganha pão. As condições em que viviam eram duras e a grande distância entre as famílias aumentava o sentimento de isolamento. No entanto, a camaradagem entre os imigrantes ajudava a superar as dificuldades. Além do trabalho na construção, se dedicava com afinco na pequena roça e a primeira colheita foi uma grande conquista. O sentimento de realização começou a brotar, mesmo diante das adversidades.

Com o tempo, os imigrantes italianos começaram a ver os frutos de seu trabalho. As colônias prosperaram, e as terras, uma vez inóspitas, transformaram-se em áreas férteis e produtivas. As dificuldades iniciais foram superadas pela determinação e pelo espírito de comunidade. Os laços entre os imigrantes se fortaleceram, e a vida nas colônias tornou-se cada vez mais gratificante.

O legado dos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul é uma história de resiliência e superação. Eles chegaram em busca de uma vida melhor e, através de trabalho árduo e determinação, conseguiram transformar suas vidas e a terra em que estabeleceram suas raízes. Hoje, suas contribuições são celebradas e a influência italiana é uma parte fundamental da cultura e da história da região. A saga dos imigrantes italianos é um testemunho poderoso do espírito humano e da capacidade de transformar desafios em conquistas duradouras.


segunda-feira, 17 de junho de 2024

Il Viaggio di Matteo da Assisi al Brasile

 


Nelle verdi montagne che circondavano il pittoresco villaggio non lontano da Assisi, nella regione dell'Umbria, nel cuore dell'Italia, nacque Matteo, figlio di Giovanni e Maria. Era una fredda mattina di primavera quando venne al mondo, avvolto nelle speranze e nelle aspettative dei suoi genitori, che da tempo lavoravano sul fertile terreno della regione. Fin dai primi istanti della sua vita, Matteo fu immerso nella bellezza rustica e nella semplicità della vita rurale. Crescendo tra i campi ondulanti di ulivi e viti, respirando l'aria fresca delle montagne e ascoltando i canti degli uccelli che volteggiavano nei cieli azzurri. Su padre, Giovanni, era un mezzadro rispettato nella comunità, un uomo che dedicava le sue ore al duro lavoro nei campi in cambio di una modesta porzione di terra da coltivare. Sua madre, Maria, era il cuore della casa, una donna forte e amorevole che si prendeva cura della casa e dei figli con dedizione incrollabile. Matteo crebbe circondato dal calore della famiglia e dalla solidarietà dei vicini. Nel piccolo villaggio natale, vicino ad Assisi, dove tutti si conoscevano per nome e condividevano gioie e dolori, trovò un senso di appartenenza che plasmò la sua visione del mondo negli anni a venire. Mentre il tempo passava, Matteo vedeva cambiare le stagioni, ognuna portando con sé le proprie benedizioni e sfide. Imparò da suo padre i segreti della terra, lavorando fianco a fianco nei campi fin dalla tenera età, mentre assorbiva le storie e gli insegnamenti degli anziani del villaggio. Tuttavia, anche in mezzo alla tranquillità della regione, Matteo non riusciva a ignorare le storie di parenti e amici che erano partiti in cerca di opportunità al di là del mare. La situazione economica dell'Italia nel primo dopoguerra impediva lo sviluppo e la creazione di nuovi posti di lavoro per una popolazione che cresceva nelle città a causa dell'abbandono delle campagne. Sebbene il suo cuore fosse profondamente radicato nella terra che lo aveva visto nascere, sapeva che il mondo al di là delle montagne custodiva segreti e possibilità sconosciute. E così fu che, nonostante la sua iniziale resistenza, nel 1924 Matteo si trovò di fronte a una difficile scelta, quando l'Italia era ancora in fase di ripresa dopo la guerra e una serie di cattivi raccolti e difficoltà finanziarie afflissero la sua famiglia e molti altri nel villaggio. La tentazione dell'emigrazione divenne irresistibile e, insieme ad altre famiglie della provincia, Matteo si imbarcò in un viaggio incerto verso il Brasile, lasciando alle spalle le verdi colline e i legami di sangue che lo legavano alla sua terra natale. Dopo essere sbarcato al Porto di Rio de Janeiro, Matteo si trovò di fronte a una panoramica completamente diversa da quella che aveva lasciato in Italia. Le strade affollate, i suoni stridenti e la miscela di culture lo lasciarono meravigliato e un po' stordito. Tuttavia, sapeva che lì era solo l'inizio di una nuova avventura. Arrivato a Santos e salito per la Serra do Mar fino a San Paolo, Matteo contemplò le vaste piantagioni di caffè che si estendevano per la regione, comprendendo la magnitudine dell'economia caffettiera che spingeva lo stato. A San Paolo, fu tentato di stabilirsi in città, attratto dalla promessa di opportunità infinite, ma l'invito di un suo amico d'infanzia lo portò a dirigere verso l'interno fino a Ribeirão Preto. Arrivato a Ribeirão Preto, Matteo si immerse completamente nell'universo dell'edilizia civile. La sua padronanza delle tecniche di muratura, coltivata fin dall'infanzia mentre aiutava uno zio nei suoi progetti, lo distinse rapidamente per destrezza e dedizione. Presto si trovò coinvolto in progetti audaci e stimolanti, contribuendo a erigere le basi di una città in piena crescita. Mentre si dedicava al duro lavoro durante il giorno, Matteo si immerse completamente nella ricchezza della cultura brasiliana durante le sue ore di svago. Determinato a integrarsi completamente, si dedicò all'apprendimento della lingua locale, partecipando a feste tradizionali e stringendo legami di amicizia che oltrepassavano i confini. Fu in una di queste celebrazioni che il destino lo premiò con Giulia, una donna affascinante le cui radici italiane echeggiavano le sue stesse. L'amore tra loro fiorì in modo travolgente e rapido, portandoli a decidere, in poco tempo, di unirsi in matrimonio. Con Giulia al suo fianco, Matteo scopri una fonte rinnovata di motivazione per raggiungere il successo. Insieme, costruirono la propria dimora e diedero vita a una famiglia. Matteo perseverò nel suo percorso nell'edilizia civile, fondando infine la propria impresa, che emerse come una delle più rispettate della regione. Nel frattempo, Giulia si dedicava instancabilmente alla casa e ai figli, riflettendo la stessa devozione e amore che lui aveva osservato nella propria madre. Negli anni successivi, Matteo vide il fiore della città di Ribeirão Preto davanti ai suoi occhi, come un giardino che sbocciava con il tempo. Nuove strade furono accuratamente lastricate, imponenti grattacieli si eressero maestosi dove un tempo si estendevano campi aperti, e la città si trasformò in un polo economico vitale nella regione. Nel frattempo, i suoi figli furono cresciuti immersi nella ricca eredità italiana che Matteo aveva portato con sé, ma assorbirono anche avidamente le opportunità offerte dal Brasile in continua evoluzione. Matteo, ora anziano, contempla il passato con un cuore colmo di gratitudine per il cammino che lo ha condotto fino a quel punto. Si compiace del duro lavoro svolto, dei ricordi preziosi accumulati nel corso degli anni e della famiglia che ha avuto l'onore di costruire al fianco di Giulia. Sebbene le verdi colline dell'Umbria rimangano un suggestivo ricordo nella sua mente, riconosce pienamente di aver trovato una nuova casa, una nuova patria e una vita ricca di successi e significato nel caloroso cuore del Brasile.



sábado, 6 de abril de 2024

L'Avventura di Maria: Tra Sogni e Realizzazioni

 


Maria Calabroni cresceva nel cuore del pittoresco villaggio di Catanzaro, circondata dalle strade lastricate che portavano con sé i sussurri ansiosi degli abitanti. Era la fine del XIX secolo, un'epoca tumultuosa di grandi cambiamenti. La Grande Emigrazione agitava le menti e i cuori di tutti coloro che desideravano un futuro oltre i confini noti.
Figlia di un modesto fabbro, Maria era una giovane tessitrice con gli occhi colmi di sogni. La sua vita prese una svolta decisiva quando una lettera ingiallita, con il timbro di un lontano parente in America, giunse tra le sue mani, sigillando il suo destino con la promessa di opportunità brillanti al di là dell'oceano.
Accanto ad altri aspiranti emigranti, Maria si imbarcò in un viaggio incerto verso l'ignoto. L'addio al suo amato villaggio fu segnato da lacrime e abbracci stretti, il ricordo di quei momenti risuonava nel cuore di Catanzaro come un'eco persistente. La storia di Maria si intrecciava con quella di molti altri, tutti uniti dal desiderio comune di una vita migliore al di là dell'orizzonte.
A bordo della nave, mentre il legno scivolava placido attraverso le onde, il destino di Maria e dei suoi compagni fluttuava come foglie al vento. Ogni cresta delle onde portava con sé sia speranza che incertezza, mentre guardavano oltre l'orizzonte verso un futuro incerto ma pieno di possibilità.
E così, mentre le storie narrate da Piazzetta sul coraggio degli emigranti italiani echeggiavano attraverso il tempo, Maria e i suoi compagni affrontarono le sfide e le avversità del viaggio con determinazione e speranza. Erano pronti a rischiare tutto per un assaggio di quel domani promettente che giaceva al di là dell'orizzonte, conscio dell'arduo cammino che li attendeva ma alimentati dalla fiamma ardente del desiderio di una vita migliore.
Dopo settimane di traversata, il grande vapor Giulio Cesare attraccò finalmente a Ellis Island, nel porto di New York. Maria superò il rigoroso esame medico per essere ammessa negli Stati Uniti, una tappa cruciale per iniziare la sua nuova vita nel nuovo paese.
Appena sbarcata a Ellis Island, nel porto di New York, Maria si trovò immersa nella vivace metropoli. Senza indugio, si diresse verso il cuore della città e dopo alcuni giorni trovò impiego presso una rinomata fabbrica di abbigliamento maschile. Con determinazione e abilità, si integrò rapidamente nella vita frenetica della Grande Mela, trasformando le sfide in opportunità e costruendo una vita migliore per se stessa.


segunda-feira, 25 de março de 2024

Viagem de Pederobba ao Alasca em Busca de Ouro: A Saga de Giovanni Dalla Costa




Giovanni Dalla Costa e sua família residiam em Pederobba, na localidade de Costa Alta, da pequena cidade de Pederobba, província de Treviso, na fronteira com Beluno, margeada pela estrada Feltrina. 
Nascido em 1868 em uma família de modestos agricultores, Giovanni trabalhava junto aos pais em terras arrendadas, aos pés do monte Monfenera. A situação econômica da família refletia a realidade da maioria dos agricultores da região, e a ideia de emigrar ainda não lhes cruzava a mente, mesmo quando tantos outros já o faziam.
Entretanto, em uma fatídica noite de outono, um grande incêndio consumiu sua casa e toda a colheita armazenada no celeiro, mergulhando-os repentinamente na pobreza. Apesar dos esforços em busca de auxílio governamental e empréstimos bancários, a ajuda necessária não veio, e diante da escassez de trabalho na cidade, Giovanni viu-se compelido a emigrar.
Em 1886, partiu sozinho para a França, onde encontrou emprego em uma mina de carvão, enviando regularmente dinheiro para sua família em Pederobba. Insatisfeito com o trabalho e o baixo salário, considerou emigrar para os Estados Unidos, atraído pelas oportunidades de fortuna que lá se diziam existir.
Embarcou em Le Havre, na Normandia, com destino a Nova York, onde logo ouviu falar da Califórnia, famosa por suas minas de ouro. Rapidamente, rumou para lá, apenas para descobrir que a corrida do ouro já havia terminado. No entanto, encontrou trabalho como mineiro assalariado em Montana, nas Montanhas Rochosas, próximo à fronteira com o Canadá.
Mas a notícia da nova corrida do ouro no Alasca chamou sua atenção. Determinado a mudar de vida, Giovanni, agora chamado de Jack, partiu imediatamente para essa terra remota e gelada, impulsionado pela febre do ouro que o consumia.
Chegando ao Alasca, explorou o vasto território a pé, a cavalo e de canoa, junto com outros aventureiros. Na busca pelo precioso metal ele saiu de Skagway e passou através de difíceis e perigosas passagens como White Pass e Chilkhoot Pass. Fez amizade com um emigrante de Modena, que já havia buscado ouro antes. Seu irmão, Francesco, também se juntou a ele.
Após anos de esforço e sofrimento, finalmente encontraram ouro em abundância ao longo do rio Yukon, onde hoje ergue-se a cidade de Fairbanks. Rico, Giovanni decidiu retornar à Itália, mas teve todo o seu ouro roubado em São Francisco, obrigando-o a retornar ao Alasca.
Após mais um ano de trabalho árduo, Giovanni acumulou novamente riquezas e voltou para Pederobba em 1905, após quase duas décadas de ausência. Embora inicialmente duvidassem de sua história, sua prosperidade logo conquistou a admiração de todos, pois além de uma grande soma em banco, adquiriu terras e casas.
Enquanto Giovanni prosperava, sua família enfrentava dificuldades. Seu irmão Giacomo emigrou para a França, sua mãe, pai, irmão e irmã emigraram para o Uruguai e depois para o Brasil, onde enfrentaram dificuldades financeiras. Com a ajuda de Giovanni, conseguiram se estabelecer em Guaporé, no Rio Grande do Sul.
Giovanni se casou com Rosa Rostolis e teve cinco filhos. Enquanto ele administrava seus negócios e terras em Pederobba, seu irmão Francesco se estabeleceu em diferentes lugares, inclusive no Alasca, Roma e finalmente na Toscana.
A Primeira Guerra Mundial, com o rompimento da frente em Caporetto, trouxe novos desafios, com Pederobba se tornando um campo de batalha. A família de Giovanni foi obrigada a evacuar para Pavia, onde uma de suas filhas morreu vítima da gripe espanhola.
Após a guerra, Giovanni retornou a Pederobba para encontrar sua casa em ruínas e suas economias perdidas. Ele faleceu aos 60 anos, deixando sua família em dificuldades financeiras. Sua esposa, Rosa, foi forçada a vender suas propriedades e morreu em 1955.
Hoje, uma lápide no cemitério de Pederobba lembra a incrível jornada de Giovanni Dalla Costa e sua família.











sexta-feira, 15 de março de 2024

Destino Brasile: La giornata di Rinaldo e Giuseppe nella Colonia Conde D'Eu

 


Nel gelido inverno del 1889, Rinaldo Battista R. e suo cognato Giuseppe G. affrontavano una svolta inaspettata nei loro destini. La possibilità di una nuova vita in Brasile, emersa attraverso la Società di Navigazione Generale Italiana, un'azienda di navigazione incaricata e commissionata dal governo brasiliano per reclutare manodopera italiana in tutto il paese, pagando i rispettivi biglietti di trasporto, fu interrotta da una decisione del parlamento italiano, sospendendo temporaneamente l'emigrazione sovvenzionata per il Brasile, gettando i loro sogni in un abisso di incertezza.
A Cantonata, la piccola località dove ora stavano vivendo, situata nel cuore della provincia di Cremona, a causa delle cattive condizioni meteorologiche, quell'anno i campi di lino produssero solo un terzo di quanto previsto. La nebbia si librava sui campi di grano, riducendo il raccolto della metà. L'uva, simbolo di prosperità, appassiva nei vigneti, mentre le tempeste sparse causavano danni diffusi. La disperazione si intrecciava con i loro giorni e così tentarono un cambio di residenza, lasciando alle spalle Costa Santa Caterina, dove erano nati e sempre avevano vissuto, in cerca di migliori condizioni a Cantonata. Tuttavia, le ombre dell'incertezza persistevano, alimentate dall'incessante attesa della possibile revoca del divieto governativo sull'emigrazione sovvenzionata.
Per questa impresa ebbero l'aiuto di Pierino, un amico comune, che non risparmiò sforzi per aiutarli a ottenere i passaggi gratuiti per il Brasile. I loro cuori rimanevano riscaldati dalla speranza, anche di fronte alla crudezza dell'inverno e alle difficoltà della vita rurale in Italia quell'anno.

Finalmente, nel 1891, le nuvole del divieto si dissolsero. Imbarcarono finalmente per il Brasile, a bordo di una grande nave a vapore, arrivando dopo 40 giorni nella Colônia Conde D'Eu, situata nel cuore del Rio Grande do Sul. La terra promessa li accolse generosamente e il seme dei loro sogni, una volta piantato nell'Italia gelida, ora fioriva sul suolo brasiliano.
I primi anni nel nuovo paese furono impegnativi, in realtà molto duri, ma con perseveranza e duro lavoro, i due cognati costruirono una nuova casa. In pochi anni trovarono l'amore, Giuseppe con Maria e Rinaldo con Carmela, entrambe figlie di famiglie immigrate dalla regione del Veneto, che si erano stabilite 15 anni prima in quella colonia. Le due famiglie crebbero, i raccolti abbondarono e presto poterono acquistare più terreni, rendendo molto più estese le loro proprietà, consolidando definitivamente le loro presenze nella colonia.
Man mano che gli anni passavano, poterono vedere i figli seguire le loro orme, espandendo i vigneti, modernizzando le tecniche agricole e costruendo una solida base per le generazioni future. La Colônia Conde D'Eu, oggi la splendida città gaucha di Garibaldi, divenne la loro casa, non solo geograficamente, ma nel tessuto delle loro vite e memorie.
Il viaggio dei due cognati cremonesi, iniziato nella gelida Italia, culminò in una storia di successo, determinazione e prosperità nelle vaste terre del Rio Grande do Sul. Il Brasile divenne la loro seconda patria, accogliendoli generosamente, e loro, a loro volta, piantarono radici profonde e durature in questo fertile suolo.



segunda-feira, 20 de julho de 2020

O Clero na Itália do Século XIX

La Questua pintura de Gaetano Chierici


Nos anos 1800, além de padres, bispos e cardeais comuns, no clero ainda existiam eremitas e capelães, ou seja, sacerdotes que viviam em um oratório ou ermita, abades e padres sem paróquia. 

Eles eram reconhecidos por sua barba desgrenhada, roupas velhas e mal cuidadas, cajado de peregrino e caixa de esmolas, Eles foram desaparecendo aos poucos, ao longo do século, devido novas diretrizes da Igreja, como a reforma do clero mudando bastante a vida deles. A necessidade de formação teológica, com estudos sendo realizados cada vez mais em seminários, capazes de dar a preparação necessária para aqueles que queriam ser sacerdotes.

No século 19 um homem se tornava sacerdote por muitas razões além daquelas que aconteciam nos séculos anteriores. De fato, se até os anos do século XVIII o sacerdócio era escolhido através de estratégias familiares ou pelo rapaz ter privilégios sociais e econômicos, nos anos do século XIX a carreira eclesiástica era escolhida principalmente porque o candidato queria se comprometer em trabalhar e a fazer o bem para sociedade.

Essa mudança na escolha para o sacerdócio significa que o número de padres sofreu uma diminuição, especialmente após o ano de 1848, também porque o padrão de vida dos padres de uma paróquia era agora bastante modesto, semelhante ao dos professores do ensino fundamental.

Dom Bosco


Uma figura típica do "padre comprometido" foi Dom Giovanni Bosco, que fundou em 1846, nos arredores de Turim, o primeiro oratório, de San Francesco di Sales, ou oratório salesiano.

Esses locais de formação religiosa e ensino se espalharam rapidamente por várias regiões e eram voltados principalmente para jovens das classes menos favorecidas, aos quais era oferecido um local controlado de socialização, para contrastar a perda dos valores tradicionais que agora ocorria com a expansão da industrialização. 

Piccola Casa della Divina Provvidenza a Torino

Quase na mesma época, Giuseppe Cottolengo, em 1862, fundou a pequena casa da providência divina que acolhia os pobres e doentes rejeitados pelos hospitais e mais tarde aqueles incapazes.

Deve-se dizer, no entanto, que no século XIX a igreja foi liberal apenas por um curto período, isso por volta de 1848, e que sua abertura à sociedade com as escolas de Dom Bosco e o hospital de Cottolengo, contrastava com o novo estado italiano, que se considerava a única entidade que lidava com os vários problemas da sociedade.

De fato, as relações entre o papa e o estado secular eram bastantes difíceis, principalmente quando Roma foi conquistada e se tornou a capital do Reino da Itália, ocasião em que ao papa restou apenas o Vaticano.

Entretanto a Roma eclesiástica em 1870 ainda era muito poderosa, tendo 206 conventos entre homens e mulheres, 350 igrejas, 250 oratórios, cerca de sessenta paróquias e aproximadamente 8000 religiosos.