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sexta-feira, 14 de março de 2025

A Difícil Jornada da Emigração Transoceânica Italiana

Navio Adria


Nos últimos decênios do século XIX, as partidas para as Américas se intensificaram, e a jornada marítima durava mais de um mês, ocorrendo em condições desfavoráveis. Até a aprovação da lei em 31 de janeiro de 1901, ainda não havia regulamentação para para as condições sanitárias da emigração, e, até mesmo em 1900, a situação do transporte marítimo dos emigrantes era descrita por um médico da seguinte maneira: "A higiene e a limpeza estão constantemente em conflito com a especulação. Faltam espaço, falta ar."
As camas dos emigrantes, muitas vezes beliches, eram dispostas em dois ou três corredores e recebiam ar fresco principalmente pelas escotilhas quando essas existiam. A altura mínima dos corredores variava de um metro e sessenta centímetros para o primeiro, partindo de cima, a um metro e noventa para o segundo. Nos dormitórios assim organizados, com a promiscuidade e falta de higiene reinante, era comum o surgimento de doenças, especialmente aquela bronco-respiratórias. Podemos avaliar a ausência das normas básicas de higiene, mencionando o problema da conservação da água potável, armazenada em caixas de ferro revestidas de cimento. Devido ao balanço do navio, o atrito da água, o cimento tendia a se desfazer, turvando a água que, ao entrar em contato com o ferro oxidado, assumia uma cor avermelhada e era consumida pelos emigrantes, já que não havia destiladores a bordo.
A alimentação, independentemente da impossibilidade para os emigrantes, analfabetos ou incapazes de ter conhecimento pleno da regulamentação alimentar, era preparada seguindo uma série de alternâncias constantes entre dias "ricos" e "magros", dias de "café" e dias de "arroz". Além disso, dependendo da predominância a bordo de pessoas do norte ou do sul, eram preparadas refeições à base de arroz ou macarrão. Normalmente do ponto de vista dietético, a ração diária de alimentos era suficientemente rica em elementos proteicos e, de qualquer forma, quase sempre superior em quantidade e qualidade ao tipo de alimentação habitual do emigrante.

Tendo por base as estatísticas geradas pelo Comissariado Geral de Emigração e pelos relatórios anuais elaborados pelos oficiais da marinha encarregados do serviço de emigração, ambos relacionados à morbidez e mortalidade dos emigrantes nas viagens de ida e volta da América do Norte e do Sul, é possível traçar um quadro da situação sanitária da emigração transoceânica italiana de 1903 a 1925. Apesar dos limites de parcialidade e discricionariedade do sistema de coleta, as estatísticas se tornam indicadores gerais das dimensões do problema de saúde na experiência da migração em massa, mas dificultam sua utilização para o estudo de patologias específicas. Os dados coletados pela estatística referem-se às doenças diagnosticadas durante a viagem pelo médico do governo ou pelo comissário viajante, excluindo assim um número considerável de emigrantes que, por diversas razões, evitavam a assistência médica. Uma parte significativa do fluxo migratório escapava completamente a qualquer forma de controle de saúde, seja por embarcar e desembarcar em portos estrangeiros, viajar em navios sem serviço de saúde, ou por meio de embarcações semi-clandestinas toleradas por muitas companhias de navegação. Torna-se evidente que qualquer tentativa de estimativa sistemática da "questão de saúde" da emigração transoceânica com base em fontes oficiais subestima amplamente as dimensões reais do problema da saúde e da doença na viagem transoceânica. Apesar das limitações e parcialidade da amostragem, as estatísticas de saúde das viagens transoceânicas permanecem como uma das poucas ferramentas disponíveis para iniciar uma reflexão sobre a migração transoceânica em conexão com as condições socio-sanitárias das classes subalternas entre os séculos XIX e XX. A análise dos números fornecidos pela estatística para o período de 1903 a 1925 destaca claramente a persistência ao longo do tempo de algumas doenças, tanto nas viagens de ida quanto nas de volta das Américas. Embora a pesquisa não inclua uma avaliação sobre a influência do fluxo transoceânico na propagação de doenças de massa na Itália (pelagra, malária, tuberculose), devido à complexidade dos elementos que contribuem para a escolha migratória em regiões do país profundamente diversificadas em termos de estrutura econômica e social, é inevitável observar como a estatística de morbidade nas viagens transoceânicas mostra a presença significativa de algumas dessas patologias. Um exemplo é a malária, que apresenta os índices mais altos nas viagens de ida tanto para o Norte quanto para o Sul da América, sendo superada apenas pelo sarampo. Nas viagens para o Sul, também é relevante o número de casos de tracoma e sarna, enquanto no retorno, prevalecem claramente, sobre outras doenças, o tracoma e a tuberculose e, mesmo com índices menos elevados, a ancilostomíase, completamente ausente nas estatísticas de ida. Nos retornos do Norte, os números mais altos são dados pela tuberculose pulmonar, doenças mentais e tracoma. Esta última patologia, embora não apresente números particularmente altos, é mais difundida nas viagens de volta. As taxas de mortalidade e morbidade nas viagens transoceânicas, embora não atinjam níveis extremamente elevados, são, no entanto, superiores nas viagens para a América do Sul, onde o fluxo migratório era composto principalmente por grupos familiares. O dado da constante e elevada morbidade nas viagens de volta é especialmente significativo para os repatriados da América do Norte. O fluxo migratório para os Estados Unidos era composto, na verdade, principalmente por pessoas em boas condições físicas e na faixa etária de maior eficiência física, tanto devido a um processo de autoseleção da força de trabalho que escolhia emigrar, quanto devido aos rígidos controles sanitários ativados pelos Estados Unidos em relação à imigração europeia.



sábado, 1 de março de 2025

O Trem, os Navio e a Emigração Italiana no Século XIX

 

O Trem, o Navio e a Emigração Italiana no Século XIX


O século XIX foi um período marcado por profundas transformações tecnológicas e sociais que alteraram a maneira de viver e de se locomover, especialmente para os milhões de europeus que buscavam melhores condições de vida em terras distantes. Entre as inovações que favoreceram a emigração europeia em geral, e a italiana em particular, destaca-se o surgimento do trem a vapor. Substituindo as lentas carruagens e diligências, o trem revolucionou o transporte terrestre, encurtando distâncias entre cidades e portos. Paralelamente, o advento dos navios a vapor substituiu os veleiros, reduzindo significativamente o tempo das travessias marítimas entre a Europa e as Américas, transformadas no novo El Dorado para aqueles que sonhavam com prosperidade.

Para os italianos que partiam de pequenas aldeias no interior do país, o trem representava não apenas um meio de transporte, mas também um primeiro encontro com a modernidade. Muitos desses emigrantes eram camponeses analfabetos, habituados a uma vida simples e cercada por tradições. A visão daquele "monstro de ferro", soltando fumaça e rugindo com estrondos que ecoavam pelas montanhas, era, ao mesmo tempo, fascinante e aterradora. Alguns encaravam a máquina com temor, acreditando que aquilo era algo sobrenatural, enquanto outros se maravilhavam com a possibilidade de deixar para trás a miséria e as restrições impostas pela vida rural.

A jornada de emigração começava ainda antes de embarcarem em um navio. Muitos viajavam longas distâncias a pé ou em carroças para alcançar a estação ferroviária mais próxima. Para famílias inteiras, essa era uma experiência inédita e repleta de incertezas. Subir em um trem pela primeira vez era um desafio. As sensações de movimento, o barulho das rodas nos trilhos e os solavancos causavam espanto e desconforto. As crianças choravam, as mães tentavam acalmá-las, enquanto os pais lidavam com a ansiedade de garantir a segurança de todos.

Ao chegar ao porto de Gênova ou outros grandes portos de embarque, como Nápoles, enfrentavam uma nova etapa do processo migratório. Ali, os navios a vapor os aguardavam, verdadeiras cidades flutuantes que prometiam levá-los ao outro lado do oceano. Para muitos, o navio era uma visão ainda mais impressionante do que o trem. Acostumados à calmaria de seus vilarejos, embarcar em uma embarcação tão gigantesca era um teste de coragem. Dentro do navio, amontoados nos porões apertados, os emigrantes conviviam com a insegurança sobre o futuro. A viagem era longa e marcada por condições precárias, mas também por esperança.

O trem e os navios a vapor foram os grandes facilitadores dessa migração em massa, encurtando não apenas as distâncias físicas, mas também o tempo necessário para que os emigrantes italianos pudessem tentar uma nova vida. Antes, uma viagem que durava semanas ou meses em embarcações movidas a vela passou a ser realizada em dias. Isso abriu portas para que um número ainda maior de pessoas tivesse acesso a essa oportunidade.

No entanto, o impacto psicológico dessa modernidade repentina era inegável. Para os emigrantes, deixar suas terras natais já era doloroso. O trem e o navio simbolizavam uma ruptura definitiva com o conhecido e o mergulho no desconhecido. Os campos verdejantes e as casas de pedra de suas aldeias davam lugar ao frio aço das máquinas e ao horizonte vasto do oceano. Cada etapa da viagem era permeada por sentimentos conflitantes de medo, saudade e esperança.

No Brasil, na Argentina ou nos Estados Unidos, ao desembarcar, enfrentavam novos desafios. Mas foi graças à infraestrutura proporcionada pelo trem e pelos navios que milhões de italianos puderam reescrever suas histórias. Eles levaram consigo suas tradições, gastronomia, língua e fé, ajudando a moldar a identidade cultural dos países que os acolheram.

Assim, o trem e os navios a vapor não foram apenas instrumentos de transporte, mas verdadeiros símbolos da transformação de um tempo. Eles não apenas encurtaram distâncias geográficas, mas conectaram sonhos e destinos, permitindo que milhões de emigrantes italianos buscassem uma vida melhor no Novo Mundo.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Caminhos Italianos na Romênia: Uma Jornada de Contribuições e Identidade ao Longo dos Séculos

 



A emigração para a Romênia começou em 1860, quando um grande grupo de italianos chegou aos Principados Romenos Unidos, um estado recém-criado. A maioria desses italianos, chamados de "talieni" pelos romenos, se estabeleceu no sudeste do país, na região de Tulcea, já habitada por diversas minorias étnicas. Quase todos eram cortadores de pedra ou trabalhavam na construção. A presença italiana logo se espalhou por toda a Romênia, e muitos deles se estabeleceram na região da Moldávia, no norte, aos pés dos Montes Cárpatos.
No início do século XX, a cidade de Piatra Neamtz testemunhou a existência de uma grande comunidade italiana, muitos originários de Friuli e Emilia-Romagna. Com a chegada do comunismo na Romênia depois da Segunda Guerra Mundial, muitas liberdades e direitos das minorias foram revogados, incluindo a proibição da língua italiana. Estima-se que hoje, apenas 40% dos italianos e seus descendentes na Romênia falam italiano.
A Comunidade Italiana na Romênia está localizada em Iasi. Outras menores pequenas estão espalhadas por toda a Romênia, com seus membros sempre contribuindo para o progresso  do país. Os trabalhadores italianos construíram obras impressionantes, desde estações ferroviárias até monumentos funerários para famílias nobres romenas.
Três elementos geográficos definem a posição da Romênia na Europa: a localização central, a presença do curso inferior do Danúbio e a abertura para o Mar Negro. As relações ítalo-romenas remontam à Idade Média, com a vinda de italianos para educar os filhos dos príncipes romenos. Durante o século XVIII, a emigração italiana desempenhou um papel crucial na reconstrução da Romênia, com italianos contribuindo para construções civis, industriais, monumentais e residenciais.
Antes da guerra, os italianos na Romênia enfrentaram desafios, renunciando à cidadania italiana e tendo seus sobrenomes romanizados. Após a guerra, a Comunidade Italiana da Romênia, fundada em 1990, busca preservar a identidade nacional italiana, com iniciativas culturais e publicações sobre a história dos italianos no país.
Atualmente, a Comunidade Italiana possui filiais em várias cidades romenas, reunindo descendentes de italianos em torno de sua herança comum. A história de uma presença antiga continua a moldar as relações ítalo-romenas, deixando um legado duradouro no desenvolvimento e na cultura do país.



quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Língua Italiana na Época da Emigração: Desafios e Evolução



Língua Italiana na Época da Emigração: Desafios e Evolução


Após algumas décadas da unificação italiana, o Estado se deparou com desafios decorrentes das limitações educacionais de seus habitantes: uma grande parte da população era analfabeta, contrastando com uma elite culta. O analfabetismo e o uso dos dialetos locais eram predominantes, dificultando a disseminação do italiano padrão. A falta de recursos e infraestrutura escolar também contribuía para essa situação. No entanto, progressos foram gradualmente alcançados por meio de reformas e esforços políticos para melhorar o acesso à educação, reduzindo o analfabetismo e promovendo o uso do italiano.
Ainda assim, no momento da unificação, apenas uma pequena parcela da população italiana conseguia falar e escrever em italiano, com a maioria utilizando os dialetos locais. A questão da unificação linguística tornou-se uma prioridade urgente, dada a necessidade de uma língua comum para facilitar a integração nacional.
No entanto, havia debates sobre qual forma de italiano deveria ser promovida como língua nacional. Enquanto alguns defendiam a adoção do toscano florentino, outros argumentavam que a língua nacional deveria surgir organicamente do uso cotidiano dos falantes, em vez de ser imposta por intelectuais.
A disseminação do italiano enfrentou obstáculos, incluindo deficiências na educação, resistência cultural e a prevalência de dialetos locais. A introdução de leis de educação obrigatória e o aumento das interações sociais, como o serviço militar obrigatório e o crescimento do comércio nacional, ajudaram a promover o uso do italiano.
Além disso, a influência da mídia de massa, como jornais, rádio, cinema e televisão, também desempenhou um papel importante na promoção do italiano em detrimento dos dialetos locais.
Apesar dos avanços, o processo de unificação linguística foi longo e desafiador, levando quase um século para ser concluído. Até hoje, há uma dualidade na Itália entre o italiano oficial e os dialetos regionais, refletindo a complexidade da identidade linguística italiana.
A emigração italiana desempenhou um papel significativo na disseminação do italiano, levando à conscientização sobre a importância da língua nacional entre os emigrantes e aqueles que permaneceram na Itália.
O processo de italianização dos emigrantes resultou em mudanças na língua falada por eles, com uma tendência à perda do italiano padrão e à adoção de características linguísticas do país de destino. No Rio Grande do Sul, os imigrantes italianos que aqui chegaram provenientes de diversas regiões e províncias falavam somente os seus dialetos locais.  A Itália ainda tinha poucos anos de existência e a língua oficial adotada no país, o dialeto toscano florentino, era ainda pouco difundido e poucos a conheciam. No começo os imigrantes italianos não se entendiam entre eles e para contornar este obstáculo linguístico, que também ocorria no seio das famílias, devido aos casamentos entre pessoas de diversas proveniências, foram forçados a criar uma nova língua, misturando um pouco de cada dialeto com um  extrato base formado pelo dialeto veneto, que correspondia aquele da província com o maior número de imigrantes. A essa nova língua, um pouco diferente do dialeto veneto antigo, enxertado com palavras portuguesas e regionalismo gaúcho, foi dado o nome de Talian. Ele se difundiu rapidamente pelas colônias italianas da Serra Gaúcha e da região central do estado e rapidamente, com as migrações internas, passou também para o estado de Santa Catarina. O Talian evoluiu e não é mais apenas um outro dialeto e sim uma verdadeira língua, com literatura própria, livros e  dicionários, poesias, canções e programas semanais de rádio transmitidos por centenas de emissoras nos três estado no sul do Brasil.
Em resumo, a situação linguística da Itália durante a grande emigração foi caracterizada por esforços para promover o italiano como língua nacional, mas enfrentou desafios devido à diversidade linguística interna e à influência de línguas estrangeiras nos países de destino dos emigrantes. Para entender melhor a evolução da língua italiana entre os emigrantes, é crucial considerar fatores como geração, região de emigração, contato com outras línguas e nível educacional. Essa análise revela diferenças na preservação da língua materna ao longo das gerações e nas comunidades de imigrantes.

Os primeiros emigrantes, em sua maioria camponeses analfabetos, mantinham o dialeto como língua principal, adaptando-se ao italiano conforme sua interação com a sociedade local. Já os segundos emigrantes, mais educados e urbanizados, rapidamente adotaram o italiano como segunda língua, embora continuassem a usar o dialeto em certas situações.

A transição para o italiano como língua principal foi acelerada pela necessidade de integração na sociedade de acolhimento e pela influência da mídia e da educação formal. No entanto, mesmo após a adoção do italiano, muitos emigrantes mantiveram um apego sentimental ao dialeto como parte de sua identidade cultural.

Em suma, a experiência dos emigrantes italianos reflete a complexidade do processo de assimilação linguística, influenciado por fatores sociais, culturais e educacionais. A evolução da língua italiana entre os emigrantes é um testemunho da sua adaptabilidade e da interação dinâmica entre identidade linguística e cultural.


quarta-feira, 17 de julho de 2024

Entre a Esperança e a Adversidade: A Saga dos Italianos Rumo à América



Durante o período de 1876 a 1920, aproximadamente 9 milhões de italianos deixaram sua pátria em busca de melhores condições de vida, impelidos pela pobreza e pela desesperança econômica. Essa migração em massa iniciou-se sob a égide da esperança, alimentando o sonho de uma terra distante que muitos retratavam como um paraíso na Terra: a América. Os destinos principais eram os Estados Unidos, Argentina e Brasil, onde muitos camponeses e artesãos viam na emigração a última chance de escapar da fome e da miséria.
Após a unificação italiana, a elite não apenas não reprimiu essa saída em massa, mas a viu como um alívio para as tensões sociais. Em 1888, foi promulgada a primeira lei oficial reconhecendo o direito de emigrar, o que facilitou o trabalho das agências que persuadiam os pobres a partir. A maioria das autoridades italiana entre os quais Sidney Sonnino, ministro liberal das Finanças e do Tesouro de 1893 a 1896, viam a emigração como uma "válvula de segurança para a paz social".
No entanto, o caminho rumo à América não era fácil. Os emigrantes enfrentavam tremendas dificuldades desde o recrutamento por agentes desonestos até as condições desumanas nos navios superlotados que cruzavam o Atlântico. Muitas vezes tratavam-se de embarcações de carga adaptadas, onde as condições higiênicas eram terríveis, com alta incidência de doenças como o cólera e uma mortalidade infantil alarmante.
Além das dificuldades físicas, os italianos enfrentaram desafios emocionais intensos ao se despedirem de suas terras natais. A nostalgia pela pátria era uma constante durante a travessia, evocada nas canções populares que lamentavam a distância crescente de suas cidades amadas.
Nos destinos finais como Argentina e Brasil, os recém-chegados eram recebidos em condições muitas vezes precárias, como o famoso "Hotel degli Immigrati" em Buenos Aires, onde eram alojados temporariamente em condições indignas.
Apesar dos perigos e das adversidades, a emigração italiana deixou uma marca indelével na história desses países receptores, contribuindo significativamente para seus desenvolvimentos econômicos e sociais.
Adicionalmente, a emigração italiana não foi apenas uma fuga das dificuldades, mas também um fenômeno complexo que moldou profundamente a identidade e a cultura desses países de destino. Os italianos trouxeram consigo não apenas habilidades laborais, como na agricultura e na construção civil, mas também valores familiares fortes e tradições culinárias que enriqueceram a vida cotidiana das comunidades onde se estabeleceram. A diáspora italiana não se limitou apenas aos centros urbanos; muitos italianos contribuíram para o desenvolvimento de áreas rurais, ajudando a transformar vastas extensões de terras em campos produtivos.
A experiência da emigração italiana também foi um catalisador para movimentos sociais e políticos tanto na Itália quanto nos países de destino. Movimentos anarquistas e sindicatos de trabalhadores formados por italianos no exterior desempenharam papéis importantes na luta por direitos trabalhistas e na defesa da justiça social. Essas comunidades transnacionais não apenas mantiveram laços estreitos com suas terras natais, mas também contribuíram para o desenvolvimento de uma consciência global entre os italianos e seus descendentes ao redor do mundo.


sexta-feira, 5 de julho de 2024

A Longa Viagem Transoceânica dos Emigrantes Italianos

 



Com base nas estatísticas sanitárias do Comissariado Geral da Emigração e nos relatórios anuais dos oficiais de marinha encarregados do serviço de emigração, relativos à morbidade e mortalidade dos emigrantes nas viagens de ida e volta para as Américas, é possível delinear um quadro da situação sanitária da emigração transoceânica italiana entre 1903 e 1925.

No início da grande emigração italiana, a partir de 1875, atingindo seu ápice entre o final do século XIX e o início do século XX, as condições oferecidas aos passageiros e a saúde a bordo dos vapores eram muito piores do que no período estudado. Os primeiros navios a vapor que transportavam emigrantes italianos eram antigos cargueiros, utilizados até então apenas para o transporte de mercadorias. Rapidamente, esses navios foram readaptados para o transporte de passageiros a fim de aproveitar o boom da emigração.

Nos grandes porões desses navios, foram apressadamente instaladas camas distribuídas em diversos salões, onde se acomodavam os passageiros, separados os homens e meninos maiores de 8 anos das mulheres e meninas. Esses vapores eram quase sempre muito lentos, alguns deles verdadeiras sucatas que já estavam prestes a serem aposentadas. No entanto, os armadores não queriam perder a oportunidade de lucrar com o grande fluxo de emigrantes.

As condições de higiene e saúde eram precárias. Em um ambiente fechado e com ventilação inadequada, a propagação de doenças era facilitada. Porões abaixo da linha da água, de pouca altura, mal ventilados e úmidos, que exalavam uma mistura de cheiros do mar, da fumaça do navio, dos animais a bordo com fortes odores corporais de centenas e centenas de passageiros sem banho adequado, confinados naqueles espaços  por até mais que um mês. Epidemias de cólera, diarréia, pneumonias, sarampo e até varíola eram comuns e frequentemente resultavam em mortes de passageiros a bordo. A alimentação era escassa e de baixa qualidade, consistindo principalmente de biscoitos duros, carne salgada e água muitas vezes imprópria para o consumo. A maioria dos passageiros sofria com o contínuo balanço do navio que provocava tonturas, enjoos, vômitos e falta de apetite. As mães que estavam amamentando perdiam o leite.  Além disso, o saneamento era praticamente inexistente, com instalações sanitárias rudimentares e insuficientes para o grande número de passageiros.

Como ainda não existia a possibilidade de conservação adequada dos alimentos a bordo durante os longos períodos de viagem, animais de corte eram levados vivos nos navios, mantidos em recintos específicos. Conforme a necessidade, durante a viagem esses animais iam sendo sacrificados para fornecer carne fresca aos passageiros. A promiscuidade e a falta de higiene eram comuns para a época, criando um ambiente propício para a eclosão de doenças durante o trajeto.

Os animais, mantidos em condições precárias e muitas vezes próximos aos alojamentos dos passageiros, contribuíam para a deterioração das condições sanitárias a bordo. A presença de fezes, urina e restos de alimentos nos compartimentos dos animais aumentava o risco de contaminação e propagação de patógenos. Além disso, a ausência de métodos adequados de descarte de resíduos e de limpeza frequente exacerbava os problemas de saúde.

A alimentação dos passageiros também era um desafio. A carne fresca obtida dos animais sacrificados era muitas vezes cozida em condições insalubres, com utensílios e água de qualidade duvidosa, o que contribuía para a ocorrência de intoxicações alimentares. Outros alimentos básicos, como pão, legumes e grãos, muitas vezes se deterioravam rapidamente devido ao armazenamento inadequado e à falta de ventilação nos porões.

Além das doenças decorrentes da alimentação e das condições de higiene, os passageiros enfrentavam o risco de doenças transmitidas por insetos e roedores que infestavam os navios. A falta de cuidados médicos a bordo e a superlotação dos alojamentos dificultavam a contenção de surtos, resultando em uma alta incidência de enfermidades como cólera, disenteria, febre tifoide e escorbuto.

A conjunção desses fatores fazia das viagens transoceânicas uma experiência extremamente penosa e arriscada para os emigrantes, que muitas vezes desembarcavam debilitados e em condições de saúde precárias. A necessidade de melhorar as condições sanitárias a bordo levou, ao longo dos anos, a uma série de reformas e regulamentações, buscando minimizar os riscos e proteger a saúde dos viajantes.

O sofrimento dos emigrantes não se limitava à viagem em si. Ao chegarem aos portos de destino, especialmente nos Estados Unidos, muitos enfrentavam longos períodos de quarentena em condições igualmente adversas, antes de serem liberados para seguir viagem. A desconfiança e o medo de serem rejeitados por doenças tornavam a situação ainda mais angustiante.

A precariedade das condições de viagem e a falta de assistência médica adequada durante as travessias contribuíram para um alto índice de mortalidade entre os emigrantes. Muitos que sobreviviam às duras jornadas chegavam debilitados e doentes, necessitando de cuidados imediatos para se recuperarem das adversidades enfrentadas no mar.

A desorganização dos serviços de saúde para a emigração, tanto em terra quanto no mar, conferia às tabelas estatísticas um caráter indicativo das dimensões do problema sanitário na experiência migratória em massa, mas dificultava o estudo de patologias específicas. Os dados estatísticos referem-se às doenças detectadas durante a viagem pelo médico de bordo ou pelo comissário viajante, excluindo um certo número de emigrantes que, por diversas razões, como desconfiança generalizada em relação ao poder médico ou medo de serem rejeitados por doença no país de destino ou internados em hospital ao regressar, não solicitavam assistência médica. Uma parte significativa do fluxo migratório escapava completamente de qualquer forma de controle sanitário, seja porque embarcavam e desembarcavam em portos estrangeiros, seja porque viajavam em navios sem serviço de saúde, ou porque se embarcavam de forma semiclandestina tolerada por muitas companhias de navegação.

Qualquer tentativa de estimar sistematicamente a "questão sanitária" da emigração transoceânica com base nas fontes oficiais do serviço de saúde para a emigração apresenta dados amplamente subestimados em relação às reais dimensões do problema de saúde e doença na viagem transoceânica. Apesar dos limites e da parcialidade da amostragem, as estatísticas sanitárias das viagens transoceânicas permanecem uma das poucas ferramentas disponíveis para iniciar uma série de reflexões que liguem o fenômeno da emigração transoceânica às condições socio sanitárias das classes subalternas entre os séculos XIX e XX.

A análise dos números fornecidos pelas estatísticas para o período de 1903 a 1925 revela a persistência de certas doenças ao longo do tempo, tanto nas viagens de ida quanto nas de volta das Américas. Embora não seja o objetivo desta pesquisa avaliar a relação entre o fluxo transoceânico e a disseminação de patologias de massa na Itália (pelagra, malária, tuberculose), devido à complexidade dos fatores que influenciam a escolha migratória em áreas do país com estruturas econômicas e sociais profundamente diversificadas, não se pode deixar de notar que, nas estatísticas de morbidade nas viagens transoceânicas, algumas dessas patologias estão significativamente presentes. É o caso da malária, que apresenta os índices mais altos nas viagens de ida para a América do Norte e do Sul, superada apenas pelo sarampo. Nas viagens para os países do hemisfério sul, também é relevante o número de casos de tracoma e sarna, enquanto no retorno a Itália predominam claramente o tracoma e a tuberculose, e, embora com índices mais baixos, a ancilostomíase, totalmente ausente nas estatísticas de ida. Nos retornos da América do norte, os números mais altos são de tuberculose pulmonar, alienações mentais e tracoma. Esta última patologia, embora não apresente números particularmente altos, é mais difundida do que nas viagens de ida.

As taxas de mortalidade e morbidade nas viagens transoceânicas, embora não alcancem níveis altíssimos, são, contudo, superiores nas viagens de ida e volta para a América do Sul, onde se dirigiam correntes migratórias com forte predominância de grupos familiares. O dado constante e elevado da morbidade nas viagens de retorno é particularmente significativo para os repatriados da América do Norte. O fluxo migratório para os Estados Unidos era composto predominantemente por pessoas em boas condições físicas e na faixa etária de maior eficiência física, seja por um processo de auto seleção da força de trabalho que escolhia emigrar, seja pelos rígidos controles sanitários impostos pelos Estados Unidos sobre a emigração europeia.




domingo, 19 de maio de 2024

Precursores da Grande Emigração




A Saga dos Vendedores Ambulantes Itinerantes na Itália

Partiam a pé, carregando nas costas uma grande caixa de madeira sustentada por duas alças de couro. Dentro dela, guardavam uma variedade de itens coloridos: imagens religiosas, baralhos de cartas, a imagens conhecidas também como cromo. Suas jornadas os levavam por caminhos longínquos, distanciando-se de casa por meses, até anos. Eles vendiam estampas coloridas de paisagens ou santos, produzidas pela renomada impressora Remondini de Bassano del Grappa, que alcançavam os cantos mais remotos do país: uma editora de destaque naquela época, dominando o setor mundialmente. O habitantes da zona em torno a Bassano del Grappa, encontrava nesse trabalho uma forma de amenizar a extrema pobreza em que viviam. Partiam de Asiago, da Valstagna, de Fastro, de Crespano, de Possagno e tantas outras. Deixavam as suas pobres casas e ganhavam a Europa.

A profissão de vendedor ambulante era bastante comum na região do Bassanese, entre os séculos 17 e 18. Destacava-se quem comercializava as estampas de Remondini de casa em casa, pelas vilas e cidades na Península e no vasto Império Austríaco, onde eram conhecidos como cromer (Krommer), na França, Suíça, Inglaterra, Dinamarca, Alemanha, Polônia, até mesmo em São Petersburgo e além. Esses "viajantes comerciais" foram pioneiros que deram lugar para as futuras ondas de emigrantes que se seguiram, passando a seguir, pelas "rondine", uma forma de migração sazonal, que aproveitava a diminuição do trabalho nos campos, deslocamento dentro da própria Europa, que antecedeu a emigração definitiva. Eles anteciparam, em cerca de cem anos, o gigantesco êxodo que levaria milhões de italianos ao Novo Mundo nos séculos seguintes.

Algumas décadas se passaram e os vendedores das populares estampas transformaram-se em vendedores de cerâmica, vidro e cristal, conhecidos como "maiolini". Carregando consigo as caixas nas costas, amarradas por cintos de couro, eles percorriam a pé, vendendo seus produtos de porta em porta, passando por vilas e cidades, oferecendo taças, garrafas, jarros e cristais. Eram numerosos também os "maiolini" na primeira metade do século 18, principalmente nas regiões montanhosas e nos vales. Experimentaram um período de sorte que logo se dissipou. O trabalho árduo e arriscado os mantinha longe de casa, levando uma vida errante. Alguns nunca mais retornaram; outros, saqueados por bandidos, foram forçados a desistir. Mas muitos, ao final, estabeleceram-se onde chegaram, montando suas próprias lojas. Ainda hoje há alguns (na Lombardia, no Veneto, na Emília, no Tirol...) que revivem os tempos da emigração a pé, com a caixa nas costas.

Em poucos anos, começaram a surgir os primeiros sinais de transformação profunda no velho continente. A Europa estava em expansão: construíam-se estradas, galerias, pontes, e uma impressionante rede ferroviária. Para realizar essas grandes obras públicas, centenas de milhares de trabalhadores migravam de um país para outro. Foi nesse contexto de movimentos a pé, de migração temporária que a emigração italiana deu seus primeiros passos e se consolidou.






sexta-feira, 3 de maio de 2024

A Saga dos Irmãos Spulmino na América: Das Colinas de Salerno à New York




Vittorio Spulmino viu a luz do mundo em 1883, na pequena aldeia de Montecorvino Rovella, pertencente ao comune de Salerno, na Itália. Originário de uma família de camponeses, aos dezesseis anos, ele tomou a decisão de seguir os passos de um tio, tornando-se um emigrante sazonal na França.
Devido à extrema simplicidade de sua família, Vittorio enviava regularmente uma parte de seus ganhos na França para auxiliar seus pais. Essa rotina anual envolvia os verões e outonos dedicados ao cultivo de tomates, limões e à administração de um vinhedo nas encostas ensolaradas banhadas pelo Mar Tirreno, proveniente do Golfo. Ele participava ativamente da colheita e prensagem da uva para a produção de vinho para o uso familiar. Nos invernos e primaveras, residia na França, esforçando-se arduamente para enviar recursos financeiros de volta para sua casa.
Aos 22 anos, Vittorio deu um passo corajoso motivado pelas cartas de dois amigos da aldeia, Luigi e Marco, já nos Estados Unidos, encorajando-o a buscar melhores oportunidades de emprego lá.
Vittorio não partiu sozinho; ele foi acompanhado pelo irmão Francesco e duas jovens amigas destemidas. Uma delas, Isabella, ansiava reunir-se com seu amado já estabelecido na América, enquanto a outra, Sofia, buscava na emigração uma vida melhor.
Os quatro viajaram a pé até Marselha, de onde embarcaram rumo ao porto de Nova York, nos Estados Unidos. A jornada consumiu todas as economias de Vittorio e Francesco, mas a determinação de começar uma nova vida os impulsionou.
Chegaram finalmente a grande cidade de New York em janeiro de 1907, após uma viagem tumultuada. Vittorio possuía apenas 50 dólares no bolso, mas conseguiu passar por Ellis Island sem contratempos.
Após alguns dias na metrópole americana, Vittorio e Francesco prosseguiram rumo ao oeste do país, em direção a São Francisco, na Califórnia. Lá, Vittorio encontrou trabalho na construção de uma represa, escapando por pouco de um acidente grave que vitimou um de seus colegas italianos.
Posteriormente, Vittorio mudou-se para trabalhar em uma mina de carvão, onde o trabalho era extenuante. Ele costumava dizer que "trabalhava como um mouro e xingava como um marinheiro". Sua próxima oportunidade foi na construção de ferrovias, onde apreciou a mudança para o trabalho ao ar livre.
À medida que a Grande Guerra se aproximava, Vittorio começou a sentir saudades de sua terra natal e de sua namorada, Carmela, que, por problemas familiares, não pode se juntar a ele na América, como tinham combinado. Decidiu retornar à Itália com suas economias, planejando casar-se e, posteriormente, regressar aos Estados Unidos. Por sua vez seu irmão Francesco, que naquele período estava bem empregado e com uma namorada, não quiz retornar à Itália. 
Vittorio Spulmino voltou à sua aldeia natal, em  Montecorvino Rovella, onde passou alguns anos trabalhando novamente como agricultor, durante todo período da guerra. Casou-se com Carmela, e no ano seguinte já era pai de um belo menino, Domenico. A ideia de retornar para a América persistia em seus pensamentos. De tanto ouvir Vittorio falar em casa, até sua esposa Carmela estava ansiosa para conhecer e tentar a vida no grande país.
No entanto, a propriedade rural da família era pequena demais para suprir as necessidades crescentes, e o período pós-guerra na Itália estava tumultuado, tornando difícil encontrar outro tipo de trabalho na região. A oportunidade de mudança surgiu quando Francesco, irmão de Vittorio, que permanecera nos Estados Unidos, casou-se com Rosália, filha de um próspero comerciante ítalo-americano de origem siciliana. A guerra transformou-o em um magnata, fornecendo mantimentos para o exército americano. A abastada família siciliana tinha apenas filhas e a primogênita, Rosália era agora esposa de Francesco. Com a expansão dos negócios, havia a necessidade de funcionários confiáveis, levando-o a integrar o genro na empresa. A sagacidade e habilidades comerciais d Francesco logo cativaram o sogro, resultando na nomeação dele como gerente da agora próspera corporação. Com a estabilidade financeira assegurada, Francesco pôde enviar recursos para que seu irmão adquirisse as passagens para a família.
Portanto, em 1923, Vittorio, sua esposa Carmela e o pequeno Domenico embarcaram na jornada que os conduziria à América, alcançando Long Island, Nova York, após quase duas semanas de viagem. Francesco estava à espera, prontamente recebendo-os e auxiliando na busca por moradia. Com o decorrer do tempo, eles se aclimataram ao novo país, e Vittorio assegurou emprego na empresa ainda liderada pelo sogro de Francesco.




sexta-feira, 26 de abril de 2024

Maiolini: Os Precursores da Grande Emigração


Eles saíam de casa ao nascer do sol e caminhavam a pé pelas estreitas estradas. Nas costas, carregavam uma caixa sustentada por duas alças de couro. Dentro, guardavam gravuras coloridas: imagens sacras, estampas de paisagens e cartas de baralho. Seguiam rotas intermináveis, ficando fora de casa por longos meses e até anos. Eram os vendedores de imagens que a famosa oficina de impressão Remondini, de Bassano del Grappa, conseguia enviar aos lugares mais distantes: uma proeza editorial extraordinária para aquela época, a mais importante do mundo no ramo.
O ofício de vendedor ambulante era comum na região de Bassano, entre os séculos XVIII e XIX. Milhares de pessoas vendiam as gravuras da Remondini de porta em porta, por vales e cidades, de toda a península e ainda no vasto império austríaco, na França, Suíça, Inglaterra, Dinamarca, Alemanha, Polônia, chegavam até na Rússia, em São Petersburgo e muitas vezes até além. Esses pequenos vendedores ambulantes, já um século antes, foram os que abriram caminho para as futuras ondas de emigrantes do final do século XIX e início do XX, quando milhões de italianos se dirigiram para as terras do além mar, o Novo Mundo.
Algum anos depois aqueles vendedores de estampas e gravuras, que viajavam a pé e vendiam de casa em casa, se transformaram em vendedores de artigos de ceramica, cristal e vidro como copos, garrafas, jarros e vários tipos de artigos de cristal. Ainda continuavam levando as suas mercadorias nas costas, acondicionadas em caixas sustentadas por duas tiras de couro ou em cesto de vime. Agora eram conhecidos por maiolini
Eles também foram numerosos na primeira metade do século XIX, nas áreas montanhosas e nos vales. Tiveram um sucesso passageiro que não durou muito, para eles era um trabalho árduo e arriscado, uma vida errante longe de casa.
Alguns nunca mais voltaram; outros, vítimas de roubos, acabaram desistindo. Mas muitos, no final das contas, pararam onde haviam chegado e abriram uma loja.
Em poucos anos, os primeiros sinais de transformações profundas apareceriam no velho continente. A Europa estava crescendo: construíam-se estradas, túneis, pontes, uma rede ferroviária extraordinária. Para realizar essas grandes obras públicas, centenas de milhares de trabalhadores se deslocaram de um país para outro.
É nesse contexto de movimentos que a emigração italiana dá seus primeiros passos e se consolida. As populações da área de Bassano encontrariam nesses trabalhos uma alternativa à sua extrema pobreza. Partiram de Asiago, de Valstagna, de Fastro, de Crespano, de Pedeobba, de Possagno e outros lugares deixando suas pobres moradas e, pela primeira vez, encontrariam a Europa.
Emigrar se tornaria muito em breve uma profissão. Seria essa profissão que os ajudaria a crescer, a conhecer o mundo. Sua pátria não seria mais apenas a Itália, mas a Europa. Seria o mundo.
Tudo teve início há mais de duzentos anos, com uma caixa nas costas e longas caminhadas, longe de casa. A emigração dos maiolini começou depois da abertura de algumas fábricas de vidro na Val di Genova e na Valsugana: pequenos agricultores e lenhadores abandonaram o antigo ofício para se tornarem vendedores ambulantes.
Muitos escolheram esse trabalho, mas poucos foram aqueles que realmente tiraram proveito da atividade; na volta, as economias tão duramente conquistadas,  frequentemente acabavam nos bares. Mais tarde, uma após a outra, as fábricas de objetos de vidro foram fechando e os maiolini voltaram a ser agricultores e lenhadores.
Foi quando a vida se tornou insuportável, restou àquelas populações apenas a emigração. Porque naquelas terras não havia quase nada. O que restou foi a emigração  que oferecia trabalho a todos. 

domingo, 7 de janeiro de 2024

Registro de Passageiros Italianos Navio Caffaro - Porto de Santos 1891




VAPOR CAFFARO

RELAÇÃO DE PASSAGEIROS ITALIANOS 

Embarque em Gênova  07 Setembro 1891 

Chegada em Santos 05 Outubro 1891



FAMÍLIA
NOME
IDADE
PARENTESCO
OBS.
ALBERTIAngelo47 anosPai-
Virgilio13 anosFilho-
ALBRICIFrancesco34 anosEsposo-
Emilia29 anosEsposa-
Angelina01 anoFilha-
ALGERIGiuseppe44 anosEsposo-
Giovanna33 anosEsposa-
Luigi14 anosFilho-
Rosina12 anosFilha-
Angelina10 anosFilha-
Marietta08 anosFilha-
Antonia05 anosFilha-
ANDREOLIGaetano46 anosSozinho-
ANDRESGarcia37 anosEsposo-
Antonia25 anosEsposa-
Mario07 anosFilho-
Antonio03 anosFilho-
ANDRETTAAlberto24 anosSozinho-
ARCANGIOLETTIGiuseppe22 anosSozinho-
ARENAAntonio Francesco26 anosEsposo-
Felicia22 anosEsposa-
ARGENTONLuigi-Esposo-
Pasqua-Esposa-
Palmira-Filha-
ATTRIATICarlo34 anosEsposo-
Maria34 anosEsposa-
Catarina09 anosFilha-
Luigi04 anosFilho-
Laura03 anosFilha-
Batta01 anoFilha-
AVALLIEttore24 anosSozinho-
BABELLIFerdinando56 anosSozinho-
BOCCARDOGiovanni Battista26 anosSozinho-
BACCIAntonio29 anosSozinho-
BALDINISaturno26 anosSozinho-
BALESTRIN(?)23 anosSozinho-
BALINILuigi29 anosEsposo-
Carola28 anosEsposa-
Natale1 anoFilho-
BANZATOAntonio36 anosEsposo-
BARATTATeresa20 anosSozinha-
BARATTALuigi30 anosSozinho-
BARBIERIGiovanna27 anosMãe-
Amedia02 anosFilha-
REBECCHILuigia38 anosAgregada-


BABELLIFerdinando56 anosSozinho-
BOCCARDOGiovanni Battista26 anosSozinho-
BACCIAntonio29 anosSozinho-
BALDINISaturno26 anosSozinho-
BALESTRIN(?)23 anosSozinho-
BALINILuigi29 anosEsposo-
Carola28 anosEsposa-
Natale01 anoFilho-
BANZATOAntonio36Esposo-
Elisa32Esposa-
Stella12Filha-
Annita07Filha-
Tullio05Filho-
Amelia19Irmã-
BARATTATeresa20 anosSozinho-
BARATTALuigi30 anosSozinha-
BARBIERIGiovanna27 anosMãe-
Amelia02 anosFilha-
REBECCHILuigia38 anosAgregada-
BARBIERIGiovanni41 anosEsposo-
Lucia31 anosEsposa-
Silvio12 anosFilho-
Silvia09 anosFilha-
Ettore07 anosFilho-
Albina04 anosFilha-
Luigi03 anosFilho-
BARBIERILodovico19 anosSozinho-
BARBINGiovanni Battista27 anosEsposo-
Giuseppina26 anosEsposa-
BARINGiuseppe69 anosEsposo-
Giuditta66 anosEsposa-
Teresa39 anosFilha-
Giovanni28 anosFilho-
Giustina27 anosNora-
Breni07 anosNeto-
Margarida04 anosNeta-
Antonio02 anosNeto-
BARONEAdelelmo20 anosSozinho-
BARONELuigi29 anosSozinho-
BARTHOLOMEUAntonio34 anosSozinho-
BARTOLOMEIMario37 anosPai-
Fiovavante15 anosFilho-
BATTISTELLALuigi33 anosEsposo-
Pia25 anosesposa-
Maria04 anosFilha-
BELLALuigi35 anosSozinho-
BELLEVittorio30 anosSozinho-
BELLONIGaetano26 anosSozinho-
BELLOTTIEttore24 anosSozinho-
BEMVICINILuigi29 anosSozinho-
BENATTIBernardo41 anosEsposo-
Giuliana30 anosEsposa-
Ettore08 anosFilho-
Diodina (?)07 anosFilha-
Cesira04 anosFilha-
Adele02 anosFilha-
BENATTIAdeleno25 anosSozinho-
BENETTIVittorio20 anosEsposoJABOTICABAL
Maria20 anosEsposa-
BERGAMASCHIAngelo57Esposo-
Catarina52Esposa-
Luigi32Filho-
Giovanni16Filho-
Teresa14Filha-
Pasqua12Filha-
Angelina03Filha-
Pierina28Cunhada (?)-
BERNAROLIFrancesco50 anosPai-
Cesare15 anosFilho-
BERRATINOGustavo21 anosEsposo-
Luisa26 anosEsposa-
FAMÍLIA
NOME
IDADE
PARENTESCO
OBS.
BERSINIAntonio27 anosEsposo-
Fiora24 anosEsposa-
Francesca02 anosFilha-
BERTELLEGiovanni21 anosSozinho-
BERTESSOCarlo27 anosEsposo-
Antonia26 anosEsposa-
Fortunata01 anoFilha-
BERTIERIEnrico26 anosSozinho-
BERTINPietro33 anosPai-
Carlotta29 anosIrmã-
Antonia62 anosMãe-
BERTINCeleste31 anosSozinho-
BERTOLASOGiuseppe44 anosEsposo-
Giovanna37 anosEsposa-
Domenica05 anosFilha-
Edvige03 anosFilha-
BERTOLIAntonio42 anosEsposo-
Luigia37 anosEsposa-
BERTONIGiaccomo28 anosSozinho-
BERTONIGaetano31 anosSozinho-
BESSUTTIFrancesco24 anosSozinho-
BIAGGIERILuigi31 anosEsposo-
Maria26 anosEsposa-
Alfonso03 anosFilho-
Angelo01 anosFilho-
BIANCHIPiero45 anosEsposo-
Angela35 anosEsposa-
Delfino02 anosFilho-
BIANCHIPietro23 anosSozinho-
BIANCHIBartolo35 anosSozinho-
BIANCHINIAlberto26 anosEsposo-
Maria24 anosEsposa-
Rosina03 anosFilha-
Giovanni70 anosPai-
BIANCHINIPietro29 anosEsposo-
Palma29 anosEsposa-
Cesira03 anosFilha-
Antonio01 anoFilho-
BIANCOCelestino26 anosSozinho-
BICELLIPanezazio (?)21 anosSozinho-
BISCHEROMichele55 anosEsposo-
Luigia46 anosEsposa-
Giuseppe19 anosFilho-
Silvia17 anosFilha-
Pietro34 anosEsposo-
Maria27 anosEsposa-
BOARAPolesine40 anosSozinho-
BOINIDomenico31 anosEsposo-
Giuseppe30 anosEsposa-
Margarida06 anosFilha-
Ettore04 anosFilho-
BOLDRINGiovanni Battista30 anosEsposo-
Maria24 anosEsposa-
BONACCORSIGideone44 anosSozinho-
BONATTIPaolo30 anosSozinho-
BONFIGLIOConstantino36 anosSozinho-
BORDINPietro46 anosEsposo-
Maria46 anosEsposa-
BORGHILuca22 anosSozinho-
BORINLodovico51 anosEsposo-
Pierina43 anosEsposa-
Giovanni20 anosFilho-
Santa17 anosFilha-
Guerina15 anosFilha-
Giuseppe13 anosFilho-
Maria11 anosFilha-

BORTOLOTTILuigi40 anosEsposo-
Brigida34 anosEsposa-
Maria12 anosFilha-
Antonia07 anosFilha-
Letizia03 anosFilha-
Teresa66 anosMãe-
BORTOLOTTOGiuseppe47 anosPai-
Giuseppe12 anosFilho-
BOTERGiovanni26 anosEsposo-
Antonia29 anosEsposa-
Giuseppe03 anosFilho-
BOTTAGISIOCarlo 42 anosEsposo-
Emelina40 anosEsposa-
Adelaide16 anosFilha-
Luigi14 anosFilho-
Marietta03 anosFilha-
BOTTARIAntonio21 anosSozinho-
BOTTOGISOBatta24 anosSozinho-
BOTTOLOAngelo55Esposo-
Regina44Esposa-
Maria30Cunhada-
Catarina18Filha-
Pasquale16Filho-
Sante14Filho-
Luigi12Filho-
Augusta10Filha-
Agostino08Filho-
BOTTUROAgostino40 anosSozinho-
BRAIDOAngelo44 anosEsposo-
Luigia40 anosEsposa-
Antonio10 anosFilho-
Teresa09 anosFilha-
BRAMBIM
(BROMBIM ?)
Anna33 anosMãe-
Adele09 anosFilha-
Giovanni07 anosFilho-
BRANDOLESEVittorio25 anosFilho-
Angela60 anosMãe-
BRENAGiuseppe39 anosEsposo-
Angela35 anosEsposa-
Batta13 anosFilho-
Pietro09 anosFilho-
Giovanni07 anosFilho-
Luigi03 anosFilho-
BRIGOMario27 anosSozinho-
BROLISAngelo52 anosEsposo-
Teresa30 anosEsposa-
Rosa12 anosFilha-
Catarina09 anosFilha-
Ernesta04 anosFilha-
BRONZATOPaolo37 anosEsposo-
Teresa30 anosEsposa-
Giovanni03 anosFilho-
BRUGINEnrico30 anosSozinho-
BRUNIGiaccomo23 anosSozinho-
BULGARELLOGiuseppe31 anosEsposo-
Tralia (?)27 anosEsposa-
Maria05 anosFilha-
Carmela03 anosFilha-
Perrine01anoFilho-
BUSELLIAgostino29 anosSozinho-
BUSETTOGiuseppe42EsposoAMPARO
Maria41Esposa-
Narciso17Filho-
Catarina14Filha-
Pompeo12Filho-
Pietro07Filho-
Silvio(a? )02Filho-
BUSSINAROAntonio31 anosSozinho-
CACCIATIAugusto30 anosSozinho-
CAGNOTOAngelo35 anosEsposo-
Luigia28 anosEsposa-
Virginia08 anosFilha-
Ettore04 anosFilho-
Domenica65 anosMàe-
CALDAROGiuseppe38 anosEsposo-
Maria34 anosEsposa-
CALIMANGiaccomo28 anosEsposoITATIBA
Filomena25 anosEsposa-
Giovanni04 anosFilho-
Maddalena01 anoFilha-
CALSALuigi45 anosEsposo-
Giustina38 anosEsposa-
Lorenza16 anosFilha-
Anna09 anosFilha-
CAMERANFrancesco27 anosEsposo-
Maria27 anosEsposa-
Italia06 anosFilha-
Fortunato04 anosFilho-
CAMILLOTTIEmilio32 anosEsposo-
Augusta25 anosEsposa-
Maria 04 anosFilha-
Fides (?)02 anosFilha-
Stella01 anoFilha-
CAMPAGNOLOGiaccomo37 anosEsposo-
Vicentina33 anosEsposa-
Linda09 anosFilha-
Marcela07 anosFilha -
Domenico06 anosFilho-
CAOBELLIMichele42 anosSozinho-
CAPPELLETTISante31 (37?)Esposo-
Angela39 anosEsposa-
Angelo03 anosFilho-
Maria01 anosFilha-
CAPUSSIGiovanni31 anosSozinho-
CARESIAGiovanni27 anosChefe-
Cesira12 anosIrmã-
CARLOTTOAntonio36Esposo-
Lodovica31Esposa-
Giuseppina09Filha-
Erminia07Filha-
Giuseppe06Filho-
Ortencia04Filha-
Pietro02Filho-
CARN (?)Riccardo18Sozinho-
CAROFALOAntonio32Esposo-
Erminia26Esposa-
Maria09Filha-
Concetta05Filha-
Abramo03Filho-
Rosa01Filha-
Teresa72Mãe-
CARPEGIANIGiulio22Sozinho-
CARRARAAntonio26Sozinho-
CARROCHERLuigi50Esposo-
Santa44Esposa-
Angelo21Filho-
CARUFFIGiovanni22Sozinho-
CASINIAngelo30Esposo-
Maria30Esposa-
Adele04Filha-
Ernesto01Filho-
CASSELLICamilo21Sozinho-
CATALANAErmano23Sozinho-
CATTANIDomenico26Sozinho-
CAVEZZOLILorenzo22Sozinho-
CELLIEgisto18Sozinho-
CELLINI (?)Filippo17Sozinho-
CERESETTIPietro41(?)-
Maria21(?)-
Elgida04(?)-
Luigia18Sobrinha-
CERIBELLIAntonio53Esposo-
Angela49Esposa-
Giaccomo26Filho-
Alessandro21Filho-
Massimo19Filho-
Giuseppina17Filha-
Maria14Filha-
Francesca02Filha-
Cecilia06Filha-
CHIEBAOAntonio31Esposo-
Filomena24Esposa-
CHIERICATOStefano21Sozinho-
CHIERIGATODomenico27Sozinho-
CHIESCHIAFelice29Sozinho- 

CHINAGLIAMichelangelo21Sozinho-
CHINELLATOPaolo30Sozinho-
CIBINELGiuseppe38Esposo-
Teresa39Esposa-
Angelo07Filho-
CICCHEROGiovanni Battista28Sozinho-
CIDELLOClodovico48EsposoPEDREIRA
Margarida44Esposa-
Ettore16Filho-
Angelo09Filho-
Anunziata79Mãe-
COMASINIRocco38Esposo-
Barbera26Esposa-
Giovanni02Filho-
Luigi02Filho-
Marianna01Filha-
CESARIOreste24Agregado-
CONFORTINRiccardo22Sozinho-
CONTIEmiddio29Esposo-
Maria32Esposa-
Giulia03Filha-
Pacifica02Filha-
CONTIAbile62Sozinho-
COSCIASSOLuigi27Esposo-
Vittoria24Esposa-
Riccardo01Filho-
COSTANTEAntonio60Esposo
Elisabetta50Esposa-
Giovanni Bat.19Filho-
Regina17Filha-
COSTIPietro20Sozinho-
CRACCOMichelangelo26Esposo-
Rosa24Esposa-
Giuseppina04Filha-
CREMONESIAurelia20Irmã-
Ermelinda18Irmã-
Giovanni Battista17Irmão-
CULINELLIDomenico29Sozinho-

DAL BELLOSante28 anosSozinho-
DAL COSOFidenzia49 anosMãe-
Amalia17 anosFilha-
DALL'ARMIDeodato31 anosSozinho-
DALLA REIGiovanni23 anos Sozinho-
DALLE PIAGGEOdevardo20 anosSozinho-
DANIELGiuseppe26 anosSozinho-
DE BIANCOGerminiano34 anosSozinho-
DE MARCHILuigi21 anosSozinho-
DE NARDOAlessandro40 anosSozinho-
DE NARDOErmenegildo24 anosSozinho-
DELLA LATTARaffaele21 anosSozinho-
DELLA MORASerafino37 anosSozinho
DEPOLIEmilio23 anosSozinho-
DINLuigi28 anosSozinho-
DOGANELLOGiovanni Battista23 anosSozinho-
DOMENIGHUTTI
(DOMENIGLUTTI?)
Desiderio37 anosEsposo-
Teresa37 anosEsposa-
Armano11 anosFilho-
Alice07 anosFilha-
Guerina06 anosFilha-
Maria03 anosFilha
DONAZZIArchimede23 anosSozinho-
DOTESIDante21 anosSozinho-
-
EBBIANIEurico23 anosSozinho-
EVANGELISTAAlberto38 anosEsposo-
Francesca41 anosEsposa
-
FACCINSante45 anosEsposo-
Teresa39 anosEsposa-
Marcelina12 anosFilha-
Beppe06 anosFilho-
Amadeo04 anosFilho-
FACCINGiovanni Battista49 anosEsposo-
Luigia45 anosEsposa-
Giuseppe14 anosFilho-
Paolo12 anosFilho-
Giaccomo10 anosFilho-
Rodolfo06 anosFilho-
FACCIOLORiccardo20 anos Sozinho-
FANTONIAuspicio25 anosEsposo-
Emilia29 anosEsposa-
FAVAAntonio39 anosEsposo-
Elisabeta31 anosEsposa-
Lorenzo10 anosFilho-
Giovanni07 anosFilho-
Teresa04 anosFilha-
FAVEROGiovanni29 anosSozinho-
FAVETTAGiaccomo19 anosSozinho-
FERMOAntonio23 anosSozinho-
FERRARESEAntonio32 anosSozinho-
FERRARETTOEugenio38 anosEsposo-
Maria32 anosEsposa-
Giuseppina09 anosFilha-
Marietta07 anosFilha-
Luigi04 anosFilho-
Sante02 anosFilho-
FERRARIGiuseppe25 anosEsposo-
Marina28 anosEsposa-
FERRARIMassimiliano21 anosSozinho-
FERRARINAmedeo23 anosSozinho-
FERRATOFilomena35 anosMãe-
Napoleone08 anosFilho-
Vittoria04 anosFilha-
Chiara1 ano e
07 meses
Filha-
FERRIMedonte22 anosSozinho-
FERRONBenedetto48 anosEsposo-
Maria38 anosEsposa-
Luigi15 anosFilho-
Genoveffa14 anosFilha-
Cipriano07 anosFilho-
Guglielmina03 anosFilha-
FILLIPPETTIFiore29 anosSozinho-
FILIPPIPietro26 anosSozinho-
FINICesare28 anosEsposo-
Giolia20 anosEsposa-
Adele10 anosFilha-
Argia06 anosFilha-
Enrica04 anosFilha-
Maria61 anosMãe-
FIORENTINMariano33 anosSozinho-
FIORINOGiovanni49 anosEsposo-
Maria42 anosEsposa-
Pietro22 anosFilho-
Angela16 anosFilha-
Francesco14 anosFilho-
Giuseppe10 anosFilho-
FIRMAAngelo(?)Sozinho-
FIRMOGiuseppe17 anosSozinho-
FOLLONIArnaldo27 anosSozinho-
FOLLONILuigi24 anosSozinho-
FORNASARIPietro22 anosEsposo-
Dionisa18 anosEsposa-
Enrica24 anosCunhada-
 
FAMÍLIA
NOME
IDADE
PARENTESCO
OBS.
FORTUNATOPietro41 anosEsposo-
Fiorenza33 anosEsposa-
Giovanna 11 anosFilha-
Maria08 anosFilho-
Rosalia07 anosFilho-
FRANCESCATO  Angelo22 anosSozinho-
FRANCESCONILiberato39 anosSozinho-
FRANCHINIGiovanni33 anosEsposo-
Marianna30 anosEsposa-
Luigi07 anosFilho-
Riccardo03 anosFilho-
Pietro28 anosIrmão-
Giovanna26 anosCunhado-
Giuseppe07 anosSobrinho-
Fortunato02 anosSobrinho-
Antonia67 anosMãe-
FRANZOCEDionisio23 anosSozinho-
FREOLAAntonio63 anosEsposo-
Domenica56 anosEsposa-
Maria26 anosFilha-
Teresina19 anosFilha-
FRIGERIOGiuseppe27 anosSozinho-
FRIGONIVittorio29 anosEsposo-
Laura22 anosEsposa

.
GALDIOLOOliva22 anosSozinha-
GALIMBERTOLeopoldo43 anosSozinho-
GANDOLFIAristide21 anosesposo-
Isabetta20 anosEsposa-
GARDINGiaccomo40 anosEsposo-
Regina34 anosEsposa-
Anna09 anosFilha-
Giovanni07 anosFilho-
Agostino05 anosFilho-
Pietro03 anosFilho-
Regina01 anoFilha-
GARNIEROFederico20 anosSozinho-
GASPARINOBasilio45 anosEsposo-
Maria 48 anosEsposa-
Annibale17 anosFilho-
GAVASSOAngelo24 anosSozinho-
GAZZIEROAntonio28 anosEsposo-
Luigia25 anosEsposa-
Alberto02 anosFilho-
Maddalena64 anosMãe-
Luigi21 anosIrmão-
GENESINIGiuseppe26 anosSozinho-
GHESTALonis19 anosSozinho-
GHIDONIBonfiglio39 anosChefe-
Giovanni29 anosIrmão-
Anna21 anosCunhada-
Adelelmo(?)02 anosSobrinho-
Augusto02 anosSobrinho-
Lorenzo34 anosIrmão-
Albina29 anosCunhada-
Alberto01 anoSobrinho-
Antonio65 anosPai-
Caterina64 anosMãe-
GIACOMINIMichele33 anosEsposo-
Giovanna26 anosesposa-
Maria04 anosFilha-
GIAVASSOGiuseppe47 anosSozinho-
GONDOLIIgnascio34 anosSozinho-
GOZZETTIFrancesco56 anosPai-
Giulia29 anosFilho-
Giovanni19 anosFilho-
GREGNANINSante49 anosEsposo-
Antonia47 anosEsposa-
GRISCENTIQuintilla31 anosSozinha-
GUAMELLIPietro30 anosSozinha-
GUARIENTOGiovanni36 anosPai-
Tercia12 anosFilha-
GUIDICILuigi20 anosSozinho-
GUZZARDIGuerino21 anosSozinho-
GUZZONAntonio32 anosEsposo-
Rosa30 anosEsposa-
Napoleone08 anosFilho-
Olivia05 anosFilha-
Regina02 anosFilha-
-
IMPERATOREPietro26 anosEsposo-
teresa28 anosEsposa-
Angelo05 anosFilho-
INGLESEGiuseppe36 anosSozinho-
-
JACINEAntonio44 anosEsposo-
Francesca40 anosEsposa-
Giuseppina18 anosFilha-
Giovanni16 anosFilho-
Ametta13 anosFilha-
-
LANDUCCIAlfredo36 anosSozinho-
LAVAGNINIAnselmo33 anosEsposo-
Virginia31 anosEsposa-
Giustina08 anosFilha-
Oreste07 anosFilho-
Maria04 anosFilha-
LAZZAROTOLuigi41 anosEsposo-
Santa33 anosEsposa-
Egildo10 anosFilho-
Beppe07 anosFilho-
Santo04 anosFilho-
Elisa02 anosFilha-
Valentino38 anosIrmão-
LEGAGiuseppe25 anosSozinho-
LEVORATOAntonio20 anosSozinho-
LONGOGiuseppina(?)40 anos(?)-
Caterina41 anosEsposa-
Angelo13 anosFilho-
Elisabetta07 anosFilha-
LOVATOAndrea61 anosEsposoARARAS
Luigia66 anosEsposa-
Pietro29 anosFilho-
Pierina22 anosNora-
Marina01 anoNeta-
LOVOCarlo17 anosSozinho-
LUCCHESIBasilio24 anosEsposo-
Amuntina(?)21 anosEsposa-
LUCENAFrancesco C.37 anosSozinha-
LUGANAEmilio46 anosSozinho-
LUIGISante26 anosSozinho-

MAESTRIAntonio40 anosEsposo-
Alessandra40 anosEsposa-
Agata17 anosFilha-
Elisabetta15 anosFilha-
Lucia13 anosFilha-
Antonio08 anosFilho-
Giuseppe06 anosFilho-
Stefano04 anosFilho-
Batta02 anosFilho-
Maria01 anoFilha-
MAGALIAntonio27 anosSozinho-
MAGATONGiuliano26 anosSozinho-
MAGATONPietro29 anosSozinho-
MAGATONGiovanni21 anosSozinho-
MAGNANILeopoldo26 anosSozinho-
MAGNANINIVittorio23 anosSozinho-
MAGNOBOSCOGiovanni20 anosSozinho-
MAGONGiuseppe21 anosSozinho-
MAIONCHIMichele19 anosSozinho-
MANACHINILuigi37 anosSozinho-
MANFRINATOPietro63 anosEsposo-
Bonotella48 anosEsposa-
Giovanni25 anosFilho-
Maria22 anosFilha-
Mafrina17 anosFilha-
Angelo09 anosFilho-
Antonio06 anosFilho-
MANTOVANMarco36 anosEsposo-
Gisutina35 anosEsposa-
Amelia13 anosFilha-
Teresa09 anosFilha-
Riccardo06 anosFilho-
Giuseppina04 anosFilha-
Maria02 anosFilha-
MANTOVANDomenico23 anosFilho-
Riccardo22 anosFilho-
Giuseppe16 anosFilho-
Vittorio14 anosFilho-
Augusta11 anosFilha-
Maria46 anosMãe-
MANTUCAEmma29 anosSozinha-
MARANGONIPasqua56 anosMãe-
Maria27 anosFilha-
Cesare18 anosFilho-
MARASTONGaetano38 anosEsposo-
Carolina36 anosEsposa-
Luigi09 anosFilho-
Giuseppe06 anosFilho-
Osanna03 anosFilha-
MARCHISaverio33 anosEsposoARARAQUARA
Carolina26 anosEsposa-
Giovanni05 anosFilho-
Giuseppina03 anosFilha-
MARCHIMarco40 anosSozinho-
MARESCHIFrancesco47 anosSozinho-
MARSMichele37 anosEsposo-
Amabila27 anosEsposa-
Carlo06 anosFilho-
Luigi03 anosFilho-
MARTELLOPasquale30 anosEsposo-
Maria30 anosEsposa-
Luigi10 anosFilho-
Augusto04 anosFilho-
MARTINIMichele44 anosSozinho-
MARCARZONIGiovanni36 anosEsposo-
Fanni21 anosEsposa-
Armando01 anoFilho-
MASOMaria49 anosMãe-
Clementina22 anosFilha-
MAZZARocco29 anosSozinho-
MAZZUCATODomenico34 anosEsposo-
Domenica28 anosEsposa-
Angelo04 anosFilho-
Atillio02 anosFilho-
MELONARIAlessandro24 anosSozinho-
MENARALuigi21 anosSozinho-
MENEGAZZOOsvaldo46 anosSozinho-
MENUCELLIGiovanni26 anosEsposo-
Erminia03 anosFilha-
Carlo01 anoFilho-
Maria45 anosMãe-
Angela27 anosEsposa-
Manuele16 anosIrmã-
MERIGGIOLORuggero34 anosSozinho-
MILANIMassimo20 anosSozinho-
MILANIRiccardo20 anosSozinho-
MILLIGiuseppe39 anosSozinho-
MINORELLOGiuseppe52 anosPai-
Maria20 anosFilha-
Santa16 anosFilha-
Antonio13 anosFilho-
MIONAngelo20 anosSozinho-
MIOTTOBenedetto42 anosEsposo-
Clementina30 anosEsposa-
Maria08 anosFilha-
Luciano05 anosFilho-
MISTROAgostino29 anosSozinho-
MONTELLOGiuseppe30 anosSozinho-
 

MORAGiuseppe29 anosEsposo-
Maria28 anosEsposa-
MORETILuigi68 anosEsposo-
Giuseppina66 anosEsposa-
Alessandro26 anosFilho-
Anunziata21 anosNora-
Bruno02 anosNeto-
Erasmo01 anoNeto-
MOROLuigia44 anosMãe-
Regina21 anosFilha-
Rosa19 anosFilha-
Angelo16 anosFilho-
Pietro13 anosFilho-
Maria11 anosFilha-
MORONGaetano28 anosEsposo-
Maria28 anosEsposa-
MOSCAROLOModesto27 anosEsposo-
Albina26 anosEsposa-
MOSTELOMFrancesco36 anosEsposo-
Caterina35 anosEsposa-
Eugenio13 anosFilho-
Venceslao07 anosFilho-
Pietro02 anosFilho-

NARDIGiovanni Bat.36 anosEsposo-
Elisa37 anosEsposa-
Angelo09 anosFilho-
Ermano07 anosFilho-
Salvatore05 anosFilho-
NARDINSante37 anosSozinho-
NARDINIFerdinando21 anosEsposo-
Anunziata21 anosEsposa-
NARDIOSante27 anosSozinho-
NATALEAntonio58 anosEsposo-
Pasqua55 anosEsposa-
Leone26 anosFilho-
Chiara16 anosFilha-
Natale14 anosFilho-
Barbara02 anosFilha-
NICODEMIDanieli26 anosSozinho-

.
OBEMauro26 anosSozinho-
ORLANDOLuigi23 anosSozinho-
ORLANDOFilomena20 anosSozinha-
ORSOSebastiano17 anosSozinho-
OSCHIA(?)Alessandro53 anosPai-
Maria30 anosFilha-
Andrea14 anosFilho-
Francesco12 anosFilho-
-
PAGGITeresa22 anosMãe-
Casemiro02 anosFilho-
Rosa20 anosIrmã-
PAIOGiovanni Bat.28 anosEsposo-
Maria35 anosEsposa-
Gioconda04 anosFilha-
Narciso01 anoFilho-
Antonio30 anosIrmão-
Vittoria31 anosCunhada-
Luigia60 anosMãe-
Lorenza56 anosMãe-
PANARIELLODomenico33 anosEsposo-
Raffa26 anosEsposa-
Biagio07 anosFilho-
Carmine02 anosFilho
PANNUCCIGiovanni30 anosSozinho-
PANTELLALuigi21 anosSozinho-
PANZETTIGiovanni30 anosSozinho-
PANZIVittorio31 anosSozinho-
PARENTEGiuseppe38 anosSozinho-
PASSILONGOGiovanni46 anosEsposo-
Maria41 anosEsposa-
Enrica15 anosFilha-
Giovanna12 anosFilha-
Benedetto09 anosFilho-
Giuseppe06 anosFilho-
Girolamo03 anosFilho-
PASSIRANIFrancesco37 anosEsposo-
Francesca36 anosEsposa-
Luigi14 anosFilho-
Pietro12 anosFilho-
Giovanna09 anosFilha-
Elisa06 anosFilha-
PASTORELLOArcangelo25 anosSozinho-
PAVANGiustiniano49 anosPai
Arcadio17 anosFilho-
Giuseppina06 anosFilho-
PAVANPietro38 anosSozinho-
PAVANELLOPietro40 anosEsposo-
Sofia35 anosEsposa-
Rinaldo15 anosFilho-
Giovanni13 anosFilho-
Caterina11 anosFilha-
Italia09 anosFilha-
Angelo06 anosFilho-
PECCICesare24 anosSozinho-
PEDROCCHIGiovanni23 anosSozinho-
PEDRONFrancesca33 anosSozinha-
PEGORAROAngelo21 anosSozinho-
PELEZZATOOietro25 anosSozinho-
PELLEGRINOGiovanni31 anosEsposo-
Luigia21 anosEsposa-
PENZAGuseppe22 anosSozinho-
PEOTTAAntonio23 anosSozinho-
PERDONATIM. Aurelio32 anosEsposo-
Rosa29 anosEsposa-
Frine(?)09 anosFilho(?)-
Giovanni07 anosFilho-
Pietro05 anosFilho-
PRESENTEPietro50 anosEsposo-
Gerolama50 anosEsposa-
Maria14 anosFilha-
Angela72 anosMãe-
PEZINIFrancesco38 anosPai-
Lorenzo10 anosFilho-
PEZZELEGiovanni23 anosSozinho-
PEZZICarlo27 anosSozinho-
PEZZOLIBiagio30 anosEsposo-
Maria26 anosEsposa-
Giustina04 anosFilha-
Luigi02 anosFilho-
PIATTEGaspare53 anos--
Clorinda22 anos--
Antonio--
Maria01 ano--
PICCOLOLeonardo30 anosEsposo-
Letizia31 anosesposa-
PILOTTOAntonio48 anosEsposo-
Elena43 anosEsposa-
Maria20 anosFilha-
Clotilde17 anosFilha-
Francesco15 anosFilho-
Luigi13 anosFilho-
Luigia11 anosFilha-
Virginia09 anosFilha-
Elisa06 anosFilha-
PILOTTODomenico42 anosSozinho-
PINOTTIVittorio20 anosSozinho-
PIOVANDomenico52 anos--
Carlo22 anos--
Tito24 anos--
Teresa14 anos--
Girolamo14 anos--
PISANIAntonio35 anosSozinho-
PIVARomano27 anosEsposo-
Celina25 anosEsposa-
Pierina02 anosFilha-
PIVAGerolamo35 anosEsposo-
Maria29 anosEsposa-
POCELLIPietro26 anosSozinho-
PORROErcole28 anosSozinho-
PRESSOTTOSante33 anosEsposo-
Virginia33 anosEsposa-
Giovanni10 anosFilho-
Fioravante04 anosFilho-
Angela03 anosFilha-
PUGLIACarlo36 anosEsposo-
Maddalena36 anosEsposa-
Igino(?)10 anosFilho-
Luigi08 anosFilho-
Oliva06 anosFilha-
Giuseppe02 anosFilho-
PUTTONGiuseppe33 anosSozinho-
-
QUAGLIATODomenico40 anosEsposo-
Cecilia43 anosEsposa-
Giovanna15 anosFilha-
-
RABESANSanto51 anosEsposo-
Maria40 anosEsposa-
Santa12 anosFilha-
RAGGIOnofrin47 anosSozinho-
RAUNIOstola16 anosSozinho-
RECCOMichele39 anosEsposo-
Elisabetta33 anosesposa-
Angela09 anosFilha-
Angelo04 anosFilho-
Maria02 anosFilha-
Riccardo01 anoFilho-
RIGOVIttorio20 anosSozinho-
RIGONIVirginio22 anosEsposo-
Cherubina21 anosEsposa-
Elena01 anoFilho-
RIVELLINILuigi21 anosSozinho-
RIZZIErcole20 anosSozinho-
RODELLALorenzo26 anosSozinho-
ROMANATOFrancesco27 anosSozinho-
RONDAArturo21 anosSozinho-
ROSAFederico42 anosEsposo-
Clotilde26 anosEsposa-
Italiano04 anosFilho-
Bice(?)02 anosFilha-
ROSCOLICamillo22 anosSozinho-
ROSSIVincenzo42 anosEsposo-
Tercilia40 anosEsposa-
Erminia19 anosFilha-
Anselmo17 anosFilho-
Luigi16 anosFilho-
Rizziero13 anosFilho-
Ida08 anosFilha-
Severina20 anosFilha-
Maria70 anosMãe-
ROSSIAchille35 anosEsposo-
Maria32 anosEsposa-
Angela10 anosFilha-
Claudina08 anosFilha-
Arpalice06 anosFilha-
Antonio03 anosFilho-
ROSSIGiuseppe20 anosSozinho-
ROSSIEusebio17 anosSozinho-
ROSSILuciano21 anosSozinho-
ROSSIPilade21 anosSozinho-
ROTAGiovanni35 anosEsposo-
Teresa27 anosEsposa-
Laura05 anosFilha-
Virginia03 anosFilha-
Fortunato01 anoFilho-
ROTAGiovanni30 anosEsposo-
Catarina26 anosEsposa-
Battista02 anosFilho-
ROVERSICarlo22 anosSozinho-
ROVESTAMarco34 anosEsposo-
Maria36 anosEsposa-
Luigia12 anosFilha-
Diomede10 anosFilho-
Costanza07 anosFilho-
Amelia06 anosFilha-
Adone04 anosFilho-
Albanino02 anosFilho-
Barbara42 anosFilha-
ROVETTAGuerino22 anosSozinho

SACCHIGiovanni42 anosEsposo-
Adelina40 anosEsposa-
Tomaso13 anosFilho-
Rizziero10 anosFilho-
Claudina06 anosFilha-
SALAFrancesco28 anosEsposo-
Stella24 anosEsposa-
Andrea38 anosCunhado-
SALAGiuseppe20 anosSozinho-
SALETTIPietro45 anosEsposoSÃO CARLOS
Adele32 anosEsposa-
Amelia12 anosFilha-
Alfredo08 anosFilho-
Biaca03 anosFilha-
Maria02 anosFilha-
Ettore01 anosFilho-
SALVATOGiuseppe42 anosSozinho-
SANTANGELOCarmine25 anosSozinho-
SANTIAGOFrancesco57 anosPai-
Giovanna20 anosFilha-
Giuseppe17 anosFilho-
Angelo13 anosFilho-
SANTINIVirginio46 anosSozinho-
SCAGNOBartolomeo24 anosSozinho-
SCAIONPaolo50 anosEsposo-
Santa46 anosEsposa-
Oliva20 anosFilha-
Luigia18 anosFilha-
Angelo14 anosFilho-
Maria10 anosFilha-
SCAIONPietro23 anosSozinho-
SCIESSEREGiovanni22 anosSozinho-
SCOLARIFrancesco27 anosSozinho-
SEBASTIANIGiuseppe20 anosSozinho-
SILVESTRINCipriano37 anosEsposo-
Maria36 anosEsposa-
Virginia13 anosFilha-
Amabile07 anosFilha-
Bilaide02 anosFilha-
SINCOSCETTAGiovanni17 anosSozinho-
SOMERAGiuseppe24 anosEsposo-
Calista22 anosEsposa-
SOMERAAntonio43 anosEsposo-
Angela46 anosEsposa-
Luigi23 anosFilho-
Giovanni21 anosFilho-
Antonio16 anosFilho-
Maria12 anosFilha-
Angelo10 anosFilho-
Teresa07 anosFilha-
Luigia05 anosFilha-
Giuseppe70 anosPai-
SOMMAGIONicola48 anosEsposo-
Santa40 anosEsposa-
Maria18 anosFilha-
Riccardo16 anosFilho-
Antonio14 anosFilho-
Battista12 anosFilho-
Angela10 anosFilha-
SOSSELLAGiovanni Battista40 anosSozinho-
SPIANDOREVincenzo63 anosEsposo-
Maria30 anosEsposa-
Odete10 anosFilha-
Emilia07 anosFilha-
Amalia05 anosFilha-
Vittoria01 anoFilha-
SPINELLIBartolo41 anosPai-
Luigi09 anosFilho-
Elisa05 anosFilha-
STEIDLIGiuide25 anosSozinho-
STORIONGiovanni23 anosEsposo-
Luigia26 anosEsposa-
Giuseppe02 anosFilho-
TACCHI
(CACCHI?)
Oreste45 anosPai-
Alberto12 anosFilho
Arturo10 anosFilho-
TACCINUmberto22 anosSozinho-
TAMBURINGiovanni Battista24 anosEsposo-
Angela20 anosEsposa-
TANIGiorgio60 anosSozinho-
TASSOAgostino56 anosEsposo-
Gabbin54 anosEsposa-
Luigi24 anosGenro-
Catterina20 anosFilha-
Giuseppe01 anoNeto-
TEZANAndrea25 anosEsposo-
Rosima27 anosEsposa-
TOMASELLIGiuseppe28 anosEsposo-
teresa26 anosEsposa-
Giuseppina02 anosFilha-
TONAFrancesco30 anosSozinho-
TONELLICelestino29 anosSozinho-
TONIATOVincenzo56 anosPai-
Sebastiano21 anosFilho-
TONONILorenzo25 anosSozinho-
TORREFrancesco26 anosSozinho-
TORSELuigi20 anosSozinho-
TRENTINOAlois31 anosSozinho-

TRIGHIGiovanni34 anosEsposo-
Clelia20 anosEsposa-
-
VANDELLICarlo50 anosEsposo-
Maria36 anosEsposa-
VANNIEnrico29 anosEsposo-
Angela32 anosEsposa-
VARISCOAngelo27 anosSozinho-
VECCHIOTONatale21 anosSozinho-
VELLESGiaccomo47 anosEsposo-
Giuseppina34 anosEsposa-
Maria14 anosFilha-
Santa04 anosFilha-
Francesco02 anosFilho-
VENDRAMINAntonio29 anosSozinho-
VENTURINIArrigo22 anosEsposo-
Alberta21 anosEsposa-
Francesco02 anosFilho-
VERGATIGosue49 anosSozinho-
VERRIAntonio21 anosEsposo-
Rosa27 anosEsposa-
Aldebrando08 anosFilho-
Domenico06 anosFilho-
Adamo03 anosFilho-
Antonina01 anoFilha-
VEZZOLEGiuseppe43 anosSozinho-
VEZZOLIFrancesco64 anosSozinho-
VEZZOLIVittorio37 anosEsposo-
Margarita30 anosEsposa-
Batta08 anosFilho-
Maria04 anosFilha-
VICENTINIEugenio30 anosEsposo-
Regina26 anosEsposa-
Augusto04 anosFilho-
VICENTINIGiovanni26 anosSozinho-
VIOTTAGiuseppe41 anosSozinho-
ZALTRONPietro21 anosSozinho-
ZAMBONIMaddalena62 anosMãe-
Odvardo33 anosFilho-
Luciano28 anosFilho-
ZAMBOTOAngelo36 anosEsposo-
Giuseppina27 anosEsposa-
Valentina10 anosFilha-
Pasqua08 anosPasqua-
Faustina05 anosFaustina-
Piva75 anosMãe-
ZAMPOLIZelinda40 anosMãe-
Rosina14 anosFilha-
Marcelina12 anosFilha-
Cesira09 anosFilha-
Gaspare07 anosFilho-
ZANELATTODomenico30 anosEsposo-
Maria30 anosEsposa-
Salvatore06 anosFilho-
Santa03 anosFilha-
 Anselmo01 anoFilho-
ZANETTIAgostino35 anosSozinho-
ZANETTIEttore24 anosEsposo-
Antonieta23 anosEsposa-
ZANINIAngelo32 anosSozinho-
ZANOTTOGerolamo35 anosSozinho-
ZANOVELLOEugenio28 anosEsposo-
Emilia26 anosEsposa-
ZAPPAROLOGiuseppe40 anosEsposo-
Teresa39 anosEsposa-
Constantina07 anosFilha-
Idolindo(?)09 anosFilho-
ZATTARINGiulia29 anosSozinha-
ZERMINIANAngelo30 anosEsposo-
Scolastica30 anosEsposa-
Maria07 anosFilha-
ZUCCHETTINMartino36 anosEsposo-
Regina28 anosEsposa-
ZUGNIAugusto36 anosSozinho-
ZULIANCarlo38 anosEsposo-
Giuseppina33 anosesposa-
Giuseppe13 anosFilho-
Benvenuto11 anosFilho-
Michele09 anosFilho-
Concetta06 anosFilha-
Giulia04 anosFilha-
Regina02 anosFilha-