No ano de 1875 chegaram os primeiros italianos na Província do Paraná. Eles eram constituídos por famílias de vênetos e foram destinados às colônias imperiais recém criadas de Morretes e Antonina, localizadas próximas de Paranaguá. Essas colônias foram idealizadas dentro de um grande projeto imperial de imigração, que pretendia trazer milhares de famílias italianas para serem assentadas na região. Grupos de corretores, terceirizados por uma companhia de imigração constituída a propósito, que havia ganho a indicação imperial para a prestação deste serviço, passaram a percorrer as vilas e cidades mais afetadas pelo grande desemprego que assolava a Região do Vêneto em particular e a Itália em geral, naquele período situado nos últimos 25 anos do século XIX.
Distribuíam panfletos e visitavam os locais onde se reuniam os camponeses diaristas à espera de trabalho, como pontos de reunião, praças, bares, igrejas, festas paroquiais e, com muita conversa mas também com inúmeras promessas, exageradas e quase sempre não verdadeiras, conseguiam com facilidade convencer aqueles mais desesperados a empreenderem a longa viagem. Milhares deles respondiam quase prontamente, assinando o devido contrato. Outros os levavam para casa, junto com os panfletos de propaganda, para junto da família decidirem qual o caminho que deveriam tomar. No entanto estavam decididos a mudar de vida, pois, aquela que estavam vivendo não poderiam continuar por mais tempo.
Carroças com Imigrantes Italianos levando produtos agrícolas para Curitiba |
Igreja Matriz Santa Felicidade início século XX |
Os problemas surgidos nessas duas colônias foram sobretudo, decorrentes da má administração dos funcionários da companhia de imigração encarregados em zelar no bem estar dos recém chegados. As precárias instalações colocadas à disposição das famílias; a comida que era servida, escassa e até totalmente desconhecida pelos imigrantes; o clima de litoral encontrado na região, muito quente e úmido, era diferente do que eles estavam acostumados nas suas terras natal; a má qualidade da terra e os tipos de culturas que eram obrigados a cultivar, que não estavam habituados, foram, entre outros, o motivo que levou ao fim dessas colônias italianas no Paraná.
Igreja Matriz de Colombo |
Colombo |
Segundo as estatísticas, no início do século XX, no ano de 1900, viviam no estado do Paraná uma população de mais de trinta mil italianos, espalhados por 14 colônias somente de italianos e em mais 20 outras com população mista com imigrantes de outras procedências.
Colônia Faria 1888 - Colombo |
Dr. Luiz Carlos Piazzetta
Erechim RS