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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Os Imigrantes Italianos no Paraná

Primeira Igreja católica da Colônia Nova Itália

Os primeiros imigrantes italianos que chegaram em terras paranaenses, já a partir de 1875, eram provenientes da atual Região do Vêneto,  e foram assentados nas colônias recém criadas, situadas próximas à cidade de Paranaguá, onde estava o porto de desembarque, nas terras dos municípios de Morretes e Antonina

Colônia Alexandra, e posteriormente a Colônia Nova Itália, tiveram vida muito curta, devido sobretudo a vários problemas que vão desde a escolha do local para sua instalação até a má gestão administrativa da colônia. Aqueles imigrantes pioneiros que nelas tinham sido alojados foram, então, remanejados para locais próximos da capital paranaense onde imigrantes de outras origens já estavam fixados.

Segundo as estatísticas, em 1900 viviam no estado do Paraná mais de trinta mil italianos, espalhados por catorze colônias algumas compostas etnicamente só por imigrantes italianos e em mais outras vinte colônias mistas, juntamente com pessoas provenientes de outros países europeus. 

Nos primeiros anos, a grande maioria dos imigrantes italianos trabalhava na agricultura como autônomos, porém, com o decorrer do tempo, passaram pouco a pouco a compor a mão de obra da região. 

Muitos daqueles recém chegados, além do trabalho na agricultura, tinham uma outra profissão aprendida ainda na Itália: carpinteiros, marceneiros, ferreiros, artesãos, etc. 

As maiores dessas colônias rapidamente prosperaram na Região Metropolitana de Curitiba, sendo que o atual município de Colombo (localizado na Grande Curitiba) foi a maior colônia italiana do Paraná. Era chamada de Colônia Alfredo Chaves a qual posteriormente se tornaria a cidade de Colombo, foi uma das quatro colônias onde se concentraram os primeiros italianos que chegaram ao estado. 

As outras colônias são a Colônia Senador Dantas, que posteriormente deu origem ao importante bairro curitibano da Água Verde, a Colônia de Santa Felicidade, atual bairro curitibano e importante polo gastronômico da capital paranaense e a Colônia de Santa Maria do Novo Tirol, localizada no município de Piraquara, ainda dentro dos limites da Grande Curitiba. 

A influência italiana se faz presente em todas as regiões do estado do Paraná. No norte do estado o vocábulo terra roxa, tem sua origem na língua italiana no qual a terra vermelha típica daquela região se dizia - "terra rossa"). 


Imigrantes italianos na Colônia Cecília

Ao chegarem em Curitiba, os imigrantes italianos foram se estabelecendo como agricultores em vários núcleos coloniais da região, os quais com rapidez deram origem aos atuais bairros de Pilarzinho, Água Verde, Umbará e Santa Felicidade, por exemplo. 

Com o passar do tempo os imigrantes e seus primeiros descendentes adotaram outras atividades, entre elas o trabalho como empregados nas indústrias e no comércio. Demonstrando grande capacidade para os negócios em pouco tempo os imigrantes italianos foram conquistando novos postos, mais importantes, chegando a se tornarem grandes empresários e comerciantes. 


Imigrantes na Colônia Cecília

Fato inédito no Brasil, a Colônia Cecília foi a primeira experiência anarquista no país. Foi  fundada em 1890, no atual município de Palmeira, por um grupo de libertários trazidos pelo italiano Giovanni Rossi. 

No local os colonos plantaram mais de oitenta alqueires de terra em área que lhes fora cedida pelo imperador Pedro II do Brasil, pouco antes da proclamação da República, e construíram mais de dez quilômetros de estrada, numa época na qual inexistiam máquinas pesadas, tratores ou guindastes de transporte de terra. 

Nos quatro anos de existência da colônia Cecília, sua população chegou a alcançar cerca de 250 pessoas. O experimento anarquista da Colônia Cecília terminou em fracasso por diversos motivos, tanto econômicos como especialmente socioculturais. 


Italianos e o vinho

Outras cidades paranaenses receberam imigrantes italianos além dos municípios da região de Paranaguá (na Serra do Mar e litoral) e a capital do estado, nas cidades da Grande Curitiba (como São José dos Pinhais, Araucária, Campo Largo, Piraquara, Cerro Azul e Colombo), também municípios localizados mais para o interior do estado receberam significativo número de imigrantes. 




Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS



sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Colônias Italianas no Paraná

Em 1853 a província do Paraná se desmembrou politicamente de São Paulo e a partir de então deu início ao processo de colonização do seu território com a criação de várias colônias destinadas a receber os imigrantes de várias nacionalidades que começaram a chegar no estado. 

Na relação abaixo, iniciando no ano de 1870, estão os nomes das dezenas de colônias onde os imigrantes italianos foram assentados. Em algumas delas dividiam espaço com imigrantes de outras nacionalidades e em outras a totalidade era somente formada por imigrantes italianos.




 

Nome da ColôniaFundaçãoProcedência dos ImigrantesMunicípio
Colônia Alexandra1870italianos de Mântua, Téramo e do VênetoParanaguá
Colônia Assunguy1871italianos (fundada em 1860 por ingleses e franceses)Cerro Azul
Colônia Argelina1870italianos (fundada em 1868 por argelinos, franceses e suíços)Curitiba
Colônia Pilarzinho1870italianos (com alemães e poloneses)Curitiba
Colônia D. Pedro1876italianos (com poloneses e franceses)Curitiba
Colônia D. Augusto1876italianos (com poloneses prussianos)Curitiba
Colônia Nova Itália1877italianosMorretes
Colônia Santa Maria do Novo Tirol1878italianos trentinosPiraquara
Colônia Antônio Rebouças1878italianosCampo Largo
Colônia Senador Dantas1878italianos vicentinosCuritiba
Colônia Alfredo Chaves1878italianos vicentinos e tirolesesColombo
Colônia Muricy1878italianos (com poloneses)São José dos Pinhais
Colônia Inspetor Carvalho1878italianosSão José dos Pinhais
Colônia Virmond1878italianos (com russos-alemães)Lapa
Colônia Maria Luiza1879italianosParanaguá
Colônia Santa Felicidade1880italianos vênetosCuritiba
Colônia Mendes de Sá1885italianosCampo Largo
Colônia Antonio Prado1886italianosColombo
Colônia Santa Gabriela1886italianosAlmirante Tamandaré
Colônia Santa Cristina1879italianosCampo Largo
Colônia Alice1886italianosCampo Largo
Colônia Barão de Taunay1886italianosAraucária
Colônia Presidente Faria1886italianosColombo
Colônia Maria José1887italianosQuatro Barras
Colônia Visconde de Nácar1888italianosParanaguá
Colônia Santa Cruz1888italianosParanaguá
Colônia Santa Rita1888italianosParanaguá
Colônia Eufrásio Correia1888italianosBocaiúva do Sul
Colônia Campo Largo da Roseira1888italianosSão José dos Pinhais
Colônia Balbino Cunha1889italianos vênetosCampo Largo
Colônia D. Mariana1889italianos vênetosCampo Largo
Colônia Ferraria1890italianosCampo Largo
Colônia Inglesa1889italianos (com ingleses e alemães)Foz do Iguaçu
Colônia Santa Helena1889italianos venezianosFoz do Iguaçu
Colônia Contenda1890italianosContenda
Colônia Accioli1891italianosCuritiba
Colônia Cecília1891italianosPalmeira
Colônia Bela Vista1896italianos vênetosCuritiba
Colônia Afonso Pena1908italianosSão José dos Pinhais
Colônia Pinho de Baixo1908italianosIrati[
Colônia Uvaranas1924italianosPonta Grossa



Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

domingo, 15 de julho de 2018

Sobrenomes Italianos na Colônia Assunguy no Estado do Paraná






Colônia Assunguy


A Colônia Assunguy, ou Açungui, foi fundada no ano de 1860, tendo sido financiada com recursos do próprio da Província do Paraná. Essa colônia, com o passar do tempo, deu lugar a formação do município de Cerro Azul. O município pertencente ao Vale do Ribeira e é conhecida como a terra da laranja, pelas inúmeras plantações dessa fruta. Segundo o historiador Romário Martins "...em 1875 tinha a Colônia Assungui 1.824 habitantes, sendo 875 brasileiros, 338 franceses, 221 ingleses, 202 italianos, 171 alemães, 16 espanhóis e apenas um sueco". Pela lei nº 259, de 27 de dezembro de 1897, o lugar passa a ser município. 
Cerro Azul fica a 92 quilômetros de Curitiba, a capital do estado. Sua população em 2007 era de 17.693 habitantes.


Sobrenomes dos italianos pioneiros na Colônia Assungui:


Andreatta
Bassetti
Battisti
Benedetti
Bernardin
Berteotti
Bertotti
Bertolo
Boscheri
Cappelletti
Carlin
Carlini
Ciola
Cortelletti
Crippa
Ducati
Depetris
Eneam
Facchini
Fedele
Ferrari
Fontana
Fontanari
Franceschini
Furlan
Giacchetti
Giacomelli
Leonardi
Lucchetta
Monegaglia
Motter
Negri
Nicolao
Paoli
Paris
Pincigher
Rosa
Ricci
Slomp
Spagnoli
Stagnaro
Todeschi
Tonet
Toneti
Trisotto
Valentini
Valle
Zottele



Outros Sobrenomes


Alessandrini
Andreini
Bianco
Caumo
Collesel
Coraggiola
Coraiola
Dallatorre
Daltrozzo
Demonte
Fruet
Gasperaz
Gasperazzi
Giovanazzi
Libardo
Longo
Lorenzi
Mott
Moz
Rassele
Rester
Ribani
Romagna
Roster
Rover
Schena
Scotto
Simon
Simoni
Stenghel
Stofella
Tambosi
Tavernaro
Tomas
Tommasi
Tonetti 


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

terça-feira, 6 de março de 2018

A Colônia Dantas e a Imigração Vêneta no Paraná




A partir de 1878, aos poucos, os imigrantes italianos, e principalmente os vênetos, foram espontaneamente abandonando as estruturas públicas que a eles estavam designadas na Colônia Nova Itália, em Morretes, e procuraram se fixar em terras localizadas em torno de Curitiba. Assim, nasceu a chamada Colônia Dantas, dando início ao rico e conhecido bairro italiano de Água Verde, o qual deve o atual nome do ribeirão que nascia e cortava a região, passando pelo bairro Rebouças e desaguando no rio Belém.

Relação de famílias pioneiras da Colônia Dantas, hoje o bairro curitibano da Água Verde:

Alberti, Alessandrini, Andreoli, Andretta, Antonietti, Antonietto, Baggio, Baglioli, Baptista, Baronti, Barusso, Bassan, Bassani, Basso, Beghetto, Belinari, Belon, Benedetti, Benetello, Berno, Bertoli, Bertollini, Bettega, Bizotto, Bobbato, Bonilaure, Borsato, Bortoletto, Bot, Bozza, Bozzi, Bruneto, Brunetti, Buso, Buzzato, Cantorida, Cardon, Carnieri, Carraro, Casagrande, Castellano, Cavichiolo, Ceccato, Ceccon, Celli, Ceschin, Cemim, Colleone, Conte, Contogna, Cortadelli, Cortiano, Costa, Costacurta, Cunico, Dalazuana, Dalcol, De Carli, De Costa, De Cristiani, De Lazzari, De Mio, De Pauli, De Poli, Deconto, Demetrio, Denico, Derosso, Destefani, Dorigo, Fabris, Foltran, Fontana, Franceschini, Fressatto, Fruet, Gabardo, Gagno, Giacomazzi, Gianini, Giovannoni, Girardi, Gottardi, Granatto, Grossi, Gusso, Guzzi, Honorio, Lanzoni, Lazarini, Lazzari, Lazzarotto, Levorato, Lorenzi, Magrin, Maito, Maragno, Marchesini, Marchetti, Marchioro, Marcobon, Marcon, Marconi, Marello, Marodin, Marosin, Massolin, Massuci, Mattana, Meller, Melnai, Meneguzzo, Merlin, Micheletto, Moletta, Molinari, Moreschi, Motta, Nadalin, Nardino, Negrello, Oerso, Pacce, Pansolin, Parolin, Pasello, Pellissari, Percegona, Perfetti, Perolla, Piazzetta, Piccoli, Pichette, Pierini, Pierobon, Pinton, Pizzato, Poitevin, Pontello, Pontoni, Postai, Prin, Razzolin, Rigoni, Rissetti, Romanel, Rossetto, Salsi, Sandri, Sartori, Scaramuzza, Schiavon, Scotti, Scremin, Scrocaro, Segalla, Senegaglia, Serafin, Solieri, Stevan, Stocco, Stofella,Tasca, Tedeschi, Tedesco, Thá, Tiepo, Thomaz, Todeschini, Tomazzi, Toniolo, Torquatto, Tortato, Tosin, Trevisan, Turin,Valente, Valentini, Vardanega, Veltorazzo, Vendrametto, Vendramin, Veronese, Vollatore, Zagonel, Zanardi, Zanardini, Zadonona, Zanetti, Zaniollo, Zanon, Zardo, Zilli, Zonta.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS