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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

A Emigração Vêneta para o Brasil: Um Capítulo Emocionante da História da Imigração Italiana


 

Durante os últimos 25 anos do século XIX e início do XX, houve uma significativa imigração de pessoas vindas da região do Vêneto para o Brasil. Isso fez parte de uma grande onda de emigração para o nosso país vinda da Europa, que incluiu muitos italianos. A emigração italiana para o Brasil e de outros países europeus deixou um impacto duradouro na cultura e na demografia brasileira. Hoje, ainda existem comunidades no Brasil que falam um dialeto com grande carga da língua vêneta, chamado Talian, criado aqui mesmo pelos imigrantes italianos que chegaram ao Rio Grande do Sul. Quando as primeiras levas de colonos começaram a povoar as colônias localizadas na Serra Gaúcha, a Itália como conhecemos atualmente, só existia há apenas nove anos, ainda um país muito jovem, sem uma consciência nacional, um reino que ainda não sabia o que era ser uma nação. Com a unificação foi criado o país chamado Itália e agora era necessário criar os italianos. Poucos sabiam falar em italiano, a língua oficial do recém criado país, moldada sobre a estrutura do dialeto toscano, o mais erudito de então, com variada literatura e conhecidos escritores florentinos como Petrarca, Dante Alighieri e Boccaggio. O povo, do país Itália, no entanto, falava somente os seus inúmeros dialetos, característicos das suas regiões e muitas vezes até diferentes dentro de algumas delas. Os imigrantes vênetos e de outras partes do norte italiano, falavam dialetos algumas vezes incompreensíveis entre eles sendo preciso criar uma língua, o Talian, para se comunicar entre si nas remotas e isoladas colônias do Rio Grande do Sul. Os casamentos entre imigrantes italianos de regiões diferentes criava situações embaraçosas dentro da própria casa. Com a criação e uso do Talian esses problemas desapareceram. 

A emigração dos vênetos em direção ao Brasil, no final do século XIX, fez parte de uma grande onda de imigração italiana para o nosso país. A primeira onda de emigração italiana ocorreu em decorrência a uma crise agrícola, o que levou mais de cinco milhões de pessoas, principalmente do norte da Itália, a emigrar para outros países europeus e para a América Latina. Pobreza, falta de emprego e de renda foram os principais motivos que estimularam italianos do norte e do sul a emigrar. Os vênetos foram os primeiros a deixar a Itália, cerca de 30% do total, seguidos por habitantes da Campânia, Calábria e Lombardia. A imigração italiana para o Brasil foi muito importante para o desenvolvimento econômico e cultural da região. As condições econômicas no Vêneto na época da emigração foram afetadas por uma crise agrícola que levou mais de cinco milhões de pessoas, principalmente do norte da Itália, a emigrar para outros países europeus e para a América Latina. Segundo os resultados de várias pesquisas, os principais motivos que levaram os vênetos a emigrar para o Brasil foram a pobreza, a exclusão das classes rurais, a fome e o desejo de possuir terras, o chamado "sonho da propriedade" profundamente arraigado há muitos anos na mente dos pobres trabalhadores rurais vênetos. O sonho da propriedade influenciou os pequenos agricultores do Vêneto na decisão de empreenderem a grande emigração para o Brasil, pois eram pequenos proprietários, locatários, meeiros e trabalhadores rurais diaristas que buscavam melhores oportunidades. No Brasil, desde a chegada, eles podiam adquirir títulos de propriedade e se tornar donos de seus próprios lotes de terra, o que não era possível na Itália. Esse sonho de propriedade foi um poderoso motivador para os camponeses vênetos emigrarem para o Brasil. Além disso, o governo brasileiro começava a implementar políticas de incentivo à agricultura familiar, o que ajudou pequenos agricultores a adquirir terras e se tornarem autossuficientes. 

Conforme pesquisas e trabalhos já publicados, a região do Vêneto, na época da Sereníssima República, experimentou um declínio na prosperidade a partir do final do século XVI. Durante o Renascimento, Veneza tornou-se uma rica nação comercial, o que permitiu o florescimento das artes. O dinheiro em Veneza consistia principalmente em ouro ou prata, e a economia dependia fortemente do fluxo desses metais. Veneza teve que desenvolver um sistema altamente flexível de moedas e taxas de câmbio entre moedas compostas de prata e ouro para preservar e aprimorar seu papel como plataforma giratória do comércio internacional. O comércio de trigo e painço também era importante para a riqueza do patriciado. No século XIX, o comércio veneziano foi regulado pelos conquistadores da cidade, primeiro a Áustria, depois a Itália. A grande emigração do final do século XIX foi o ápice de um processo que se iniciou muitos anos antes resultado de vários fatores importantes, incluindo as estruturas econômicas e sociais da América do Sul. Muitos italianos fugiram das perseguições políticas na Itália lideradas pelo governo imperial austríaco após os primeiros fracassos da unificação. Os imigrantes europeus brancos e de religião católica foram pensados pelas autoridades imperiais para "melhorar" o "choque étnico" no Brasil, ou conforme se pode ler em alguns documentos do período: para o branqueamento do país. Os alemães foram a primeira opção, especialmente por terem experiência militar. Pelo fato deles não se integrarem muito bem nas comunidades onde foram assentados, refratários a miscigenação, persistindo em manter a sua língua, religião e costumes, o governo imperial deu preferência aos imigrantes italianos. O desejo de possuir terras foi um fator significativo na migração de emigrantes rurais do norte da Itália. Os vênetos foram os primeiros a emigrar da Itália, cerca de 30% do total dos emigrantes, seguidos por aqueles da Campânia, Calábria e Lombardia. 

A primeira grande migração da história moderna foi a italiana, começando com pessoas da região do Vêneto em 1875, quando começaram a deixar a Itália e se estabelecer na Argentina, EUA, mas acima de tudo no Brasil. Os italianos foram viver em colônias relativamente bem desenvolvidas no sul do Brasil, mas no sudeste, eles viviam em condições de semiescravidão nas grandes plantações de café. Não há informações específicas disponíveis sobre as condições econômicas do Vêneto que levaram à emigração para o Brasil, com certeza uma pobreza em crescimento e falta de postos de trabalho para todos. No entanto, sabe-se que a região do Vêneto forneceu a maior cota de emigrantes para o Brasil, seguida pela Campânia. Os imigrantes vênetos trouxeram suas mudas de parreiras para o Brasil e plantaram grandes vinhedos, cultivaram milho, trigo, frutas e legumes, moldando o terreno acidentado em áreas de terra cultivada. As comunidades que falam Talian ainda existem no Brasil e representam uma parte importante da herança cultural italiana no país. A imigração italiana para o Brasil, incluindo a emigração vêneta do século XIX, teve um impacto duradouro na cultura e na demografia brasileira. A imigração italiana para o sul do Brasil foi especialmente importante para o desenvolvimento econômico e cultural dos três estados da região. Os imigrantes transformaram o sul do Brasil de uma área de colonização em uma das regiões mais ricas e desenvolvidas do país. Por outro lado, muitos imigrantes italianos, também entre eles muitas famílias vênetas, que se estabeleceram em fazendas de café no sudeste do Brasil viveram em condições semi-escravas pelo fato de não terem acesso à propriedade: continuaram aqui no Brasil sujeitos a um patrão que dirigia as suas vidas. Para sair dessa situação, para poderem deixar as fazendas precisavam primeiro cumprir os quatro anos de trabalho, obrigatório por contrato e saldar todas as dívidas que tinham contraído com os donos das terras, desde a viagem para o Brasil, assim como as outras possíveis despesas custeadas pelo patrão ao longo do período de permanência na fazenda. 

Embora não haja informações específicas disponíveis sobre as condições econômicas no Vêneto que levaram à emigração para o Brasil, é sabido que a região de Veneto forneceu a maior cota de emigrantes para o Brasil, seguida por Campania. Os motivos principais que estimularam a emigração foram a pobreza, a falta de emprego e a renda insuficiente. 

Hoje em dia, a região de Vêneto continua a ser uma terra de emigração como no passado, se bem que muito diferente, desta vez são os cérebros mais privilegiados, os profissionais mais bem formados que procuram colocação de trabalho em outros países. O Vêneto hoje é uma terra de imigração, recebendo a cada ano milhares de trabalhadores de outras regiões do país e principalmente do exterior, que buscam, no seu grande parque fabril, uma oportunidade de trabalho. Muitos habitantes do Vêneto emigraram para construir novas vidas em outros lugares devido à pobreza e falta de perspectivas de futuro antes das melhorias econômicas que aconteceram na região a partir dos anos 60 do século XX. Os imigrantes vênetos do século anterior deixaram sua marca no Brasil e ainda são lembrados por sua grande contribuição à cultura e ao desenvolvimento econômico do país.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

    


quinta-feira, 11 de maio de 2023

A Jornada de Matteo: Da Itália ao Brasil



𝐀 𝐉𝐨𝐫𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐌𝐚𝐭𝐭𝐞𝐨: 𝐃𝐚 𝐈𝐭𝐚́𝐥𝐢𝐚 𝐚𝐨 𝐁𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥


Era o ano de 1890 e Matteo, um emigrante italiano, decidiu ser hora de deixar sua terra natal em busca de uma vida melhor para si e sua família. A Itália não saía de um longo ciclo de desemprego, pobreza e até fome em muitas regiões. O país não oferecia um bom futuro e pensando nos filhos ele juntou todas as suas economias e comprou passagens no navio Adria que partiria de Gênova em direção ao Rio de Janeiro. Matteo, era viúvo há já três anos, viajou com seus cinco filhos: Giovanni, Francesco, Vittorio, Maria e Assunta. A travessia do oceano não foi fácil, as condições de viagem eram precárias e muitos passageiros adoeceram. Durante a longa, monótona e interminável viagem marítima, eles puderam conhecer outros imigrantes italianos que também estavam buscando uma vida melhor no Brasil. Compartilhavam histórias de suas terras natais e formaram laços de amizade que durariam por muitos anos. Mas, finalmente, após várias semanas de viagem, eles chegaram ao Rio de Janeiro. Ao desembarcarem, foram recebidos pelas autoridades brasileiras em um porto agitado e movimentado, muito diferente de tudo o que eles haviam visto antes. Matteo e os filhos ficaram maravilhados com tudo o que viam, mas o que mais os impressionou e marcou foi encontrar inúmeras pessoas de pele escura, eram, como souberam depois, os descendentes dos antigos escravos trazidos da África. As longas praias com areias muito brancas e as verdejantes montanhas entorno do porto eram de formato muito bonito, mas, não tiveram muito tempo para contemplar as belezas do seu novo país, sabiam terem de continuar a jornada para chegar ao seu destino. 
Embarcaram em outro navio de menor calado que os levaria ao porto de Paranaguá, no estado do Paraná, encerrando finalmente as incômodas viagens por mar. Durante a curta travessia, enfrentaram uma forte, mas rápida, tempestade, que os deixou muito assustados e apreensivos. Mas, com a ajuda de Deus, chegaram ao porto de destino em segurança. Este era bem menor daquele do Rio de Janeiro e também muito menos movimentado. 
De lá, seguiram de trem até a cidade de Curitiba, onde se estabeleceram na Colônia Dantas, inaugurada doze anos antes e já com muitos moradores, onde Matteo adquiriu um grande terreno. Ao chegarem na capital do Paraná, tiveram que se adaptar a uma nova língua e cultura. Na colônia eles tiveram poucas dificuldades para se comunicar com os moradores do local, pois quase todos eram italianos como eles, também se adaptaram rapidamente com os costumes brasileiros. Gradualmente, foram aprendendo a língua e se ajustando à nova vida em uma cidade muito grande para eles, pois na Itália moravam numa pequena e pacata vila do interior. Trabalharam duro, mas, com firmeza e alegria para construir uma nova vida no Brasil. Giovanni, o filho mais velho que já era maior de idade ao sair da Itália, conseguiu emprego em uma fábrica de louças, enquanto Francesco e Vittorio começaram a trabalhar com o pai que era um marceneiro. Maria e Assunta ajudavam nos serviços casa e cuidavam da horta entorno da casa, da qual tiravam parte do sustento da família e também podiam ganhar algum dinheiro com a venda, para os vizinhos, dos produtos excedentes colhidos.
Matteo, e os filhos não eram analfabetos, além do dialeto da vila onde moravam também falavam italiano, o que muito os ajudou. Tinham estudado os quatro anos do primário ainda na Itália. Matteo era, por herança das gerações anteriores, um hábil marceneiro e com as economias trazidas da Itália, obtidas com a venda da casa e outros bens, além de comprar o lote e aos pouco construir a moradia, em pouco tempo conseguiu também construir uma pequena oficina ao lado da casa. Ficou muito feliz e orgulhoso por conseguir sozinho dar uma vida melhor para seus filhos, mas nunca se esqueceu de suas raízes italianas. Em casa só se comunicavam no dialeto italiano e as filhas cozinhavam pratos tradicionais da região do Vêneto de onde vieram. Mesmo longe do país de origem, eles mantiveram vivas a língua e a cultura italiana. Com o tempo a família prosperou bastante, sobretudo devido à qualidade dos belos móveis, das portas e janelas para casas que fabricavam, muito requisitados pelos curitibanos mais abastados. Eles nunca esqueceram as dificuldades que enfrentaram durante a viagem e sempre foram gratos pela nova vida que encontraram no Brasil. 
Com o tempo, a Colônia Dantas se tornou um bairro próspero de Curitiba, passando a se chamar Água Verde, com muitas famílias italianas e de algumas outras nacionalidades que se estabeleceram lá. Matteo se tornou um líder local na colônia e ajudou outros imigrantes italianos a se fixarem na região. Com o seu trabalho eles também ajudaram na construção da nova igreja do bairro, que passou a ser uma paróquia, separando-se daquela de Santa Felicidade. Fornecendo portas, janelas e assoalho, participaram ativamente como sócios fundadores na construção da Sociedade Garibaldi, um grande clube italiano de Curitiba que existe até hoje, onde os imigrantes podiam se reunir, conversar em sua língua materna e manter vivas as suas tradições. 
Os filhos de Matteo se casaram com outros imigrantes italianos e formaram grandes famílias. Continuaram morando na mesma cidade sempre colaborando com a comunidade italiana de Curitiba e mantendo viva a cultura de seus antepassados.A história de Matteo e seus filhos é um exemplo de coragem, perseverança e resiliência, e uma prova de como a imigração pode enriquecer uma sociedade.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS


sábado, 29 de abril de 2023

Descobrindo as Raízes: Sobrenomes Italianos da Diretoria da Società Italiani Uniti de Araraquara


1. Antonio Nusdeo; 2. Raphael Barbieri; 3. Domingos Barbieri; 4. Dr. Giuseppe Aufiero Nipote; 5. Gaspar Abritta; 6. Dr. Giuseppe Aufiero; 7. Augusto Bignardi; 8. Nicola Barbato; 9. José Palamone Lepre; 10. Affonso Lombardi; 11. Oswaldo Negrini; 12. Agostino Tucci; 13. Corrosoni; 14. Marziali Billi; 15. Augusto Zenerin; 16. Guido Michetti; 17. Michele Loria; 18. Alberto Cestari; 19. Pedro Martini; 20. Caetano Mirabelli; 21. Enrico Somenzari; 22. Adolpho Criscini; 23. Pietro Galeazzi; 24. Antonio Blundi; 25. Caetano Passeto; 26. Janoario Arena; 27. Vincenzo Gravina; 28. Pietro Firminano; 29. Temistocles Fioretti; 30. Arturo Rizzoli; 31. Giuseppe Storino; 32. Enrico Lupo.



Società Italiani Uniti di Araraquara

 

Esta sociedade italiana existiu em Araraquara entre as décadas de 1920 e 1940. Abaixo alguns sobrenomes dos membros da diretoria da Società Italiani Uniti de Araraquara nas décadas de 1920 e 1930:



        • Abritta
        • Alimonda
        • Angelieri
        • Aufiero
        • Barbato
        • Bignardi
        • Blundi
        • Catanzaro
        • Cestari
        • Dall'Acqua
        • Donzelli
        • Ferrarezi
        • Firmiano
        • Galeazzi
        • Lagrotta
        • Lainetti
        • Lepre
        • Loria
        • Lombardi
        • Lupo
        • Martini
        • Masiero
        • Miari
        • Mirabelli
        • Negrin
        • Opice
        • Palamone
        • Rizzoli
        • Rosito
        • Somenzari
        • Storino
        • Tucci
        • Vigorito
        • Zaranella
        • Zenerin
        • Zerbini




sexta-feira, 7 de abril de 2023

Famílias Imigrantes Italianas em Barra Bonita: Uma História Contada pelos Sobrenomes

 



As famílias italianas pioneiras do atual município de Barra Bonita, no estado de São Paulo foram: 

Aiello, Antonangelo, Antonelli, 
Alponti, Abruzzi, 
Bellini, 
Barduzzi, 
Bellei, Balbo, Boldo, Bressanim, 
Blasizza, Bettini, Boarini, 
Bozzi, 
Bergamo, Bigotto, 
Ballan, 
Bressan, Bocato, Borgui, 
Brunelli, 
Caetano, Cardia, Cagnotti, 
Constanzo, Cestari, Casagrande, Casale, Chiarato, 
Capelossa, Castelari, Dal Corso, 
De Marchi, 
De Conti, Dalla Costa, 
De Luca, Ereno, Frollini, Ferrari, 
Fagà, Ferrazolli, Fantin, Fantinatti, Fuim, Feltrin, Finatto, Giacomini, 
Guedin, Giroto, Grizzoni, 
Gagliardi, Gatti, Marcon, Mascaro, Massenero, Mori, 
Marinelli, Maffei, Mozarle, 
Nardo, Osti, Patuzzo, Pizzo, Pollini, Pozebon, Perassoli, 
Petri, Polatto, Ricci, Rigon, Rossi, 
Rizzatto, Reginato, Ragoni, 
Santinello, 
Piva, Pezente, Pellini, Pavani, 
Parezan, 
Sabbatini, Spaulonci, Salve, 
Sacco, 
Scarpela, Scalissa, Scapin, 
Stringhetta, Stramantinolli, Sponchiatto, Santilli, 
Simionatto, Simoncini, Testa, 
Tozatto, Terrazan, Ursolino, 
Ungaro, 
Stangherlin, Selleguin, 
Sargentin, 
Vechiatti, Veghini, 
Vetorazzo, 
Victorino, Zaffani, Zanella, 
Zerlin, Ziglio