Na Europa, durante a Idade Média, a partir do século XII, as Artes e os Ofícios, foram organizados em corporações, que também eram chamadas de guildas pelos povos germânicos, e tinham o propósito de organizar o trabalho nas florescentes cidades da Europa.
O termo corporações foi criado no século XVII e as que existiam anteriormente eram denominadas de: mestiere na Itália, métiers na França e grêmio na Espanha e Portugal.
Já no I século, em época romana, podemos individualizar vestígios da existência de organizações patronais onde se reuniam profissionais que exerciam o mesmo ofício.
As corporações estavam sujeitas ao controle das autoridades de um município e quem não estivesse inscrito em uma corporação não era autorizado a abrir uma oficina ou o próprio negócio.
A corporação, trabalhava com total autonomia, estabelecendo as condições de trabalho de uma determinada atividade, os preços dos produtos que seriam cobrados pelos artesãos e o valor dos salários a serem pagos para os seus empregados e aprendizes. Tinha também o poder de decretar ou negar a participação em greves e outras manifestações trabalhistas.
Nem todas as corporações tinham o mesmo prestígio assim, e elas estavam dividas em artes maiores e menores.
As primeiras tinham maior peso e importância social, participando na organização administrativa do município, chegando, nos séculos XIII e XIV, de certa forma a dominar o município, escolhendo diretamente os mais altos magistrados da cidade. Como exemplo dessas artes: banqueiros, mercadores, juízes, tabeliães.
As artes menores eram representadas por aquelas dedicadas aos artesanatos.
Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS
