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terça-feira, 17 de outubro de 2023

Imigrantes Italianos no Interior de São Paulo: a História das Sociedades

 

Soccorso Unione Italiana de Ribeirão Preto 1895



Relação de Sociedades Italianas no 

Interior de São Paulo 

Fundadas a partir de 1895






Fonte

Departamento de Estatística e Arquivo do Estado de São Paulo. 

Anuário Estatístico do Estado de São Paulo Volumes de 1892 a 1920.





Composição do Conselho Diretor Provisório da

 Società Unione Italiana 

ano 1895

Fonte: Livro de Atas da Assembléia Geral da Unione Italiana – ano 1895


Composição do Conselho Diretor da 

Società Unione Italiana 

ano 1896

Fonte: Livro de Atas da Assembléia Geral da Unione Italiana – ano 1896


Composição do Conselho Diretor da 

Società Unione e Fratellanza 

ano 1899


FonteLivro de Atas da Assembléia Geral da Unione e Fratellanza – ano 1899.


Composição do Conselho Diretor da 

Società Unione Meridionale 

ano 1900


Fonte: Livro de Atas de Assembléia Geral da Unione Meridionale – ano 1900


Composição do Conselho Diretor da 

Società Patria e Lavoro 

ano 1904


Fonte: Livro de Atas de Assembléia da Patria e Lavoro – 1904



Atividades desenvolvidas pelos sócios da 

Società Unione Meridionale


















domingo, 30 de abril de 2023

Enfrentando as Tormentas: A Jornada dos Emigrantes Italianos Rumo ao Brasil

 


Tempestade em Alto Mar


Era o ano de 1876, um período de muita tribulação e incertezas que tanto caracterizaram este século. Como um verdadeiro êxodo, milhares de italianos estavam deixando a sua terra natal em busca de uma vida melhor no Brasil, dando início a uma grande corrida para os países da América. Entre esses emigrantes, estava a família Rosteggo, naturais de um pequeno e esquecido município do interior da província de Treviso, na região do Veneto, que embarcou no navio a vapor Speranza, um velho cargueiro que até então somente fazia o transporte de carvão, adaptado os seus grandes porões para o transporte de passageiros, rumo ao novo mundo. A família era composta pelo casal Giovanni Battista e Giulia Rosteggo e seis filhos menores, além da sogra do GioBatta,  viúva, na faixa de setenta anos. A viagem prometia ser longa e desafiadora, mas eles estavam determinados a chegar ao seu destino. A vida na Itália estava muito difícil e não apresentava sinais que um dia pudesse melhorar. Giovanni e Giulia pensavam em um futuro melhor para os filhos e uma vida menos  sofrida para eles. O imenso e rico Brasil, que eles somente tinham ouvido falar, com sua imensidão de terras, onde centenas de fazendas estavam precisando de trabalhadores, era uma esperança para eles. Aproveitaram as vantagens oferecidas pelo governo imperial brasileiro que incluía passagens grátis e transporte, até o local de trabalho, para as famílias que quisessem emigrar.
O Speranza, de nome tão sugestivo, partiu do porto de Gênova, na Itália, em um dia ensolarado. Era um barco lento, muito velho, sofrendo para se manter flutuando com o peso da carga humana que transportava, como quase sempre acontecia nas viagens de todas as companhias italiana de navegação, ultrapassando os limites estabelecidos pelas autoridades portuárias de Gênova, mas isso ninguém parecia se importar, nem mesmo em conferir o número exato de embarcados. Os Rosteggo que haviam chegado em Gênova há mais de uma semana, seguindo as instruções recebidas do desonesto agente de viagens, o qual certamente também ganhava comissão dos donos de estalagens e pequenos restaurantes da zona portuária. Ficaram instalados em uma mal cuidada e superlotada pensão, localizada em uma estreita e pouco iluminada rua nas vizinhanças do porto, obrigados a gastar uma grande parte dos poucos recursos que tinham conseguido economizar para usar na nova terra. No dia da partida, com lágrimas nos olhos, mas com a esperança de um futuro melhor, seguiram em fila a multidão de várias centenas de passageiros, que também iriam embarcar, até a escada suspensa fixada na lateral do navio. Dezenas de funcionários da companhia de navegação e do porto, corriam por todos os lados transportando grandes caixotes de madeira para dentro do navio enquanto no convés a tripulação agitada se preparava para o embarque dos passageiros. Com uma série de graves apitos, que serviam como aviso final para o embarque, o grande navio calmamente se afastou do cais, deixando para trás aquela Itália que, para eles,  tinha se comportado menos como uma mãe carinhosa e mais como uma malvada madrasta. Durante os primeiros dias de viagem, tudo correu bem. Os passageiros, todos emigrantes italianos se acostumaram com a rotina a bordo do navio, dividindo os apertados espaços com pessoas provenientes de diversas regiões do país. O navio fez uma parada programada no porto de Nápoles, onde subiram a bordo mais de 400 outros emigrantes do sul da Itália que também tinham o Brasil como destino. Agora o navio estava superlotado e não cabia mais ninguém.
No entanto, a calmaria das primeiras semanas de viagem logo seria interrompida por uma tempestade terrível, que se seguiu no meio da tarde, de um dia muito quente e abafado, quando estavam cruzando a linha do Equador. Enquanto o céu rapidamente se escurecia com grossas e pesadas nuvens, os ventos aumentaram e as ondas ficaram mais altas, batendo forte no casco e balançando violentamente o navio. Os Rusteggo  se seguraram aos corrimãos e aos móveis que estavam fixados no assoalho, para não caírem no chão. O barulho contínuo dos trovões e as pancadas das fortes ondas eram ensurdecedores e o mar parecia querer engolir o navio. A tempestade durou várias horas e os passageiros tiveram que se agarrar para não serem jogados para fora do navio. A comida não pode ser servida e a água começou a ser racionada. Muitos dos passageiros passaram mal com fortes  vômitos devido ao frenético balanço do navio. A esperança de sobreviver a essa tempestade parecia estar cada vez mais distante.
Mas, mesmo diante de todas as dificuldades, aquele grupo de quase mil emigrantes italianos a bordo, mantiveram a esperança de chegar ao Brasil. Eles rezaram para os seus santos de devoção e pediram forças para suportar a tempestade. Em meio às orações e às lágrimas, os Rosteggo se uniram aos demais passageiros em um coro de esperança e fé.
Finalmente, a tempestade começou a diminuir e uma tímida lua começou a iluminar a noite. Os passageiros puderam sair dos alojamentos e sentir o cheiro do mar no tombadilho ainda molhado pelas altas ondas. O navio havia sobrevivido à tempestade e a esperança voltou a se renovar nos corações dos passageiros, a sua totalidade composta por emigrantes italianos.
Após mais alguns dias de tempo bom, finalmente avistaram a costa brasileira. Mais dois dias de navegação, já perto do porto, a emoção tomou conta de todos os passageiros, que aguardavam ansiosamente a hora de desembarcar. Os Rosteggo avistaram a cidade do Rio de Janeiro ao longe, com os lindos morros cercados por uma vegetação exuberante e não puderam conter as lágrimas de felicidade.
Ao desembarcarem no porto do Rio de Janeiro, a família Rusteggo e os demais imigrantes foram recebidos pelos funcionários do porto para a conferência dos seus documentos e depois foram encaminhados para a inspeção médica rotineira na Hospedaria de Imigrantes. Eles se abraçaram, cantaram e dançaram em agradecimento por sobreviverem à viagem apesar daquela grande tempestade. Como não tinha ocorrido qualquer problema médico durante a travessia, as autoridades sanitárias brasileiras os liberaram e os encaminharam para os alojamentos, onde ficariam hospedados até chegar a hora de serem conduzidos para os locais a eles destinados e, então, se instalarem definitivamente no país. Depois de alguns dias ainda na hospedaria, no porto do Rio de Janeiro, quase todos os passageiros foram novamente embarcados, em outro navio, para viagem até o Porto de Santos, pois tinham como destino o estado de São Paulo. Após desembarcados tiveram que subir a Serra do Mar até a capital do estado, em trem até a estação e em carroções até a Hospedaria dos Imigrantes de São Paulo. Neste local ficaram hospedados à espera que os representantes das fazendas de café, que os tinham contratado, viessem buscá-los. Aproveitaram o tempo para regularizar documentos e fazer contatos. Da hospedaria até a sede da fazenda a viagem foi feita de trem, sempre acompanhados pelos funcionários das fazendas e por centenas de outros imigrantes italianos como eles que tinham o mesmo destino, as plantações de café.
A família Rosteggo começou a vida no Brasil com muita dificuldade, mas com muita determinação. Eles trabalharam duro para conseguir garantir o sustento da família. Aos poucos alguns aprenderam a língua portuguesa e se adaptaram aos costumes do novo país. Mas a esperança de uma vida melhor sempre esteve presente em seus corações. 
Depois de quase seis anos vivendo e trabalhando duro na fazenda de café a família conseguiu reunir algumas economias e adquirir um pequeno sítio na zona rural, de uma pequena cidade vizinha à fazenda, também no interior do estado de São Paulo. Durante aqueles quase seis anos trabalhando como empregados na plantação de café da Fazenda Cipó conseguiam no pouco tempo privado que lhes sobrava, plantar nas faixas de terra a eles reservada pelo dono da fazenda, para produzirem seu próprio alimento e a sobra venderem na cidade, uma forma de assim conseguir fazer alguma economia. A esposa de Giovanni com a mãe e as duas filhas mais velhas eram bastante espertas e econômicas, faziam doces, salgados, compotas, sabão em casa para vender, além de criarem galinhas, cujos ovos eram negociados nas cidades próximas e até na própria fazenda. O dinheiro que ganhavam ficava separado, reservado para comprar algum lote de terra para eles ao deixarem a fazenda. O trabalho árduo era recompensado com o sorriso dos clientes satisfeitos e com o dinheiro que ajudava a sustentar a família. 
Ao longo dos anos, os filhos cresceram e se tornaram brasileiros de coração. Eles aprenderam a valorizar a cultura e as tradições do Brasil, sem esquecerem as suas raízes italianas. Os Rosteggo também nunca esqueceram a tempestade que enfrentaram durante a travessia no navio Speranza, como também nunca esqueceram a esperança que os guiou até o novo mundo.
A história da família Rosteggo se tornou uma das muitas histórias de imigrantes que enfrentaram desafios para construir uma nova vida no Brasil. Eles ajudaram a construir o país com o seu trabalho e a sua determinação. Hoje, muitos brasileiros descendem de italianos que enfrentaram a tempestade no navio Speranza e que nunca perderam a fé em uma vida melhor.

Nota: os nomes citados são fictícios


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS





sábado, 4 de dezembro de 2021

Os camponeses italianos nas lavouras de café

Vapor Cavour


 

O império brasileiro, desde os últimos 30 anos do século XIX, já despontava como um grande país, com uma densidade demográfica muito baixa e ainda muito pouco desenvolvido, com uma economia baseada quase que exclusivamente na agricultura. A força de trabalho era até então quase que exclusivamente formada por escravos negros trazidos a força da África.

A explosão do preço internacional do café logo fez surgir extensas plantações nas províncias de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais que exigiam cada vez mais a importação de escravos para o trabalho braçal.




Nessa época as vozes, dentro do império, contra a escravidão cresciam cada vez mais até que no ano de 1871 foi aprovada uma lei que gerou a necessidade dos cafeicultores mudarem de planos para tocarem os seus negócios. 

Era a chamada Lei do Ventre Livre, quando então os filhos das escravas seriam considerados livres. Essa lei foi o início do fim da escravidão no Brasil, o que só veio a acontecer em 13 de maio de 1888, quando foi definitivamente abolida com a promulgação da Lei Áurea.




Os italianos, pela grande disponibilidade naquele momento, desde o início foram uma das opções do governo imperial para substituir os negros escravos nas grandes plantações de café. Nas fazendas, por serem brancos e católicos, tinham um tratamento melhor que os escravos e a qualidade de vida desses primeiros imigrantes era um pouco melhor daquela dos escravos. Mesmo assim, para se ter uma ideia, a dureza do trabalho, as más condições das habitações disponíveis nas fazendas - geralmente eram as mesmas dos antigos escravos - e a mentalidade ainda escravagista, de muitos fazendeiros, levaram o governo italiano, com o decreto Prinetti de 1902 a suspender temporariamente a emigração para o Brasil, especialmente aquela destinada para as grandes fazendas paulistas de café. 

As primeiras levas de imigrantes italianos chegaram a província de São Paulo nos últimos anos do século XIX, provenientes das regiões do Vêneto e Lombardia, logo seguidos por milhares de outros camponeses da região sul da Itália.

Esses imigrantes eram recrutados por companhias especializadas, contratadas pelo governo imperial brasileiro. Vieram para o Brasil com a viagem paga pelos fazendeiros e tinham destino certo.

Através dos diferentes contratos assinados ainda na Itália deviam, com as suas famílias, ficar responsáveis pelo plantio, limpeza e colheita de um determinado número de pés de café. Durante o período para que foram contratados, geralmente, não inferior a dois anos, o imigrante não podia legalmente abandonar a fazenda.

O descontentamento desses primeiros imigrantes era grande com o que tinham encontrado no Brasil e crescia ainda mais na medida que percebiam que a suas vidas não tinham mudado muito para melhor com a emigração. O sonho da propriedade ainda não tinha sido alcançado e este devia ser perseguido a todo o custo. Para a grande maioria desses pioneiros retornar para Itália, sem terem alcançado o objetivo maior que os movera, era considerado uma grande desonra e estava fora de cogitação.


Imigrantes na colheita do café em uma fazenda paulista


Após vencido o período acordado no contrato, cumpridas as suas clausulas e depois de quitarem todas as dívidas contraídas com o fazendeiro, os imigrantes mais corajosos e empreendedores abandonavam as fazendas e se aventuravam por conta própria nas inúmeras cidades vizinhas que rapidamente estavam surgindo. 

Nelas se estabeleciam trabalhando como empregados nas várias fábricas já existentes na região ou, aqueles que já tinham aprendido algum ofício na Itália e especialmente os que tinham conseguido guardar alguma economia durante a permanência na fazenda, logo se tornavam empreendedores ou comerciantes autônomos.

Sem medo do trabalho, depois da longa jornada  na fábrica, em suas próprias casas trabalhavam por conta própria nos mais diversos ofícios, procurando assim aumentar a renda familiar. Este foi o maior segredo, reconhecido por todos,  do sucesso desses imigrantes italianos. 

Assim surgiram pelo interior de São Paulo e também na capital, pequenas e variadas fábricas e casas de comércio que, aos poucos, foram crescendo incorporando o trabalho de toda a família. Muitas delas se tornaram verdadeiras potências econômicas. O rápido progresso do interior paulista se deve, em grande parte, a esses pioneiros empreendedores italianos.

Uma grande diferença entre os italianos e os  imigrantes de outros países que chegaram aqui no Brasil naquele periodo, foi o fato que não tinham até então uma consciência nacional italiana, nem os mesmos costumes eram iguais entre eles e até mesmo não falavam a mesma língua.

Nessas cidades o idioma italiano foi rapidamente se difundindo, passando de uma língua conhecida e usada por poucos - pois os imigrantes só se comunicavam nos seus dialetos provinciais  - para uma língua usada por todos eles para facilitar os relacionamentos, principalmente após os casamentos entre noivos provenientes de diferentes províncias e regiões da Itália. 

Falar em italiano passou a ser considerado uma forma mais culta e educada de se viver e os diversos dialetos provinciais, assim como a maioria dos seus usos e costumes regionais trazidos com a emigração, foram aos poucos se perdendo, pois, essas eram consideradas características das classes mais baixas e que deveriam ser abandonados para se distinguirem. 

Tanto naquelas cidades do interior paulista que conheceram a imigração italiana, como também na capital do estado, se criaram bairros inteiros onde praticamente só viviam os italianos e seus descendentes. Exemplos são os grandes bairros italianos do Brás e do Bixiga que até poucos anos atrás moravam somente os descendentes de italianos.

  


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Emigração Italiana e A Longa Viagem de Navio com destino às Fazendas de Café



Depois de decidirem imigrar para o Brasil, quase sempre após terem sido persuadidos pelos agentes e subagentes de imigração, a próxima etapa era a viagem de navio. O primeiro desafio era chegar até o porto de embarque. 

Para os emigrantes do norte da Itália, o local de partida era o porto de Gênova e, os que emigravam do sul, o porto de Nápoles. A ida até o porto, muitas vezes era feita a pé, mesmo nos meses frios do inverno, muitas vezes envolvia vilas inteiras. Antes de partir, vendiam os poucos bens que possuíam. Frequentemente chegavam ao porto vários dias antes do embarque, iludidos pela má-fé dos agentes de emigração, que mancomunados com os comerciantes e donos de pequenas estalagens, entrono ao porto, que tratavam de aumentar os preços, explorando os pobres emigrantes. 


Uma vez dentro do navio, os imigrantes precisavam enfrentar uma dura viagem marítima que durava até 36 dias, para os que se dirigiam ao Brasil. Ficavam amontoados no navio ocupando todas as instalações da terceira classe. Muitas foram as mortes ocorridas nessas embarcações mal adaptadas para o transporte de seres humanos. Em várias dessas travessias ocorreram muitos óbitos à bordo, quase sempre devido a falta de comida que diminuía a resistência dos passageiros e por epidemias surgidas devido a falta de higiene, nas instalações destinadas aos emigrantes. Casos de asfixia também foram frequentes, devido a grande concentração de pessoas, algumas vezes muito acima da suportada, em um ambiente confinado com pouca ventilação.


 
Ao chegarem ao porto brasileiro, se encantavam com o verde intenso da natureza exuberante do país e estranhavam os homens e mulheres de pele escura que perambulavam pelo porto, que os italianos nunca tinham visto em seu país de origem. Encaminhados para as fazendas de café, em São Paulo, muitos desses emigrantes tiveram que enfrentar uma vida de semiescravidão naquelas fazendas, uma situação bem diferente daquela dos relatos de um paraíso, apregoados pelos recrutadores e agentes de viagem, que os persuadiram a abandonar a Itália e se dirigirem para o Brasil. 

Como consequência, um número elevado de emigrantes retornou para a Itália ou reemigrou para outros países ou migraram para as colônias criadas no sul do Brasil, onde as condições de vida pareciam melhores. Também a possibilidade de ser dono do seu lote de terra, influenciou muitos a se instalarem mais ao sul. 

Entre 1882 e 1914, entraram no estado de São Paulo 1.553.000 emigrantes e saíram 695.000, ou seja, 45% do total. Para aqueles que voltaram para a Itália, restou na lembrança histórias trágicas que ainda hoje permanecem na memória dos filhos e netos desses que retornaram. 

Por outro lado também ficaram memórias positivas do Brasil, das plantações de café, das frutas tropicais que a maioria nunca mais iria provar. 



Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS