Espaço destinado aos temas referentes principalmente ao Vêneto e a sua grande emigração. Iniciada no final do século XIX até a metade do século XX, este movimento durou quase cem anos e envolveu milhões de homens, mulheres e crianças que, naquele período difícil para toda a Itália, precisaram abandonar suas casas, seus familiares, seus amigos e a sua terra natal em busca de uma vida melhor em lugares desconhecidos do outro lado oceano. Contato com o autor luizcpiazzetta@gmail.com
sábado, 31 de agosto de 2024
Sobrenomes Italianos na Cozinha: Uma Jornada Saborosa
sexta-feira, 30 de agosto de 2024
Emigraçao Italiana para os Estados Unidos
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Raízes de Esperança
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Il Viaggio di Antonio Mansuetto
Nel 1946, subito dopo la fine della Seconda Guerra Mondiale, il piccolo comune di Marano di Castelnovo, in Emilia Romagna, stava lentamente riprendendosi dalle devastazioni del conflitto. Antonio Mansuetto, un giovane avventuriero di 34 anni, aveva deciso che il suo destino si trovava oltre i confini dell'Italia. Con uno spirito indomabile e un ardente desiderio di esplorare terre lontane, Antonio lasciò la sicurezza della sua casa e della famiglia per cercare fortuna in terre sconosciute.
Con una solida formazione come meccanico-elettricista e un'esperienza preziosa prestata all'esercito italiano, Antonio possedeva le competenze e la determinazione necessarie per prosperare. Il Brasile, allora in piena fase di crescita industriale, offriva opportunità che sembravano fatte su misura per le sue abilità. Con pochi soldi risparmiati e una speranza illimitata, imbarcò su una nave verso l'ignoto.
San Paolo, la vibrante metropoli sudamericana, accolse Antonio con l'energia frenetica di una città in trasformazione. Trovò rapidamente lavoro nell'industria dell'acciaio, nella siderurgia nazionale, un settore in espansione. La sua esperienza fu ben accolta e, col tempo, si stabilì nella città. I suoi primi anni furono caratterizzati da una serie di cambiamenti di residenza, ma il destino sembrava sempre condurlo al quartiere del Bixiga, dove la comunità italiana era forte e accogliente.
Il Bixiga, noto per le sue case di commercio italiane e l'immersione culturale, divenne la nuova casa di Antonio. Fu lì che incontrò Maria, una donna affascinante che condivideva le sue radici italiane e i suoi sogni di una vita migliore. Si sposarono e formarono una famiglia, avendo quattro figli e, infine, dieci nipoti. La vita di Antonio fu segnata da duro lavoro, dedizione alla famiglia e una profonda gratitudine per le nuove opportunità.
La pensione, a 65 anni, portò ad Antonio la possibilità di riflettere sul suo viaggio. Si ritirò con orgoglio, ma non smise mai di essere attivo nella comunità. I suoi figli e nipoti erano la sua gioia più grande, e si dedicò a trasmettere i valori e la cultura italiana che amava tanto.
Antonio Mansuetto morì a 91 anni, lasciando un'eredità di duro lavoro e determinazione. La sua storia è una testimonianza dello spirito avventuroso e della capacità di trasformare le sfide in opportunità, sempre con uno sguardo rivolto a un futuro migliore.
terça-feira, 27 de agosto de 2024
A Jornada de uma Família de Rovigo na 4ª Colônia Italiana do RS
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
O Imigrantes Italianos no Rio Grande do Sul e o Talian
Os imigrantes italianos, que chegavam aos portos brasileiros, naqueles difíceis anos da grande emigração, diferente dos imigrantes de outras nacionalidades, como por exemplo os alemães e os poloneses, não guardavam entre si uma identidade nacional. Entre os vários grupos de procedências, os imigrantes italianos não tinham nem a língua em comum.
Falavam diversos dialetos, muitas vezes incompreensíveis entre eles e tinham particularidades culturais, históricas, usos e costumes também muito diferentes. A maioria deles era composta de analfabetos ou muito baixa escolaridade. Quase ninguém conhecia a língua italiana, para eles considerada uma língua estrangeira.
Essa dificuldade de comunicação entre eles ficou mais evidente nas colônias do sul do Brasil, especialmente aquelas do Rio Grande do Sul, localizadas no meio da densa mata, sem estradas e longe de centros habitados. Os casamentos entre jovens das diversas proveniências criava dificuldades de comunicação entre as famílias.
Já quando embarcados nos lentos navios puderam sentir essa dificuldade logo nas primeiras longas viagens através do oceano, onde estavam confinados centenas de italianos de várias procedências, falando dialetos do norte e do sul do país. A variedade de dialetos italianos era tal que algumas vezes a mesma palavra era falada de maneira diversa bastando para tal atravessar um rio ou a divisa entre os "paesi".
Nas colônias gaúchas por estarem muito isoladas, foram, aos poucos, aperfeiçoando uma nova língua, misturando palavras e modos de dizer das várias regiões italianas de proveniência presentes nas colônias. Foi assim que surgiu uma nova língua denominada de Talian, falada por todos os italianos e descendentes que moravam no Rio Grande do Sul e, gradativamente, para aqueles de Santa Catarina e Paraná.
O talian não é mais um dialeto, como pode parecer aos menos avisados ou mal intencionados. Trata-se de uma verdadeira língua, com sua gramática própria, com centenas de livros, e até alguns dicionários, já publicados. Passado os primeiros anos os jornais de Caxias já traziam histórias escritas em talian, que muito divertiam os primeiros imigrantes e seus descendentes, como as peripécias no Brasil do famoso personagem Naneto Pipeta, autoria do frei Aquiles Bernardi e publicada em capítulos semanais pelo jornal Staffetta-Riograndense.
O talian foi a língua de integração nas colônias italianas gaúchas. Ainda hoje é falada pela maior parte da comunidade italiana dos três estados sul-brasileiros, onde, inclusive, algumas centenas de programas semanais de rádio vão ao ar falando nessa língua. Alguns municípios a instituíram como a segunda língua da cidade, patrimônio cultural a ser preservado e é ensinada nas escolas municipais.
A língua italiana no entanto era conhecida e falada pelas pessoas mais cultas, mais viajadas, principalmente, aquelas que moravam nas cidades maiores. Nas colônias ela era usada esporadicamente, quase sempre em recepções e encontros oficiais onde estavam presentes autoridades italianas. O talian por sua vez era a língua usada pela população de descendência italiana no seu dia a dia e pela grande importância era a língua oficial nas colônias, falada, ou compreendida, também por brasileiros nativos, descendentes de escravos e imigrantes de outras nacionalidades.
Os imigrantes que se fixaram em São Paulo, que trabalhavam nas grandes fazendas de café, também sentiram a dificuldade que era se comunicar com seus compatriotas, pois cada um tinha uma proveniência e falavam dialetos diferentes.
Como não estavam confinados em uma colônia somente de italianos e o acesso à pequenas cidades vizinhas era muito mais fácil, não precisaram criar uma nova língua e assim passaram a aprender o italiano. Rapidamente os seus dialetos de origem, custodiados lá na Itália durante séculos, foram sendo abandonados e falar em dialeto se tornava a cada dia motivo de zombaria. Falar dialeto passou a ser sinônimo de colono pobre, ignorante.
Segundo dados fornecidos pelo IBGE entre os anos de 1884 e 1939 entraram no Brasil mais de 4 milhões de imigrantes, onde os italianos representavam o maior número deles, superando inclusive os portugueses. Na primeira onda prevaleceram os camponeses de origem veneta que se estabeleceram nas colônias do sul do país e onde se tornariam proprietários rurais.
A segunda onda foi constituída por imigrantes provenientes das regiões centro norte da Itália, com predomínio os de origem veneta e de camponeses do sul da Itália. Foram assentados nas grandes fazendas de café do interior de São Paulo para trabalharem como operários diaristas. O regime de trabalho que encontraram era somente um pouco melhor do que o da escravidão. Eles não podiam adquirir as terras onde trabalhavam e, aqueles mais fortes e resilientes, que não desistiam do sonho americano, para conseguirem sobreviver, após o término do contrato e do pagamento de todas as dívidas contraídas junto ao fazendeiro, passaram a morar em lotes de terras adquiridos no contorno das cidades e vilas vizinhas das fazendas. Estes encontraram a forma de se manterem, trabalhando nas pequenas fábricas e no comércio. Muitos deles, mais preparados, trabalhavam durante o dia nas fábricas para um patrão, e à noite, por conta própria, em diversos serviços como consertos, costuras, pequenas manufaturas e artesanatos. Muitas das atuais grandes fábricas da rica região do interior paulista tiveram início com o suor desses trabalhadores de duplo expediente.
domingo, 25 de agosto de 2024
O Despertar da Alma Italiana: A Saga da Imigração em Santa Catarina
sábado, 24 de agosto de 2024
O Fim de uma Promessa
sexta-feira, 23 de agosto de 2024
A Jornada de Antonio Mansuetto
Em 1946, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, a pequena cidade de Marano di Castelnovo, na Emilia Romagna, estava lentamente se recuperando dos estragos do conflito. Antonio Mansuetto, um jovem aventureiro de 34 anos, havia decidido que seu destino estava além das fronteiras da Itália. Com um espírito indomável e um desejo ardente de explorar novas terras, Antonio deixou a segurança de sua casa e da família para buscar fortuna em terras distantes.
Com uma formação sólida como mecânico-eletricista e uma experiência valiosa servindo no exército italiano, Antonio tinha a habilidade e a determinação necessárias para prosperar. O Brasil, então em plena fase de crescimento industrial, oferecia oportunidades que pareciam feitas sob medida para suas habilidades. Com um pouco de dinheiro economizado e uma esperança ilimitada, ele embarcou em um navio rumo ao desconhecido.
São Paulo, a vibrante metrópole sul-americana, recebeu Antonio com a energia frenética de uma cidade em transformação. Rapidamente encontrou trabalho na indústria do aço, na siderúrgica nacional, um setor em franca expansão. A sua expertise foi bem recebida, e, com o tempo, ele se estabeleceu na cidade. Seus primeiros anos foram marcados por uma série de mudanças de residência, mas o destino parecia sempre o levar ao bairro do Bixiga, onde a comunidade italiana era forte e acolhedora.
O Bixiga, conhecido por suas casas de comércio italianas e a imersão cultural, tornou-se o novo lar de Antonio. Foi ali que encontrou Maria, uma mulher encantadora que compartilhava suas raízes italianas e seus sonhos de uma vida melhor. Casaram-se e formaram uma família, tendo quatro filhos e, eventualmente, dez netos. A vida de Antonio foi marcada por trabalho árduo, dedicação à família e uma profunda gratidão por suas novas oportunidades.
A aposentadoria, aos 65 anos, trouxe a Antonio a chance de refletir sobre sua jornada. Ele se aposentou com orgulho, mas nunca deixou de ser ativo na comunidade. Seus filhos e netos eram sua maior alegria, e ele se dedicou a passar adiante os valores e a cultura italiana que sempre amou.
Antonio Mansuetto faleceu aos 91 anos, deixando um legado de trabalho duro e determinação. Sua história é um testemunho do espírito aventureiro e da capacidade de transformar desafios em oportunidades, sempre com uma visão voltada para um futuro melhor.
quinta-feira, 22 de agosto de 2024
La Visione degli Americani sugli Italiani
quarta-feira, 21 de agosto de 2024
A Emigração Italiana nas Primeiras Décadas Após a Unificação
terça-feira, 20 de agosto de 2024
La Cultura e le Tradizioni Mantenute: L'eredità Italiana in Brasile
La Cultura e le Tradizioni Mantenute: L'eredità Italiana in Brasile
L'immigrazione italiana in Brasile iniziò alla fine del XIX secolo, portando con sé un ricco patrimonio di cultura e tradizioni che si sono radicate profondamente nel tessuto sociale brasiliano. Questo processo migratorio non solo ha contribuito a trasformare il panorama demografico del paese sudamericano, ma ha anche avuto un impatto duraturo sulla sua cultura, economia e stile di vita. Analizzare l'eredità italiana in Brasile significa comprendere un intreccio di elementi culturali, religiosi, culinari e linguistici che continuano a influenzare la società brasiliana moderna.
Le Radici dell'Immigrazione Italiana
La grande ondata di immigrazione italiana in Brasile ebbe luogo tra il 1875 e il 1914, un periodo durante il quale circa 1,5 milioni di italiani si trasferirono in Brasile. La maggior parte di questi immigrati proveniva dalle regioni settentrionali d'Italia, in particolare dal Veneto, dalla Lombardia e dal Trentino-Alto Adige. Molti di loro furono attratti dalle opportunità offerte dalla coltivazione del caffè nello stato di São Paulo, che all'epoca rappresentava una delle principali attività economiche del paese.
L'Influenza Culinaria
Uno degli aspetti più evidenti della cultura italiana mantenuta in Brasile è la cucina. Le influenze italiane sono particolarmente forti nelle regioni meridionali del Brasile, come Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dove la popolazione di origine italiana è numerosa. Piatti come la polenta, il risotto e varie preparazioni di pasta sono diventati parte integrante della cucina brasiliana. Le pizzerie sono diffuse in tutto il paese e spesso adottano stili che combinano tradizioni italiane con ingredienti locali, creando così una fusione culinaria unica.
Le Feste e le Celebrazioni
Le feste tradizionali italiane hanno trovato un fertile terreno in Brasile, dove vengono celebrate con entusiasmo e partecipazione comunitaria. Una delle feste più importanti è la "Festa della Uva" a Caxias do Sul, nello stato di Rio Grande do Sul, che celebra la vendemmia con sfilate, musica, danze e, naturalmente, degustazioni di vino. Analogamente, la "Festa Italiana" di São Paulo attira migliaia di visitatori ogni anno, offrendo un'esperienza immersiva nella cultura italiana attraverso cibo, musica e spettacoli.
La Lingua e l'Educazione
La lingua italiana ha lasciato un'impronta significativa in Brasile, specialmente nelle comunità con alta concentrazione di discendenti italiani. Molte scuole offrono corsi di italiano e ci sono diverse istituzioni culturali, come il Circolo Italiano di São Paulo, che promuovono la lingua e la cultura italiana. Anche i dialetti italiani, come il veneto e il trentino, sono ancora parlati in alcune comunità rurali, testimonianza della tenace conservazione delle radici linguistiche.
L'Architettura e l'Arte
L'influenza italiana è visibile anche nell'architettura e nell'arte. Nelle città con una forte presenza italiana, come São Paulo e Curitiba, si possono trovare edifici e chiese costruiti secondo stili architettonici italiani. L'arte italiana, inoltre, ha influenzato molti artisti brasiliani, che hanno adottato tecniche e stili appresi dai maestri italiani. Il Museo d'Arte di São Paulo (MASP) ospita numerose opere d'arte italiana, consolidando il legame culturale tra i due paesi.
La Religione e le Tradizioni
La religione cattolica, portata dagli immigrati italiani, ha rafforzato ulteriormente la sua presenza in Brasile. Le feste religiose italiane, come la festa di San Gennaro e de Madonna di Caravaggio sono celebrate con grande devozione e partecipazione. Inoltre, le processioni e le celebrazioni legate ai santi patroni delle comunità italiane sono momenti di grande importanza culturale e spirituale.
L'Eredità Immateriale
Oltre agli aspetti tangibili, l'eredità italiana comprende anche tradizioni orali, musica e danze che sono state tramandate di generazione in generazione. La musica italiana, dalle arie operistiche alle canzoni popolari, ha trovato un posto nel cuore dei brasiliani. Le danze tradizionali, come la tarantella, sono eseguite durante le feste comunitarie, mantenendo vive le antiche tradizioni.
Conclusione
L'eredità culturale italiana in Brasile è un fenomeno complesso e multiforme che continua a evolversi. La capacità degli immigrati italiani di adattarsi e integrarsi mantenendo le proprie tradizioni ha arricchito enormemente il panorama culturale brasiliano. Oggi, quasi 150 anni dopo l'inizio delle prime grandi ondate migratorie, le tradizioni italiane rimangono una parte vibrante e dinamica della società brasiliana, testimoniando la resilienza e la vitalità della cultura italiana in terra straniera.