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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A Saga da Família Bellomonte: das Colinas de Montecchio Maggiore à Colônia Alfredo Chaves

 


A Saga da Família Bellomonte: das Colinas de Montecchio Maggiore à Colônia Alfredo Chaves no RS


Em Montecchio Maggiore, um pequeno comune da província de Vicenza, a vida da família Bellomonte era marcada pelo trabalho árduo e pela luta constante contra as adversidades. Giovanni Bellomonte, de 39 anos, era um homem alto, de ombros largos e mãos calejadas pelo manejo da enxada. Ele trabalhava incansavelmente em um pedaço de terra arrendado, onde cultivava trigo e milho. O solo, pobre e pedregoso, raramente recompensava seus esforços. A seca constante ou chuvas torrenciais frequentemente arruinavam o trabalho de meses. Maria, sua esposa, com 35 anos, possuía uma beleza discreta e uma força interior admirável. Entre tarefas domésticas e a criação dos três filhos — Luca, de 15 anos, Sofia, de 12, e Pietro, de apenas 6 anos —, ela encontrava tempo para tecer e vender suas peças no mercado local.

O pequeno Pietro era curioso e frequentemente acompanhava o pai ao campo, embora ainda fosse jovem para ajudar. Luca, já com o corpo esguio de um rapaz em crescimento, assumia tarefas pesadas ao lado de Giovanni. Sofia, por sua vez, demonstrava aptidão para a leitura e a escrita, habilidades raras na região. Seu sonho era ser professora, mas isso parecia impossível em uma terra onde a sobrevivência diária era a prioridade.

As dificuldades não eram exclusivas da família Bellomonte. Em Montecchio Maggiore, a pobreza era endêmica. A unificação da Itália em 1861 trouxe promessas de progresso, mas a realidade no Veneto era de desemprego, fome e injustiças. As reformas agrárias beneficiaram poucos, enquanto a maioria da população rural continuava explorada pelos grandes proprietários. Giovanni, ciente de que o futuro para sua família estava comprometido, começou a considerar as histórias que circulavam na vila sobre uma terra distante chamada Brasil.

Foi uma manhã fria de fevereiro quando Giovanni recebeu uma carta de Antonio Bellomonte, um primo que emigrara anos antes para a Colônia Alfredo Chaves, no Rio Grande do Sul. Antonio descrevia terras férteis que podiam ser obtidas a preços acessíveis ou mesmo gratuitamente, em troca de trabalho árduo. Ele falava de um lugar onde os imigrantes italianos construíam comunidades prósperas, cultivavam suas próprias terras e viviam sem as amarras dos latifundiários.

Maria, embora hesitante, ouviu Giovanni ler a carta com atenção. Os relatos de Antonio acendiam uma chama de esperança, mas também traziam temor. Ela sabia que atravessar o oceano com três filhos pequenos seria uma tarefa arriscada. No entanto, ao olhar para os rostos magros de suas crianças, tomou a decisão ao lado do marido: venderiam o que possuíam e embarcariam para o Brasil.

A partida de Montecchio Maggiore foi um evento carregado de emoção. Giovanni vendeu a carroça, os poucos animais que possuíam e até o pequeno tear de Maria. Os vizinhos, muitos deles tão pobres quanto os Bellomonte, ofereceram orações e pequenos presentes, como pão e queijos, para a longa jornada. Sofia abraçou longamente sua melhor amiga, prometendo escrever cartas. Pietro, por ser o mais novo, não compreendia completamente o significado da despedida, mas sentia o peso da tristeza no ar.

A viagem até o porto de Gênova foi longa e desconfortável, feita em uma carroça alugada até a estação de trem mais próxima. Ao chegarem ao porto, os Bellomonte ficaram impressionados com a vastidão do oceano e o tamanho do navio, o "La Spezia", que os levaria ao Brasil. O embarque foi caótico, com multidões de famílias carregando malas improvisadas, enxovais e lembranças da terra natal.

A travessia marítima foi um teste de resistência. Nos porões apertados do navio, a família dividia o espaço com dezenas de outras pessoas. O ar era pesado, e as condições sanitárias eram precárias. Giovanni e Luca ajudavam nas tarefas do navio em troca de pequenas porções extras de comida, enquanto Maria cuidava de Pietro, que adoeceu com febre durante a viagem. Sofia, sempre protetora, passava horas ao lado do irmão, contando histórias e cantando canções para confortá-lo.

Após semanas de viagem, o navio finalmente atracou no porto do Rio de Janeiro. Mas a jornada não havia terminado. A família Bellomonte foi direcionada para a Colônia Alfredo Chaves, no sul do Brasil. Embarcaram em um outro navio, pequeno e lotado, onde enfrentaram mais desconforto e a ansiedade do desconhecido até o porto de Rio Grande. Durante o trajeto, os vastos campos e as florestas tropicais, tão diferentes da paisagem italiana, despertavam sentimentos mistos de fascínio e temor.

Ao chegarem à colônia, foram recebidos por outros imigrantes italianos. Giovanni e Maria sentiram um misto de alívio e desespero ao verem o lote de terra que lhes foi designado. Era uma vasta extensão coberta por mata densa, onde seria necessário desbravar cada centímetro para torná-la produtiva. Giovanni, com a ajuda de Luca, começou imediatamente a derrubar árvores e construir um abrigo provisório.

Os primeiros meses foram de trabalho incessante. Maria plantava ervas e vegetais próximos à casa, enquanto Sofia cuidava de Pietro e aprendia com as outras mulheres a lidar com os desafios locais, como evitar picadas de insetos e purificar a água. O clima tropical era exaustivo, e a família enfrentou surtos de malária e febre amarela, que ceifaram a vida de muitos colonos.

Com o passar dos anos, os Bellomonte começaram a ver os frutos de seu esforço. O solo fértil da região recompensava o trabalho árduo, e Giovanni conseguiu expandir o cultivo para incluir uvas, milho e feijão. Luca tornou-se um jovem robusto e assumiu grande parte das responsabilidades agrícolas, enquanto Sofia, determinada, começou a ensinar as crianças da colônia, realizando o sonho que parecia impossível em Montecchio Maggiore. Pietro, sempre curioso, interessou-se pela criação de suínos e com o tempo tornou-se um grande criador, abastecendo a fábrica de banha local.

As noites na casa dos Bellomonte eram momentos de celebração. Giovanni tocava sua velha sanfona, e Maria, com um brilho no olhar, preparava pratos que combinavam as tradições italianas com os ingredientes locais. Embora a saudade da Itália nunca desaparecesse, a família encontrou em Alfredo Chaves um novo lar e a promessa de um futuro melhor.

A história dos Bellomonte espalhou-se pela colônia como um exemplo de resiliência e coragem. Giovanni e Maria envelheceram vendo seus filhos prosperarem, cada um seguindo seu caminho, mas sempre enraizados nos valores de união e trabalho. A trajetória dessa família, marcada por sacrifícios e conquistas, tornou-se um símbolo da força dos imigrantes italianos que ajudaram a moldar o Brasil.



sábado, 15 de fevereiro de 2025

Imigrantes Italianos no Vale do Paraíba SP

 


Imigrantes Italianos no 

Vale do Paraíba SP


Em 1890, a colônia do Quiririm foi fundada no Médio Vale do Rio Paraíba Paulista, dentro da estratégia de formação de núcleos coloniais em áreas cafeeiras de São Paulo. O objetivo era criar pequenas propriedades voltadas para o cultivo de subsistência, com a finalidade de suprir as cidades locais. Os terrenos foram vendidos a colonos de diversas origens, sendo a maioria brasileira e italiana. Os imigrantes italianos desempenharam papel crucial na prosperidade econômica da colônia, com atividades como olarias e a prática da rizicultura de várzeas, técnica agrícola que eles introduziram nas regiões ribeirinhas dos rios Paraíba e Quiririm. 

Na primeira década do século XX, o arroz produzido no Quiririm tornou-se a segunda maior fonte de receita de Taubaté, atrás apenas do café. A rizicultura se espalhou por toda a região do Médio Vale paulista. Por meio de sua influência econômica, os italianos impuseram seus hábitos e mantiveram viva sua identidade cultural. Até os dias de hoje, o Quiririm é reconhecido como uma comunidade de descendentes italianos na área.


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

A Saga da Imigração Italiana no Brasil: Condições de Vida, Desafios e Legado Cultural (Tese)

 


Tese: A Saga da Imigração Italiana no Brasil: Condições de Vida, Desafios e Legado Cultural


Autor: Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta


Introdução


A imigração italiana no Brasil foi um dos maiores movimentos migratórios do final do século XIX e início do século XX. Segundo o escritor e historiador italiano Deliso Villa, em seu livro Storia dimenticata (História Esquecida), esse episódio é descrito como “um verdadeiro êxodo, só comparável àquele dos judeus relatado na Bíblia”. Entre os anos de 1870 e 1970, cerca de cinco milhões de italianos deixaram a Itália em busca de melhores condições de vida. Dentre os destinos mais procurados, o Brasil se destacou ao lado dos Estados Unidos e da Argentina, sendo visto como um "El Dorado" pelos agentes de emigração.

Os imigrantes italianos trouxeram uma rica cultura, hábitos, tradições e valores que influenciaram a sociedade brasileira. A cultura italiana se difundiu por meio da música, da gastronomia, das artes, da religião e do esporte, enriquecendo a identidade cultural do país. A presença italiana também foi significativa no desenvolvimento econômico, com os imigrantes trabalhando na agricultura, indústria têxtil, mineração e construção civil. Muitos italianos se tornaram empreendedores, ajudando a desenvolver as cidades onde se instalaram.

A imigração italiana impactou a sociedade brasileira ao formar laços de amizade e família, contribuindo para uma identidade nacional plural. A língua portuguesa no Brasil foi influenciada por palavras e expressões de origem italiana. Em suma, a imigração italiana teve um papel fundamental na história do Brasil, contribuindo para seu desenvolvimento econômico e cultural e deixando um legado que perdura até hoje.

Escolhi o tema da imigração italiana no Brasil pela sua relevância para a formação da identidade cultural brasileira e pelas influências que moldaram a sociedade e a economia do país. Esse estudo nos permite compreender as dinâmicas sociais, políticas e econômicas envolvidas na chegada e inserção dos imigrantes italianos, refletindo sobre questões de identidade, diversidade cultural e xenofobia, temas que ainda são relevantes na sociedade brasileira e global.

Estudar a imigração italiana no Brasil valoriza a diversidade cultural do país e reconhece as contribuições dos imigrantes para uma sociedade mais plural e inclusiva. Além disso, permite entender as dinâmicas migratórias globais, influenciadas por questões políticas, econômicas e sociais.


Metodologia


A pesquisa foi realizada através de uma revisão bibliográfica sistemática sobre a imigração italiana no Brasil, incluindo fontes primárias e secundárias, como livros, artigos científicos, dissertações, teses, periódicos e registros históricos. Também realizamos entrevistas com descendentes de imigrantes italianos residentes no Brasil, buscando dados qualitativos sobre as experiências de seus antepassados. A seleção dos entrevistados considerou a diversidade geográfica e socioeconômica, assegurando ampla representação das vivências dos imigrantes e seus descendentes.

Além das entrevistas, analisamos registros históricos de imigração, como listas de passageiros de navios, para obter informações detalhadas sobre as regiões de origem dos imigrantes, as condições de viagem e os locais de assentamento no Brasil. Minha experiência de mais de 30 anos como presidente de diversas associações italianas e autor de diversos trabalhos sobre este tema também foram fundamentais para a pesquisa. Esse envolvimento proporcionou um conhecimento profundo das dinâmicas culturais e sociais das comunidades de descendentes, enriquecendo a análise dos dados coletados.

Os dados foram submetidos a uma análise de conteúdo, que envolveu análises qualitativas e quantitativas, para identificar as principais motivações dos imigrantes, suas estratégias de adaptação e contribuições para a sociedade brasileira. A metodologia adotada permitiu uma abordagem multidisciplinar do tema, integrando fontes diversas e complementares e possibilitando uma compreensão mais ampla da imigração italiana no Brasil e seus impactos na cultura, economia e sociedade.


Contexto Histórico


A imigração italiana no Brasil ocorreu em um contexto de transformações sociais, políticas e econômicas tanto na Europa quanto no Brasil. No final do século XIX, o Brasil vivia um período de expansão econômica impulsionada pela cultura do café, que gerou a necessidade de mão de obra. Ao mesmo tempo, a Itália passava por uma grave crise econômica, provocando uma grande onda migratória. Com a abolição da escravatura em 1888, o Brasil precisava de nova mão de obra, e o governo incentivou a imigração europeia, oferecendo vantagens para os imigrantes.

A imigração italiana, iniciada em 1870, intensificou-se nas décadas seguintes, tornando-se uma das maiores correntes migratórias para o Brasil. Os imigrantes italianos foram atraídos pela perspectiva de melhores condições de vida e trabalho em comparação com a situação na Itália. A chegada dos italianos impactou a formação da sociedade brasileira, contribuindo para o desenvolvimento econômico, a diversificação cultural e a formação de uma nova identidade nacional. A imigração italiana também trouxe desafios, como a adaptação a um país com costumes e língua diferentes, a exploração de trabalhadores e a xenofobia.


Distribuição Geográfica e Adaptação


Os imigrantes italianos se concentraram principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Em São Paulo, impulsionaram a produção de café, trabalhando nas lavouras do interior e desenvolvendo atividades comerciais e industriais na capital. No Paraná, os italianos se dedicaram à exploração de madeira e ao cultivo de café. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, destacaram-se na agricultura, especialmente na produção de uva e vinho, além da criação de gado.

Os italianos formaram importantes colônias, como Caxias do Sul e Dona Isabel no Rio Grande do Sul, preservando sua cultura e tradições. Essas colônias foram fundamentais para o desenvolvimento econômico regional e influenciaram a formação de uma identidade regional específica, valorizando a cultura do vinho e da gastronomia italiana.


Condições de Vida e Trabalho


Os imigrantes italianos enfrentaram dificuldades ao chegar ao Brasil, vivendo inicialmente em condições precárias. No entanto, com o tempo, muitos conseguiram melhorar suas condições de moradia. Mantiveram seus hábitos alimentares tradicionais e contribuíram significativamente para a agricultura, a indústria e o comércio. As condições de trabalho eram muitas vezes precárias, com jornadas extenuantes e baixos salários, mas a contribuição dos italianos para o desenvolvimento econômico do Brasil foi significativa.


Influência Cultural e Legado


A cultura italiana influenciou significativamente o Brasil, especialmente nas regiões de concentração dos imigrantes. A culinária italiana, com pratos como pizza e massas, é amplamente apreciada. A música, a arte e a arquitetura italianas também deixaram sua marca. Os italianos preservaram suas tradições e costumes, enriquecendo a cultura brasileira.

A imigração italiana teve impactos na economia, na cultura e na sociedade brasileira, ajudando na formação de uma sociedade multicultural. Embora os imigrantes tenham enfrentado desafios como a exploração e a discriminação, sua contribuição para o desenvolvimento do Brasil foi inegável, deixando um legado duradouro.


Discussão


A emigração italiana para o Brasil no século XIX e início do século XX foi impulsionada por motivos econômicos e sociais. As condições precárias a bordo dos navios e as dificuldades de adaptação foram desafios significativos. Autores como Altiva Palhano, Rovilio Costa, Luzzatto e De Boni discutiram a política migratória italiana e as consequências da emigração.


Resumo


Este trabalho analisou a emigração italiana para o Brasil, especialmente para o Rio Grande do Sul, no século XIX e início do XX. A pesquisa bibliográfica abordou as causas da emigração, as condições econômicas da Itália e as oportunidades oferecidas pelo Brasil. As viagens marítimas dos imigrantes foram marcadas por condições precárias, mas muitos conseguiram se estabelecer no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico e cultural do país.


Conclusão


A imigração italiana para o Brasil foi um processo histórico complexo, com diversas motivações e desafios. Apesar das dificuldades enfrentadas, os imigrantes italianos contribuíram significativamente para a construção do país. O estudo da imigração italiana é fundamental para compreender a história e a identidade do Brasil e para promover a tolerância e a integração entre os povos.


Referências Bibliográficas

  1. BARROS, José D’Assunção. Imigração Italiana no Rio Grande do Sul: 1875-1914. São Paulo: HUCITEC, 1990.
  2. BERTONHA, João Fábio. Café e Trabalhadores no Oeste Paulista: Contribuição à História Social do Trabalho. São Paulo: Annablume, 2002.
  3. CAMINHA, Maria Izabel. Imigração Italiana no Rio Grande do Sul: Trajetórias e Memórias. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.
  4. CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que Não Foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
  5. DELLA PAOLERA, Gerardo; TAYLOR, Alan M. A New Economic History of Argentina. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
  6. FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012.
  7. FERREIRA, Marieta de Moraes; BICALHO, Maria Fernanda; MOTA, Carlos Guilherme (orgs.). O Brasil Imperial, v. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
  8. FLORENTINO, Manolo; FREITAS, Maria Cristina Cortez. 80 Anos de Imigração Italiana em São Paulo. São Paulo: EDUSP, 2009.
  9. GINZBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
  10. KRIEGER, Alexsandro Santos. Imigração Italiana e Colonização no Rio Grande do Sul: A Colônia Caxias do Sul (1875-1914). Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2006.
  11. LUCENA, Ivone. Os Italianos no Rio Grande do Sul: Adaptação e Contribuição Cultural. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2010.
  12. MENDES, Maria Cristina. Cultura e Sociedade: Os Imigrantes Italianos no Sul do Brasil. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005.
  13. PESAVENTO, Sandra Jatahy. Imigrantes Italianos no Rio Grande do Sul: Memórias e Histórias. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1991.
  14. RONCAGLIA, Sergio. Immigrazione Italiana in Brasile. Bari: Laterza, 1996.
  15. SALVADOR, Moacyr. A Saga dos Imigrantes: Italianos no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: L&PM Editores, 2000.
  16. SLENES, Robert W. Malungu Ngoma Vem!: África Coberta e Descoberta do Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2011.
  17. SPOSITO, Eliseu. Italianos no Sul do Brasil: Aspectos Históricos e Culturais. Porto Alegre: Editora Sulina, 2012.
  18. TRUZZI, Oswaldo. Imigração Italiana: A Aventura do Novo Mundo. São Paulo: Brasiliense, 1982.
  19. VICENTINO, Cláudio; BAIOCCHI, Gianpaolo. História Geral.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Lista de Imigrantes Italianos navio Rivadavia




Navio Rivadavia 

Porto do Rio de Janeiro 

30 de março de 1877



ARALDI:
Pietro – 35 anos – casado
Maria – 32 anos – casado
Catterina – 5 anos – solteiro
Matilde – 2 anos – solteira – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BAGGIO:
Luigi – 36 anos – casado
Francesca – 30 anos – casado
Antonio – 6 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BALZANELLI:
Francesco – 38 anos – casado
Margherita – 35 anos – casado
Maria – 13 anos – solteiro
Lucilla – 11 anos – solteiro
Amadio – 4 meses – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BARDINI:
Domenico – 38 anos – casado
Anna – 39 anos – casado
Maria – 12 anos – solteiro
Silvestro – 9 anos – solteiro
Catterina – 5 anos – solteira
Antonio – 11 meses – solteiro – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BARTAIN:
Giovanni – 40 anos – casado
Adrianna – 30 anos – casado
Maria Giovanna – 3 anos – solteiro
Michele – 1 ano – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BONO:
Giovanni – 47 anos – casado
Lucia – 50 anos – casada
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BORTOLUZZI:
Bartolomeo – 39 anos – casado
Antonia – 36 anos – casada
Antonio – 10 anos – solteiro
Giovanni – 4 anos – solteiro
Giuseppe – 2 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BRESSAR:
Gio-Fortunato – 32 anos – casado
Prudenza – 31 anos – casado
Andrea – 6 anos – solteiro
Antonio – 5 anos – solteiro
Catterina – 3 anos – solteira
Maria – 2 anos – solteira
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BROCCA:
Luigi – 25 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor
Primo da família Carboni

BROLESE:
Angelo – 38 anos – casado
Maria – 35 anos – casada
Teresa – 10 anos – solteira
Giuseppe – 8 anos – solteiro
Angela – 6 anos – solteira
Luigi – 3 anos – solteiro
Maria – 1 ano – solteira
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BURATO:
Angelo – 46 anos – casado
Candida – 40 anos – casada
Silvio – 5 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BUSANI:
Giacomo – 45 anos – casado
Lucia – 32 anos – casada
Luigia – 11 anos – solteira
Emilia - ? anos – solteira
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

BUSINARO:
Antonio – 38 anos – casado
Maddalena – 47 anos – casada
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CAGNOLA:
Francesco – 28 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CALDANA:
Battisto – 60 anos – viúvo
Giovanni – 27 anos – casado
Maria – 25 anos – casada
Angelo – 40 anos – casado
Catterina – 38 anos – casada
Antonia Catterina – 16 anos – solteira
Giovanni – 8 anos – solteiro
Antonia – 5 anos – solteira
Gio-Batta – 3 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CANAVESI:
Luigi – 39 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CARBONI:
Giuseppe – 35 anos – casado
Clementina – 30 anos – casada
Prima – 5 anos – solteira
Marcello – 3 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CARRARA:
Luigia – 55 anos – viúva
Angelo – 21 anos – solteiro
Carlo – 31 anos – casado
Regina – 30 anos – casada
Vittoria – 30 anos – solteira
Rosa – 8 anos – solteira
Clara – 3 anos – solteira
Giuseppe – 1 ano – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CARTELLI:
Antonio – 39 anos – casado
Candida – 22 anos – casado
Cleonice – 5 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CASSAGO:
Sante – 24 anos – solteiro
Pietro – 22 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CASTAGNETI:
Sebastiano – 32 anos – casado
Vincenza – 28 anos – casado
Luigi – 6 anos – solteiro
Amalia – 5 anos – solteiro
Pasqualina – 10 meses – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CASTELLETTI:
Battisto – 33 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor
Obs.: primo da família Bortoluzzi

CAVAZZONI:
Antonio – 34 anos – casado
Osanna – 30 anos – casado
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CESTARO:
Patrizio – 65 anaos – casado
Maria – 63 anos – casado
Alessandro – 27 anos – casado
Angela – 24 anos – casado
Arsenio – 2 anos – solteiro
Maria – 1 mês – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CHIERICO COLATO:
Lucia – 62 anos – viúvo
Rocco – 33 anos – casado
Chiara – 29 anos – casado
Emilia – 5 anos – solteiro
Fortunata – 1 ano – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CIPRIANI:
Domenico – 36 anos – casado
Francesca – 33 anos – casado
Arcangelo – 12 anos – solteiro
Elisabetta – 10 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

CORRADINI:
Simeone – 36 anos – casado
Erminia – 33 anos – casado
Luigia – 11 anos – solteiro
Luigi – 6 anos – solteiro
Assunta – 1 mês – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

COSTA:
Andrea – 52 anos – casado
Francesca – 41 anos – casado
Giovanni – 2 anos – solteiro
Serafina – 2 meses – solteiro – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

DALLA PEGORARA:
Luigi – 49 anos – casado
Marianna – 36 anos – casado
Vittorio – 13 anos – solteiro
Giuseppe – 9 anos – solteiro
Gaetano – 5 anos – solteiro
Giambattista – 8 meses – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

ECHARLOT:
Auguste – 43 anos – casado
Felicite – 29 anos – casado
Pierre – 7 anos – solteiro
Valery – 6 anos – solteiro
Samuel – 3 anos – solteiro
Marie ?? – 1 mês – solteiro – faleceu
Carlo – 38 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

FERRARI:
Pietro – 38 anos – casado
Angela – 36 anos – casado
Marcellina – 9 anos – solteiro
Albino – 3 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

FOLCHINI:
Giovanni – 64 anos – casado
Lucia – 40 anos – casado
Andrea – 17 anos – solteiro
Abele – 15 anos – solteiro
Angelo – 14 anos – solteiro
Regina – 12 anos – solteiro
Battisto – 10 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

FORMOSA:
Bernardo – 74 anos – viúvo
Giacomo – 51 anos – casado
Clementina – 45 anos – casado
Maddalena – 16 anos – solteiro
Luigi – 13 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

FRAGAN:
Basilio – 32 anos – casado
Angela – 27 anos – casado
Lucinto – 6 meses – solteiro – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

FRANCHI:
Giovanni – 30 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

FRASI:
Andrea – 35 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor
Primo da família Carboni

FUNGHERI:
Gregorio – 50 anos – casado
Luigia – 40 anos – casado
Luigi – 4 anos – solteiro
Michele – 15 anos – solteiro
Vittoria – 4 meses – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

GHIRALDO:
Santo – 38 anos – casado
Carolina – 37 anos – casado
Arpalice – 13 anos – solteiro
Tranquillo – 10 anos – solteiro
Maria – 7 anos – solteiro
Marino - ? anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

GRASSI:
Giacomo – 37 anos – casado
Luigia – 35 anos – casado
Giuseppe – 9 anos – solteiro
Angelo – 7 anos – solteiro
Cesira – 2 anos – solteiro – faleceu no Porto do Rio de Janeiro
Francesco – 1 ano – solteiro – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

LODIGIANI:
Francesco – 35 anos – casado
Maria – 30 anos – casado
Florinda – 6 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

LUMMI:
Luigi – 23 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor
Neto de chefe da família Folchini

MAGRI:
Enrico – 21 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor
Obs.: primo da família Cestare

MANARIN:
Giovanni – 34 anos – casado
Teresa – 29 anos – casado
Domenico – 7 anos – solteiro
Luigia – 1 ano – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MANFREDI:
Enrico – 30 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor
Primo da família Ghiraldo

MANFREDINI:
Giuseppe – 47 anos – casado
Teresa – 38 anos – casado
Francesco – 13 anos – solteiro
Serafina – 11 anos – solteiro
Francesco – 9 anos – solteiro
Maria – 2 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MARGARITTI:
Giovanni – 32 anos – casado
Carolina – 40 anos – casado
Angela – 12 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MARGOTTO:
Ambrozio – 33 anos – casado
Lucia – 26 anos – casado
Luigi – 4 anos – solteiro
Teresina – 5 meses – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MARGOTTO POPINI:
Rosa – 54 anos – viúvo
Domenico – 34 anos – casado
Luigia – 29 anos – casado
Luigia – 17 anos – solteiro
Agostino – 7 meses – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MARTINELLI:
Giambattista – 38 anos – casado
Margherita – 33 anos – casado
Rosa – 9 anos – solteiro
Giovanni – 7 anos – solteiro
Francesco – 2 anos – solteiro – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MARZA:
Marco – 57 anos – viúvo
Letizia – 13 anos – solteiro
Antonio – 10 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MINATO:
David – 43 anos – casado
Candida – 40 anos – casado
Maria – 19 anos – solteiro
Cristiano – 17 anos – solteiro
Leandro – 15 anos – solteiro
Federico – 14 anos – solteiro
Angelo – 12 anos – solteiro
Brigida – 10 anos – solteiro
Agostino – 7 anos – solteiro
Abramo – 4 anos – solteiro
Abele – 2 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MOLON:
Giovanni – 39 anos – casado
Pierina – 37 anos – casado
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MORETTO:
Pietro – 23 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MOSERLE:
Domenico – 30 anos – casado
Angela – 26 anos – casado
Anna – 2 meses – solteiro – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

MUDOLON:
Cunigo-Orsola – 59 anos – viúvo
Giovanni – 35 anos – casado
Luigia – 28 anos – casado
Luigi – 5 anos – solteiro
Ferdinando – 3 anos – solteiro
Maria – 1 ano – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

NANDI:
Luigi – 29 anos – casado
Verona – 26 anos – casado
Ferdinando – 3 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

PADOVANI:
Luigi – 40 anos – casado
Maria – 37 anos – casado
Giovanni – 14 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

PARISE:
Giovanni – 34 anos – casado
Elisabetta – 34 anos – casado
Giovanna – 16 anos – solteiro
Maria – 14 anos – solteiro
Rosa – 12 anos – solteiro
Urbano – 7 anos – solteiro
Bortolo – 5 anos – solteiro
Andrea – 2 anos – solteiro – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

PASETTO:
Michel-Angelo – 39 anos – casado – faleceu
Maria – 30 anos – casado
Bortolo – 13 anos – solteiro
Arpalice – 9 anos – solteiro
Marianna – 7 anos – solteiro – faleceu
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

PELIZZER:
Antonio – 23 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor
Primo da família Minato

PERDONÀ:
Alessandro – 51 anos – casado
Maria – 42 anos – casado
Angelo – 22 anos – solteiro
Clementina – 18 anos – solteiro
Angelo – 14 anos – solteiro
Bortolo – 11 anos – solteiro
Pietro – 6 anos – solteiro
Teresina – 4 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

SABAINI:
Domenico – 67 anos – viúvo
Giovanni – 38 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

SERIMIN:
Pietro – 52 anos – casado
Valentino – 42 anos – viúvo
Giovanni – 38 anos – solteiro
Angela – 37 anos – casado
Gaetano – 14 anos – solteiro
Angelo – 6 anos – solteiro
Angelo – 6 anos – solteiro (nome duplicado em seqüência e com a mesma idade)
Giovanna – 2 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

SIGNORETTIZ:
Luigi – 38 anos – casado
Minari – 30 anos – casado
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

STORI:
Giuseppe – 24 anos – casado
Maria – 22 anos – casado
Benedetto – 4 anos – solteiro
Fiorinda – 2 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

TANCHELLA:
Gio-Batta – 54 anos – casado
Paola – 50 anos – casado
Enrico – 14 anos – solteiro
Napoleone – 11 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

TONNI:
Paolo – 45 anos – casado
Teresa – 40 anos – casado
Luca – 9 anos – solteiro
Rosa – 5 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

TUROSSI:
Giovanni – 26 anos – viúvo
Lucia – 1 ano – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

VANNELLI:
Andrea – 29 anos – solteiro
Antonia – 60 anos – viúvo
Giuseppe – 26 anos – solteiro
Albina – 21 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

VIGARANI:
Luigi – 30 anos – casado
Felicita – 27 anos – casado
Brigida – 4 anos – solteiro
Zelinda – 2 anos – solteiro
Teresa – 3 meses – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

VINSENTINI:
Fedele – 41 anos – casado
Marianna – 40 anos – casado
Battisto – 15 anos – solteiro
Maddalena – 12 anos – solteiro
Luigi – 10 anos – solteiro
Domenico – 8 anos – solteiro
Santa – 5 anos – solteiro
Angelo – 3 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

ZANELLA:
Lucia – 50 anos – viúvo
Carlo – 24 anos – solteiro
Giuseppe – 22 anos – solteiro
Maria – 16 anos – solteiro
Luigi – 14 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor

ZANI:
Giovanni – 33 anos – solteiro
Origem: Lombardia
Profissão: Agricultor