Como os demais municípios vizinhos, vivia, até o último quartel do século XIX de uma economia pobre baseada principalmente na pequena agricultura e algum artesanato. Os pequenos agricultores e os artesãos complementavam os seus parcos ganhos com a migração temporária em terras próximas e muitas vezes naquelas mais longínquas atravessando fronteiras. A população mais pobre, desde tempos remotos, andava a "fare la stagione", uma migração temporária, onde partiam em determinadas estações do ano, alcançando as terras do vizinho Império Austríaco, que então compreendia a Hungria, parte da Romênia e da Polônia, e terminada a estação, retornavam para as suas casas com alguma economia nos bolsos. São ainda lembradas as aventuras dos "badilanti" dos "carriolanti", os emigrantes temporários, que munidos de um carrinho de mão, com alguns instrumentos de trabalho, ns poucos quilos de farinha de milho, para a polenta e, as vezes, uma forma de queijo, percorriam a pé longas distâncias, muito além das fronteiras da Itália, em procura de trabalho.
Com a queda da Sereníssima República de Veneza, durante os longos anos de dominação austríaca, quando Pederobba e toda a região estavam foram anexados à casa dos Habsburgos, os jovens em idade militar serviam o exército imperial por nove anos, estacionados nas mais diversas partes do grande império. Isso proporcionava à esses jovens o contato com uma outra realidade, conhecendo regiões menos pobres que Pederobba em que viviam, e muitas vezes não mais retornavam mais para casa, tendo constituído família em terras austríacas.
Por volta de 1880 teve início a emigração definitiva dos vênetos, para os países vizinhos mais ricos da própria Europa, mas, principalmente, em direção ao Novo Mundo: Estados Unidos, Brasil, Argentina e Uruguai. Sendo que aquela mais significativa nesse final de século foi em direção ao Brasil, iniciando-se após 1875. Partiam agora, não mais os homens sozinhos, com um carrinho de mão, ou uma grande caixa de madeira nas costas, repleta de estampas, mas, de famílias inteiras, em busca de uma vida melhor no tão sonhado Brasil, a mítica terra da cucagna, com as suas intermináveis extensões de terra e grandes plantações de café. Agora tinha início uma emigração para terras distantes, para nunca mais voltarem.
Mais tarde, já no século XX, os pederobbesi emigraram também para a África e especialmente para a Austrália.
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