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sexta-feira, 31 de março de 2023

O Barroco na Veneza do Século XVIII: O legado de Piazzetta na história da arte italiana

Giovanni Battista Piazzetta


Giovanni Battista Piazzetta (1682-1754) foi um dos mais importantes artistas italianos do século XVIII. Ele nasceu em Veneza, onde passou a maior parte de sua vida e desenvolveu sua carreira artística.

Piazzetta estudou com grandes artistas como Gregorio Lazzarini e Sebastiano Ricci, que eram famosos pela elaboração de cenas mitológicas e alegóricas, e com quem aprendeu a utilizar cores vivas e dramáticas em suas obras.

Piazzetta é conhecido por seu estilo dramático e expressivo, que frequentemente apresentava figuras humanas com grande emoção e movimento. Ele também era um mestre na representação da luz e sombra em suas obras, criando efeitos impressionantes de profundidade e contraste.

Na arte, Piazzetta foi considerado um dos principais representantes do rococó veneziano, um estilo artístico caracterizado por ornamentos elegantes, cores vibrantes e uma atmosfera teatral. Ele foi responsável por influenciar muitos outros artistas em Veneza e além, incluindo Giambattista Tiepolo e Canaletto.

Em 1750 Piazzetta tornou-se no primeiro diretor da recentemente fundada Scuola di Nudo, e dedicou-se nos últimos anos da sua vida ao ensino. Foi eleito membro da Academia Clementina de Bolonha em 1727. Entre os pintores da sua oficina contaram-se Domenico Maggiotto, Francesco Dagiu (il Capella), Francis Krause, John Henry Tischbien o Velho, Egidio Dall'Oglio, e Antonio Marinetti. Entre os jovens pintores que imitaram o seu estilo estão Giulia Lama, Federico Bencovich, e Francesco Polazzo (1683-1753).

Algumas de suas obras mais famosas incluem: 

"O Milagre de Santa Isabel de Portugal" (c. 1730-35) - localização atual desconhecida
"São Francisco de Paula curando os doentes" (c. 1720-25) - localização atual desconhecida
"Cena de circo com cavalo" (c. 1725-30) - localização atual desconhecida
"São Tiago Maior e São Filipe Néri" (c. 1740-45) - na Igreja de San Stae em Veneza, Itália
"A Assunção da Virgem" (c. 1725-30) - na Igreja de San Stae em Veneza, Itália
"O Banquete de Cleópatra" (c. 1740-45) - na Ca' Rezzonico em Veneza, Itália
"Moisés Salvo das Águas" (c. 1730-35) - localização atual desconhecida
"Retrato de uma jovem" (c. 1740-45) - no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa, Portugal
"Retrato de um homem idoso" (c. 1740-45) - no Museu Thyssen-Bornemisza em Madrid, Espanha
"A Adoração dos Reis Magos" (c. 1730-35) - na Igreja de San Pantalon em Veneza, Itália
"A Flagelação de Cristo" (c. 1735-40) - na Igreja de San Zaccaria em Veneza, Itália
"Retrato de Antonio Riccobono" (c. 1735-40) - localização atual desconhecida
"São João Batista" (c. 1740-45) - na Igreja de San Giorgio Maggiore em Veneza, Itália
"A Sagrada Família com Santa Isabel e São João Batista" (c. 1725-30) - na Igreja de San Stae em Veneza, Itália
"O Sonho de Jacó" (c. 1730-35) - na Igreja de San Giorgio Maggiore em Veneza, Itália
"Retrato de um homem com turbante" (c. 1740-45) - no Museu de Belas Artes de Boston, EUA
"Retrato de uma dama" (c. 1735-40) - no Museu de Arte de Toledo, EUA
"Cristo na Cruz" (c. 1735-40) - na Igreja de Santa Maria degli Angeli em Murano, Itália
"São Pedro curando o paralítico" (c. 1730-35) - na Igreja de San Stae em Veneza, Itália
"Retrato de um jovem nobre" (c. 1740-45) - na Galeria Nacional de Arte em Washington, EUA
"A Sagrada Família" (c. 1735-40) - na Igreja de San Zaccaria em Veneza, Itália
"Retrato de uma dama com leque" (c. 1740-45) - na Pinacoteca di Brera em Milão, Itália
"O Batismo de Cristo" (c. 1730-35) - na Igreja de San Stae em Veneza, Itália
"Retrato de um jovem com um cão" (c. 1740-45) - no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa, Portugal
"A Pregação de São João Batista" (c. 1730-35) - na Igreja de San Giorgio Maggiore em Veneza, Itália
"Retrato de uma dama com um violoncelo" (c. 1740-45) - na Galeria Nacional de Arte em Washington, EUA
"A Última Ceia" (c. 1725-30) - na Igreja de San Stae em Veneza, Itália
"Retrato de um homem com um livro" (c. 1740-45) - na Galeria Nacional de Arte em Washington, EUA
"A Ressurreição de Cristo" (c. 1735-40) - na Igreja de San Stae em Veneza, Itália
"Retrato de uma jovem nobre" (c. 1740-45) - no Museu de Arte de São Paulo em São Paulo, Brasil.

Além de suas obras de arte, Piazzetta também foi um importante professor de arte, tendo influenciado muitos jovens artistas que se tornaram importantes membros da comunidade artística veneziana. Sua obra e ensinamentos tiveram um papel fundamental na formação do estilo veneziano de arte rococó e ajudaram a estabelecer Veneza como um importante centro de arte na Europa do século XVIII.

Giovanni Battista Piazzetta se casou em 1720 com uma mulher chamada Rosa Elena, com quem teve quatro filhos: Giuseppe, Francesco, Maria e Caterina. 

Giuseppe Piazzetta seguiu os passos do pai e se tornou um pintor e gravador de sucesso, trabalhando principalmente em Gênova e Nápoles. Francesco, por sua vez, se tornou um pintor de teatro e trabalhou em várias produções de ópera em Veneza.

Maria e Caterina, por outro lado, se casaram com artistas. Maria se casou com o pintor Francesco Simonini, e Caterina se casou com o pintor Francesco Zugno. Embora nenhum dos filhos de Piazzetta tenha atingido a mesma fama e prestígio que o pai, eles foram influentes em suas próprias carreiras e contribuíram para a continuação da tradição artística da família Piazzetta.

O pai de Giovanni Battista Piazzetta chamava-se Giacomo Piazzetta e nasceu em Pederobba, província de Treviso, na região de Veneto, Itália. Giacomo Piazzetta era um escultor de prestígio, com muitas dezenas de obras famosas nos museus e coleções particulares em todo o mundo. Ele se transferiu para a cidade de Veneza, onde Giovanni Battista nasceu e passou a maior parte de sua vida. Acredita-se que a formação artística de Giovanni Battista tenha sido influenciada pelo trabalho de seu pai, que o incentivou a seguir uma carreira nas artes visuais.

Giovanni Battista Piazzetta viveu a maior parte de sua vida adulta em Veneza, na região de Cannaregio, no sestiere de mesmo nome. Cannaregio é um dos seis sestieri (distritos) históricos de Veneza, localizado no norte da cidade.


Chiesa di Santa Maria degli Scalzi



A paróquia de Giovanni Battista Piazzetta era a Igreja de Santa Maria degli Scalzi, também localizada em Cannaregio. Essa igreja é conhecida por sua bela fachada barroca e por suas decorações internas elaboradas. Além disso, Santa Maria degli Scalzi é uma das igrejas mais importantes de Veneza em termos de arte, pois contém obras de artistas como Tiepolo, Tintoretto e, é claro, Piazzetta.

Chiesa di San Stae


Giovanni Battista Piazzetta está enterrado na Igreja de San Stae, em Veneza. Essa igreja é conhecida por sua fachada barroca e por suas decorações internas elaboradas, que incluem várias obras de arte importantes. Piazzetta foi sepultado na igreja após sua morte, em 1754, e seu túmulo pode ser encontrado no transepto esquerdo da igreja.

Giovanni Battista Piazzetta morreu em 28 de abril de 1754, aos 71 anos de idade. Piazzetta foi um dos artistas mais importantes da cena artística veneziana do século XVIII e deixou um legado significativo na história da arte italiana.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS





quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

O Pintor Veneziano Giovanni Battista Piazzetta

 



Giovanni Battista Piazzetta, também chamado Giambattista Piazzetta ou ainda Giobatta Piazzetta foi um dos maiores artistas venezianos do século XVIII. Nasceu na cidade de Veneza em 13.02.1682 quando o seu pai se transferiu para esta cidade ao receber um grande contrato  de trabalho nas Procuradorias da Sereníssima. Faleceu em Veneza em 28.04.1754. 

Pintor, ilustrador e designer iniciou a sua carreira ainda muito jovem como aprendiz no estúdio do seu pai Giacomo Piazzetta,  pintor e importante escultor e entalhador em madeira e mármore nascido em Pederobba, na província de Treviso. 

Tornou-se aluno de Antonio Molinari e depois de Giuseppe Maria Crespi que o influenciou muito com sua pintura de gênero e o seu estilo. Foi o artista de pintura religiosa mais procurado no século XVIII, em Veneza.


Morte de S. José


Com ele ajudou a esculpir vários trabalhos entre eles os da biblioteca da Chiesa dei Santi Giovanni e Paolo, em Veneza  abandonou a profissão de família, iniciando ainda, por conselho de seu pai, a estudar pintura no atelier de Antonio Molinari, um famoso pintor barroco veneziano, cuja influência é encontrada nos trabalhos posteriores de Giovanni Piazzetta. Seguindo os conselhos do pai foi para Bolonha e lá trabalhou, como aprendiz, no atelier do famoso pintor Giuseppe Maria Crespi. Retornou à Veneza no ano de 1711, onde então trabalhou até a sua morte. Sua arte evoluiu desde as tradições barrocas italianas do século XVII para o rococó. 


San Felippo Neri in preghiera


Foi um artista não era muito compreendido durante a sua vida, quando então vivia na pobreza. Após sua morte entretanto, cresceu muito o seu prestigio, especialmente, com as críticas cada vez mais favoráveis que passaram a receber os seus trabalhos. Foi considerado o mestre do claro-escuro veneziano. Suas pinturas e desenhos ficaram famosos pelo estilo rococó, com cores delicadas e curvas acentuadas, retratando temas religiosos e de vários gêneros. 
No trabalho de Giovanni Battista Piazzetta, podemos apreciar um forte desenvolvimento da pintura de gênero de Crespi, e diz-se que foi inspirada pelos fortes contrastes, ou melhor pelo claro-escuro, do mestre Caravaggio (1571-1610). Piazzetta redefiniu o design, em oposição à pintura, como uma forma de arte em si. Vemos nele a influência do Emiliano Guercino (1591-1666), mesmo em suas obras religiosas. 


Rebecca no Poço

Não recebendo muitas comissões durante sua carreira, Piazzetta também fez ilustrações para livros, inspirados na arte de Rembrandt (1606-1669). Nesses trabalhos, Piazzetta criou mundos complexos, onde os sujeitos nunca eram previsíveis e os personagens tinham mais funções do que poderia parecer. Essa estratificação de significados também pode ser vista em suas peças de gênero, como Rebeca al pozzo, L'indovina e Susana e os Velhos, encontradas na Galleria degli Uffizi, em Florença. 


Retrato de um homem

O elemento dramático é a tônica encontrada em suas obras religiosas, como Martirio de São Giacomo e o O Anjo da Guarda com os Santos Antonio de Padua e Gaetano Thiene. 
Seus subtextos indescritíveis levaram à sua reputação de artista mais sombrio que seus contemporâneos venezianos. Ele passou a maior parte de seus últimos anos dedicando-se ao ensino e, embora não fosse muito rico, era um artista bastante respeitado. Ele foi convidado como membro da Academia Clementina de Bolonha, em 1727 e mais tarde, em 1750 foi nomeado diretor da Accademia di Belle Arti di Venezia e o primeiro diretor da sua recém criada  Scuola di Nudo. 


Retrato de Giulia Lama

Entre os pintores que estagiaram no seu atelier contam-se: Domenico Maggiotto, Francesco Dagiu (il Capella), Francis Krause, John Henry Tischbien, o Velho, Egidio Dall'Oglio, e Antonio Marinetti. Entre os jovens pintores que imitaram seguindo o seu estilo estão: Giulia Lama, Federico Bencovich, e Francesco Polazzo (1683-1753). 
Suas obras hoje estão espalhadas pelo mundo, nos principais museus e galerias de arte. Alguns de seus trabalhos, principalmente, desenhos e ilustrações foram negociados em muitas casas de leilão de arte, como na Christie's alcançando valores de milhares de euros. Para se ter uma ideia melhor do trabalho de Piazzetta, basta entrar no Google, com o nome Giovanni Battista Piazzetta, e quando abrir a pesquisa, clicar em imagens. 


Glória de São Domingos


São José e Jesus


L'indovina

Retrato do Marechal von Shulenburg 
comandante geral do exército da Serenissima República de Veneza



A Morte de Dario




S. Benedict















Giovanni Battista Piazzetta - autoretrato


















sábado, 24 de abril de 2021

Os Italianos da Água Verde, atual bairro de Curitiba

 



O rico bairro curitibano da Água Verde teve sua origem com a Colônia Dantas, uma das várias colônias italianas criadas, no final do século XIX, para abrigar os imigrantes que em grande número chegavam na capital paranaense. 
Foram quase quarenta famílias italianas, na sua grande maioria provenientes da região do Vêneto, que se instalaram no local, muitas delas após passarem um difícil período nas primeiras colônias italianas formadas no litoral paranaense, localizadas em torno de Paranaguá e Morretes, tais como as Colônias Nova Itália e Alexandra, esta última mais antiga. 
As famílias abaixo foram aquelas pioneiras que se estabeleceram na Colônia Dantas, já a partir do ano de 1879 e que com seu trabalho deram lugar ao aprazível e rico bairro da Água Verde de hoje. Algumas delas residiram no local por pouco tempo, mudando-se para outras colônias italianas então em formação, em Curitiba ou mesmo em cidades vizinhas, como Colombo (que na época se chamava Colônia Alfredo Chaves), Umbará, Santa Felicidade, Piraquara (Colônia Santa Maria do Novo Tirol). 

Relação em ordem alfabética das famílias:


Alberti, Alessandrini, Andreoli, Andretta, Antonietti, Antonietto, Baggio, Baglioli, Baptista, Baronti, Barusso, Bassan, Bassani, Basso, Beghetto, Belinari, Belon, Benedetti, Benetello, Berno, Bertoli, Bertollini, Bettega, Bizotto, Bobbato, Bonilaure, Borsato, Bortoletto, Bot, Bozza, Bozzi, Bruneto, Brunetti, Buso, Buzzato, Cantorida, Cardon, Carnieri, Carraro, Casagrande, Castellano, Cavichiolo, Ceccato, Ceccon, Celli, Ceschin, Cemin, Colleone, Conte, Contogna, Cortadelli, Cortiano, Costa, Costacurta, Cunico, Dalazuana, Dalcol, De Carli, De Costa, De Cristiani, De Lazzari, De Mio, De Pauli, De Poli, Deconto, Demetrio, Denico, Derosso, Destefani, Dorigo, Fabris, Foltran, Fontana, Francechini, Fressatto, Fruet, Gabardo, Gagno, Giacomazzi, Gianini, Giovannoni, Girardi, Gottardi, Granatto, Grossi, Gusso, Guzzi, Honorio, Lanzoni, Lazarini, Lazzari, Lavorato, Lorenzi, Lazzarotto, Levorato, Lorenzi, Magrin, Maito, Maragno, Marchesini, Marchetti, Marchioro, Marcobon, Marcon, Marconi, Marello, Marodin, Marosin, Massolin, Massuci, Mattana, Meller, Melnai, Meneguzzo, Merlin, Micheletto, Moletta, Molinari, Moreschi, Motta, Nadalin, Nardino, Negrello, Orso, Pace, Pansolin, Parolin, Pasello, Pellissari, Percegona, Perfetti, Perolla, Piazzetta, Piccoli, Pichette, Pierini, Pierobon, Pinton, Pizzato, Poitevin, Pontello, Pontoni, Postai, Prin, Razzolin, Rigoni, Rissetti, Romanel, Rossetto, Salsi, Sandri, Sartori, Scaramuzza, Schiavon, Scotti, Scremin, Scrocaro, Segalla, Senegaglia, Serafin, Solieri, Stevan, Stocco, Stofella, Tasca, Tedeschi, Tedesco, Thá, Tiepo, Thomaz, Todeschini, Tomazzi, Toniolo, Torquatto, Tortato, Tosin, Trevisan, Turin, Valente, Valentini, Vardanega, Veltorazzo, Vendrametto, Vendramin, Veronese, Vollatore, Zagonel, Zanardi, Zanardini, Zadnona, Zanetti, Zaniollo, Zanon, Zardo, Zilli, Zonta.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

terça-feira, 6 de março de 2018

Os Imigrantes Italianos e os Vênetos no Rio Grande do Sul

Emigrantes Italianos no Porto de Gênova esperando o embarque


Os Imigrantes Italianos e os Vênetos no RS

 O Rio Grande do Sul foi uma terra disputada pelas coroas da Espanha e Portugal e a expansão da sua população teve o seu início com a chegada do século XVIII. 
Depois de muitos anos de cruentas lutas, a então Província foi delimitada e se deu início a sua colonização de forma sistemática. Assim no ano de 1824 chegaram os imigrantes alemães e mais tarde, cinquenta anos após, em 1875 as primeiras famílas de colonos italianos. 
Tendo obtido bons resultados com as colônias alemãs, no ano de 1875, a Província recebeu do Império as colônias Dona Isabel (que mais tarde se chamou de Bento Gonçalves) e Conde D'Eu (depois chamada de Garibaldi) destinadas a receber imigrantes italianos em geral, sendo que os vênetos eram a grande maioria. 
Depois foram criadas outras colônias: a Colônia Fundos de Nova Palmira, logo depois rebatizada como Colônia Caxias e também a Colônia Silveira Martins
O primeiro grupo de imigrantes italianos chegou no Rio Grande do Sul em 1875 e se estabeleceu na Colônia Nova Palmira, no local chamado Nova Milano (hoje Farroupilha). Neste mesmo ano outros imigrantes italianos em geral e vênetos em particular se estabeleceram nas Colônias Conde D'Eu e Dona Isabel e já em 1877 na Colônia Silveira Martins, vizinho a atual cidade de Santa Maria.
Os imigrantes italianos que vieram para as novas colônias no Rio Grande do Sul proveniam, na sua quase totalidade, do norte da Itália (Vêneto, Lombardia, Trentino Alto Adige, Friuli Venezia Giulia, Piemonte, Emilia Romagna, Toscana, Liguria). Um dado estatístico nos revela que por zona de proveniência: Vênetos 54%, Lombardos 33%, Trentinos 7%, Friulanos 4,5% e os demais 1,5%. Como se pode ver os vênetos e os lombardos constituíram 88% dos imigrantes fixados na Província do Rio Grande do Sul. 
Os imigrantes italianos chamados para substituir mão de obra escrava, com o advento da abolição da escravidão no Brasil, rapidamente, em poucos anos, os territórios à eles destinados para colonização, já estavam inteiramente ocupados, obrigando os que chegavam, e também aos filhos desses pioneiros, a procurar novas terras, mais distantes das primeiras colônias. Assim foram surgindo outras colônias, sempre com a esmagadora predominância numérica dos vênetos: atuais cidades de Alfredo Chaves, Nova Prata, Nova Bassano, Antônio Prado, Guaporé e um pouco mais tarde, Vacaria, Lagoa Vermelha, Cacique Doble, Sananduva e Vale do Rio Uruguai, como Casca, Muçum, Tapejara, Passo Fundo, Getúlio Vargas, Erechim, Severiano de Almeida.



Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS