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sexta-feira, 2 de setembro de 2022

A Imigrante Italiana "Maria Polenta" em Curitiba

 

Homenagem dos curitibanos à Maria Polenta




Maria Trevisan, nasceu no município de Mira, província de Veneza, na região do Vêneto, Itália em 1880. Acompanhada pelos seus pais  Giuseppe Francesco e Tereza,  emigrou para o Brasil em 1892, quando tinha 12 anos de idade. Depois da longa travessia, passaram pela Colônia Alessandra, no litoral do Paraná e depois acabaram se fixando definitivamente na Colônia Dantas, hoje o bairro curitibano da Água Verde. 


Segundo os mais chegados ela recebeu o apelido de Polenta por extensão, uma vez que seu irmão mais novo, de nome Antonio, foi o primeiro a ser assim chamado e o apelido rapidamente passou para todos os membros da família. Em 1898, Maria Trevisan se casou com o pedreiro Giuseppe Tortato, também imigrante italiano e com o qual teve 10 filhos. 


Passou a ser muito conhecida, inicialmente entre as pessoas mais pobres da comunidade italiana e logo depois por toda a nata da população da capital paranaense, como "giustaossi" ou arrumadora de ossos e ótima benzedeira. Era bastante procurada por desportistas e jogadores de futebol das equipes curitibanas", para tratar as lesões que sofriam.


Segundo os relatos das pessoas mais velhas, Maria descobriu muito cedo o dom de curar as pessoas, segundo eles, depois de um sonho profético que teve com o seu avô. Aos poucos ela foi se aperfeiçoando, inspirando-se, certamente, no trabalho de outros curadores da cidade. 


Seus atendimentos iniciavam-se sempre com uma conversa com a pessoa doente quando então perguntava o nome, enquanto que ao mesmo tempo passava o seu polegar esquerdo sobre a zona afetada, seguido de um rápido puxão e as vezes da aplicação de água canforada.


Nos casos que necessitavam imobilização, como as luxações, os entorses e as fraturas menos graves, adaptava uma tipóia ou uma tala improvisada além de ensinar ao paciente os exercícios específicos necessários para cada caso: uma verdadeira fisioterapeuta já naquela época.


Durante 50 anos seguidos fez massagens, benzimentos, prescreveu infusões de ervas e "costurou" as lesões musculares e de tendões de milhares de curitibanos. Os casos que julgava serem de maior gravidade, tais como a maioria das fraturas expostas, encaminhava o paciente para um hospital, para o devido tratamento com um médico. 


Fazia os seus atendimentos gratuitamente, sem cobrar nada, mas, tinha sempre uma caixinha em local visível, para quem desejasse deixar uma contribuição expontânea. 


Maria Trevisan Tortato, a famosa benzedeira curitibana Maria Polenta, faleceu em 22 de Março de 1959, com a idade de 79 anos e o seu funeral atraiu uma verdadeira multidão. Os seus restos mortais repousam no jazigo da família, no Cemitério da Água Verde e ainda hoje, principalmente no dia de Finados, recebe a visita de centenas de pessoas que deixam velas e flores em respeito a sua memória.

Além do busto em bronze sobre pedestal de pedra, colocado próximo onde morava  no bairro Água Verde, em uma praça que leva o seu nome, Maria Trevisan Tortato também foi homenageada com o seu nome em uma rua no bairro Novo Mundo.











sábado, 24 de abril de 2021

Os Italianos da Água Verde, atual bairro de Curitiba

 



O rico bairro curitibano da Água Verde teve sua origem com a Colônia Dantas, uma das várias colônias italianas criadas, no final do século XIX, para abrigar os imigrantes que em grande número chegavam na capital paranaense. 
Foram quase quarenta famílias italianas, na sua grande maioria provenientes da região do Vêneto, que se instalaram no local, muitas delas após passarem um difícil período nas primeiras colônias italianas formadas no litoral paranaense, localizadas em torno de Paranaguá e Morretes, tais como as Colônias Nova Itália e Alexandra, esta última mais antiga. 
As famílias abaixo foram aquelas pioneiras que se estabeleceram na Colônia Dantas, já a partir do ano de 1879 e que com seu trabalho deram lugar ao aprazível e rico bairro da Água Verde de hoje. Algumas delas residiram no local por pouco tempo, mudando-se para outras colônias italianas então em formação, em Curitiba ou mesmo em cidades vizinhas, como Colombo (que na época se chamava Colônia Alfredo Chaves), Umbará, Santa Felicidade, Piraquara (Colônia Santa Maria do Novo Tirol). 

Relação em ordem alfabética das famílias:


Alberti, Alessandrini, Andreoli, Andretta, Antonietti, Antonietto, Baggio, Baglioli, Baptista, Baronti, Barusso, Bassan, Bassani, Basso, Beghetto, Belinari, Belon, Benedetti, Benetello, Berno, Bertoli, Bertollini, Bettega, Bizotto, Bobbato, Bonilaure, Borsato, Bortoletto, Bot, Bozza, Bozzi, Bruneto, Brunetti, Buso, Buzzato, Cantorida, Cardon, Carnieri, Carraro, Casagrande, Castellano, Cavichiolo, Ceccato, Ceccon, Celli, Ceschin, Cemin, Colleone, Conte, Contogna, Cortadelli, Cortiano, Costa, Costacurta, Cunico, Dalazuana, Dalcol, De Carli, De Costa, De Cristiani, De Lazzari, De Mio, De Pauli, De Poli, Deconto, Demetrio, Denico, Derosso, Destefani, Dorigo, Fabris, Foltran, Fontana, Francechini, Fressatto, Fruet, Gabardo, Gagno, Giacomazzi, Gianini, Giovannoni, Girardi, Gottardi, Granatto, Grossi, Gusso, Guzzi, Honorio, Lanzoni, Lazarini, Lazzari, Lavorato, Lorenzi, Lazzarotto, Levorato, Lorenzi, Magrin, Maito, Maragno, Marchesini, Marchetti, Marchioro, Marcobon, Marcon, Marconi, Marello, Marodin, Marosin, Massolin, Massuci, Mattana, Meller, Melnai, Meneguzzo, Merlin, Micheletto, Moletta, Molinari, Moreschi, Motta, Nadalin, Nardino, Negrello, Orso, Pace, Pansolin, Parolin, Pasello, Pellissari, Percegona, Perfetti, Perolla, Piazzetta, Piccoli, Pichette, Pierini, Pierobon, Pinton, Pizzato, Poitevin, Pontello, Pontoni, Postai, Prin, Razzolin, Rigoni, Rissetti, Romanel, Rossetto, Salsi, Sandri, Sartori, Scaramuzza, Schiavon, Scotti, Scremin, Scrocaro, Segalla, Senegaglia, Serafin, Solieri, Stevan, Stocco, Stofella, Tasca, Tedeschi, Tedesco, Thá, Tiepo, Thomaz, Todeschini, Tomazzi, Toniolo, Torquatto, Tortato, Tosin, Trevisan, Turin, Valente, Valentini, Vardanega, Veltorazzo, Vendrametto, Vendramin, Veronese, Vollatore, Zagonel, Zanardi, Zanardini, Zadnona, Zanetti, Zaniollo, Zanon, Zardo, Zilli, Zonta.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS