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domingo, 20 de agosto de 2023

Os Pioneiros Italianos do Paraná: Uma História de Coragem e Perseverança

Tradicional fila de carroças de descendentes de imigrantes italianos de Santa Felicidade, geralmente mulheres,  em direção à Curitiba, levando os produtos agrícolas por elas produzidos para comercialização casa a casa na capital 


A chegada dos primeiros imigrantes italianos no Porto de Paranaguá no Paraná ocorreu no final do século XIX, quando o Brasil começou a incentivar a imigração de europeus para colonizar o país e trabalhar nas plantações de café, principalmente na região do Vale do Paraíba em São Paulo. Na época, a Itália era um país pobre e com muita fome, e muitos italianos viram na emigração para o Brasil uma oportunidade de melhorar suas condições de vida.

A maioria dos imigrantes italianos que chegaram ao Brasil eram camponeses e vinham das regiões mais pobres do país, especialmente do norte da Itália, primeiramente atingidos pela grave crise econômica do país. Eles eram atraídos pelos agentes de imigração, dispersos por toda a península, com promessas de terras férteis, trabalho e um futuro melhor para si e suas famílias. A viagem para o Brasil era longa e difícil, cheia de perigos e muitos imigrantes morriam no caminho devido às condições precárias de higiene e saúde a bordo dos navios.

Ao chegar ao Porto de Paranaguá, os imigrantes eram encaminhados para as chamadas colônias, que eram áreas destinadas à implantação de pequenas propriedades agrícolas para as famílias de imigrantes. As colônias Alessandra e Nova Itália foram duas das primeiras colônias italianas a serem fundadas no Paraná. Eles foram recebidos por representantes do governo brasileiro e por funcionários das empresas de colonização que os ajudaram a encontrar seus lotes e estabelecer as suas primeiras roças.

A vida nessas colônias era muito difícil e os imigrantes enfrentavam a fome e muitos desafios, incluindo o clima, a falta de recursos, doenças e pragas que atacavam as plantações. No entanto, os italianos eram muito trabalhadores e perseverantes, e mesmo com grande esforço não conseguiram levar adiante a vida nessas colônias. A má administração das colônias, primeiro Alessandra e logo a seguir a de Nova Itália, apressou o seu falimento com os imigrantes exigindo a sua transferência para a capital do estado fazendo valer a cláusula do contrato que permitia mudança de colônia caso não se adaptassem. 

Com o tempo, muitos imigrantes italianos que ficaram nas terras a eles destinadas, conseguiram melhorar suas condições de vida e progredir na vida. Eles começaram a estabelecer escolas, igrejas e outras instituições que ajudaram a manter viva a cultura italiana. No entanto, muitos italianos, a grande maioria dos alocados na colônia Nova Itália decidiram deixar as colônia e se mudar para as cidades em busca de oportunidades de trabalho e de uma vida melhor.

Em Curitiba, muitos imigrantes italianos se estabeleceram na região do bairro de Santa Felicidade, que se tornou um importante centro da cultura italiana na cidade. Lá, compraram terras e onde plantavam gêneros alimentícios que comercializavam na vizinha capital. Mais tarde, em meados do século XX eles fundaram restaurantes, vinícolas, lojas de artesanatos e produtos típicos além de pequenas empresas.  Outros imigrantes se mudaram para outras partes da cidade, onde também trabalhavam a terra e mais tarde fundaram suas próprias empresas e se integraram à sociedade brasileira.

A chegada dos imigrantes italianos no Paraná e em outras partes do Brasil teve um impacto significativo na formação da sociedade brasileira. A cultura italiana é parte integrante da cultura brasileira, e muitos dos hábitos e tradições italianas foram incorporados à vida cotidiana do país.

Apesar das dificuldades enfrentadas, os imigrantes italianos conseguiram prosperar nas terras das colônias da capital e naquelas em sua volta e iniciar um processo de desenvolvimento econômico. Com o tempo, alguns deles decidiram deixar as colônias e partir para outras áreas, como o comércio e a indústria, em busca de novas oportunidades.

Com o tempo muitos desses imigrantes que se estabeleceram na capital do estado, Curitiba abriram lojas, fábricas e outras empresas, contribuindo para o crescimento econômico da cidade. Grande número dos descendentes   daqueles pioneiros ainda moram na região e preservam as tradições italianas, como a culinária e a música.

Os imigrantes italianos deixaram um legado duradouro no Paraná e no Brasil. Além de contribuirem para o desenvolvimento econômico do estado, eles ajudaram a enriquecer a cultura brasileira com sua música, culinária e tradições. Muitas famílias brasileiras têm origem italiana e mantêm fortes laços com a Itália, mantendo viva a herança dos seus antepassados.

Em resumo, a imigração italiana teve um grande impacto no Paraná e no Brasil como um todo. Os imigrantes enfrentaram muitas dificuldades, mas conseguiram superá-las e estabelecer uma nova vida em um país estrangeiro. Sua coragem e perseverança deixaram um legado duradouro na cultura e economia do país, e sua herança continua viva até os dias de hoje.

Texto
Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS



sábado, 18 de março de 2023

Imigrantes Italianos no Navio Colombo com Destino ao Paraná em 1878

Navio Colombo



 


IMIGRANTES ITALIANOS

NAVIO COLOMBO

EMBARQUE EM GÊNOVA COM DESTINO 

AO PARANÁ

EM 12 DE FEVEREIRO 1878 



 

NOME
IDADEPROCEDÊNCIAPAÍSPROFISSÃORELIGIÃO
TUALDO Gio.Batta 
TUALDO Luigia 
TUALDO Maria 
TUALDO Emanuele 
TUALDO Giuseppe 
TUALDO Tarquino 
TUALDO Silvio
45 
42 
14 
10 
7 
5 
3
VICENZA 
" 
" 
" 
" 
" 
"
Itália 
" 
" 
" 
" 
" 
"
Agricultor 
" 
" 
" 
" 
" 
"
Católico 
" 
" 
" 
" 
" 
"
ROARO Giovanne 
ROARO Regina 
ROARO Giulio 
ROARO Antonio
38 
36 
6 
3
" 
" 
" 
"
"
"
"
FOGLIATO Francesco 
FOGLIATO Maria 
FOGLIATO Giacomo 
FOGLIATO Cecilia 
FOGLIATO Francesco
35 
33 
7 
4 
2
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
TREVISAN Giuseppe 
TERVISAN Francesca 
TREVISAN Giovanna 
TREVISAN Lucia 
TREVISAN Angela 
TREVISAN Francesco 
TREVISAN Francesco 
TREVISAN Domenico 
TREVISAN Caterina
38 
36 
15 
10 
9 
7 
6 
4 
1
" 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
PIROTTO Francesco 
PIROTTO Elisabetta 
PIROTTO Giustina 
PIROTTO Francesco 
PIROTTO Costanza 
PIROTTO Maria 
PIROTTO Pietro
35 
30 
10 
9 
6 
3 
1
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
CHEMELO Antonio 
CHEMELO Domenica
30 
30
" 
"
"
"
"
BAGIN Giovanni 
BAGIN Filomena 
BAGIN Maria 
BAGIN Maddalena 
BAGIN Giovanni
42 
10 
15 
11 
4
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
GUERRA Antonio 
GUERRA Maria 
GUERRA Francesca 
GUERRA Gio.Batta 
GUERRA Maria
44 
40 
16 
13 
3
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
BARBIERO Giuseppe 
BARBIERO Bortolo 
BARBIERO Maria
79 
52 
52
" 
" 
"
"
"
"
POTTOLLON(?) Antonio 
POTTOLLON Caterina 
POTTOLLON Giovanni
32 
30 
4
" 
" 
"
"
"
"

NODARI Sebastianno 
NODARI Angela 
NODARI Luigia 
NODARI Lucia 
NODARI Domenico 
NODARI Romano 
NODARI Maria 
NODARI Emilio
41 
40 
10 
9 
7 
5 
4 
2
VICENZA 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
Itália 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
Agricultor 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
Católico 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
LORENZONI Caterina 
LORENZONI Antonio 
LORENZONI Maria 
LORENZONI Giulio 
LORENZONI Andrea 
LORENZONI Gaetano
60 
24 
41(?) 
14 
8 
1
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
MASCHIO Gio Maria(?) 
MARCHIO Angela
27 
22
" 
"
"
"
"
DALLA COSTA Domenico 
DALLA COSTA Maria 
DALLA COSTA Eva 
DALLA COSTA Maria 
DALLA COSTA Costanza 
DALLA COSTA Speranza 
DALLA COSTA Guglielmo
46 
40 
14 
12 
10 
8 
6
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
FINALTI Michele 
FINALTI Angelo 
FINALTI Giovanna
62 
27 
25
" 
" 
"
"
"
"
FORNER Giacomo 
FORNER Maria 
FORNER Antonia 
FORNER Antonio 
FORNER Maria 
FORNER Guglielmo 
FORNER Giordano
41 
- 
39 
14 
10 
2 
0.7
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
GAZZOLA Agostino 
GAZZOLA Lucia 
GAZZOLA Fortunato 
GAZZOLA Alessandro
35 
30 
32 
3
" 
" 
" 
"
"
"
"
MENEGHETTI Valentino 
MENEGHETTI Caterina 
MENEGHETTI Giuseppina
33 
30 
1
" 
" 
"
"
"
"
BIZZOTTO Francesco  
BIZZOTTO Angela 
BIZZOTTO Antonio 
BIZZOTTO Matteo 
BIZZOTTO Giovanni 
BIZZOTTO Orsola 
BIZZOTTO Regina
41 
35 
13 
11 
9 
7 
3
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
BASCAN Valentino 
BASCAN Maria 
BASCAN Amedeo 
BASCAN Sante
32 
26 
6 
3
" 
" 
" 
"
"
"
"

CECCON Gaetano 
CECCON Cecilia 
CECCON Maria 
CECCON Angelo 
CECCON Margheritta
34 
34 
11 

1
VICENZA 
" 
" 
" 
"
Itália 
" 
" 
" 
"
Agricultor 
" 
" 
" 
"
Católico 
" 
" 
" 
"
DALLAPOZZA Maria 
DALLAPOZZA Antonio 
DALLAPOZZA Rosa 
DALLAPOZZA Giuditta 
DALLAPOZZA Massimiliano 
DALLAPOZZA Maria
60 
40 
35 


3
"
"
"
"
GHENO Giovanna 
GHENO Maria Angela 
GHENO Bartolomeu 
Constam dois nome riscados 
59 
13 

-
"
"
"
"
PAOLETTO Bortolo 
PAOLETTO Maria 
PAOLETTO Giuseppe 
PAOLETTO Anna 
PAOLETTO Carlo
57 
37 


0.8
"
"
"
"
RIGHI Giovanni 
RIGHI Teresa 
RIGHI Giovanni 
RIGHI Francesco 
RIGHI Emilia
28 
25 


0.5
"
"
"
"
BRAGAGNOLO Pietro 
BRAGAGNOLO Angela 
BRAGAGNOLO Ciriaco 
BRAGAGNOLOMatteio
51 
54 
15 
12
"
"
"
"
MENEGAZ Abramo 
MENEGAZ Pasqua 
MENEGAZ Domenico 
MENEGAZ Pietro 
MENEGAZ Maria 
MENEGAZ Anna
55 
43 
14 


3
"
"
"
"
CARLESSO Bernardo 
CARLESSO Angela 
CARLESSO Giovanni 
CARLESSO Francesco
49 
46 
15 
11
"
"
"
"
TOTONE(?) Andrea 
TOTONE Pasqua 
TOTONE Sebastiano 
TOTONE Lucia 
TOTONE Maria
37 
28 


2
"
"
"
"
GRIGOLETTO Giuseppe 
GRIGOLETTO Maria 
GRIGOLETTO Maria 
GRIGOLETTO Rosa 
GRIGOLETTO Giovanni
33 
33 


1
"
"
"
"

TRITOLATI Vincenzo 
TRITOLATI Angela 
TRITOLATI Gaetano 
TRITOLATI Giovani 
TRITOLATI Anacleto
32 
27 


1
VICENZA 
" 
" 
" 
"
Itália 
" 
" 
" 
"
Agricultor 
" 
" 
" 
"
Católico 
 " 
" 
" 
"
MORO Bortolo 
MORO Luigia 
MORO Maria 
MORO Pietro 
MORO Domenica
44 
44 
16 
14 
12
"
"
"
"
BOLZON Pietro 
BOLZON Luigi 
BOLZON Rosa 
BOLZON Giacomo 
BOLZON Adora

26 
23 
22 
0.5
"
"
"
"
STRADIOTTO Antonio 
STRADIOTTO Antonia 
STRADIOTTO Valentino 
STRADIOTTO  Cristina
31 
33 

3
TREVISO 
" 
" 
"
"
"
"
MILANI Antonio 
MILANI Rosa 
MILANI Maria 
MILANI Valentino 
MILANI Caterina 
MILANI Giovanni
40 
34 
16 


1
"
"
"
"
FILIPPIN Giovanni 
FILIPPIN Antonia
22 
21
"
"
"
"
GUIDOLIN Angelo 
GUIDOLIN Angela 
GUIDOLIN Luigi 
GUIDOLIN Giuseppe
59 
57 
19 
16
"
"
"
"
PASINATO Amedeo 
PASINATO Patrizio 
PASINATO Luigia 
PASINATO Pietro 
PASINATO Giuseppe 
PASINATO Angelo 
PASINATO Matteo 
PASINATO Angelo 
PASINATO Gio (?)
70 
46 
40 
18 
13 
11 


0.18
"
"
"
"
PIEROBOM Antonio 
PIEROBOM Teresa 
PIEROBOM Marco
33 
27 
26
"
"
"
"
CECCHIN Francesco 
CECCHIN Veronica 
CECCHIN Celeste 
CECCHIN Maria 
CECCHIN Gio.Batta 
CECCHIN Vittorio 
CECCHIN Maria
52 
47 
29 
26 
18 
14 
12
"
"
"
"

SOUZA Celeste 
SOUZA Domenica 
SOUZA Angelo 
SOUZA Maria 
SOUZA Amedeo 
SOUZA Giovanni 
SOUZA Giuseppe 
SOUZA Angela
37 
37 
14 
12 
10 


2
TREVISO 
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
Itália 
" 
" 
"
"
 
" 
" 
"
Agricultor 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
Católico 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
GAZZOLA Antonio 
GAZZOLA Pietro
65 
30
"
"
"
"
TONIOLO Eugenio 
TONIOLO Maria 
TONIOLO Maria
30 
27 
2
"
"
"
"
STANGHERLIU(?) Sante 
STANGHERLIU Maria 
STANGHERLIU Cesare 
STANGHERLIU Eugenio 
STANGHERLIU Pasquale 
STANGHERLIU Regina 
STANGHERLIU Teresa
63 
53 
27 
23 
16 
13 
11
"
"
"
"
FUGANTI(?) Felice 
FUGANTI Bortolomea 
FUGANTI Lucia 
FUGANTI Virginia 
FUGANTI Rosa 
FUGANTI Cesare 
FUGANTI Pietro 
FUGANTI Caterina 
FUGANTI Romedio
49 
38 
18 
17 
16 
10 


5
TRENTO 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"
TOMAS Gio.Batta 
TOMAS Margherita 
TOMAS Corona 
TOMAS Margherita 
TOMAS Giacomo
36 
28 
10 

2
"
"
"
"
TONIETTI Fortunata 
TONIETTI Maria 
TONIETTI Barbera 
TONIETTI Pietro 
TONIETTI Giorgio 
TONIETTI Giovanni
42 
15 
11 


1
"
"
"
"
PERMIAN Caterina 
PERMIAN Giuseppe 
PERMIAN Carolina 
PERMIAN Maria 
PERMIAN Luigia 
PERMIAN Luigi 
PERMIAN Alessandro 
PERMIAN Gaetano 
PERMIAN Rosa 
PERMIAN Giuseppe
70 
33 
38 
20 
19 
18 
16 
14 
11 
2
VERONA 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
" 
"
"
"
"

VIERO Giovanni 
VIERO Caterina 
VIERO Andrea 
VIERO Giovanna 
VIERO Antonio 
VIERO Santo
43 
40 



1
VICENZA 
" 
" 
" 
" 
"
Itália 
" 
" 
" 
" 
"
Agricultor 
" 
" 
" 
" 
"
Católico 
" 
" 
" 
" 
"
TOLFO Eurosia 
TOLFO Giovanni 
TOLFO Margherita 
TOLFO Pietro 
TOLFO Drusilla 
TOLFO Fioravante
61 
28 
26 


2
"
"
"
"
RINCO Margherita 
RINCO Luigi 
RINCO Isotta 
RINCO Gio.Batta 
RINCO Giuseppe
70 
35 
36 
11 
2
"
"
"
"
RECCHIA Luigi 
RECCHIA Maria 
RECCHIA Antonio 
RECCHIA Massimiliano 
RECCHIA Benvenuto
32 
25 


1
"
"
"
"
FACCIN Benedetto 
FACCIN Pasqua 
FACCIN Rodolfo 
FACCIN Romano 
FACCIN Guglielma 
FACCHIN Agostino
48 
44 
15 
22 

5
"
"
"
"
MELATTO Michele 
MELATTO Domenica 
MELATTO Clorinda 
MELATTO Paola
27 
25 

2
"
"
"
"
DAL SANTO Bortolo 
DAL SANTO Filomena 
DAL SANTO Maria 
DAL SANTO Natale 
DAL SANTO Rosa
37 
32 
10 

3
"
"
"
"
NOGARA Angelo 
NOGARA Teresa 
NOGARA Lucia 
NOGARA Alessandro 
NOGARA Gio.Batta 
NOGARA Maria
49 
39 
15 
11 

6
"
"
"
"
BROCCARDO Francesco 
BROCCARDO Elena 
BROCCARDO Silvio 
BROCCARDO Aliuto
32 
30 

2
"
"
"
"
RUGGINE Antonio 
RUGGINE Maria 
RUGGINE Attilio
37 
31 
3
"
"
"
"


NOGARA Giuseppe 
NOGARADomenica 
NOGARA Teresa 
NOGARA Elisabetta 
NOGARA Rosa
39 
30 
10 

3
VICENZA 
" 
" 
" 
"
Itália 
" 
" 
" 
"
Agricultor 
" 
" 
" 
"
Católico 
" 
" 
" 
"
LOVATO Isidoro 
LOVATO Cristina 
LOVATO Giseppe 
LOVATO Gio.Batta
50 
46 
13 
7
"
"
"
"
GOBBO Mario 
GOBBO Maria 
GOBBO Amalia 
GOBBO Massimiliano 
GOBBO Giuseppe 
GOBBO Petronilla
49 
35 
10 


2
"
"
"
"
COSTA Isidoro 
COSTA Caterina 
COSTA Angela 
COSTA Domenico 
COSTA Rosa
31 
30 


0.7
"
"
"
"
CARLOTTO Antonio 
CARLOTTO Maria 
CARLOTTO Domenico 
CARLOTTO Rosa 
CARLOTTO Andrea 
CARLOTTO Antonio
62 
54 
23 
21 
18 
0.8
"
"
"
"
PELIZZARO Giovanni 
PELIZZARO Giuditta 
PELIZZARORiccardo 
PELIZZARO Rosa
35 
35 

2
"
"
"
"
BISOGNIN Francesco 
BISOGNIN Brigida 
BISOGNIN Isidoro 
BISOGNIN Alessandro 
BISOGNIN Santa 
BISOGNIN Rosa
46 
27 



0.8
"
"
"
"
CREAZZO Luicia 
CREAZZO Luigi 
CREAZZO Angela 
CREAZZO Elena
70 
40 
33 
25
"
"
"
"
GIARETTA Angelo 
GIARETTA Pasqua 
GIARETTA Michele 
GIARETTA Maria 
GIARETTA Antonio
50 
50 
29 
29
"
"
"
"
LORENZON Giovanni 
LORENZON Caterina 
LORENZON Francesco 
LORENZON Pia 
LORENZON Paola
39 
37 


2
"
"
"
"

GUERRA Giovanni 
GUERRA Francesco 
GUERRA Orsola 
GUERRA Gio.Batta 
GUERRA Genovieffa
53 
39 
37 
14 
2
VICENZA 
" 
" 
" 
"
Itália 
" 
" 
" 
"
Agricultor 
" 
" 
" 
"
Católico 
" 
" 
" 
"
LORENZON Francesco 
LORENZON Giovanna 
LORENZON Maria 
LORENZON Giovannina 
LORENZON Giovanni 
LORENZON Pietro
40 
37 



2
"
"
"
"


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Missionários para os Emigrantes Italianos



Pelo menos até a segunda metade do século XIX, as intervenções promovidas pela Igreja italiana tanto pastoral, assistência moral e material aos emigrantes eram muito limitadas e, em geral, de caráter episódico e marginal. 

A sensibilidade inicial da Igreja italiana, diante do novo fenômeno emigratório, era muito pobre como um todo, o que o demonstra não apenas pela ausência de instituições e formas de coordenação específicas para fazer frente a esse grande problema, mas também pelas escolhas e orientações básicas expressas por uma grande parte do episcopado e do clero. 

Em um opúsculo intitulado Emigração italiana para a América

Observações de Giovanni Battista Scalabrini, bispo de Piacenza, publicadas em jornal em 1887, ele apresentou um quadro dramático da situação de abandono geral em que se encontravam os emigrantes italianos: 

"Eu os vejo aqueles pobres que desembarcaram em terra estrangeira, no meio de um povo que fala uma língua que eles não entendem, vítimas fáceis de especulações desumanas. Vejo-os molhando com seu suor e lágrimas um sulco ingrato, uma terra que exala miasmas pestilento, quebrado pelo cansaço, consumido pela febre, suspirando em vão pelo céu da pátria distante e pela miséria ancestral da pobre casa nativa, e finalmente sucumbindo sem que o arrependimento de seus entes queridos os consolasse, sem que a palavra de fé lhes mostrasse a recompensa que Deus tem prometido aos bons e aos infelizes. E aqueles que triunfam na luta rude pela existência, aqui estão eles, ai! Lá embaixo no isolamento, para esquecer por completo todas as noções sobrenaturais, todos os preceitos da moral cristã, e a cada dia perder o sentimento religioso, não alimentado pelas práticas de piedade, e deixar que os instintos brutais ocupem o lugar das mais altas aspirações. Diante de um estado de coisas tão lamentável, muitas vezes me pergunto: como remediá-lo? E toda vez que leio alguma circular do governo nos jornais que adverte as autoridades e o público contra as artes de certos especuladores, que na verdade atacam escravos brancos para empurrá-los, ferramentas cegas da ganância, longe da pátria com a miragem de ganhos fáceis e ricos; e quando de cartas de amigos ou de relatos de viagens noto que os párias dos emigrantes são italianos, que as profissões mais vis, embora possa haver covardia no trabalho, são exercidas por ele, que os mais abandonados e, portanto, os menos respeitados, são os nossos compatriotas, que milhares e milhares de nossos irmãos vivem quase sem defesa da pátria, objeto de prepotências muitas vezes impunes sem o consolo de uma palavra amiga, então, confesso, o rubor sobe em meu rosto, sinto-me humilhado como padre e como italiano". 

"A emigração - escreveu o bispo de Piacenza em 1887 - é um fato natural e providencial. É uma válvula de escape dada por Deus para esta sociedade conturbada. Em quase todos os casos, a emigração não é um prazer, mas uma necessidade incontornável. Sem dúvida, entre os emigrantes também há maus sujeitos, vagabundos e perversos: mas estes são o menor número. A imensa maioria, sem falar na totalidade dos que expatriados para ir para a longínqua América, não é desse temperamento; não fogem da Itália por aversão ao trabalho, mas porque não o têm e não sabem como viver e sustentar suas famílias". 

Dois anos mais tarde, em 1889, escreveu: "Mas curando as feridas que afligem a emigração italiana, as leis, senhores, não bastam, porque algumas dessas pragas são inerentes à própria natureza da emigração, outras derivam de causas remotas que escapam ao controle das leis, e mesmo das melhores leis do mundo e seus inúmeros agentes. e perfeito, não viria a erradicar esses males. [...] É aqui, senhores, que deve começar o trabalho das classes dominantes, aqui onde termina o das leis e do governo. Qual caminho? Estudando e discutindo primeiro o grande problema da emigração, deixando as pessoas entrarem (e esta é a oração que dirijo aos dirigentes do movimento católico), como parte viva da ação das comissões regionais, diocesanas e paroquiais, esta que diz respeito ao bem religioso, econômico e a sociedade civil de muitos dos nossos infelizes irmãos, coletando subsídios, mesmo que materiais, em seu proveito, dissuadindo energicamente a emigração quando é reconhecida como desastrosa, defendendo-a de emboscadas e contratos maliciosos, enfim, cercando-a de todas aquelas ajudas religiosas e civis que servem para fortalecê-la contra os inimigos, compacto e quase invencível, pois a segurança de cada um neste caso passa a ser a segurança de todos". 

Da mesma forma, em maio de 1900, Mons. Geremia Bonomelli estava entre os promotores, em Cremona, da Obra Assistencial para Italianos que Emigraram para a Europa e o Levante, denominado abreviadamente Opera Bonomelli, cujo objetivo era fornecer assistência material e religiosa aos emigrantes italianos na Europa e no Levante.

Foram justamente as alarmadas solicitações e os constantes pedidos emitidos não só por personalidades eclesiásticas da península, como Mons. Bonomelli e Mons. Scalabrini, mas também pelos episcopados dos países europeus e do continente americano, meta dos principais fluxos migratórios, a despertar nos papas e na cúria romana uma consciência mais aguda das dramáticas condições espirituais e materiais em que se encontravam os emigrantes italianos e da consequente necessidade de preparar formas de sensibilização e estratégias de intervenção a altura do desafio. 

Continua em outro post











segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Sobrenomes dos Italianos Pioneiros em Cerro Azul a Antiga Colônia Assunguy no Paraná

 



Sobrenomes dos Italianos Pioneiros em

 Cerro Azul Paraná 


Cerro Azul é um município brasileiro do estado do Paraná pertencente ao Vale do Ribeira. Conhecida como a terra da laranja, pela grande produção dessa da fruta, se localiza a 92 quilômetros da capital do estado. 

Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2020, era de 17.833 habitantes. Cerro Azul possui o segundo mais baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) do estado do Paraná.

Cercada de montanhas, seus bairros afastados são formados de população rural e urbana, encontrando na agricultura sua principal fonte de renda, complementado pelas riquezas do Rio Ribeira. Uma de suas maiores atrações é a Festa da Laranja que apresenta ao Estado os produtos produzidos pela agricultura local.


 Colônia Assunguy


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