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quinta-feira, 8 de março de 2018

A Imigração da Mulher Vêneta - L' immigrazione della donna veneta

A imigração no Rio Grande do Sul se caracterizou por ser prevalentemente realizada por inteiras famílias rurais, sobretudo formada por jovens, diferente de outros locais onde a grande predominância era masculina. Dados sobre a imigração italiana no Estado relatam que na colônia de Caxias a relação entre o imigrante do sexo masculino e feminino era da ordem de 1057 homens para 816 mulheres. Nas colônias gaúchas, a mulher se casava muito cedo e vinham a ter 10, 12 ou mais filhos, situação que se manteve inalterada aqui no Rio Grande do Sul em comparação com as terras de origem no Vêneto.

A presença feminina atenuou o impacto do imigrante com a nova terra, facilitando a sua integração e de toda a família, criando condições para o desenvolvimento econômico das mesmas. Ela foi fator decisivo para fixação do homem à terra e com o seu trabalho muito concorreu para o progresso familiar.


Mantida longe da escola, para ser aproveitada em todos os afazeres domésticos, a mulher vêneta imigrante, era na sua grande maioria analfabeta, submissa e privada do direito de hereditariedade, excluída da escola e do uso do dinheiro.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta

Erechim RS

quarta-feira, 7 de março de 2018

A Mulher no Início da Imigração - Direitos Poucos, Deveres muitos


 

 


A Mulher Vêneta no início da imigração

Na família, até muito pouco tempo atrás, o pai ou o marido detinham a autoridade total da casa. Distribuiam tarefas e determinavam eles todas as atividades a serem cumpridas em uma propriedade.
Considerada menos importante que o homem, a mulher era muitas vezes privada do direito ao estudo em vantagem dos homens e sempre deixada de fora da herança familiar da terra.
A mulher trabalhava incessantemente, mergulhada nas pesadas ocupações agrícolas e domésticas tarefas e deveres precisos dos quais não podia refutar.
O dia de trabalho da mulher camponesa iniciava ainda antes do alvorecer com a ordenha das vacas, fazia todo o trabalho da casa, desde as refeições, a feitura do queijo até a costura, o remendo das roupas para toda a família, a confecção da lã e dos chapéus de palha usados como proteção ao sol nas lidas do campo.
Terminava a sua dura faina diária somente a noite, depois de servir o jantar para a família. A primeira levantar e a última a deitar.
O analfabetismo femenino era muito elevado e segundo dados apurados chegava até perto de 80% entre as primeira mulheres imigrantes que chegaram ao Rio Grande do Sul.
Nas palavras da autora do livro "Brasile per sempre" Francesca M. Raouik: "depositária e guardiã dos principais conteúdos do patrimônio étnico dos emigrantes, a mulher preservou da extinção modelos de vida e valores camponeses do fim do século XIX, com costumes, linguagem e usos típicos desta cultura que, graças a maternidade, puderam ser conservados e transmitidos às novas gerações".

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS