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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

A Mulher Vêneta no início da imigração



A Mulher Vêneta no início da imigração

Na família, até muito pouco tempo atrás, o pai ou o marido detinham a autoridade total da casa. Distribuíam tarefas e determinavam eles todas as atividades a serem cumpridas em uma propriedade.

Considerada menos importante que o homem, a mulher era muitas vezes privada do direito ao estudo em vantagem dos homens e sempre deixada de fora da herança familiar da terra.

À mulher trabalhava incessantemente, mergulhada nas pesadas ocupações agrícolas e domésticas tarefas e deveres precisos dos quais não podia refutar.

O dia de trabalho da mulher camponesa iniciava ainda antes do alvorecer com a ordenha das vacas, fazia todo o trabalho da casa, desde as refeições, a feitura do queijo até a costura, o remendo das roupas para toda a família, a confecção da lã e dos chapéus de palha usados como proteção ao sol nas lidas do campo.

Terminava a sua dura faina diária somente a noite, depois de servir o jantar para a família. A primeira levantar e a última a deitar.

O analfabetismo feminino era muito elevado e segundo dados apurados chegava até perto de 80% entre as primeira mulheres imigrantes que chegaram ao Rio Grande do Sul.

Nas palavras da autora do livro "Brasile per sempre" Francesca M. Raouik: "depositária e guardiã dos principais conteúdos do patrimônio étnico dos emigrantes, a mulher preservou da extinção modelos de vida e valores camponeses do fim do século XIX, com costumes, linguagem e usos típicos desta cultura que, graças a maternidade, puderam ser conservados e transmitidos às novas gerações". 

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

terça-feira, 14 de agosto de 2018

A Imigração Vêneta no Feminino




É a mulher que mantém vivas as tradições vênetas  conservando e transmitindo cantos, orações, histórias de vida e da terra natal, pratos de cozinha, língua, provérbios...

"A emigração no feminino foi por decênios desconhecida, apesar de que mulheres, mães e filhas tenham tido sempre um papel determinante nas vicissitudes migratórias, em modo particular nos decênios do êxodo em massa para os estados centro-meridionais do Brasil, como São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde mais que trabalhadores braçais isolados, emigravam inteiras famílias".

"Presença humilde e silenciosa, sempre submetida ao homem, pai ou marido que fosse, a maior parte das vezes analfabeta, privada dos direitos hereditários, exclusa da instrução e do uso do dinheiro, submetida desde menina à ritmos massacrantes de trabalho, que iniciavam com o escuro e com ele terminavam, a contribuição da mulher foi decisivo para o alcance dos projetos dos emigrantes".

Texto do ex-presidente nacional da ANEA, Aldo Lorigiola, no prefácio do livro "Brasile per Sempre", da autora Francesca M. Raouik.

"Firmes como rochas a enfrentar a fome e a miséria no Brasil, o componente feminino da imigração vêneta contribuiu com o próprio sacrifício para a posse e a fixação dos "italianos" em uma terra nova e às vezes inóspita". 


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Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS