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segunda-feira, 3 de julho de 2023

Lágrimas da Floresta: A Dor de uma Mãe Imigrante Italiana

 




Lágrimas da Floresta: 
A Dor de uma Mãe Emigrante Italiana



Nas matas do Rio Grande do Sul, 
Uma mãe emigrante, com o coração ferido, 
Sofre a dor profunda de uma perda insuportável, 
Seu amado filho, com apenas um mês de vida.

Nascido em meio ao isolamento, sem ajuda, 
Na colônia Dona Isabel, onde foram levados, 
A falta de recursos e cuidados adequados, 
Fez com que o destino lhe fosse arrancado.

O choro do bebê se misturava ao vento da floresta, 
Enquanto a mãe, desesperada, buscava consolo, 
Entre as árvores, suas lágrimas caíam, 
Um lamento silencioso, marcado pelo desamparo.

A imensa saudade da terra distante, 
O sentimento de estar longe, sem proteção, 
Tudo se intensifica com essa perda avassaladora, 
Um filho levado, deixando um vazio amargo.

Que tristeza profunda invade seu peito, 
Como uma dor que não encontra alívio, 
Essa mãe emigrante, entre as matas, 
Chora a perda de seu tesouro, sua razão de viver.

Que o tempo traga algum conforto a essa alma, 
Que a esperança possa renascer em seu olhar, 
Mesmo entre as árvores, no silêncio da floresta, 
Essa mãe encontra forças para continuar a caminhar.



de Gigi Scarsea
erechim rs



quinta-feira, 29 de junho de 2023

Náufragos de Almas: As Trágicas Odisséias dos Emigrantes no Mar

 



Náufragos de Almas: 
As Trágicas Odisséias dos Emigrantes no Mar



Nas águas revoltas do oceano, um lamento ecoa, 
Embarcações de sonhos, epidemias, morte e dor. 
A travessia incerta, destino sombrio a bordo, 
Levando emigrantes à sepultura nas profundezas do mar.

Em busca de novos horizontes, deixaram a terra natal, 
Mas a morte espreitava, silenciosa, implacável. 
Doenças cruéis, agouros sombrios no ar, 
Cobravam vidas preciosas, ceifando o sonho de recomeçar.

A bordo, corpos enfraquecidos, suspiros calados, 
Em meio às lágrimas, angústia e desespero. 
Enfrentavam a escuridão, a incerteza dos destinos traçados, 
Envolvidos em lençóis, ao mar profundo eram entregues, derradeiro adeus.

Pedras amarradas aos pés, símbolo triste de despedida, 
Submersos nas águas gélidas, abraçados pelo mar salgado. 
Seus nomes se perderam, suas histórias esquecidas, 
Mas o mar testemunha silencioso, guardião do passado.

Nas profundezas, suas almas vagam em eterno descanso, 
Em meio às ondas, encontraram a paz que lhes faltou na vida. 
Memórias daqueles que não chegaram ao novo lar, 
Nas águas vastas do oceano, eternamente entrelaçadas.

Lembramos dos que partiram, das vidas interrompidas, 
Das epidemias avassaladoras, das doenças cruéis. 
Honramos a coragem e a esperança, mesmo diante das despedidas, 
Erguemos nossos olhares ao céu, lembrando que o sonho é fiel.

Que suas histórias sejam contadas, lembradas com carinho, 
Esses emigrantes corajosos, que enfrentaram a travessia dura. 
A bordo da esperança, lutaram contra o destino mesquinho, 
Seu legado vive em nós, mesmo na sepultura obscura.

E assim, perpetuamos a memória daqueles que se perderam, 
Honrando a bravura e a resiliência que carregaram consigo. 
Nas ondas do tempo, suas vozes ecoam, jamais desvanecem, 
As epidemias, as doenças e as mortes não apagam seu abrigo.

de Gigi Scarsea
erechim rs