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sexta-feira, 20 de abril de 2018

O Arenque Defumado Pendurado com um Barbante sobre a Mesa



Non scordare dell’aringa affumicata appesa nello spago sulla tavola.

Entre as recordações do Vêneto que permaneceram até hoje na memória dos descendentes de emigrantes e que ainda se conservam vivas encontramos o episódio do arenque defumado, atado em um barbante, sobre a mesa nas refeições. 

Os mais velhos contavam esse episódio para fazer a comparação da pobreza endêmica sofrida pelas famílias vênetas no final do século XIX e início do século XX com a abundância e bem-estar atual. 

É uma forma de advertência aos mais jovens de hoje que não sabem que coisa seja a necessidade. Menos ainda, o que é verdadeiramente passar fome. Nos contavam ainda que devido as péssimas condições alimentares na época, a falta de proteínas e alimentação de má qualidade, quando só se alimentavam de farinha de milho, usada para a polenta, deram lugar a uma séria de doenças, entre as quais a pelagra, que inutilizavam e ceifavam a vida de muitas pessoas. 

O episódio do arenque defumado é bem ilustrativo dessa fase difícil da história do Vêneto. Quando a família se sentava à mesa, quase sempre eram muitos para alimentar e a comida disponível, a polenta sem gosto e sem carne. Então se amarrava, com um barbante, um arenque defumado e o dependurava por sobre a mesa enquanto era servida a polenta. Cada um a sua vez esfregava rapidamente a sua fatia de polenta quente naquele arenque pendurado, de modo que a polenta sem gosto adquirisse algum sabor. 

Outras versões, conforme a zona de proveniência do imigrante, nos contam que era um pedaço de salame que dependuravam sobre a mesa de refeições. 

Outra história muito contada, geralmente por imigrantes oriundos da província de Treviso, era a do osso para fazer o caldo, que percorria toda a vizinhança, cada dia sendo usado para fazer o “brodo” na casa de uma das famílias.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS




No scordare dell’aringa affumicata appesa nello spago sulla tavola


Tra i brevi ricordi del Veneto, rimasti fino oggi nella memoria degli emigranti che si conserva ancora con i suoi discendenti troviamo l´episodio dell´aringa affumicata appesa allo spago sopra la tavola nei pranzi. I più vecchi raccontanno l´episodio per confrontare la povertà endemica patitte dalle famiglie venete nel fin´Ottocento e inizio del Novecento con l´abbondanza e benessere attuale. È una forma d´avvertimento ai giovani d´oggi che non sano cosa sia la necessità. Ci raccontano che dovuto le brutte condizioni, la mancanza di proteine e cibi di qualità hanno propiziato una serie di malattie, tra cui la pelagra, che portavano via tanti persone. L´episodio dell´aringa: quando ci si sedeva a tavola si era sempre in tanti da sfamare e il cibo pochissimo. Allora, si appendeva un´aringa affumicata ad uno spago penzolante sopra il tavolo e ai commensali si serviva la polenta. A sua volta ognuno strofinava la propria fetta di polenta calda sull´aringa, in modo che la polenta cambiasse sapore. Altre versioni ci parlano del salame e anche delle ossa per il brodo che faceva strada tra i vicini, ogni giorno faceva il brodo di una famiglia.