Erechim já fez parte de Passo Fundo e habitado somente por alguns fugitivos da justiça que, aproveitando das densas florestas existentes, se escondiam da lei nas vizinhanças das barrancas do Rio Uruguai.
No ano de 1908 o governo do estado resolveu colonizar essas terras despovoadas e rapidamente chegaram grandes número de pessoas provenientes de diversos municípios agrícolas do estado e também imigrantes vindos do exterior.
Indústria
Os principais industriais na época eram: Dal Molin, Sciullo & Cia, Saule Pagnoncelli & F.º com refinarias de banha, Giuseppe Bonaldo e Cia. marcenaria, Bottega & Cia comércio de madeiras, Bortolo Balvedi com fábrica de bebidas, Mottin com fábrica de chapéus, Luigi Longo, Cesarino Galli e Irmãos Menta com ferrarias, Virginio Biolo, Demetrio Molon & Cia, Firmino Ricardi com moinhos, Guerino Casambó com moagem de café.
Comércio
Os principais comerciantes em 1925:
No 1º Distrito, Boa Vista (ex Paiol Grande): Saulle Pagnoncelli & F.º, Achille Caleffi & Cia, Batista Grando, Emilio Grando, Luigi Fossati, F. Giovanni Massignan, Attilio Assoni, Santo Graziotin, Luigi Lise, Achille Grando, Valentino Berto, Umberto Vicari, Antonio Deboni, Antonio Tomaselli, Pietro Bonin, Irmãos Zambonato, Pietro Guerri, quase todos no 1º Distrito Boa Vista (ex Paiol Grande).
No 2º Distrito Erechim, a antiga sede da colônia: Ricardo Bordignon, Giuseppe Troglio, F. A. Scussel & Cia, Giacomo Manin, Luigi Piccoli, Guido Giacomozzi e Irmãos, Domenico Donida, Antonio Ascari, Giuseppe Zanardo, Andrea Mafassoni, Gabriele Robinot.
No 3º Distrito, Marcelino Ramos: Saule Pagnoncelli (sucursal) Angelo Locatelli, Floriano Zordoni, Guerino Maito, Beniamino Fontana, Domenico Bonetto, Formighieri e Irmãos, Redenzio F. Zordan, Allegreti (refinaria de banha e fábrica de conservas) Giuseppe Scaramocin (ferraria a vapor)
No 5º Distrito, Barro (Gaurama): Pedro Lunardi e Irmão, Giuseppe Spon, Giovanni Sponchiado, Giovanni Bordignon, Antonio Lunardi, Irmãos De Pario.
No 6º Distrito, 13 de Maio: Antonio Bos.
No 7º Distrito, Rio Novo (Aratiba): Grazetto & Cia, Luigi Poletto.
Serrarias
No 1º Distrito, Boa Vista: Achille Caleffi & Cia, Angelo Emilio Grando e Irmãos, Achille Grando, Domenico Dal Pasquale, Angelo Cappelletto, Giovanni Rizzon, Luigi Michelon & Cia, Caleffi Scipione, Umberto Vicari, Agostino Passello, Paolo Dal Bianco, Biolo Capra & Cia, Giuseppe Mecca, Giovanni Morosini, milioni Argenta & Filhos, Vescovi e Meneghetti, Andrea Maggione, Attilio Assani, Grando e Pedrollo, Emilio Zanin, Carlo De Moliner, Giovanni Balvedi, Enrico Barbieri, Irmãos Badalotti, Pietro Bottega e Piazza, Virginio Dell'Igna & Cia, Antonio Valin, Pietro Giaretta, Amadio Mariga & Cia, Angelo Poletto, Bevilacqua Ferrazzo, Meneguzzo, Smaniotto.
No 2º Distrito, Erechim, antiga sede da colônia: Gabriele Balbinotti, Antonio Pertile, Angelo Dall'Agnol, Antonio Pilloni & Cia, Tranquilo De Carli, Ermenegildo Vescovi, Lorenzoni, Bordignon e muitos outros.
No 3º Distrito Marcelino Ramos: Allegretti & Cia, Antonio Brancher, Angelo Brancher, Stefano Bonet.
No 4º Distrito Erebango: Emilio Noal, Giuseppe Pizzotto.
No 5º Distrito Barro (Gaurama): Giovanni Bordignon, Antonio Serena, Pietro Lunardi & Filho, Lunardi Barbieri, Giovanni Zoter & Cia.
No 6º Distrito 13 de Maio: Antonio Lunardi
No 7º Distrito Rio Novo (Aratiba): Giovanni Bellani
Profissionais
1- Fotógrafos: Vittorio Lazarotto, Giovanni Antonini, Edoardo Macchiavelli
2- Sapateiros: Eugenio Isoton, Giuseppe Incerti, Achille Tomaselli
3- Cortumes: Giulio Trombini, Aurelio Caldart, Achille Tomaselli, Antonio Tomaselli
4- Alfaiates: Ismaele Pezzini, Guglielmo Pezzana, Alberto Incerti
5- Carpinteiros: Alberto Parenti, Giuseppe Cervelin, Giuseppe Alberici, Giuseppe Pigozzo, Francesco Pigozzo, Silvio Viero, Francesco Provenzano, Giuseppe Bortolazzo, Domenico Della Costa, Giulio Valmorbida
Bancos
1- Banco Pelotense
2- Banco da Província do Rio Grande do Sul
3- Banco Nacional do Comércio
Nota
Este relato é um resumo do capítulo referente a Erechim, de autoria de Carlo Mantovani, e faz parte do álbum comemorativo do Cinquentenário da Colonização Italiana no Rio Grande do Sul, publicado no mesmo ano de 1925, constando de dois volumes.
Em uma obra tão extensa, certamente a mais completa já publicada mostrando a pujança da imigração italiana no estado, existe a possibilidade de que tenham sido, involuntariamente, omitidas algumas pessoas, fato que não desmerece este importante documento.
Lembro também que neste ano de 1925, Erechim, então Boa Vista, tinha apenas 7 anos de existência como município. Mesmo assim já podemos constatar a importância e a força dos imigrantes italianos, e de seus descendentes, aqui instalados e razão de serem incluídos neste blog.
Esta obra se reveste de grande importância histórica pelo relato da formação da cidade, desde os seus primeiros anos. É um importante registro daqueles italianos e seus descendentes que escolheram esta cidade para viver, os quais, unidos com os demais imigrantes, de tantas outras nacionalidades que aqui chegaram, contribuíram para o progresso da grande Erechim.
Erechim RS
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