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sábado, 13 de março de 2021

Giacomo Casanova

Giacomo Casanova


Giacomo Casanova, nasceu em Veneza em 2 de abril de 1725, filho de dois atores teatrais, Gaetano Giuseppe Casanova e Zanetta Farussi, teve junto com seus cinco irmãos uma educação prejudicada. A mãe queria que ele seguisse a carreira eclesiástica,  chegou a receber as ordens menores mas, a sua natureza rebelde e libertina fez com fosse expulso do seminário de Veneza por comportamento escandaloso, chegando a ser preso no forte de Sant'Andrea. Teve uma breve passagem como militar, profissão logo abandonada para se dedicar a tocar violino no teatro de San Samuele. Nessa época foi adotado como filho pelo senador de Veneza, Matteo Bragadin. A sua natureza libertina, amante dos jogos deu muitos dissabores ao pai adotivo. 

No ano de 1750 partiu para a França, estabelecendo-se brevemente na cidade de Lion, onde conseguiu ajuda da maçonaria local. Em seguida se dirigiu para Paris, onde também ficou pouco tempo e já em 1752 estava na cidade alemã de Desdren da qual se transferiu para Praga e depois Viena. 

Retornando à Veneza em 1775, acabou sendo preso pela Inquisição, acusado de magia e maçonaria, encarcerado na temível prisão ao lado do palácio do doge, o chamado piombi, devido o teto do prédio ser forrado com esse metal e as celas localizadas logo abaixo ficarem terrivelmente quentes no verão. Nessa prisão ficou recluso por quinze meses, se evadindo com grande paciência e astúcia, exatamente pelo teto de chumbo. Dirigiu-se para Paris onde foi nomeado diretor da loteria real Não ficou muito tempo e logo começou a se deslocar por outras cidades européias: Holanda, Alemanha, Suiça, voltando à Paris e depois Itália. 

Em todas essa viagens a sua fama de grande sedutor o precedia e as suas aventuras e conquistas se seguiram sem parar.  Foi pra Londres, Berlim São Petersburgo e Varsóvia. Tendo recebido perdão da Sereníssima, retornou para Veneza, mas, em 1782, devido ao escândalo suscitado pelo seu livro o obrigou a deixar a cidade. Finalmente foi para a Boêmia onde foi bem acolhido, chegando a trabalhar como secretário e conservador da rica biblioteca do conde Joseph C. Waldestein. 

Em sua vida além de ter sido conhecido como um aventureiro, amante, sedutor de mulheres  e escritor erótico, foi também  um grande intelectual, um homem de letras e de ciência. Foi poeta, romancista, conhecia o latim e o grego, tradutor de clássicos (traduziu a Ilíada de Homero), historiógrafo, teólogo, músico, matemático e alquimista.

Morreu na pequena cidade de Dux, na Boêmia,  em 4 de junho de 1798.