Mostrando postagens com marcador restaurantes Santa Felicidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador restaurantes Santa Felicidade. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

La Colònia Santa Felicità a Curitiba - Imigrassion Taliana nel Paranà

 



La Colònia Santa Felicità a Curitiba - Imigrassion Taliana nel Paranà

Santa Felicità la ze incuò un quartier de la sità de Curitiba, ntel Stato del Paranà, situà sul vècio camin dei tropèri paulisti che i ze ndava zo verso el sud del Brasil. Adeso, l’aministrassion de la region de Santa Felicità la copre i quartieri: Butiatuvinha, Campina do Siqueira, Campo Comprido, Cascatinha, Jardim Gabineto, Lamenha Picenina, Mossunguê, Orleans, Santa Felicità, Santo Inácio, São Braz, São João, Seminário e Vista Alegre.
Tuta sta grande zona la faséa parte de la vècia Colònia Santa Felicità, formà da i imigranti taliani. L'ocupassion de 'sta zona la ze stà pì forte da 'l 1878, con l'arivo de imigranti, la maior parte di lori i ze vegniù dal Vèneto e dal Trento, ntel nord de l'Itàlia.
I colòni al´inìsio i se dedicava a far formài, vin, piantassion de orti e lavori de man. Più in là, con l'ani, specialmente tra i ani 1950 e 1960, i se gà consolidà e i so discendenti i gà scomenssià a portar i prodoti agrìcoli a Curitiba. De bonora, la matina, se forméa na gran fila de carete a quatro rote, tiràe da un o do cavai, con na coperta su la parte davante par proteger el condutor dal sole. Lore i ´ndava adàsio, una drio l’altra, verso la capital del Stato. Quando lore i ze rivà, i se spartia per la sità, e ogni prodotor el gavea i so clienti. De pomerìgio, le stesse carete le tornava indrio, adàsio, sempre in fila, verso le so case in Santa Felicità. Sti careti i zera de solito condussèi da le done, tante volte anca done vècie, che le fasea sto lavor con dedission e sempre con un bon umor. Lori le portava la roba de i orti, frute e verdura, a venderla a Curitiba.
Cusì, in sta fase pì 'vanzà de l'imigrassion, la maior parte de le famèie dei discendenti dei pionieri le vivea de 'sta atività. In tel stèsso perìodo, pian pianin, Santa Felicità la gà trovà la so vera vocassion: la ze diventà un quartier gastronómico de Curitiba, con tanti ristoranti che servìa magnar tìpico talian. L'artigianà, l'indùstria e el comèrssio lori i ga completà sto cìrcolo, trasformando la vècia colònia in un quartier rico de Curitiba.
El nome Santa Felicità el vien da la vècia parona dei tereni, Dona Felicità Borges, che lei la fasea parte de na famèia de origine portoghesa. Lei e i so do fradèi, Antonio e Arlindo Borges, i gà vendè i loti ai prime quìndese famèie de imigranti che se stabili là.

Secondo i raconti de i pionieri, scriti ntel 1908 dal prete Giuseppe Martini, la Colònia de Santa Felicità la ze stà fondà in novembre del 1878 da quìndese famèie de imigranti taliani scampài da la Colònia Nova Itàlia.
Sto grupo de imigranti, de origine vèneta, el ze rivà al Porto de Paranaguà in zenaro del 1878, e el ze stà fissài dal goerno provinssiale lungo el litoral paranaense – pì preciso a Porto de Cima e São João da Graciosa, nùclei de la colònia ciamà Nova Itàlia.
Malcontenti del clima tropicale, de la mala qualità dei tereni visini al riva de el mar, e per mancansa de prospetive de vender i so prodòti, i imigranti lori i gà scomenssià a interessarse ai raconti de i tropèri che i girava tra la region e el pianalto de Curitiba. Lori i ghe parlava de Curitiba, de el so clima pì fredo e de le tère bone che ghe stava 'ntorno, e de altri imigranti che i zera zà là.
Nel stesso ano, ntel 1878, qualcossa de 'ste famèie le gà fato sù la Serra do Mar fin a Curitiba, e le ga domandà al goerno del Paranà de poder trasferirse sù el pianalto. Tante de 'ste famèie le ze stà fissà ´ntle colònie taliane zà esistenti vissini a Curitiba, come quele de Alfredo Chaves, Presidente Faria e Maria José.
Quèi che gavea qualche risparmi i gà decidìo de comprarse tereni privadi. Con tute le risorse messe insieme, le quìndese famèie le gà comprà el gran teren da i fradèi Antonio, Arlindo e Felicità Borges. I vèci racònti i dis che, quando i fradèi Borges lori i gà vendù el tereno ai taliani, lori i avè chiesto che el nùcleo colonial el ghe avesse a vegnir ciamà Felicità, in onor de la so sorèa. Sto fato el vien confermà anca da i raconti del prete Maximiliano Sanavio, pàroco locale: "i taliani, che i zera catòlici, lori i gà meter la parola santa al nome, e cusì la colònia la ze diventà Santa Felicità. El tereno comprà da i taliani in Santa Felicità el ze stà spartì in quìndese loti de do alquèri, segnà un fianco de l'altro da una strada principal, e spartìi per sortegio trà le famèie.


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS


domingo, 18 de março de 2018

A Colônia Santa Felicidade em Curitiba - Imigração Italiana no Paraná

Imigrantes italianos frente à Igreja São José no ano 1891 em Santa Felicidade





Santa Felicidade é hoje um distrito da cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, localizada no antigo caminho dos tropeiros paulistas que iam em direção ao sul do Brasil. Atualmente a administração da regional de Santa Felicidade abrange os bairros: Butiatuvinha, Campina do Siqueira, Campo Comprido, Cascatinha, Jardim Gabineto, Lamenha Pequena, Mossunguê, Orleans, Santa Felicidade, Santo Inácio, São Braz, São João, Seminário e Vista Alegre.

Toda essa região fazia parte da antiga Colônia Santa Felicidade, formada por imigrantes italianos. A ocupação da área ocorreu com mais intensidade à partir de 1878, com a chegada de imigrantes na sua maioria provenientes das regiões do Vêneto e do Trento, no norte da Itália.


Os colonos inicialmente dedicavam-se à produção de queijos, vinhos, hortigranjeiros e artesanato. Mais tarde, com o passar dos anos, já nos anos 1950 e 1960 foram aos poucos se consolidando e os seus descendentes passaram a suprir a cidade de Curitiba com os seus produtos agrícolas. Pela manhã, ainda muito cedo, se formavam grandes filas de carroças com quatro rodas, puxadas por um ou dois cavalos, cobertas na sua parte dianteira por um pequeno toldo, para proteger o condutor do sol, e que se dirigiam lentamente, uma atrás da outra, no sentido da capital do estado. Lá chegando se espalhavam pela cidade, cada produtora já tinha os seus fregueses habituais. O mesmo acontecia no início da tarde, só que a caravana percorria o sentido inverso, quando a passo lento, as longas filas de carroças, uma atrás da outra, retornavam para as suas propriedades em Santa Felicidade. Essas carroças eram conduzidas geralmente pelas mulheres, algumas delas às vezes senhoras de idade avançada, que exerciam com dedicação e bom humor este importante comércio. Levavam a produção agrícola de frutas e hortaliças produzidas em suas propriedades para serem comercializadas em Curitiba.

Foi assim que nesta fase mais avançada da imigração a maioria das famílias de descendentes dos pioneiros sobreviviam. Nessa mesma época, lentamente, também ocorria a transformação para a verdadeira vocação do seu povo. Surgia Santa Felicidade como um bairro gastronômico de Curitiba, quando então foram aparecendo e se consolidando dezenas de restaurantes que serviam a comida típica italiana. O artesanato, a indústria e o comércio vieram consolidar esse ciclo, transformando a antiga colônia em um rico bairro de Curitiba.



O nome de Santa Felicidade veio da antiga proprietária das terras Dona Felicidade Borges, pertencente a uma família de origem portuguesa. Ela e os seus irmãos, Antônio e Arlindo Borges, venderam os lotes para as primeiras 15 famílias de imigrantes ali se instalarem. 


De acordo com os relatos dos pioneiros registrados em 1908 pelo padre Giuseppe Martini, a Colônia de Santa Felicidade foi fundada em novembro de 1878 por quinze famílias de imigrantes italianos retirantes da Colônia Nova Itália. 

Este grupo de imigrantes italianos, originários da região do Vêneto, chegou ao Porto de Paranaguá no mês de Janeiro de 1878, tendo sido assentados pelo governo provincial no litoral paranaense – mais precisamente em Porto de Cima e São João da Graciosa, núcleos da colônia que foi denominada Nova Itália. 

Insatisfeitos com o clima tropical típico do lugar e com a qualidade do solo do litoral, e principalmente pela falta de perspectiva de um mercado consumidor, os imigrantes começaram a se interessar pelos relatos otimistas provenientes dos tropeiros que transitavam entre a região e o planalto curitibano. Falavam de Curitiba, do seu clima frio e das terras férteis que a circundavam e de outros imigrantes por lá assentados. 

Ainda neste mesmo ano de 1878, algumas dessas famílias subiram a Serra do Mar até Curitiba, solicitando ao governo do Paraná a sua transferência para o planalto. Muitas delas foram assentadas nas colônias italianas já existentes, próximas a Curitiba, tais como: Alfredo Chaves, Presidente Faria e Maria José. 

Aqueles que possuíam alguma economia decidiram comprar terras de particulares. Reunindo os recursos de todo o grupo, as quinze famílias compraram o terreno pertencente aos irmãos Antônio, Arlindo e Felicidade Borges. Os relatos antigos dizem que ao venderem o terreno aos italianos, os irmãos Borges teriam exigido que o núcleo colonial passasse a se chamar Felicidade, em homenagem a sua irmã. Isso pode ser confirmado também pelos relatos do padre Maximiliano Sanavio, vigário local: os imigrantes por serem católicos, acrescentaram a palavra santa ao nome sugerido pelos brasileiros, e a colônia ficou sendo denominada Santa Felicidade. O terreno adquirido pelos italianos em Santa Felicidade foi dividido em quinze lotes de dois alqueires, demarcados lado a lado a partir de uma picada central, e distribuídos por sorteio entre as famílias. 



Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS