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sábado, 11 de agosto de 2018

Relação das Famílias Pioneiras da Colônia Santa Felicidade em Curitiba



Conforme o livro do escritor Pe. Jacir Braido “O bairro que chegou num navio: Santa Felicidade Centenário, impresso pela editora Líbero-Técnica, Curitiba, novembro de 1978, e também baseado nas pesquisas do Pe. Irio Dalla Costa, esta é a relação das famílias pioneiras na formação do atual bairro curitibano: 

ANO 1878

Alberti Giovanni
Boscardin Francesco
Boscardin Luigi
Benato Madalena
Bacalfil Basilio
Bertapelle Andrea
Breda Giacomo
Bosa Antonio
Bosa Valentino
Comparin Francesco
Cumin Calisto
Casagrande Giovanni
Cuman Santo
Dalla Stella Giuseppe
Dallarosa Antonio
Decarli Giovanni
Lucca Giovanni
Lucca Latini
Muraro Bortolo
Muraro B. Travisanello
Meneguzzo Giovanni
Maestrelli Dionisio
Poeltto Giovanni
Paolin Antonio
Ravanello Giuseppe
Slompo Bortolo
Tagliaro Sebastiano
Tabarin Clemente
Tulio Agostino
Travensoli Francesco
Valente Domenico
Villanova Bortolo
Vendramin Giuseppe
Zanotto Celestino
Zonato Domenico


DE 1879 À 1887

Alfornalli Giovanni
Alessi, viúva
Anzolin Pelegrino
Budel Giaccomo
Bonato Giovanni
Benato Giovanni
Bazani Angelo
Culpi Giuseppe
Colodel Giuseppe
Colodel Alessandro
Costa Luigi
Costantin Giovanni
Cecchetto Giuseppe
Cortese Luigi
Dallavia Angelo
Dallabona Giovanni
Dall’Armi Giovanni
Dallamarta Giovanni
Dorigan Antonio
Dorigan Romano
Franceschini, viúva
Ferro Vittore
Fontana Giovanni
Foiato Massimino
Garzaro Lorenzo
Gobbi Giuseppe
Gualdesi Pacifico
Gabardo Antonio
Lucca, viúva
Lovato Domenico
Lugarini Agostinho
Manfron Basilio
Meneguzzo Bortolo
Mion Girolamo
Miola Santo
Mazzarotto Angelo
Pegoraro Vitório
Parise Maria
Petrobelli Giovanni
Sandri Giovanni
Sandri Bortolo
Scabia Antonio
Strapasson Giovanni
Strapasson Domenico
Segala Valentino
Saccheto Francesco
Toaldo Pelegrino
Trevisan Felice
Trevisan Antonio
Tomasi Girolamo
Tomasi Francesco
Tessari Giovanni
Tessaro Antonio
Volpe Gianbatista
Volpe Andrea
Zardo Giaccomo
Zeminian Giuseppe
Zen Antonio


DE 1888 À 1895 FAMÍLIAS

Antoniacomi
Basso
Botega
Brandalise
Berti
Borgo
Bucco
Bindo
Bugliana
Bello
Brognolo
Baron
Brunetti
Brotto
Bortoluzzo
Brustolin
Cagliari
Ceronato
Costantini
Coradi
Castagnoli
Cechin
Cavacchiolo
Chiminello
Dal Santo
Dallalibera
Darú
Dalzoto
De Marchi
Ercole
Esilioto
Festa
Fochese
Finzeto
Fogiato
Fiori
Ferrarini
Foltran
Fraccaro
Frasson
Ferronato
Giaretta
Gardaro
Golin
Grande
Giacomelli
Gnata
Giusti
Gasparin
Granato
Galli
Leonardi
Mocelin
Manosso
Maestrelo
Marchesini
Milani
Murara
Moleta
Micheleto
Menegoto
Marioti
Matio
Molinari
Nappa
Pansarin
Peruzzi
Pianaro
Pizzato
Parodi
Poletti
Paganetti
Puglia
Rizzetto
Smanioto
Stella
Scorsin
Stival
Simeoni
Simoneto
Sartori
Scaramelio
Toresin
Veuzon
Vale
Volpato
Zampieri
Zanzovo
Zilio
Zilioto
Zaramella





Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A Colonização Italiana do Paraná - parte 1



Em 1872, o empresário Savino Tripotti iniciou os preparativos para a fundação da Colônia Alexandra (fundada em fevereiro de 1872) quando chegou da Itália a primeira leva de imigrantes, com a galera Ana Pizzorno" e pelo navio "Liguria".
Muitos italianos que vieram, não se destinavam propriamente ao Paraná. Eram obrigados, muitas vezes, a interromper a viagem, quer pela beleza da paisagem tropical, quer por cansaço ou doença, ou para abreviar o sofrimento das crianças que adoeciam e morriam a bordo, entulhadas que eram nas terceiras classes ou porões de navios infectos, junto às caldeiras, iluminados por insuficiente luz artificial, sem que nem mesmo o vento do mar chegasse até eles para minorar o calor sufocante.
Devido ao balanço do navio, que jogava muito, a maioria enjoava e já no segundo dia de viagem não havia um lugar seco onde pisar; poças de vômito espalhavam-se por todo o lado.
Não bastasse isso, mais tarde, durante a travessia, combalidos, estranhando a comida a bordo que não era boa, sobrevinha a diarreia, e as mães que amamentavam perdiam o seu leite e, em consequência, as crianças pereciam.
Chegados em Paranaguá, eram alojados na Casa da Imigração, recebendo sua primeira alimentação em terra - aí, alguns tiveram a sua primeira decepção. Vendo sobre a mesa várias cuias de farinha de mandioca, avançaram para as mesmas, à voz de "formaggio, formaggio...", pois a muito não comiam queijo; mas de imediato cuspiram fora, sentindo que o gosto não se amoldara aos seus paladares (pensavam ser queijo ralado).
Da Casa da Imigração, eram encaminhados à Colônia Alexandra, correndo as despesas de hospedagem e o transporte, por conta do Governo da Província.
Ao chegarem os colonos nas áreas que lhes eram destinadas, viam logo que não era bem a sonhada terra que eles imaginavam. Muitos dos seus lotes ficavam em lugares ermos, praticamente inabitáveis. Alguns deles ficavam em terreno alagadiço, arenoso ou pedregoso, longe dos centros mais populosos como Morretes e Paranaguá, provocando desânimo na posse da nova terra.
Como ignoravam o rigor do clima, que era muito quente no litoral, e outros aspectos da ecologia da região, ainda mais, o desconhecimento de como prevenir e acautelar-se contra animais ferozes, ofídios e insetos, que em grande quantidade existiam no lugar, de como começar uma agricultura rápida, tudo isso, agravado pela inexperiência no idioma, sobrevinha para os menos fortes o total esmorecimento que influiu negativamente no colono italiano.


Se isso não bastasse, sucediam-se os casos de doenças. Havia falta de médicos, e pelos altos preços que estes cobravam pelos seus trabalhos, eram pouco procurados.
Nos casos de emergência, apelavam para os curandeiros, charlatães que gozavam de grande prestígio entre a população nativa, não menos ignorante e supersticiosa.
Por esse tempo chegaram à Província mais 870 colonos italianos com destino a Alexandra, dirigida por Savino Tripotti.
Este, dizendo que estava sem recursos até para manter os antigos colonos, abandonou-os declarando que não tinha meios sequer para os primeiros suprimentos.
Por sua vez, os imigrantes recém-chegados declararam que tinham vindo iludidos e ao saberem do aperto porque estavam passando os seus patrícios, não quiseram absolutamente pertencer a Colônia Alexandra. Negaram-se a fazer parte da referida Colônia por vários motivos, e estas queixas e alegações provocaram os seguintes acontecimentos:
1º- Transferência de colonos de Alexandra para a Colônia Nova Itália, em Morretes.
2º- Criação de novos núcleos no planalto curitibano.
3º- Rescisão de contratos estabelecidos entre o Império e Empresários.
- Isso não impediu que novos empresários continuassem a introduzir italianos no Paraná.
Naquelas condições, as autoridades, de acordo com o Inspetor Geral da Colonização, resolveram transferi-los para Morretes, onde existiam terras férteis, próprias para todo o gênero de cultura.
Mas o descontentamento persistiu em Morretes, onde a precariedade dos caminhos era semelhante às dificuldades da Colonia Alexandra, e muitos colonos, em situação crítica, puseram-se em debandada. Enquanto isso, o Governo providenciava a medição de terrenos no planalto curitibano para a formação de novas colônias.
- Savino Tripotti era natural de Teramo, no Abruzzo. Veio para a América fugido da justiça italiana, sendo mais tarde absolvido da acusação que lhe imputavam.

Fonte


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Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS