Após o fracasso da Colônia Alexandra, o número de imigrantes italianos, e vênetos em particular, continuava a aumentar nas terras do Paraná. Os recém-chegados eram recebidos em Paranaguá e depois levados para os barracões para imigrantes em Morretes, amontoados em grande promiscuidade, sem conforto e em precárias condições higiênicas. Nesse local foi criada a Colônia Nova Itália, inaugurada em 22 de Abril de 1877, a qual também teve uma vida curta e bastante atribulada Foram as revoltas e os desmandos administrativos que muito caracterizaram a história desta colônia, e também de outras iniciativas colonizadoras similares do período. O rítmo dos trabalhos, para a colocação definitiva dessa grande massa de imigrantes que chegava, era muito lento e a organização administrativa deixava muito a desejar. Em Janeiro de 1878 ainda se encontravam nos barracões mais de 800 famílias, portanto há aproximadamente 9 meses, na espera do seu lote de terra para trabalhar.
No mês de Março do mesmo ano viviam 3000 pessoas nos barracões esperando a sua colocação. Em um artigo publicado no mês de Março de 1878, nas páginas do jornal Dezenove de Dezembro, se relatava que: "existem mais de trezentos lotes já demarcados, cento e poucos estão ocupados e os restantes tem casas construídas já há de seis meses, mas, ainda sem teto, quase todas danificadas por estarem expostas ao tempo e por terem sido construídas com péssimo material, este adquirido a preço esorbitante. Não existe uma estrada para os lotes e os colonos os recusam pois são invadidos pelas águas durante as cheias dos rios ou localizados em terreno muito montanhoso. Os colonos estão quase na miséria, sem roupas, sem casas habitáveis, sem sementes para as suas primeiras plantações.
Estão completamente desencorajados, ainda mais que muitos terrenos distribuídos são ruins e pantanosos".
No mês de Março do mesmo ano viviam 3000 pessoas nos barracões esperando a sua colocação. Em um artigo publicado no mês de Março de 1878, nas páginas do jornal Dezenove de Dezembro, se relatava que: "existem mais de trezentos lotes já demarcados, cento e poucos estão ocupados e os restantes tem casas construídas já há de seis meses, mas, ainda sem teto, quase todas danificadas por estarem expostas ao tempo e por terem sido construídas com péssimo material, este adquirido a preço esorbitante. Não existe uma estrada para os lotes e os colonos os recusam pois são invadidos pelas águas durante as cheias dos rios ou localizados em terreno muito montanhoso. Os colonos estão quase na miséria, sem roupas, sem casas habitáveis, sem sementes para as suas primeiras plantações.
Estão completamente desencorajados, ainda mais que muitos terrenos distribuídos são ruins e pantanosos".
Ainda em Fevereiro as condições sanitárias continuavam muito precárias. Assim, em um comunicado ao Ministério a presidência advertia que: "Situada em uma localidade pouco salubre, circundada por terrenos pantanosos e baixos, sujeitos à inundações do Rio Nhundiaquara, muito freqüentes naquela zona, acarretando, como está acontecendo atualmente, febre tifóide, malária e outras enfermidades graves".
Em Março do mesmo ano, proveniente do Rio de Janeiro, chegaram alguns navios e com eles doentes com febre amarela. Já no dia 20 de Março a cidade de Antonina foi atingida por uma epidemia desta terrível doença, que apesar dos esforços para contê-la rapidamente atingiu Morretes e Paranaguá, e a notícia das primeiras mortes.
A Colônia Nova Itália foi bastante atingida pela epidemia de febre amarela e as mortes foram muitas. Porém, outras doenças graves ceifavam a vida dos primeiros imigrantes: anemia por verminoses que atingia especialmente as crinças, as doenças transmitidas por mosquitos que infestavam aquela zona e por outros parasitos, menos conhecidos, como o bicho-de-pé, que tornavam um inferno a vida daqueles pioneiros. O descontentamento era geral entre os colonos. Alguns procuravam meios para retornarem a seus países, sem encontrarem muita ajuda. Finalmente no mês de Julho o governo do Paraná resolveu transportar parte dos habitantes da Colônia Nova Itália, para colônias localizadas ao redor de Curitiba, a capital do Estado.
Em Março do mesmo ano, proveniente do Rio de Janeiro, chegaram alguns navios e com eles doentes com febre amarela. Já no dia 20 de Março a cidade de Antonina foi atingida por uma epidemia desta terrível doença, que apesar dos esforços para contê-la rapidamente atingiu Morretes e Paranaguá, e a notícia das primeiras mortes.
A Colônia Nova Itália foi bastante atingida pela epidemia de febre amarela e as mortes foram muitas. Porém, outras doenças graves ceifavam a vida dos primeiros imigrantes: anemia por verminoses que atingia especialmente as crinças, as doenças transmitidas por mosquitos que infestavam aquela zona e por outros parasitos, menos conhecidos, como o bicho-de-pé, que tornavam um inferno a vida daqueles pioneiros. O descontentamento era geral entre os colonos. Alguns procuravam meios para retornarem a seus países, sem encontrarem muita ajuda. Finalmente no mês de Julho o governo do Paraná resolveu transportar parte dos habitantes da Colônia Nova Itália, para colônias localizadas ao redor de Curitiba, a capital do Estado.
Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS