Os Onigo foram por muito tempo uma das famílias nobres de Treviso. É muito provável que a família tivesse origens distantes , provavelmente germânicas, chegando ao Vêneto seguindo algum imperador. Outra teoria é a sua origem longobarda.
Desde tempos imemoriais, os representantes dessa família eram agraciados com o título de conde, o qual também foi reconhecido pela Sereníssima em 1795. A partir de 1460, segundo documentos já pesquisados, eles faziam parte do conselho dos nobres de Treviso. O progenitor é identificado como Gualperto da Cavaso, capitão das forças de Treviso. Ele lutou vitoriosamente em Cesana, contra o bispo de Belluno, mas por outro lado perdeu a sua vida nesse local.
Posteriormente, a viúva Lodovica Capilupi comprou os castelos de Onigo e Rovigo e a partir de Gualpertino a família tomou o nome de Onigo. Durante o tempo de Ezzelino da Romano, o castelo passou temporariamente para este último, que ali aprisionou Giovanni di Gualpertino.
Entre os membros da família De Onigo mais importantes da época medieval, devemos lembrar Guglielmo e Gherarduccio, que apoiaram o golpe de estado de 1327 liderado pelo pró Scaligero Guecello Tempesta. Em 1356 eles se rebelaram contra a República de Veneza e, derrotados, conseguiram obter o perdão graças à intercessão de Ludovico da Hungria.
Outras figuras importantes foram Alberto, tenente, em Asolo, de Caterina Cornaro e Fiorino, que construiu o Teatro Onigo, reconstruído várias vezes e conhecido hoje como Teatro Comunale di Treviso (a família continuou a administrar a estrutura por mais dois séculos).
Os Onigo também se destacaram em um período posterior. Girolamo da Onigo foi prefeito de Belluno sob o domínio de Napoleão e depois vice prefeito de Treviso. Ele é também lembrado pela construção da estrada Pederobba à Bassano. Seu filho Guglielmo (1808-1872) foi considerado um patriota do Risorgimento italiano.
A família se exterminou com a morte trágica de Zenobia Teodolinda Costanza, filha ilegítima de de Gugliemo d'Onigo e Caterina Jaquillard Onigo, esta de origem suíça.
Em 11 de março de 1903, a condessa conhecida pela sua sórdida mesquinhes e avareza, quando caminhava no parque de seu palácio em Treviso, em companhia de um seu administrador, foi decapitada com um machado, por Pietro Bianchet, um inquilino (espécie de "servo della gleba") das suas propriedades rurais. O túmulo da condessa Teodolinda e de seus pais Caterina e Guglielmo Onigo, se encontra no pequeno templo, erguido no interior dos jardins da Opere Pie di Onigo.
O território de Pederobba ainda hoje é marcado por diversas lembranças dessa época, como nas atividades das Opere Pie de Onigo e no Palazzo Onigo. Também são recordações desse tempo as ruínas de uma fortaleza e antigo castelo dos Onigo, construção do século XII, onde então residiram os primeiros membros da família, hoje conhecida como Mura Bastia.