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quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Recordações de um Período Difícil no Vêneto

Arenque defumado

 



Não esquecer do arenque defumado atado em um barbante

Entre as recordações do Vêneto que permanecem até hoje na memória dos emigrantes e que se conserva viva entre os seus descendentes encontramos o episódio do arenque defumado atado em um barbante sobre a mesa nas refeições. 
Os mais velhos contam esse episódio para fazer a comparação da pobreza endêmica sofrida pelas famílias vênetas no final do século XIX e início do século XX com a abundância e bem-estar atual. É uma forma de advertimento aos jovens de hoje que não sabem que coisa seja a necessidade. 
Nos contavam que devido as péssimas condições, a falta de proteínas e alimentos de qualidade propiciaram uma séria de doenças, entre elas a pelagra, que ceifaram a vida de tantas pessoas. 
O episódio do arenque defumado: quando se sentavam à mesa estavam sempre em muitos para alimentar e a comida era pouquíssima. Então se amarrava um arenque defumado com um barbante e o pendurava por sobre a mesa enquanto se servia a polenta. Cada um a sua vez esfregava a sua fatia de polenta quente no arenque pendurado, de modo que a polenta mudasse de sabor. 
Em outras versões nos dizem do salame e também do osso para o caldo, que percorria toda a vizinhança, cada dia fazia o “brodo” de uma família.

Casa pobre no Vêneto de antigamente



No scordare dell’aringa affumicata appesa nello spago

Tra i brevi ricordi del Veneto, rimasti fino oggi nella memoria degli emigranti che si conserva ancora con i suoi discendenti troviamo 
l'episodio dell'aringa affumicata appesa allo spago sopra la tavola nei pranzi. I più vecchi raccontano l'episodio per confrontare la povertà endemica patite dalle famiglie venete nel fin'Ottocento e inizio del Novecento con         l'abbondanza e benessere attuale. È una forma d'avvertimento ai giovani d'oggi che non sano cosa sia la necessità. 

Ci raccontano che dovuto le brutte condizioni, la mancanza di proteine e cibi di qualità hanno propiziato una serie di malattie, tra cui la pelagra, che portavano via tanti persone. 

L'episodio dell'aringa: quando ci si sedeva a tavola si era sempre in tanti da sfamare e il cibo pochissimo. Allora, si appendeva un'aringa affumicata ad uno spago penzolante sopra il tavolo e ai commensali si serviva la polenta. A sua volta ognuno strofinava la propria fetta di polenta calda sull'aringa, in modo che la polenta cambiasse sapore. Altre versioni ci parlano del salame e anche delle ossa per il brodo che faceva strada tra i vicini, ogni giorno faceva il brodo di una famiglia.