O Núcleo Colonial do Quiririm estava localizado no interior do estado de São Paulo, no Médio Vale do Rio Paraíba. Foi instalado legalmente no ano de 1890 e se constituí na única colônia oficial de Taubaté, criada perto das grandes fazendas de café e tinha como um dos objetivos criar condições para o aparecimento de pequenas propriedades rurais destinadas ao plantio de lavouras de subsistência e ao mesmo tempo com o excedente abastecer de gêneros alimentícios as diversas cidades da região.
Os lotes desse núcleo colonial foram vendidos para agricultores brasileiros e imigrantes de diversas nacionalidades sendo que entre esses predominavam os italianos, na sua grande maioria provenientes da região do Vêneto. Por essa razão o Quirim é até hoje considerado um núcleo de italianos.
Perseverantes, eles foram aos poucos impondo os seus costumes além de preservarem a sua identidade cultural. Desde a chegada se aventuraram na produção de tijolos e telhas, criando diversas olarias, aproveitando a grande quantidade de barro que o local oferecia.
Cultivavam arroz, com técnica e mudas doadas pelos frades trapistas, nas extensas áreas de várzea dos rios Paraíba e Quirim, cultivo este que progressivamente foi se espalhando por todo o Médio Vale paulista. Até a primeira década do século XX o arroz ali produzido, o conhecido arroz do Quiririm, era a segunda maior fonte de renda de Taubaté.
Uma grande parte dos imigrantes italianos começou a chegar ao Vale entre a segunda metade de 1880 e o início da I Grande Guerra Mundial em 1914. A maioria desses imigrantes, tinha origem urbana e não rural, se estabeleceram como comerciantes e artesãos. Passaram a exercer aquelas antigas profissões familiares adquiridas ainda nos seus municípios de origem na Itália.
O Quiririm durante muito tempo foi o bairro rural do município de Taubaté, no começo da imigração sem grande importância econômica, devido que grande parte das suas terras eram impróprias para o plantio do café, uma vez que grandes áreas estavam localizadas nas várzeas do Rio Paraíba, especialmente do seu afluente rio Quiririm, onde ocorriam alagamentos periódicos.
Desembarcados pelo porto de Santos, a partir de 1887 começaram a chegar as primeiras famílias de imigrantes italianos que foram se instalando no núcleo colonial do Quiririm.
Alguns sobrenomes de imigrantes italianos pioneiros:
Canavesi
Ceruto
Conizzoli
Daniele
De Biase
Foroni
Franci
Gadioli
Gallini
Gelmi
Loda
Luppe
Manara
Mancastrope
Manfredini
Mazzini
Montese
Pasini
Pietra
Scarinsi
Sgarbe
Stroppi
Taino
Tamiroli
Tursi
Zanini
Ziccardi
Outros sobrenomes italianos no Quiririm
Abelli
Aclino
Andena
Barbiere
Bassi
Bellini
Bettoni
Bianchi
Biare
Biasi
Billa
Bocalari
Bottan
Bottoce
Bozelli
Canassoli
Canavesi
Castagneto
Castelli
Ciarutti
Danieli
Dario
Euriglio
Farabulini
Focci
Foroni
Fratino
Gadioli
Gadiolli
Gallini
Gerebini
Germi
Giovanelli
Guaniere
Indiani
Istace
Loda
Lorenzini
Malaman
Manara
Mancastrope
Mancastropi
Manfredini
Marson
Massani
Mazzini
Mistura
Monfardini
Montesi
Montezi
Montorana
Navazzi
Nilani
Nioto
Onorato
Pasini
Peccina
Pechini
Pelloggia
Pestille
Petrolli
Pevide
Pietre
Pini
Piragina
Ponsoni
Rho
Ronconi
Roveda
Salvini
Savio
Scaringi
Scarinzi
Sgarbe
Soldi
Stechetti
Stroppi
Taino
Tomiroti
Torroni
Tosta
Trevizani
Tunini
Turi
Uberto
Valerio
Vandalete
Verdelli
Zanini
Zicardi
Nenhum comentário:
Postar um comentário