No ano
de 1509 a próspera Sereníssima República de Veneza era invejada pelas outras
potências europeias, que se uniram para destruí-la e apoderar-se de suas
riquezas. Em 10 de Dezembro de 1508 formaram a coalizão contra Veneza, com o
estímulo do Papa Júlio II: o Reino da França, o Império Austríaco dos
Habsburgos, a Coroa da Espanha, com Fernando de Aragon (Reinos de Nápoles e da
Sicília), o Ducado de Ferrara, o Marquesado de Mantova, o Reino Pontifício, o
Reino da Hungria e o Ducado de Savoia. Para enfrentar esse formidável exército
a República de Veneza com imensos esforços reagiu formando um grande exército
jamais até então visto na península italiana. Mesmo assim na Batalha de
Agnadello, nas proximidades de Cremona, em 14 de Maio de 1509, Veneza foi
derrotada e também a frota veneziana foi vencida na Batalha de Polesella. As
cidades vênetas localizadas na terra-firme foram invadidas, com os nobres
entregando ao inimigo a maior parte das cidades.
A
cidade de Treviso desde o início recusou a se entregar aos invasores. O mesmo
se deu com Udine que resolveu ficar ao lado da Sereníssima República de Veneza.
Rebeliões populares de resistência aconteceram em vários locais. Veneza colocou
o condottiere Gritti como comandante dos seus exércitos e fez um grande esforço
para sustentar o esforço de guerra conseguindo doações de tesouros particulares
e também do estado.
Gritti
reagrupou as tropas vênetas e partiu para a reconquista de Padova. A seguir com
o auxílio da habilíssima diplomacia veneziana conseguiu quebrar a aliança que
existia entre os seus inimigos, fazendo a desistência do Papa Júlio II, que então
passou a combater a França, criando a Liga Santa junto com a Espanha e Sacro
Império Romano. Assim, aos poucos, A Sereníssima República de Veneza foi
recuperando todos os seus antigos domínios tendo combatido a Liga de Cambrai
até o ano de 1511.
Dr.
Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS Brasil