Espaço destinado aos temas referentes principalmente ao Vêneto e a sua grande emigração. Iniciada no final do século XIX até a metade do século XX, este movimento durou quase cem anos e envolveu milhões de homens, mulheres e crianças que, naquele período difícil para toda a Itália, precisaram abandonar suas casas, seus familiares, seus amigos e a sua terra natal em busca de uma vida melhor em lugares desconhecidos do outro lado oceano. Contato com o autor luizcpiazzetta@gmail.com
quarta-feira, 5 de abril de 2023
Percorrendo a Vida e a Obra de Vivaldi: uma Jornada pelo Barroco Veneziano
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
Antonio Vivaldi o Padre Vermelho
Antonio Vivaldi nasceu em Veneza no ano de 1678, filho de Giovanni Battista Vivaldi, um cabeleireiro e violinista, em uma família grande e de modestas condições econômicas, formada por oito irmãos e e irmãs.
Desde criança a sua saúde não era muito boa, sofrendo até o fim de sua vida de bronquite asmática que o limitava. Devido essa sua precária saúde e levando em conta o seu já elevado dom musical que demonstrava desde pequeno, o pai escolheu para ele a carreira eclesiástica.
O sacerdote Antonio Vivaldi iniciou a sua vida religiosa como preceptor de música junto ao Ospedale della Pietà, um famoso convento, orfanato e escola musical para mulheres de Veneza, local respeitado no século XVIII pelo alto nível de educação musical que dava às suas internas.
Em 1708, nesse mesmo convento, que suas primeiras composições foram ouvidas por Frederico IV, rei da Dinamarca e Noruega. A divulgação de suas obras teve imediatamente um grande sucesso e rapidamente começaram a se difundir por toda a Europa, alcançando com a sua composição A Inspiração Harmônica (L'Estro Armonico) a dar ao "prete Rosso", como ficou conhecido, uma grande notoriedade. Fez muitas viagens pela Itália e para diversos países europeus onde conheceu muitos soberanos, inclusive o jovem rei Luiz XV da França.
A sua vida nem sempre irrepreensível, a sua incansável veia de empresário e a fama de padre não praticante, não fizeram que ele fosse sempre acolhido com simpatia na própria Veneza.
Depois de um tempo percorrendo as principais cidades culturais da Europa, retornou para Veneza onde acabou tendo um final de vida sem glórias, mesmo na sua terra natal, com as suas cerimônias fúnebres realizadas de forma anônima e mais tarde os seus ossos acabando enterrados discretamente em fossa comum.