Por diáspora italiana se entende a emigração em massa que a partir de meados de 1876 até um ano antes de eclodir a I Guerra Mundial em 1914, viu sair do país milhares de italianos na maioria sem profissão definida, mas dispostos a assumir qualquer tipo de trabalho para sobreviver.
Geralmente eram pequenos trabalhadores rurais, diaristas desempregados, agricultores meeiros descontentes com os donos da terra e artesãos que não mais conseguiam mais viver da sua arte.
Antes desse período a emigração já era conhecida, tinha por destino países da própria Europa, como a França, Áustria, Alemanha e Suíça, emigrando majoritariamente os homens seguidos mais tarde pelas suas famílias.
Porém nesse período teve início um outro tipo de emigração, ainda desconhecido pelos italianos, que se caracterizou por envolver toda a família e ao mesmo tempo tinham destinos mais distantes, do outro lado do oceano, partiam agora para os promissores países do Novo Mundo, destacando-se a princípio o Brasil e logo seguido por Argentina e Estados Unidos.
Devido as grandes distâncias e o preço elevado das passagens marítimas, para a grande maioria dos que deixavam o país tratava-se de uma emigração de caracter definitivo, uma emigração sem retorno. Realmente, a porcentagem dos que puderam retornar à Italia, depois de um curto período de trabalho nos países além mar, foi bem menor do que o total daqueles que saíram.
Essencialmente agora emigravam os habitantes do norte e centro-norte da Itália, porém, no período compreendido entre as duas grandes guerras as populações do sul começaram a emigrar em massa.
Durante o período fascista a emigração em massa foi totalmente proibida, dando lugar a uma emigração de interesse do novo governo, deixando sair técnicos e profissionais liberais, emigrantes mais qualificados, partidários e apoiadores fascistas, pessoas insuspeitas, para se estabelecerem nas zonas com grande presença de italianos, emigrados muitos anos antes, para se tornarem agentes de propaganda do regime.
O período entre as duas guerras a grande massa de emigrantes italianos teve como destino os países da Europa, como França, Bélgica e Alemanha para trabalharem nos grandes canteiros de obras de reconstrução desses países e nas minas de carvão.
Nas décadas de 1950 e 60, com a melhoria das condições vida na Itália, decorrente do desenvolvimento econômico e a industrialização do país, provocaram uma diminuição acentuada da emigração, transformando em ambicionada terra de imigração.
Nos últimos anos novamente a Itália viu surgir um novo tipo de emigração, mais sutil e muito diferente das precedentes, a qual foi denominada de fuga de cérebros. Pessoas com diplomas universitários, cientistas e pesquisadores, estão procurando o exterior para morar e trabalhar, encontrando fora do seu país melhores oportunidades e maiores salários.