quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Colônia Porto Real e Sua Fundadora: A Importância da Colonização Italiana na Região




Clementina Tavernari 

fundadora da Colônia de Porto Real


Clementina Tavernari nasceu em Concordia sulla Secchia, na província de Modena, então Ducado, em 1820. Inscrita na maçonaria e envolvida nas revoltas revolucionárias de 1848 em favor do Piemonte, em 1849 acabou sendo exilada e fugindo para a Suíça, onde conheceu o músico Alfonso Malavasi, flautista. 

Clementina e o músico Afonso emigraram posteriormente para o Brasil onde ele, após dar vários concertos no Rio de Janeiro, foi convidado para a corte, onde tocou na presença do imperador D. Pedro II e da imperatriz Maria Teresa Cristina de Bourbon. 

Foi o início de uma extraordinária relação pessoal entre o casal Malavasi-Tavernari e os soberanos. Após a morte de Alfonso, durante uma epidemia de febre amarela, em 1874 o imperador autorizou Clementina Tavernari a alistar 50 famílias de agricultores do norte da Itália para fundar uma colônia com o nome da imperatriz na então província de Santa Catarina. 

Clementina voltou para a Itália, para Concordia, e em colaboração com seu colega aldeão Enrico Secchi, um professor de escola primária, arregimentou e alistou algumas famílias das províncias de Modena e Mantova. 

Os emigrantes embarcaram em 3 de dezembro de 1874 em Gênova e desembarcaram no Rio de Janeiro em 17 de fevereiro de 1875, sendo acolhidos na hospedaria local. 

A colônia de Porto Real, localizada a cerca de 200 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro, foi uma das primeiras fundadas por italianos no Brasil. 

Os imigrantes dedicaram-se ao cultivo da cana-de-açúcar e mais tarde também à criação de gado. Depois da primeira usina de destilação de cana-de-açúcar, muitas outras fábricas foram construídas em Porto Real e foi fundada uma associação italiana com o nome de Vittorio Emanuele II.