Na defesa do emigrantes italianos contra as companhias de navegação, os agentes e subagentes, operaram ativamente algumas instituições religiosas e laicas.
Em 1887, o bispo de Piacenza, Giovanni Scalabrini fundou a Associazione di Patronato per l’Emigrazione a qual, em 1894, passou a ser chamada de Società di S. Raffaele, formada, sobretudo, por laicos, cujo objetivo era prestar assistência aos emigrantes italianos nas zonas de origem e nos portos de embarque.
No mesmo ano, Scalabrini instituiu a Congregazione dei Sacerdoti Missionari di San Carlo Borromeo, rapidamente difundida por todo o mundo, além da presença dos comitati locali nos portos italianos.
Em 1900, Geremia Bonomelli, bispo de Cremona, fundou a Opera di Bonomelli para defender os emigrantes temporários que se dirigiam aos países europeus.
A Opera ganhou notoriedade com a denúncia do tráfico de meninos italianos vendidos pelas próprias famílias por pequenas somas, aos mediadores, para serem empregados como escravos na indústria do vidro de Lion e Paris.
A questão tratada por essas associações católicas, entretanto, não se resumiu apenas aos limites do território italiano.
A tutela estendeu-se pelas áreas de destino dos emigrantes, substituindo as funções freqüentemente incertas, carentes ou omissas da fraca representação italiana no exterior.
Através da ajuda financeira dirigida à Opera di Bonomelli e da concessão de subsídios aos vários escritórios da assistência criados em torno das Missões Scalabrinianas da América, o Estado passou a delegar para elas atividades que pertenciam à suas funções consulares.