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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Caminhos da História: A Saga dos Imigrantes Italianos no Brasil




Há quase um século e meio, milhares de audaciosos imigrantes italianos chegaram ao Brasil, marcando o início de uma das mais notáveis diásporas da história, da qual o Brasil foi um dos três países que mais recebeu esses imigrantes na América; os outros foram a Argentina e os Estados Unidos. Provenientes de uma Itália assolada pela crise pós-unificação, esses visionários lançaram-se numa jornada marítima extenuante em busca de novas oportunidades no Brasil, contando, durante alguns anos, com o apoio financeiro do governo brasileiro, que, na época, visava revitalizar a economia e a agricultura após a abolição da escravatura.
Os imigrantes percorriam longas distâncias na Itália, muitos vindos de regiões como Vêneto e Lombardia, até alcançarem os portos de Gênova e Nápoles. Embarcando em navios com destino ao Brasil, enfrentavam a incerteza do desconhecido ao desembarcarem. A terceira classe oferecia condições desafiadoras, com porões apinhados, ventilação escassa e higiene precária.
Inicialmente, a viagem durava cerca de 60 dias em navios à vela, mas com a introdução dos navios a vapor, essa duração foi reduzida pela metade. A bordo, as condições sanitárias eram deploráveis, facilitando a propagação de doenças infectocontagiosas, como tuberculose, pneumonias, tracoma, gastroenterites e o tão temido cólera. Em vários navios eclodiram graves epidemias durante a travessia, que ceifaram inúmeras vidas, algumas vezes obrigando o navio a dar meia volta para o porto de saída, com toda a sua carga de pobres imigrantes, não recebendo ordens para atracar devido a surtos de cólera com mortes a bordo.
Ao chegarem em Santos ou no Rio de Janeiro, muitos imigrantes eram direcionados à Hospedaria dos Imigrantes, onde passavam por exames médicos e por processos de triagem, sendo, após isso, encaminhados para diferentes regiões do país. Alguns encontraram refúgio nas colônias agrícolas financiadas pelo governo, tanto nos estados de São Paulo, Espírito Santo como nos três estados do sul do Brasil, enquanto outros optaram por se estabelecer em centros urbanos em ascensão, como São Paulo e algumas outras cidades do interior.
A contribuição dos imigrantes italianos foi multifacetada, estendendo-se além do trabalho nas plantações. Muitos trouxeram consigo habilidades artísticas e culturais, deixando marcas na arquitetura, na gastronomia e nas tradições locais. A criação de pequenos negócios familiares, especialmente no ramo alimentício e da vitivinicultura, também se tornou uma parte crucial da história italiana no Brasil.
Apesar dos desafios iniciais, os italianos com resiliência não apenas se adaptaram ao novo ambiente, mas floresceram, deixando um legado duradouro na diversidade cultural brasileira e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país. Essa corajosa onda de imigração italiana é, até hoje, celebrada como um capítulo vital na construção da identidade brasileira.







segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Caminhos Transatlânticos: Uma Jornada Épica da Itália à Colônia Silveira Martins




No início do inverno de 1890, Antonio B. e Giovanna R., dois jovens emigrantes italianos de 25 anos, como tantos outros compatriotas, embarcaram em uma emocionante e totalmente desconhecida jornada rumo ao mítico Brasil, na ocasião reputado como um verdadeiro el Dorado. A situação econômica da Itália continuava cada dia pior, a quebra de safras e a concorrência dos produtos importados atingia especialmente a agricultura, com diminuição dos postos de trabalho no campo e nas cidades. O fenômeno da emigração já há quinze anos contagiava todos na Itália, cada qual tentando encontrar meios para comprar os bilhetes para o navio e embarcarem para aquele novo país do outro lado do oceano. O casal era proveniente de um pequeno município, de não mais de dois mil habitantes, no interior de Vicenza, e vinha com o sonho e o firme propósito de construir uma nova vida na Colônia Silveira Martins. Levavam consigo seu precioso tesouro, um filho de 18 meses chamado Carlo.
A angustiante e temida travessia do oceano Atlântico foi uma experiência desafiadora a qual ficou indelevelmente marcada na memória de todos os emigrantes italianos. O navio em que viajavam, o Utopia, estava lotado de outros imigrantes, todos ansiosos por uma chance melhor. As condições a bordo eram simples, com beliches apertados, comida e água limitadas, higiene precária e falta de instalações sanitárias suficiente para aquele grande número de passageiros. Antônio e Giovanna enfrentaram duas tempestades ferozes, as quais pareciam que fossem o fim do mundo, mas nunca perderam a esperança, agarrados aos corrimões do barco e orando fervorosamente à Madonna di Monte Berico, a Santa de devoção dos dois jovens. 

Finalmente, após semanas de sofrimento e muitas incertezas, avistaram a costa brasileira. O Porto do Rio de Janeiro os recebeu com a promessa de um novo começo. Tinham enfim conseguido chegar ao Brasil, mas ainda faltava muito até o local onde seriam assentados. A jornada até a Colônia Silveira Martins foi outro trecho longo e árduo, que durou quase quatro semanas, com viagem em um novo navio, barco fluvial e carroções puxados por diversas mulas, mas a família chegou com a determinação de transformar aquele lugar em seu lar.

As primeiras impressões da nova terra eram um misto de surpresa, encantamento e medo com tantas coisas novas. A paisagem era desafiadora, com vastas áreas ainda cobertas de mata virgem a serem desbravadas, povoadas por bandos de aves e animais desconhecidos, alguns perigosos. No entanto, a comunidade de imigrantes italianos que já haviam se instalado estava unida, e todos ajudaram na construção de suas casas simples, erguidas com troncos de árvores, abundantes nos seus lotes e cobertas com folhas e capim entrelaçados.

Os primeiros anos foram bastante difíceis. Após abrirem uma clareira na mata, plantaram suas primeiras sementes e lutaram contra os desafios da agricultura em um clima tão diferente do que estavam acostumados. Mas com trabalho duro e a ajuda de seus vizinhos, logo viram os frutos de seu esforço crescerem. A terra era muito fértil e havia abundância de água.

Carlo, o filho que havia cruzado o oceano com eles, cresceu forte e saudável. Antônio e Giovanna tiveram mais seis filhos, todos nascidos na Colônia. A família prosperou, expandindo sua plantação e construindo uma vida melhor.

Os anos se passaram, e os filhos de Antônio e Giovanna cresceram, casaram-se com outros imigrantes italianos, e a família cresceu ainda mais. A Colônia Silveira Martins também floresceu, tornando-se um ponto de referência na região. Ela ficou conhecida como a quarta colônia da imigração italiana no Rio Grande do Sul, localizada na parte central do estado, próxima à cidade de Santa Maria.

Antônio e Giovanna viram a chegada de netos, e seu lar se encheu de risos e histórias. A jornada desde aquela pequena e atrasada vila na Itália até a Colônia Silveira Martins havia valido a pena. Eles haviam construído um legado, uma família unida e uma história de sucesso naquela nova terra.

A saga da família italiana continuou, com cada geração contribuindo para o crescimento da colônia e mantendo viva a memória de Antônio e Giovanna, os corajosos imigrantes que ousaram sonhar e construir uma vida melhor em uma terra distante. E assim, a história da família italiana na Colônia Silveira Martins se tornou uma parte essencial da rica tapeçaria cultural e histórica do Brasil.



segunda-feira, 9 de outubro de 2023

A Lista de Emigrantes do Comune di Fornace e a Imigração Italiana para o Brasil no Século XIX

 

Navio Espagne



Lista de Pessoas Emigradas para o Brasil 

Após 1875 


Cartório de Fornace


 
TOMELIN MARIANNA nata Pisetta di Albiano il 27.01.1814 - ved. di Tomelin Antonio
ANTONIO Nicola 14.01.1843 ( mat. di Pisetta Anna)
ALFONSO 15.12.1847 a Fornace FIGLI
CELESTINA 14.07.1846
EUSEBIO 16.12.1853 ( Vilot)
MADDALENA 1859


PISETTA MARIANNA GILLI di Albiano ved. Fu Domenico ( Tomedi)
PLACIDO ( nt. 22.01.1846)
PACIFICA ( nt. 18.07.1847)
REGINA (nt. 1851) figli
COLOMBA Anna (nt. 11.11.1854)
ERNESTO (nt..04.10.1862)


GIRARDI GIACOMO ENRICO (nt. 07.07.1838 a FORNACE)
fu Domenico detto Lampo mat. Fedrizzi Marianna cgt. a Fornace il 27.02.1865)
VALENTINI MARIA moglie (nt. 1845 a Lases)
GIRARDI DOMENICO (nt. 28.08.1867)
GIRARDI ENRICO ( nt. 04.01.1870) figli
GIRARDI GIUDITA ( nt. 01.03.1871)
GIRARDI ROMANA ( nt. 01.08.1874)


GIRARDI CLEMENTE . nt. 03.09.1842 cgt. 01.05.1875 a Fornace dec. 27.07.1927 a Rodeio fu Giovanni e Caresia Maria


LORENZI MONICA di Lorenzi Antonio ( moglie) nt. 1849 a Fornace


LORENZI GIACOMO Evo fu Giacomo nt. 1821
moglie GIULIA nt. 1827
LORENZI DOMENICA nt. 11.01.1857 figli
LORENZI ROSA nt. 25.12.1858
LORENZI GIACOMO nt. 19.12.1860


CRISTOFOLINI MARIANNA nata Cristofolini ved. fu Agostini Giovanni Battista nt. 1832
AGOSTINI ANTONIO nt. 30.10.1854
AGOSTINI EMMANUELLE nt. 09.12.1859
AGOSTINI ROSA nt. 14.10.1867 figli
AGOSTINI PAOLO nt. 28.01.1873


GIRARDI BORTOLO detto Vecet dei Lampi fu Giacomo nt. 30.03.1831 vedovo Stenech Domenica fu Bortolo (Saro)
GIRARDI ROSA nt. 13.03.1857
GIRARDI GIACOMO Bortolo nt. 10.02.1859
GIRARDI MARIA nt. 01.01.1861
GIRARDI BORTOLO nt. 27.04.1863
GIRARDI LUIGIA (LUCIA?) nt. 07.01.1871



STOLF ANTONIO fu Lorenzo nt. 1821
moglie MADDALENASTOLF nt. 1827
STOLF ANTONIO nt. 08.01.1854
STOLF MADDALENA nt. 1857 figli
STOLF BENEDETTO nt. 1862
STOLF GIUSEPPE nt. 22.09.1865
STOLF FORTUNATA nt. 1868
STOLF FORTUNATO nt. 1872
nota: I figli Pietro nt. il 13.1.1848 e Lorenzo sono rimasti a Fornace


VALLER VIRGILIO fu Pietro nt. 1833
moglie TERESA nt. 1836
VALLER MARIA nt. 1856
VALLER COSTANTE nt. 1862 figli
VALLER BENIAMINO nt. 1865
VALLER ANGELA nt. 1865
VALLER LORENZO nt. 1868



CRISTOFOLINI MANSUETO nt. 04.02.1836 cgt. 17.08.1859 a Fornace figlio di Domenico e Scarpa Domenica
ROCCABRUNA TERESA nt. 1835
CRISTOFOLINI GERARDO DOMENICO nt.29.05.1862 a Fornace
CRISTOFOLINI VIGILIO nt. 14.12.1863 a Fornace
CRISTOFOLINI TERESA nt. 1865
CRISTOFOLINI GIOVANNI nt. 1872
CRISTOFOLINI CELESTE nt. 1874



PISETTA COSTANTE fu Antonio nt. 1829 (Tomedo)
Moglie TERESA SCARPA nt. 1833 (Bisna) *
PISETTA GIOVANNI ANTONIO nt. 11.03.1854 o 7.3.1854
PISETTA G. BATTA nt. 1855
PISETTA LEOPOLDA nt. 1858
PISETTA LORENZO nt. 1866
PISETTA TERESA nt. 1868
* sorella di Scarpa Ignazio bisnonno di Scarpa Franca Maria



GIRARDI DOMENICO nt. 1826
AGATA VIA fu Vitale Pasquali nt. 1841
GIRARDI VIRGINIA nt. 1867
GIRARDI ANTONIO nt. 1874
CRISTOFOLINI CELESTE nt. 1859 (fratelli)
CRISTOFOLINI LUIGIA nt. 1857


STENECH GIOBATTA  di Domenico nato nel 1857 di costì è emigrato in America con il proprio padre nel 1875


GIRARDI AMBROGIO fu Giorgio nt. a Fornace il 23.05.1839
CRISTOFOLINI DOROTEA di Giacomo nt. a Fornace il 06.02.1846 (moglie)
GIRARDI TERESA di Ambrogio nt. a Fornace il 27.08.1866 (figlia)
GIRARDI LUIGIA di Ambrogio nt. a Fornace il 27.04.1868 (figlia)
GIRARDI LAURINA di Ambrogio nt. a Fornace il 10.01.1870 (figlia)
GIRARDI ANGELA di Ambrogio nt. a Fornace il 01.01.1875 (figlia)


NARDIN ANTONIO ( vedasi verbale 18.4.1876)
MARIANNA ved. PASQUALI e figlio
STOLF FRANCESCO ( vedasi verbale 18.4.1876)
Con moglie e figli maschi
GIRARDI BASIGLIO fu Giovanni ( vedasi verbale 18.4.1876)
GIO GIRARDI " ZIBAGO"
CARESIA FRANCESCO ( vedasi verbale 18.4.1876)
VALLER GIOVANNI fu Pietro ( vedasi verbale 18.4.1876)
VALLER ALESSIO ( vedasi verbale 18.4.1876)
LORENZI DOMENICO "mosca"
SCARPA DOMENICO e ANTONIO "Ruggen" ( vedasi verbale 18.4.1876)


NARDIN ANTONIO fu Antonio
STENECH SUSANNA di Lodovico ( moglie) e di Teresa*
NARDIN LODOVICO nato nel 1860
NARDIN ANTONIO nato nel 1865
NARDIN TERESA nata nel 1867
NARDIN ROSA nata nel 1869
NARDIN EUGENIO ANTONIO nato nel 1871
NARDIN MADDALENA nata nel 1873
NARDIN ANNA nata nel 1875
* Sara - parente Stenico Marco


STOLF FRANCESCO di Antonio nato nel 1825
GIRARDI MARIANNA fu Giorgio nata nel 1827 (moglie)
STOLF MARCELLINO di Francesco nato nel 1852
SCARPA TERESA di Domenico nata nel 1857
STOLF DOMENICA di Francesco nata nel 1849
STOLF BARBARA di Francesco nata nel 1854
STOLF TERESA di Francesco nata nel 1855
STOLF ANGELA di Francesco nata nel 1957
STOLF FABIANO di Francesco nato nel 1860
STOLF GIULIO di Francesco nato nel 1862
STOLF MARIA di Francesco nata nel 1866


SCARPA DOMENICO fu Pietro detto Ruzen nato nel 1818
VALLER LUCIA fu Giuseppe ( moglie) nata nel 1833 (al Maso Bianco)
SCARPA DOMENICA di Domenico nata nel 1849
SCARPA GIUDITTA di Domenico nata nel 1861
SCARPA GIOACHINO di Domenico nato nel 1866
SCARPA ANNA MARIA di Domenico nata nel 1870
SCARPA ALBINO di Domenico nato nel 1872
SCARPA ANTONIO fu Pietro nato nel 1813 (fratello)
* Wilson


VALLER GIOVANNI fu Pietro detto Chiarino nato nel 1822
LORENZI DOMENICA fu Domenico nata nel 1828
VALLER PIETRO di Giovanni nato nel 1853
VALLER ANNA MARIA di Giovanni nata nel 1860
LORENZI DOMENICO fu Domenico detto Mosco nt. nel 1824 (cognato)
LORENZI MADDALENA nata nel 1826 (cognata)


VALLER ALESSIO fu Pietro detto chiarino nato nel 1835
GASPERI ANGELA nata nel 1848
VALLER AGNESE nata nel 1873


CARESIA FRANCESCO fu Bortolo detto gneso nato nel 1817
VALLER MARIANNA nata nel 1829
CARESIA ROSA nata il 05.11.1858
CARESIA GIUSEPPE nato il 28.02.1864
CARESIA GIOVANNI CELESTINO nato il 12.11.1866
CARESIA FRANCESCO nato il 04.05.1879
CARESIA MARIA LUCIA nata il 08.12.1872



GIRARDI BASIGLIO fu Giovanni detto Ortolan
TONIOLLI MARGHERITA
GIRARDI GIOVANNI nato nel 1850
GIRARDI GIUSEPPE nato nel 1850
GIRARDI GEDEONE nato nel 1852
GIRARDI PAOLO nato nel 1854
GIRARDI GREGORIO LORENZO nato nel 03.06.1863


STOLF ADEODATO (vedi verbale 13.3.77)
CARESIA DOMENICO detto Pianella (vedi verbale 13.3.77)
VALLER ANTONIO fu Giuseppe frata (vedi verbale 13.3.77)
GIRARDI DOMENICO - GIOVANNI Giovanen
PASQUALI ANDREA fu Martino (vedi verbale 13.3.77)
PASQUALI PIETRO fu Nicolò (vedi verbale 13.3.77)


1. VALLER GIUSEPPE fu Antonio nt. a Fornace il 28.08.1835 
2) OLIVA (moglie) nt. a Fornace il 10.07.1838 
3) VALLER ROSA di Giuseppe nt. a Fornace il 01.07.1870 
4) VALLER GIUSEPPE BENEDETTO nt. a Fornace il 01.02.1876

1) PASQUALI ANTONIO fu Nicolò nt. a Fornace il 26.02.1846 
2) ANESI LUCIA (moglie) nt. il 20.07.1857 


1) PASQUALI PIETRO fu Nicolò nt. a Fornace il 26.02.1835 
2) STOLF MARIANNA di Antonio nt. a Fornace il 28.07.1835

1) PASQUALI ANDREA fu Martino nt. a Fornace il 17.08.1855 
2) MARIANNA (madre) il 08.09.

1) VALLER ANTONIO fu Giuseppe nt. a Fornace il 14.07.1841 
2) CARESIA MARIA (moglie) nt. a Fornace il 30.09.1847 
3) VALLER LUIGIA MARIA di Antonio nt. a Fornace il 14.01.1870 
4) VALLER PIA TERESA di Antonio nt. a Fornace il 02.09.1871 
5) VALLER FORTUNATA di Antonio nt. a Fornace il 05.06.1876

1) CARESIA DOMENICO fu Giovanni nt. a Fornace il 14.05.1832 
2) GIUDITA nt. a Fornace il 10.07.1834 
3) CARESIA DOMENICA di Domenico nt: a Fornace il 20.10.1855 
4) CARESIA VIOLANTE di Domenico nt. a Fornace il 20.12.1858 
5) CARESIA DOMENICO di Domenico nt. a Fornace il 05.09.1861 
6) CARESIA EMILIA di Domenico nt. a Fornace il 25.07.1868 
7) CARESIA BENIAMINO di Domenico nt. a Fornace il 05.01.1871 
8) CARESIA ANTONIO di Domenico nt. a Fornace il 18.05.1874 
9) CARESIA ROSA di Domenico nt. a Fornace il 11.10.1876


1) STOLF DEODATO fu Pietro nt. a Fornace il 12.05.1839 
2) PALAORO ROSA (moglie) nt. il 1841 
3) STOLF PIETRO di Deodato nt. a Fornace il 12.06.1869 
4) STOLF LUIGIA di Deodato nt. a Fornace il 24.10.1871 
5) STOLF AGOSTINO di Deodato nt. a Fornace il 18.02.1874 
6) STOLF ROSA di Deodato nt. a Fornace il 04.04.1876

1) STOLF FEDELE fu Francesco nt. a Fornace il 16.04.1842 
2) PRADA LUIGIA moglie nt. il 19.09.1849 
3) STOLF FRANCESCO FEDELE di Fedele nt. a Fornace il 15.10.1870 
4) STOLF GIUSEPPE ORESTE di Fedele nt. a Fornace il 09.02.1872 
5) STOLF FORTUNATO LUIGI di Fedele nt. a Fornace il 18.12.1875

1) LORENZI GIOVANNI PROSPERO fu Domenico nt. a Fornace il 08.04.1830 
2) TOMELIN MARIANNA moglie nt. a Fornace il 08.04.1841 
3) LORENZI MARIA ORSOLA di Giovanni Prospero nt. a Fornace il 24.12.1864 
4) LORENZI ROSA MADDALENA di Giovanni Prospero nt. a Fornace il 30.09.1866 
5) LORENZI ANNA ANGELICA di Giovanni Prospero nt. a Fornace il 30.06.1869 
6) LORENZI GENOVEFFA GIOCONDA di Giovanni Prospero nt. a Fornace il 17.05.1872 
7) LORENZI DOMENICO ANTONIO di Giovanni Prospero nt. a Fornace il 02.03.1877

1) VALLER DOMENICO fu Giuseppe nt.a Fornace il 18.06.1823 
2) MARCONI DOMENICA nt. il 28.07.1838 
3) VALLER FORTUNATA APPOLLONIA nt. a Fornace il 09.02.1862 
4) VALLER ROSA MARIA di Domenico nt. a Fornace il 03.02.1870 
5) VALLER AMALIA MARIA di Domenico nt. a Fornace il 23.09.1871 
6) VALLER IGNAZIO di Domenico nt. a Fornace il 29.09.1874



domingo, 24 de setembro de 2023

Caminhos Transatlânticos: Uma Jornada Épica da Itália à Colônia Silveira Martins




No início do inverno de 1890, Antônio e Giovanna, jovens imigrantes italianos, ambos com 25 anos, da mesma maneira que tantos outros italianos, embarcaram em uma emocionante e totalmente desconhecida jornada rumo ao mítico Brasil. A situação econômica da Itália continuava cada dia pior, com diminuição dos postos de trabalho no campo e nas cidades, onde grandes grupos de desempregados passavam as manhãs reunidos na praça da matriz, na esperança de conseguir algum trabalho como diarista. O fenômeno da emigração contagiava todos, cada qual tentando encontrar meios para comprar as passagem e embarcarem para aquele novo país do outro lado do oceano. Eles vinham de um pequeno comune no interior de Vicenza, com o sonho de construir uma nova vida na Colônia Silveira Martins. Levavam consigo seu precioso tesouro, um filho de 18 meses chamado Carlo.

A tão temida travessia do oceano Atlântico foi uma experiência desafiadora a qual ficou indelevelmente marcada na memória daqueles emigrantes. O navio em que viajavam, o Andrea Doria, estava lotado de outros imigrantes, todos ansiosos por uma chance melhor. As condições a bordo eram simples, com beliches apertados, comida limitada, higiene precária e falta de instalações sanitárias suficiente para o número de passageiros. Antônio e Giovanna enfrentaram duas tempestades ferozes, as quais pareciam que fosse o fim do mundo, mas nunca perderam a esperança, agarrados nos corrimões do barco e orando fervorosamente à Madonna di Monte Berico, a Santa de devoção dos dois jovens. 

Finalmente, após semanas de sofri e incertezas, avistaram a costa brasileira. O Porto do Rio de Janeiro os recebeu com a promessa de um novo começo. Tinham chegado ao Brasil, mas ainda faltava muito até o local onde seriam assentados. A jornada até a Colônia Silveira Martins foi longa e árdua, durou mais quatro semanas, com viagem de navio, barco e carroças puxadas pó diversas mulas, mas a família chegou com a determinação de transformar aquele lugar em seu lar.

As primeiras impressões da nova terra eram mistas. A paisagem era desafiadora, com vastas áreas ainda cobertas de mata virgem a serem desbravadas. No entanto, a comunidade de imigrantes italianos ja instalados estava unida, e todos ajudaram na construção de suas casas simples, erguidas com troncos de árvores, abundantes nos seus lotes..

Os primeiros anos foram bastante difíceis. Depois de abrir uma clareira na mata, plantaram suas primeiras sementes e lutaram contra os desafios da agricultura em um clima tão diferente do que estavam acostumados. Mas com trabalho duro e a ajuda de seus vizinhos, logo viram os frutos de seu esforço crescerem.

Carlo, o filho que havia cruzado o oceano com eles, cresceu forte e saudável. Antônio e Giovanna tiveram mais seis filhos, todos nascidos na Colônia. A família prosperou, expandindo sua plantação e construindo uma vida melhor.

Os anos se passaram, e os filhos de Antônio e Giovanna cresceram, Casaram-se com outros imigrantes italianos, e a família cresceu ainda mais. A Colônia Silveira Martins também floresceu, tornando-se um ponto de referência na região. Ela ficou conhecida como a quarta colônia da imigração italiana no Rio Grande do Sul, localizada na parte central do estado, próxima à cidade de Santa Maria.

Antônio e Giovanna viram a chegada de netos, e seu lar se encheu de risos e histórias. A jornada desde aquela pequena vila na Itália até a Colônia Silveira Martins havia valido a pena. Eles haviam construído um legado, uma família unida e uma história de sucesso naquela nova terra.

A saga da família italiana continuou, com cada geração contribuindo para o crescimento da colônia e mantendo viva a memória de Antônio e Giovanna, os corajosos imigrantes que ousaram sonhar e construir uma vida melhor em uma terra distante. E assim, a história da família italiana na Colônia Silveira Martins se tornou uma parte essencial da rica tapeçaria cultural e histórica do Brasil.



quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Carpinteiros da Esperança: O Legado dos Fernetti na Formação do Sul do Brasil

 



Em meio às colinas verdejantes da região sul do Brasil, onde os pinheiros se erguiam como sentinelas silenciosas, viveu uma família cuja história era tecida com habilidade e devoção. Giulio Fernetti, o último filho de uma prole de seis homens e quatro mulheres, era o protagonista dessa saga.
A história dos Fernetti teve início no final do século XIX, quando Giacomo e Augusta, acompanhados por seus três filhos, deixaram a Itália e cruzaram o oceano em busca de novas oportunidades. Aportaram em terras brasileiras em 1896 e, após vários anos na Colônia Dona Isabel, fixaram residência em Veranópolis, onde as raízes dessa família de origem italiana se entrelaçaram com a história do sul do Brasil. Duas das suas filhas eram freiras, um dos filhos, o mais velho era frei capuchinho e um outro padre Carlista.
Giacomo, o patriarca, era um hábil carpinteiro, mestre na arte de construir igrejas majestosas, vastos barracões e moinhos que giravam movidos pela força das águas e, mais tarde, da eletricidade. Com o passar dos anos, Giulio, o filho mais jovem, absorveu essas habilidades com afinco e determinação, tornando-se um carpinteiro exímio, especializado na construção de moinhos coloniais que seriam a força motriz da região.
Aos 25 anos, Giulio casou-se com Anna, o amor de sua vida, e juntos decidiram aventurar-se na rica região ainda em formação de Boa Vista de Erechim. Uma jornada de duas semanas, percorrendo estradas estreitas e sinuosas em lombo  de mulas e uma carroça de duas rodas com a pequena mudança, os conduziu a esse novo horizonte. O pequeno distrito de Floresta, hoje o município de Barão de Cotegipe, foi o local escolhido para estabelecerem raízes e onde Giulio abriu a sua própria carpintaria.
Naquele recanto, Giulio ergueu diversas casas com suas próprias mãos e contribuiu para a conclusão da imponente igreja local. Seus dias eram uma sinfonia de serras, martelos e madeira trabalhada com maestria. Boa Vista de Erechim, ávida por construção, abraçou o carpinteiro com entusiasmo, mantendo-o constantemente ocupado, construindo igrejas e  complexos moinhos em toda a região norte e central do estado.
Os anos se passaram, e Giulio e Anna foram abençoados com seis filhos, quatro meninas e dois meninos, que cresciam em meio ao som das máquinas e à reverência pela tradição familiar. À noite, reuniam-se em torno da mesa, onde as histórias das construções grandiosas e da vida na cidade ganhavam vida através das palavras de Giulio.
A família Fernetti personificava a força do trabalho árduo e a devoção à comunidade. Eles eram os construtores de sonhos, os artesãos que moldaram a paisagem da região e os guardiões da fé. Cada estrutura erguida por Giulio era mais do que um edifício de tijolos e madeira; era um testemunho de sua dedicação, um tributo à sua família e um presente para as gerações futuras.
Hoje, as construções podem ter se tornado monumentos históricos, e os moinhos podem ter sido substituídos por tecnologias mais modernas, mas a memória da família F. perdura, lembrando a todos que, em algum momento do passado, um carpinteiro e sua família moldaram o destino de uma região com suas mãos habilidosas e corações generosos. A história dos F. é a história de um Brasil que cresceu e evoluiu, guiado pelo espírito incansável de seus filhos e filhas.


terça-feira, 19 de setembro de 2023

Blog Emigrazione Veneta: Descubra o Fascinante Mundo da Emigração Italiana e Veneta






Descubra o Fascinante Mundo da Emigração Italiana e Veneta!

Você já se perguntou sobre as histórias por trás da emigração italiana e, especificamente, da emigração veneta? Quer explorar as experiências, as tradições culturais e as contribuições dos italianos que deixaram sua terra natal para buscar novos horizontes? Se a resposta for sim, você está prestes a embarcar em uma jornada emocionante!

Bem-vindo ao Emigrazione Veneta Blog - http://emigrazioneveneta.blogspot.com - seu portal para o rico e diversificado universo da emigração italiana e, mais especificamente, das histórias e legados dos venetos espalhados pelo mundo.

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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

A Riqueza das Raízes Italianas: Como a Contribuição dos Imigrantes Moldou a Economia Brasileira




A grande imigração italiana para o Brasil no final do século XIX e meados do século XX teve um impacto significativo na economia brasileira. Os imigrantes italianos ajudaram a moldar a economia do país, contribuindo para setores como agricultura, manufatura e comércio. Além disso, eles tiveram um papel importante na formação do mercado de trabalho brasileiro, fornecendo mão-de-obra para diversas indústrias.
Os italianos se estabeleceram principalmente no sudeste e no sul do Brasil, em estados como São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Eles foram atraídos pelas oportunidades de trabalho oferecidas no país, bem como pela promessa de uma vida melhor. No entanto, eles enfrentaram muitos desafios ao chegar ao Brasil. 
Um dos principais desafios enfrentados pelos imigrantes italianos foi a discriminação. Eles eram frequentemente vistos como estrangeiros e não eram bem-vindos pela população local. Além disso, muitos imigrantes italianos chegaram ao Brasil em condições de pobreza e com poucos recursos. Eles tiveram que trabalhar duro para se estabelecer e construir uma vida nova.
Apesar dos desafios, os imigrantes italianos tiveram um impacto significativo na economia brasileira. Eles foram particularmente importantes para a agricultura, ajudando a transformar esses estados do Brasil em uma das regiões agrícolas mais produtivas do país. Os imigrantes italianos também tiveram um papel importante na manufatura e no comércio, ajudando a desenvolver muitas indústrias importantes no Brasil. Um exemplo de como os imigrantes italianos contribuíram para a economia brasileira é a indústria têxtil. A partir do final do século XIX, muitos imigrantes italianos se estabeleceram em São Paulo e começaram a trabalhar nas fábricas têxteis da região. Eles trouxeram consigo habilidades e conhecimentos. Além disso, os imigrantes italianos ajudaram a construir o sistema ferroviário no Brasil. Muitos imigrantes trabalharam como operários na construção de linhas ferroviárias em todo o país. Eles também ajudaram a operar as ferrovias, trabalhando como maquinistas, condutores e outros funcionários. Os imigrantes italianos também contribuíram para o desenvolvimento da indústria do vinho no Brasil. Muitos imigrantes italianos se estabeleceram na região do Rio Grande do Sul, que é conhecida por sua produção de vinhos. Eles trouxeram consigo técnicas de vinificação e conhecimentos em viticultura, ajudando a transformar a região em uma das principais produtoras de vinho do país.
No entanto, os imigrantes italianos muitas vezes enfrentavam condições de trabalho difíceis. Eles trabalhavam longas horas em condições perigosas e na maioria das vezes recebiam salários baixos. Além disso, eles por vezes enfrentavam discriminação e eram tratados injustamente pelos empregadores donos das terras, acostumados até então a lidar com os pobres escravos. Apesar dos desafios, os imigrantes italianos perseveraram e ajudaram a construir uma comunidade próspera no Brasil. Eles criaram laços fortes uns com os outros e formaram organizações para ajudar a promover seus interesses e proteger seus direitos. Eles também mantiveram suas tradições culturais e transmitiram essas tradições para as gerações futuras. A comunidade italiana no Brasil evoluiu ao longo do tempo. À medida que os imigrantes italianos se estabeleceram no país e se tornaram mais integrados na sociedade brasileira, a comunidade italiana começou a mudar. No entanto, a influência italiana ainda é forte em muitas partes do país, especialmente na região sul. A imigração italiana teve um impacto duradouro na cultura e na sociedade brasileiras. Os imigrantes italianos ajudaram a moldar a cultura e a tradição do país, contribuindo com seus costumes, culinária e arte. Ajudaram também a estabelecer muitas das cidades e comunidades que conhecemos hoje. A imigração italiana para o Brasil foi um momento importante na história do país. Ela ajudou a moldar a cultura, a sociedade e a economia do Brasil, deixando um legado duradouro que ainda é sentido até hoje. A história dos imigrantes italianos no Brasil é uma história de perseverança, trabalho duro e resiliência.









terça-feira, 5 de setembro de 2023

A Imigração Italiana no Brasil: Uma Jornada de Superação e Resiliência




A imigração italiana para o Brasil no final do século XIX e meados do século XX foi um dos movimentos migratórios mais significativos da história brasileira. Este período foi marcado por um grande fluxo de pessoas, especialmente italianos, que deixaram a Itália em busca de melhores oportunidades no Brasil. Este movimento deu origem a um grande número de famílias italianas que se estabeleceram no país e que ajudaram a moldar a cultura e a economia brasileira.

A Itália foi um dos países que mais sofreu com a crise econômica e política do final do século XIX. A situação de pobreza e a falta de perspectivas levaram muitos italianos a buscar uma vida melhor em outros países. O Brasil, que estava em pleno desenvolvimento econômico, tornou-se um dos destinos preferidos dos imigrantes italianos.

O governo brasileiro incentivou a imigração italiana, oferecendo terras e empregos para os imigrantes que se instalassem no país. O Brasil precisava de mão-de-obra para desenvolver sua economia, e os italianos eram considerados trabalhadores disciplinados e habilidosos. Entre 1880 e 1930, cerca de 1,5 milhão de italianos emigraram para o Brasil, tornando-se a maior comunidade de estrangeiros no país.

Os imigrantes italianos se estabeleceram principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde encontraram terras férteis e clima favorável para a agricultura. Eles se dedicaram principalmente à produção de café, trigo, uva e outras culturas. Muitos italianos se tornaram proprietários de terras e criaram suas próprias fazendas.

Além da agricultura, os italianos também se destacaram em outros setores da economia brasileira. Muitos se tornaram artesãos, comerciantes e industriais. Eles trouxeram consigo a tradição do trabalho em família, o que ajudou a criar um ambiente empresarial forte e dinâmico. Os italianos também se destacaram em áreas como a arquitetura, a música, a literatura e a arte em geral.

A imigração italiana teve um impacto significativo na cultura brasileira. Os italianos trouxeram consigo a sua cultura, tradições e costumes, que se mesclaram com a cultura brasileira. Eles também influenciaram a culinária brasileira, introduzindo pratos como a pizza, a lasanha e o espaguete. A música italiana também teve um papel importante na cultura brasileira, influenciando o surgimento de gêneros musicais como o samba e a bossa nova.

A imigração italiana também teve um papel importante na construção da identidade nacional brasileira. Os imigrantes italianos trouxeram consigo uma forte cultura de trabalho e disciplina, que ajudou a moldar a mentalidade brasileira. Eles também foram responsáveis ​​pela construção de muitas cidades e vilas brasileiras, que até hoje preservam a arquitetura e os costumes italianos. 

No entanto, a imigração italiana também teve seus problemas. Muitos italianos enfrentaram dificuldades em se adaptar ao clima e às condições de vida no Brasil. Muitos foram explorados por empregadores brasileiros, trabalhando em condições precárias e recebendo salários baixos. Além disso, muitos imigrantes italianos enfrentaram preconceito e discriminação por parte da população brasileira, que os viam como estrangeiros que estavam tirando empregos dos brasileiros.

Apesar dos desafios, a imigração italiana deixou um legado duradouro no Brasil. Os italianos contribuíram significativamente para o desenvolvimento econômico do país e ajudaram a construir a identidade nacional brasileira. Eles também deixaram um impacto significativo na cultura brasileira, enriquecendo-a com sua tradição e arte.

Hoje, os descendentes de imigrantes italianos são uma parte importante da sociedade brasileira. Eles mantêm viva a tradição de seus antepassados ​​e contribuem para a diversidade cultural do Brasil. A imigração italiana para o Brasil no final do século XIX e meados do século XX é um exemplo de como a migração pode ser benéfica para a sociedade, ajudando a construir e fortalecer comunidades em todo o mundo.

Texto
Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS




terça-feira, 29 de agosto de 2023

Além do Horizonte: A Coragem da Emigração




 


Além do Horizonte: A Coragem da Emigração


Nas terras douradas de Itália, berço ancestral,
O coração anseia por um novo horizonte em fluxo,
Em 1890, a busca por vida melhor, vital sustento,
Conflito interno, escolha árdua, sofrer, renascer.

Em meio às ruas calcetadas, os dilemas ecoam,
Amigos, família, laços fortes, de afeto enlaçados,
Lágrimas afloram, enquanto o sol poente brilha,
Na alma, o peso da decisão, destino traçado.

Emblemática Itália, de artes e cultura intrínseca,
Floresce o desejo de alçar voo, além do mar,
O vento sussurra oportunidades, rumos incertos,
Mas o coração hesita, medo de partir e abandonar.

Nas margens do Mediterrâneo, balança a esperança,
Emigração iminente, sonhos de futuro proeminente,
O olhar contempla as montanhas majestosas,
Enquanto o mar murmura canções melancólicas.

Os campos verdejantes, palco de histórias entrelaçadas,
A lida agrária, as tradições, corações que se acolhem,
Mas eis que a necessidade imperiosa bate à porta,
E a tristeza inunda almas que se despedem, escolhem.

À luz da aurora, lágrimas são enxugadas com bravura,
Resolução moldada, coragem se ergue nas almas,
A embarcação aguarda, alçando sua vela ao vento,
Partida amarga, sussurros de despedidas calmas.

Nas cartas deixadas, palavras em tinta expressam,
Saudade que será eterna, amor que jamais se apaga,
Pois a emigração exige sacrifícios, lágrimas derramadas,
A incerteza do retorno, o coração chora, mas a jornada afaga.

No convés, um olhar derradeiro para a terra amada,
A Itália se distancia, mas jamais parte do coração,
Os sonhos os impulsionam a enfrentar a adversidade,
Em busca de um futuro promissor, árdua transição.

Nos encontros nas estâncias estrangeiras, laços se formam,
Uma comunidade que se ergue, união em solo distante,
A saudade ecoa em cantos, danças e memórias,
Como fios de esperança, tecendo histórias vibrantes.

E assim, na terra estranha, a nova vida floresce,
Escrevendo um capítulo inédito de coragem e superação,
A decisão difícil, embora deixe cicatrizes na alma,
Mostra que a busca por dias melhores é uma constante no coração.

Que a dor da partida seja transformada em resiliência,
E que a saudade se transforme em amor que transcende,
Pois em cada passo, um fragmento de Itália permanece,
E a jornada, embora árdua, traz a esperança que nunca se rende.

Que os descendentes honrem o legado dos seus antepassados,
Enraizados na história de emigrar, a coragem de seguir adiante,
Que a conexão com a Itália seja preservada, imortalizada,
Na saga de vidas entrelaçadas, onde a bravura se fez gigante.


de Gigi Scarsela
erechim rs



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Lágrimas e Triunfos: A Jornada Épica dos Emigrantes Italianos em Terras Brasileiras




Na primeira metade deste século XIX, a Inglaterra, já um país industrializado e precisando vender seus manufaturados, que era a superpotência mundial da época, pressionou fortemente o Brasil para acabar com o tráfico de escravos da África que supria as necessidades de mão de obra do império brasileiro. O movimento abolicionista crescia no Brasil e vária leis foram promulgadas pelo congresso tentando minimizar e proibir o tráfico negreiro. Em 1850 com a Lei Eusébio de Queirós ficou proibido a importação de escravos em todo o Brasil. A partir desta data começou faltar a mão de obra nas zonas rurais do país, especialmente no momento em que a cultura do café se expandia, para atender a grande procura mundial pelo precioso grão. Nesse período um grupo de grandes fazendeiros de café do oeste paulista, com grande força política no congresso, passou a defender o uso de mão livre nas suas fazenda, entrando em choque com o pensamento de um outro grupo do Vale do Paraíba, também politicamente forte e donos de grande número de escravos, que eram contra a ideia de contratar trabalhadores livres. Os escravos valiam uma grande fortuna e não queria se desfazer desse capital. Os embates passaram para o congresso que estava dividido em duas alas de parlamentares: os abolicionistas e os escravagista. A força dos abolicionistas no parlamento foi crescendo em número de adesões até que em 1871 foi promulgada a Lei do Ventre Livre, na qual determinava que os filhos de escravas seriam cidadãos livres. A pressão da ala abolicionista foi aumentando até que em 1885 foi aprovada a Lei dos Sexagenários, onde os escravos que atingissem a idade de sessenta anos seriam automaticamente libertos. Essas duas leis já prenunciavam que o fim da escravidão no Brasil estava próximo. Também durante esse período de embates no congresso, a população escrava envelhecia sem que a reprodução natural fosse suficiente para suprir as necessidades de mão de obra nas plantações que a anualmente aumentavam de área. A necessidade de mão de obra se acentuou drasticamente quando em 1888 foi promulgada a Lei Áurea com a proibição da escravidão em todo o território brasileiro. 
Nesse mesmo período do século XIX na Itália acontecia a unificação, um fenômeno conhecido como Risorgimento, com o fim das guerras de independência, que deixaram arrasada a economia do novo reino, seguida de um aumento dramático do desemprego, associado a um crescimento demográfico, também verificado em outros países europeus. Tais fatores levaram, a partir da década de 1870, ao início da maciça imigração de italianos para o Brasil. No final do século XIX e início do século XX, as ideias de darwinismo social e eugenia racial tiveram grande prestígio no pensamento científico mundial. Na medida em estas ideias eram aceitas e divulgadas pela comunidade científica nacional, o imaginário social e político brasileiro passou a considerar que os brasileiros eram incapazes de desenvolver o país por serem, em sua grande maioria, negros e mestiços. Essa política de imigração, além de aumentar a oferta de mão de obra, trazendo um maior número de pessoas brancas para o país, também possibilitou melhores condições de vida aos agricultores europeus, que viviam uma situação difícil em seu país. Os emigrantes, na época No final do século XIX e início do século XX, as ideias de darwinismo social e eugenia racial tiveram grande prestígio no pensamento científico mundial. Na medida em estas ideias eram aceitas e divulgadas pela comunidade científica nacional, o imaginário social e político brasileiro passou a considerar que os brasileiros eram incapazes de desenvolver o país por serem, em sua grande maioria, negros e mestiços. Essa política de imigração, além de aumentar a oferta de mão de obra, trazendo um maior número de pessoas brancas para o país, também possibilitou melhores condições de vida aos agricultores europeus, que viviam uma situação difícil em seu país. Os italianos eram considerados um dos melhores emigrantes disponíveis, por serem brancos e terem a mesma religião católica que o império. Eles poderiam ser usados para o "branqueamento" da população brasileira. E não foi apenas o nosso país a adotar esses critérios raciais, alguns dando preferência aos imigrantes provenientes do norte da península em detrimento daqueles do sul. Foi a partir da década de 1870 que os imigrantes italianos  começaram a chegar em maior número, aumentando expressivamente entre os anos de 1887 e 1904, quando os italianos já eram o maior grupo étnico a entrar no Brasil. A repercussão negativa na imprensa italiana surgidas no início do século XX com notícias relatando as péssimas condições de vida dos emigrantes italianos, principalmente nas plantações de café de São Paulo, fizeram com que o parlamento italiano emitisse o chamado decreto Prinetti, que passou a proibir a emigração subsidiada para o nosso país, causando uma grande diminuição do número de recém chegados.








segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Sobrenomes Trentinos e Friulanos no Estado de São Paulo: Relação de Algumas Famílias

Emigrantes no Porto de Le Havre em 1892

 


Alguns sobrenomes trentinos e friulanos presentes no estado de São Paulo 




AltmayerChiognaGalterMuchiut Sighel
AmistadiChisteGarbariMuraraSimonini
AndreattaCian GarielliNavariniSmalzi
AnesiCiolaGasperiNegriSmarzaro
AngeliCleclerGasperiniNicolòSpagolla
AnghebenColpiGeigerNonesSpilzi 
ArlanchColugnati GennariOngaroStedile 
ArmeliniContGerinOrlandiStefani 
AsteContardGerolaOrsingherSteneck 
BacedaConterGhedinaPacherStenghel
BailoContimGiacomelliPaldaoffStenico 
BaldessariCorradiGiacomiPallaoroStinghen 
BaldoCorrerGiongoPancheriStofella 
BalestraCoserGiordaniPanizzaStolf 
BampiCostaGiorgiPaoliStrignari
BastianelloCristofolettiGirardelliParolariStringhen
BattistiCristofoliniGirardiPascolat Suster 
BauerCucitGiulianiPasianiSvaldi
Bazanelli DalfovoGiuseppe Pasiani Tafner
Bazzanella Dalla BridaGlerean PasqualiniTamanini
BebberDallapèGothardi PasseriniTanel
Beghella DalledoneGramolaPataunerTartarotti
Bellina DalmarcoGrasiolaPaulin Tasin
BenettiDalpiazGregorut PecoraroTezza
BeozzoDanelutGrion PedriniTinos 
BerlandaDannaGroblechner PedrottiTizianel
BerloffaDatovoGruber PegorettiTocoli
BernardiDebiasioGuarino PellegriniToller
BertognaDebiasioGubert PennerTolovi
BertoldiDegasperiHuezPeresin Tomasi
BettaDell'AgnoloIanes PergherTomasin
Bettega DellagoIori PeriniTomazin 
Bianchini DellaiKessler PerliTomazzoni
Bin Dell'AntoniaKnolseisenPetean Tomedi
Birti Dell'OsneLaitempergher Petenel Tondin
BoffDelneriLaner PeterliniTonidandel
Boletig DemarchiLarcher PeterlongoTonini
Bolzani DemateLaurentis PetrisTonoli
BonDemattioLenner PezzaniTonolli
Bona Denipoti Lenzi PiccininiTonzar
Borghetto DepedriLeonardi PietroTorboli
BosoDepietroLeopoldinoPifferToso
BottesiDevigiliLeveghiPinat Trettel
Boz DoffLibardiPincinatoTreu 
BressanDonda LivonPinterUlian
BrozDossiLolataPizziniUngericht
BrugnaraDucatiLonaPoffoValenti
BrumatEccherLonerPompermayerValentini
Brumatti EderLongoPontaltiValgoi
BrunelliEmerLozarPonton Vallandro
BruniEndrighiLuigiPostalVendrame
BruseghiniEttoreLunelliPozzar Venere
Buffolin EzzelLupoPrandini Vescovi
Busut FacchiniLutteriPretti Vettach 
Cabas FacinelliMaccaniPrevedel Vettori
CadrobbiFadanelliMagnaniQuaiatVinturin 
Caffar FedrizziMaierRabassiViola
CagolFerisin ManiaRabassi Violin 
CainelliFerraiManzutti Rauzi Visintainer
CaldaraFerrareseMarchiRavanelliVisintin 
CaldiniFiamozziniMargonRecchia Vitti
CalliariFilzMargoniRenkoVittor
Calligaris FlaimMartignonRigoVittori
CaminiFoladoriMartoniRigottiVoltolini
CampestrinFolgaraitMarusic RojicWeber
Campregher FontanaMarzadroRomediWeisz
CaneppeleForteMattediRomeriZaffoni
CappellettiFortiMatteiRoncadorZambaldi
CarliFracalossMattiviRopeleZambanini
CarnessaliFracalossiMauriziRossiZana
CasagrandaFrainerMazzuranaRossoZandonai
CasottiFranceschiMenegatti
Mengarda
Rusig Zanella
CastelliFranceschinisMengonRusinZanolla
CattoniFrancischinelMian SalvadoriZanoni
CavagnaFranzoiMicheloniSancovich Zanotti
CavagnaFrizzeraMisseroni
Mittersteiner 
SartoriZeni
CelvaFronerMontibeller Saunit Zilli
CelvaFronzaMoro SavoiZoller
CembranelliFugantiMortean ScabarZortea
CeminFurlanMosca Scalet Zorzenon
CeolFusinato MoserScarpin Zorzi
CeolaGabrielli MosnaScartezziniZugliano
CescatoGadottiMottScrinziZugliano
CeschiniGaigher MotterSeppi
CestariGalli Mucchiut Sevignani