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segunda-feira, 8 de julho de 2024

Em Busca de uma Nova Pátria: As Razões por Trás da Onda Migratória Italiana para o Brasil

  


Na análise da migração italiana para nosso país, as indagações iniciais que emergem são: quais foram os motivos que levaram as autoridades brasileiras a acolher uma quantidade tão significativa de imigrantes da Itália e quais foram os impactos desse influxo considerável de italianos no vasto território brasileiro? Qual era a origem geográfica desses imigrantes italianos que escolheram o Brasil como destino?

Desde os primórdios da colonização portuguesa em nossa terra, a escassez de trabalhadores sempre representou um desafio de considerável magnitude. Naquela época, a concepção predominante era de que o labor árduo não era uma incumbência dos aristocratas e dos abastados, aqueles nascidos em berço de ouro e detentores de vastas riquezas. O trabalho manual era reservado às classes menos privilegiadas ou aos cativos, que há muito tempo desempenhavam um papel fundamental no avanço econômico de várias nações.

Durante o período colonial brasileiro, o território era abundantemente agraciado com valiosos recursos naturais, como o pau-brasil e uma diversidade de minerais preciosos, com destaque para o ouro e os diamantes, pelos quais os portugueses travaram grandes disputas.

Para suprir a carência de mão-de-obra necessária para a exploração do vasto território, os portugueses optaram por trazer uma quantidade considerável de escravos africanos. Foi o árduo labor desses indivíduos escravizados que garantiu o desenvolvimento da exploração das riquezas florestais, a extração pesada nas minas de ouro e diamantes, bem como o cultivo em larga escala nas plantações de cana-de-açúcar, além da posterior criação de gado no sul, o que elevou Portugal ao status de proeminente fornecedor desses produtos no cenário internacional. A partir de 1840, o café emergiu como uma commodity de grande demanda no mercado global, suplantando a predominância açucareira. Isso provocou o surgimento de imponentes fazendas, predominantemente nas províncias de São Paulo e Espírito Santo, lideradas por abastadas famílias portuguesas, os influentes barões do café, que não apenas abasteciam, mas também dominavam o mercado mundial dessa mercadoria. Assim como ocorreu com o açúcar, a mão-de-obra empregada nos cultivos e na colheita era majoritariamente composta por escravos negros, cujo número aumentava constantemente, de forma degradante, com a chegada de africanos. O cenário internacional passava por mudanças significativas, com a ascensão da Inglaterra como potência dominante, iniciando seu processo de industrialização e, consequentemente, reduzindo sua necessidade de importar escravos. Demonstrando seu poder militar, especialmente por meio de sua poderosa marinha, a Inglaterra passou a impor sanções aos países que ainda dependiam do trabalho escravo. Navios negreiros foram interceptados em alto-mar e impedidos de chegar ao Brasil, o que resultou em um aumento exorbitante no valor de cada escravo. Internamente, no Brasil, iniciou-se um movimento político para criar condições visando à abolição da escravidão no país. Após a promulgação de diversas leis que dificultavam a prática escravagista, em 13 de maio de 1888, foi proclamada a Lei Áurea, que encerrou oficialmente a instituição da escravidão no Brasil, após três séculos de sua existência.Foi certamente um grande choque para um país em que a mão-de-obra era somente aquela escrava, e esses, uma vez libertos, não queriam mais trabalhar para o seus antigos donos. Alguns anos antes, quando já se ouviam as primeiras notícias dessa eminente mudança, os grandes fazendeiros, que lutaram politicamente contra dar liberdade total aos escravos, começaram a procurar pelo mundo nações onde havia um grande número de pessoas querendo abandonar o país. Algumas exigências no entanto, foram apresentadas pelo império brasileiro, para escolha de onde poderia vir essa tão necessária mão-de-obra. Entre as exigências estava: esses trabalhadores precisavam ser brancos, terem religião aceita pelo estado e fossem dóceis em receber ordens. Inicialmente, foram trazidos grupos de colonos alemães, mas a experiência não deu muito certo pelo fato deles serem muito difíceis em aceitar ordens e também porque se mantinham fiéis a sua língua e tradições, criando quistos culturais onde viviam. Assim os fazendeiros paulistas e o Império do Brasil se voltaram para os habitantes da península italiana, o recém unificado reino da Itália, que estavam passando por sérias dificuldades, até mesmo a fome, pela falta de trabalho no novo país. Os italianos, sobretudo os das províncias vênetas, eram vistos pelas autoridades imperiais como ideais, por serem um povo dócil, trabalhador e professarem a mesma religião que o Brasil. Outro fator, não menos importante, para a escolha dos europeus era o fato de serem brancos o que também atenderia a exigência de povoar as imensas áreas quase desabitadas do sul do Brasil e contribuir para o branqueamento da população, uma raça considerada muito escura pelas autoridades imperiais.

A partir de 1875, o governo brasileiro lançou uma série de incentivos para atrair a migração italiana, incluindo passagens gratuitas e a promessa de parcelas de terra para cultivo. Essas medidas eram exatamente o que os camponeses italianos mais desfavorecidos desejavam ouvir, realizando o sonho da propriedade que acalentavam há séculos. Ao se tornarem proprietários de suas terras, eles deixariam de compartilhar suas colheitas com senhores. Assinaram contratos em branco em troca da passagem e da promessa de um pedaço de terra para cultivar, comprometendo-se a se estabelecerem onde o governo brasileiro designasse, geralmente em áreas remotas e intocadas, seja no meio da densa vegetação no sul do Brasil ou nas vastas fazendas de café de São Paulo e Espírito Santo, substituindo os escravos recém-libertos. Os imigrantes designados para as novas colônias do sul do país, inicialmente no Rio Grande do Sul e posteriormente em Santa Catarina e Paraná, encontraram-se repentinamente em meio a vastas áreas selvagens e despovoadas, envoltas por densas florestas e desprovidas de estradas ou qualquer infraestrutura, distantes de centros urbanos ou recursos essenciais. A vegetação em suas propriedades era habitada por uma fauna desconhecida para eles, com uma grande variedade de animais selvagens, aves em abundância, onças e macacos, como os bugios, cujos gritos assustavam os recém-chegados. No entanto, o clima encontrado assemelhava-se ao que deixaram na Itália, e o isolamento permitiu que os imigrantes aplicassem seus conhecimentos e recriassem sua própria cultura. O processo de aquisição de terra não foi fácil. Os imigrantes eram transportados gratuitamente do porto de desembarque para os vários núcleos de colonização, onde lotes de 25 a 60 hectares eram concedidos exclusivamente às famílias e deveriam ser resgatados em prestações a partir do segundo ano, após a primeira colheita. Os colonos recebiam algum material para construir casas temporárias, subsídios alimentares por alguns meses, ferramentas agrícolas e sementes que deveriam ser reembolsadas posteriormente. As famílias assumiam a responsabilidade de desmatar parte do lote, preparar o solo para o cultivo, semear, construir suas próprias habitações e abrir estradas para delimitar as fronteiras da propriedade. Os imigrantes logo enfrentaram as dificuldades nas colônias isoladas, algumas das quais constantemente invadidas por índios, onde a falta de escolas, igrejas e assistência médica era evidente, ou, quando disponíveis, estavam distantes e inacessíveis devido aos custos. Apesar dos desafios, uma parte significativa desses imigrantes realizou o sonho da propriedade e, em poucos anos, ricas cidades surgiram nesses locais remotos. A situação foi diferente para aqueles destinados a trabalhar nas grandes fazendas de café em São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Lá, as condições de vida eram ainda mais difíceis, e era extremamente difícil economizar para adquirir terras nas cidades próximas às fazendas. Segundo os termos do contrato, para deixar a fazenda, primeiro deveriam reembolsar o proprietário por todas as despesas incorridas, após o prazo de permanência estabelecido no documento. Nesses locais, prevaleciam a segregação, o arbítrio e várias formas de violência, incluindo sexual. A vontade do proprietário ou administrador era soberana, com pouca ou nenhuma liberdade pessoal para os trabalhadores. O acesso a cuidados de saúde, educação e práticas religiosas era limitado ou fornecido com parcimônia. O abandono das plantações tornou-se o protesto mais eficaz. Aqueles que decidiram migrar novamente ou buscar outras fazendas com melhores condições de vida ou se mudaram para centros urbanos em busca de novas oportunidades de emprego. Muitos, desiludidos, optaram por retornar à Itália. Aqueles que deixaram as fazendas se estabeleceram nas periferias das pequenas cidades vizinhas ou na capital, alguns já com profissões ou habilidades comerciais, trabalhando por conta própria ou como empregados nos diversos estabelecimentos que o rápido progresso estadual proporcionava. À medida que as condições financeiras melhoravam, os imigrantes começavam a construir suas próprias casas, reproduzindo os modelos arquitetônicos de sua terra natal e recriando uma pequena Itália no Brasil. Aqueles que preferiram viver nas grandes cidades, como a capital, a maioria deles residia em grandes cortiços, subdivididos em pequenos compartimentos nos bairros.

Esse movimento migratório evidenciou uma mudança gradual no perfil dos imigrantes italianos ao longo do tempo, refletindo também as transformações socioeconômicas tanto na Itália quanto no Brasil. A chegada de técnicos e operários especializados a partir do segundo pós-guerra, por exemplo, demonstrou uma maior qualificação da mão-de-obra italiana, além de uma diversificação dos setores de trabalho nos quais os imigrantes se inseriam.

Além disso, a distribuição geográfica dos imigrantes italianos no Brasil também se modificou ao longo do período analisado. Inicialmente concentrados nas regiões sul e sudeste, especialmente em áreas rurais e nas grandes fazendas de café, posteriormente passaram a migrar em maior número para os centros urbanos, buscando oportunidades de trabalho nas indústrias emergentes e no comércio.

A imigração italiana para o Brasil atingiu seu ápice entre 1887 e 1902, quando quase um milhão de pessoas desembarcaram no país em um período de quinze anos, representando 60% do total de estrangeiros que aqui chegaram. Nesse período, o Brasil ocupava o terceiro lugar no ranking global de recebimento de imigrantes italianos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Argentina. Após 1902, o fluxo de chegadas diminuiu significativamente, pois o governo italiano decidiu interromper a emigração subsidiada devido às denúncias das condições precárias enfrentadas pelos italianos, comparadas à escravidão nas fazendas. Essa redução também pode ser atribuída à crise de superprodução do café e à queda de preços no mercado internacional, que agravaram as condições de vida e trabalho nas plantações. Entre as duas grandes guerras, o número de chegadas diminuiu, com uma leve retomada após 1946. A partir dos anos 1960, as chegadas de italianos diminuíram para algumas centenas por ano, com a maioria sendo transferências de funcionários de empresas italianas com investimentos no Brasil ou escolhas pessoais. Até 1915, a maioria dos imigrantes era composta por trabalhadores rurais, em sua maioria analfabetos, que chegavam ao Brasil com suas famílias devido a contratos de trabalho. A partir de 1920, houve uma mudança no perfil dos imigrantes, com a predominância de solteiros, artesãos, trabalhadores fabris e braçais. Essa tendência se intensificou no período pós-guerra, com a chegada de técnicos e operários especializados, que tinham um nível de instrução mais elevado. Entre 1878 e 1886, a maioria dos emigrantes era da região do Vêneto e Lombardia, especialmente destinados às novas colônias do Sul do Brasil, enquanto os imigrantes do sul do país, principalmente da Campania, Calábria e Abruzzo, começaram a chegar em maior número após 1893/95, tornando-se majoritários a partir de 1898.Essa história da imigração italiana no Brasil revela não apenas a busca por melhores condições de vida e oportunidades de trabalho, mas também a capacidade de adaptação e resiliência dos imigrantes diante dos desafios encontrados no novo país. Contribuíram significativamente para a formação cultural, econômica e social do Brasil, deixando um legado que perdura até os dias de hoje.

Em cada núcleo formado por essas comunidades, uma autêntica reprodução de traços da Itália emergia, preservando os costumes e tradições de suas regiões de origem. Essa preservação cultural não apenas amenizava a saudade dos lares distantes, mas também enriquecia o cenário brasileiro com um mosaico de heranças italianas. Apesar dos desafios enfrentados e das dificuldades impostas, os imigrantes italianos deixaram uma marca indelével na modernização tanto da economia quanto da sociedade brasileira nos locais onde se estabeleceram.

Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS



sábado, 6 de julho de 2024

Raízes de Esperança: A Saga da Família de Mario e Angelina Speranzetti


 


A história da família de Mario Speranzetti e Angelina Valentinelli começou nos aprazíveis campos do interior da província de Padova, na Itália, no ano de 1879. Ambos nasceram em famílias numerosas e também pobres, cujos sonhos estavam profundamente enraizados na terra que cultivavam. Seus pais eram trabalhadores rurais, sem terra própria, e dedicavam suas vidas a trabalhar para os verdadeiros donos da propriedade, com os quais deviam dividir o resultado das colheitas. O sonho de ambas as famílias era um dia se tornarem donas das terras que cultivavam, de serem os próprios patrões, de saírem da pobreza e da submissão, de poderem deixar de calar sempre e só saberem trabalhar.

No entanto, a situação na Itália, e em particular na região do Vêneto, onde as duas famílias viviam desde séculos, estava cada vez mais sombria. A situação começou a piorar para eles, principalmente, para aqueles mais pobres, a partir da conquista da Sereníssima República de Veneza por Napoleão e outra vez mais tarde, com o ressurgimento que deu lugar à criação do reino da Itália. Foram dois longos e atribulados episódios, com muitas guerras, períodos dramáticos e decisivos para o país, especialmente para o povo das regiões norte e sul da Itália, que viviam da agricultura. Esses dois episódios levaram a um empobrecimento contínuo e acelerado de todo o Vêneto. Nos últimos, antes de emigrarem, os grãos eram importados a preços muito mais baratos que os produzidos na Itália, que tinha uma das agriculturas mais atrasadas da Europa. Os camponeses italianos cultivavam a terra da mesma maneira que faziam seus avós, m século atrás, usando os mesmos ultrapassados instrumentos agrícolas e métodos de manejo do solo. No últimos decênios do século XIX, várias catástrofes naturais se abateram sobre a península, com secas, enchentes,  avalanches, desmoronamentos que colaboraram para a diminuição das já insuficientes colheitas. Isso fez com que muitos patrões, aqueles que davam emprego à tantos, desistissem e fossem forçados a vender suas terras gravadas com novas taxas governamentais opressivas. Isso resultou em desemprego em massa no campo, causando desespero e até mesmo fome. Mario e Angelina também trabalhavam para um rico produtor rural que, devido todas essas circunstâncias, se viu obrigado a se desfazer de suas terras e, com toda a família, emigrar para a Argentina.

Foi assim que a família de Mario e Angelina  depois de avaliarem as possibilidades, tomou a difícil decisão de deixar sua terra natal e também partir em emigração, em busca de um futuro melhor. Em 1892, com quatro meninos e uma menina chamada Chiara, com apenas 2 anos de idade, eles embarcaram no navio Giulio Cesare, iniciando uma perigosa e demorada viagem em direção ao Brasil.

A tão temida travessia marítima foi uma jornada repleta de desafios, com o mar agitado e condições desconfortáveis a bordo. No entanto, a esperança os manteve firmes durante aquelas semanas angustiantes.

Finalmente, a família de Mario e Angelina chegou ao Brasil, desembarcando em um país completamente novo e desconhecido, que desde os primeiros momentos os impressionou bastante. O movimentado porto era o do Rio de Janeiro, onde atracavam a maioria dos navios que traziam imigrantes para o Brasil. Com suas economias limitadas, alguns dias depois eles tiveram que fazer outra viagem, desta vez em um navio de menor calado, em direção ao Rio Grande do Sul, para, depois de várias peripécias, finalmente chegarem na Colônia Caxias.

A vida na Colônia Caxias era inicialmente árdua, com desafios como o clima tropical e a adaptação à agricultura local. Mas Mario e Angelina eram pessoas trabalhadoras e determinadas. Com o tempo, aprenderam a cultivar a terra e cuidar do gado e dos suínos, transformando seu pedaço de chão em um lar próspero.

Enquanto Mario e Angelina se esforçavam para construir uma nova vida, seus filhos cresciam. Tommaso, o mais velho, ajudava os pais no difícil trabalho rural, era o braço direito da família. Mattia, Davide e Lorenzo também aprenderam o valor do trabalho árduo. Chiara, apelidada Chiaretta, a menina que chegou tão jovem ao Brasil, cresceu em um ambiente de amor e apoio, tornando-se uma jovem forte, cheia de vida e esperança.

À medida que os anos passavam, a família de Mario e Angelina se tornou uma parte essencial da comunidade da Colônia Caxias, inseridos em vários segmentos da sociedade local. Eles compartilhavam com os amigos e vizinhos suas experiências e histórias vividas na Itália, criando laços fortes.

Com o tempo, a família conseguiu comprar mais terras, realizando o antigo sonho de serem agora os próprios patrões, trabalhando em suas terras, não precisando mais dividir as colheitas  com ninguém  A história de Mario e Angelina se transformou em uma inspiração para outros colonos, mostrando que com trabalho duro e determinação, era possível transformar a adversidade em sucesso.

E assim, a família continuou a escrever sua história na Colônia Caxias, mantendo viva a tradição italiana e os valores que os guiaram desde o momento em que deixaram a Itália em busca de uma vida melhor no Brasil. A jornada da emigração se tornou uma história de resiliência, sucesso e uma lição de vida para as gerações futuras.

Os filhos cresceram em um ambiente de trabalho árduo e valores familiares fortes. Tommaso, o mais velho, tornou-se rapaz alto e muito robusto, que ajudava o pai no trabalho pesado da agricultura e, ao longo dos anos, casou e expandiu ainda mais as terras da família, tornando-se um próspero colono, principalmente com o incremento do cultivo da uva e a produção industrial do vinho.
Mattia mostrou talento para a carpintaria e marcenaria desde jovem, e seu dom para trabalhar com madeira o levou a criar belos móveis e construir casas para a comunidade da Colônia Caxias. Era muito requisitado e acabou investindo em uma pequena fábrica de móveis que com o tempo seus filhos e netos a transformaram em um grande complexo industrial, fabricando móveis para cozinhas.
Davide, por sua vez, demonstrou aptidão para a educação e com o tempo se tornou professor na escola rural local. Ele era apaixonado por compartilhar conhecimento com as crianças da região. Se casou com uma belo moça filha de descendentes de imigrantes italianos, a qual tinha o tino comercial que faltava a Davide, tornando-se uma respeitada comerciante.
Lorenzo, o caçula dos cinco primeiros filhos que vieram da Itália, era conhecido por seu espírito aventureiro. Ele se tornou um explorador e desbravador das vastas terras da região e não só, mapeando áreas desconhecidas fora da  colônia, no estado do Rio Grande do Sul, chegando até mesmo a descobrir novos recursos naturais. Com o tempo se casou e teve vários filhos.
Chiara, a filha mais nova dos cinco primeiros filhos, também nascida na Itália, cresceu como a alegria da família. Com seu jeito carinhoso, ela mais tarde se tornou enfermeira, cuidando dos doentes na comunidade, quando da inauguração do primeiro hospital.
Quanto aos quatro filhos do casal que nasceram no Brasil, Aurora cresceu como uma líder nata, casou, teve 8 filhos e se tornou uma professora respeitada na Colônia Caxias, seguindo os passos do irmão Davide. Seu marido era  um rico criador de suínos e proprietário de uma fábrica de banha.
Giada, a filha mais franzina, era conhecida, desde criança, por sua voz angelical e desde cedo era uma talentosa cantora, enriquecendo os encontros festivos e religiosos da comunidade com sua música.
Giuseppe, com seu forte espírito empreendedor, abriu um pequeno comércio que rapidamente, com o crescimento da colônia que passou a ser município de Bento Gonçalves, se transformou em um próspero negócio de compra e venda de alimentos essenciais para a comunidade. Com o tempo, visionário que era, aproveitou o rápido  crescimento da cidade e investiu em um hotel para viajantes que em grande número chegavam e que mais tarde, seus filhos e netos transformaram em um grande complexo hoteleiro para turistas, muito conceituado.
Anna, a caçula da família, cresceu apaixonada pelas artes, não se casou e alguns anos antes de sua morte se tornou em uma artista renomada, cujas pinturas celebravam a beleza da natureza da Colônia Caxias. Suas obras estão expostas em alguns museus.

A família de Mario e Angelina continuou a crescer e prosperar, contribuindo de maneiras únicas para a comunidade. Eles eram um exemplo de união, trabalho duro e determinação, e suas histórias de sucesso se tornaram parte integral da rica tapeçaria da vida na Colônia Caxias e além. Juntos, eles deixaram um legado duradouro de amor, dedicação e superação e seus inúmeros descendentes ainda hoje são figuras proeminentes em Bento Gonçalves.




terça-feira, 18 de junho de 2024

Lista de Imigrantes Italianos Navio Colombo em 1878


 

Navio Colombo 

Porto do Rio de Janeiro

fevereiro de 1878



BARBIERO:
Giuseppe – 79 anos – viúvo
Bortolo – 52 anos – casado
Maria – 52 anos – casado
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

BASCAN:
Valentino – 32 anos – casado
Maria – 26 anos – casado
Amedo – 6 anos – solteiro
Sante – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

BISOGNIN:
Francesco – 46 anos – casado
Brígida – 27 anos – casado
Isidoro – 9 anos – solteiro
Alessandro – 6 anos – solteiro
Santa – 3 anos – solteiro
Rosa – 8 meses – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

BIZZOTO:
Francesco – 41 anos – casado
Angela – 35 anos – casado
Antonio – 13 anos – solteiro
Matteo – 11 anos – solteiro
Giovanni – 9 anos – solteiro
Orsola – 7 anos – solteiro
Regina – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

BOLZON:
Pietro – 28 anos – solteiro – nome riscado na lista. Há uma observação ilegível.
Luigi – 26 anos – casado
Rosa – 23 anos – casado
Giacomo – 22 anos – solteiro
Adora – 5 meses – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

BRAGAGNOLO:
Pietro – 51 anos – casado
Angela – 54 anos – casado
Ciriaco – 15 anos – solteiro
Matteo – 12 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

BROCCARDO:
Francesco – 32 anos – casado
Elena – 30 anos – casado
Silvio – 4 anos – solteiro
Aliuto – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

CARLESSO:
Bernardo – 49 anos – casado
Angela – 46 anos – casado
Giovanni – 15 anos – solteiro
Francesco – 11 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

CARLOTTO:
Antonio – 62 anos – casado
Maria – 54 anos – casado
Domenico – 23 anos – casado
Rosa – 21 anos – casado
Andrea – 18 anos – solteiro
Antonio – 8 meses – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

CECCHIN:
Francesco – 52 anos – casado
Veronica – 47 anos – casado
Celeste – 29 anos – solteiro
Maria – 26 anos – solteiro
Gio Batta – 18 anos – solteiro
Vittorio – 14 anos – solteiro
Maria – 12 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy



CECEON:
Gaetano – 34 anos – casado
Cecilia – 34 anos – casado
Maria – 11 anos – solteeiro
Angelo – 8 anos – solteiro
Margherita – 1 ano – solteiro – faleceu
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

CESDERNARO:
Francesco – 38 anos – casado
Profissão: Agricultor
Origem: Sanova
Destino: Itajahy

CHEMELO:
Antonio – 30 anos – casado
Domenica – 30 anos – casado
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

COSTA:
Isidoro – 31 anos – casado
Caterina – 30 anos – casado
Angela – 4 anos – solteiro
Domenico – 3 anos – solteiro
Rosa – 7 meses – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

CREAZZO:
Lucia – 70 anos – viúvo
Luigi – 40 anos – casado
Angela – 33 anos – casado
Elena – 25 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul



DALLA COSTA:
Domenico – 46 anos – casado
Maria – 40 anos – casado
Eva – 14 anos – solteiro
Maria – 12 anos – solteiro
Costanza – 10 anos – solteiro
Speranza – 8 anos – solteiro
Guglielmo – 6 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

DALLAPOZZA:
Maria – 69 anos – viúvo
Antonio – 40 anos – casado
Rosa – 35 anos – casado
Giuditta – 9 anos – solteiro
Massimiliano – 6 anos – solteiro
Maria – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy
DAL SANTO:
Bortolo – 37 anos – casado
Filomena – 32 anos – casado
Maria – 10 anos – solteiro
Natale – 4 anos – solteiro
Rosa – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

FACCIN:
Benedetto – 48 anos – casado
Pasqua – 44 anos – casado
Rodolfo – 15 anos – solteiro
Romano – 12 anos – solteiro
Guglielma – 8 anos – solteiro
Agostino – 5 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

FERMIAN:
Caterina – 70 anos – casado
Giuseppe – 33 anos – casado
Carolina – 38 anos – solteiro
Maria – 20 anos – solteiro
Luigia – 19 anos – solteiro
Luigi – 18 anos – solteiro
Alessandro – 16 anos – solteiro
Gaetano – 14 anos – solteiro
Rosa – 11 anos – solteiro
Giuseppe – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Verona
Destino: Itajahy

FERRARI:
Giuseppe – 23 anos – casado
Regina – 21 anos – casado
Profissão: Agricultor
Origem: Cremona
Destino: Itajahy
O nome está riscado na lista.

FILIPPIN:
Giovanni – 22 anos – casado
Antonia – 21 anos – casado
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy

FINALTI:
Michele – 62 anos – viúvo
Angelo – 27 anos – casado
Giovanna – 25 anos – casado
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

FOGLIATO:
Francesco – 35 anos – casado
Maria – 33 anos – casado
Giacomo – 7 anos – solteiro
Cecília – 4 anos – solteiro
Francesco – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

FORNER:
Maria – 64 anos – casado
Giacomo – 41 anos – casado
Antonia 0 39 anos – casado
Antonio – 14 anos – solteiro
Maria – 10 anos – solteiro
Guglielmo – 2 anos – solteiro
Giordano – 7 meses – solteiro – faleceu
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

FUGANTI:
Felice – 49 anos – casado
Bartolomeo – 38 anos – casado
Lucia – 18 anos – solteiro
Virginia – 17 anos – solteiro
Rosa – 16 anos – solteiro
Cesare – 10 anos – solteiro
Pietro – 9 anos – solteiro
Caterina – 7 anos – solteiro
Romedio – 5 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

GAZZOLA:
Agostino – 35 anos – casado
Lucia – 30 anos – casado
Fortunato – 32 anos – solteiro
Alessandro – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

GAZZOLA:
Antonio – 65 anos – viúvo
Pietro – 30 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy

GHENO:
Giovanna – 59 anos – viúvo – possui filho no Brasil
Antonia – 24 anos – solteiro – o nome está riscado
Maria Angela – 13 anos – solteiro
Bartolomeo – 9 anos – solteiro
Ernesta – 1 ano – solteiro – o nome está riscado
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

GIARETTA:
Angelo – 50 anos – casado
Pasqua – 50 anos – casado
Michele – 29 anos – casado
Maria – 29 anos – casado
Antonio – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

GRIGOLETTO:
Giuseppe – 33 anos – casado
Maria – 33 anos – casado
Maria – 7 anos – solteiro
Rosa – 4 anos – solteiro
Giovanni – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

GOBBO:
Mario – 49 anos – casado
Maria – 35 anos – casado
Amalia – 10 anos – solteiro
Massimiliano – 8 anos – solteiro
Giuseppe – 6 anos – solteiro
Petrolina – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

GUERRA:
Giovanni – 53 anos – viúvo
Francesco – 39 anos – casado
Orsola – 37 anos – casado
Gio Batta – 14 anos – solteiro
Genovieffa – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

GUERRA:
Antonio – 44 anos – casado
Maria – 40 anos – casado
Francesca – 16 anos – solteiro
Gio Batta – 13 anos – solteiro
Maria – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

GUIDOLIN:
Angelo – 59 anos – casado
Angela – 57 anos – casado
Luigi – 19 anos – solteiro
Giuseppe – 16 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy

LORENZON:
Francesco – 40 anos – casado
Giovanna – 37 anos – casado
Maria – 8 anos – solteiro
Giovannina – 4 anos – solteiro
Pietro – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

LORENZON:
Giovanni – 39 anos – casado
Caterina – 37 anos – casado
Francesco – 9 anos – solteiro
Pia – 6 anos – solteiro
Paola – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

LORENZONI:
Caterina – 60 anos – viúvo
Antonio – 24 anos – casado
Maria – 41 anos – casado
Giulio – 14 anos – solteiro
Andrea – 8 anos – solteiro
Gaetano – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

LOVATO:
Isidoro – 50 anos – casado
Cristina – 46 anos – casado
Giuseppe – 13 anos – solteiro
Gio Batta – 7 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

MASCHIO:
Gio Maria – 27 anos – casado
Angela – 22 anos – casado
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

MELATTO:
Michele – 27 anos – casado
Domenica – 25 anos – casado
Clorinda – 7 anos – solteiro
Paola – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

MENEGAZ:
Abramo – 55 anos – casado
Pasqua – 43 anos – casado
Domenico – 14 anos – solteiro
Pietro – 8 anos – solteiro
Maria – 5 anos – solteiro
Anna – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

MENEGHETTI:Valentino – 33 anos – casado
Caterina – 30 anos – casado
Giuseppina – 1 ano – solteiro – faleceu
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

MILANI:
Antonio – 40 anos – casado
Rosa – 34 anos – casado
Maria – 16 anos – solteiro
Valentino – 9 anos – solteiro
Caterina – 4 anos – solteiro
Giovanni – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Não consta

MORO:
Bortolo – 44 anos – casado
Luigia – 44 anos – casado
Maria – 16 anos – solteiro
Pietro – 14 anos – solteiro
Domenica – 12 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

NODARI:
Sebastiano – 41 anos – casado
Angelo – 40 anos – casado
Luigia – 10 anos – solteiro
Lucia – 9 anos – solteiro
Domenico – 7 anos – solteiro
Romano – 5 anos – solteiro
Maria – 4 anos – solteiro – faleceu
Emilio – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

NOGARA:
Angelo – 49 anos – casado
Teresa – 39 anos – casado
Lucia – 15 anos – solteiro
Alessandro – 11 anos – solteiro
Gio Batta – 9 anos – solteiro
Maria – 6 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

NOGARA:
Giuseppe – 39 anos – casado
Domenica – 30 anos – casado
Teresa – 10 anos – solteiro
Elisabetta – 7 anos – solteiro
Rosa – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

PAOLETTO:
Bortolo – 57 anos – casado
Maria – 37 anos – casado
Giuseppe – 8 anos – solteiro
Anna – 5 anos – solteiro
Carlo – 8 meses – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

PASINATO:
Amedeo – 70 anos – viúvo
Patrizio – 46 anos – casado
Luigia – 40 anos – casado
Pietro – 18 anos – solteiro
Giuseppe – 13 anos – solteiro
Angelo – 11 anos – solteiro
Matteo – 7 anos – solteiro
Angelo – 4 anos – solteiro
Giocondo – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy

PELIZZARO:
Giovanni – 35 anos – casado
Giuditta – 35 anos – casado
Riccardo – 4 anos – solteiro
Rosa – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

PETTENON:
Antonio – 32 anos – casado
Caterina – 30 anos – casado
Giovanni – 4 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

PIEROBON:
Antonio – 33 anos – casado
Teresa – 27 anos – casado
Marco – 26 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy

PIROTTO:
Francesco – 35 anos – casado
Elisabettaa – 30 anos – casado
Giustina – 10 anos – solteiro
Francesco – 9 anos – solteiro
Costanza – 6 anos – solteiro
Maria – 3 anos – solteiro
Pietro – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Não consta

RECCHIA:
Luigi – 32 anos – casado
Maria – 25 anos – casado
Antonio – 4 anos – solteiro
Massimiliano – 3 anos – solteiro
Benvenuto – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

RIGHI:
Giovanni – 28 anos – casado
Teresa – 25 anos – casado
Giovanni – 6 anos – solteiro
Francesco – 3 anos – solteiro
Emilia – 6 meses – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

RINEO:
Margherita – 70 anos – viúvo
Luigi – 35 anos – casado
Isotta – 36 anos – casado
Gio Batta – 11 anos – solteiro
Giuseppe – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

ROARO:
Giovanni – 38 anos – casado
Regina – 36 anos – casado
Giulio – 6 anos – solteiro
Antonio – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

RUGGINE:
Antonio – 37 anos – casado
Maria – 31 anos – casado
Attilio – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Rio Grande do Sul

SAGIN:
Giovanni – 42 anos – casado
Filomena – 40 anos – casado
Maria – 15 anos – solteiro
Maddalena – 11 anos – solteiro
Giovanni – 4 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

SONZA:
Celeste – 37 anos – casado
Domenica – 37 anos – casado
Angelo – 14 anos – solteiro
Maria – 12 anos – solteiro
Amedeo – 10 anos – solteiro
Giovanni – 7 anos – solteiro
Giuseppe – 4 anos – solteiro
Angela – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy

STANGHERLIN:
Santo – 63 anos – casado
Maria – 53 anos – casado
Cesare – 27 anos – solteiro
Eugenio – 23 anos – solteiro
Pasquale – 16 anos – solteiro
Regina – 13 anos – solteiro
Teresa – 11 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy

STRADIOTTO:
Antonio – 31 anos – casado
Antonia – 33 anos – casado
Valentino – 6 anos – solteiro
Cristina – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Não consta

TOLFO:
Eurosia – 61 anos – viúvo
Giovanni – 28 anos – casado
Margherita – 26 anos – casado
Pietro – 5 anos – solteiro
Drusilla – 4 anos – solteiro
Fioravante – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

TOMAS:
Gio Batta – 36 anos – casado
Margherita – 28 anos – casado
Corona – 10 anos – solteiro
Margherita – 8 anos – solteiro
Giacomo – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Trento
Destino: Itajahy

TONIETTI:
Fortunata – 42 anos – viúvo
Maria – 15 anos – solteiro
Barbara – 11 anos – solteiro
Pietro – 8 anos – solteiro
Giorgio – 3 anos – solteiro
Giovanni – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

TONIOLO:
Eugenio – 30 anos – casado
Maria – 27 anos – casado
Maria – 2 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Treviso
Destino: Itajahy

TOTENE:
Andrea – 37 anos – casado
Pasqua – 28 anos – casado
Sebastiano – 7 anos – solteiro
Lucia – 4 anos – solteiro
Maria – 2 anos – solteiro – faleceu
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

TREVISAN:
Giuseppe – 38 anos – casado
Francesca – 36 anos – casado
Giovanna – 15 anos – solteiro
Lucia – 10 anos – solteiro
Angela – 9 anos – solteiro
Francesco – 7 anos – solteiro
Francesco – 6 anos – solteiro
Domenico – 4 anos – solteiro
Caterina – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

TRITOLATI:
Vincenzo – 32 anos – casado
Angela – 27 anos – casado
Gaetano – 6 anos – solteiro
Giovanni – 4 anos – solteiro
Anacleto – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

TUALDO:
Gio Batta – 45 anos – casado
Luigia – 42 anos – casado
Maria – 14 anos – solteiro
Emanuele – 10 anos – solteiro
Giuseppe – 7 anos – solteiro
Tarquinho – 5 anos – solteiro
Silvio – 3 anos – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy

VIERO:
Giovanni – 43 anos – casado
Caterina – 40 anos – casado
Andrea – 9 anos – solteiro
Giovanna – 6 anos – solteiro
Antonio – 3 anos – solteiro
Santo – 1 ano – solteiro
Profissão: Agricultor
Origem: Vicenza
Destino: Itajahy