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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Padre Pietro Colbacchini nas Colônias Italianas do Paraná




O Padre Pietro Colbachini nasceu em 11 de setembro de 1845 no município de Bassano del Grapa, localizado na província de Vicenza, Região do Vêneto, Itália. Ele ingressou na Ordem da Companhia de Jesus com a idade de 18 anos. Ordenou-se em 26 de julho de 1869 com 24 anos e permaneceu por 15 anos em serviço pastoral na Itália. Quando manifestou seu interesse em vir ao Brasil para oferecer assistência religiosa aos imigrantes italianos não recebeu aprovação da Companhia de Jesus, procurando outra congregação para realizar tal feito. Encontrou na Congregação dos Scalabrinianos a possibilidade, chegando ao Paraná no ano de 1885 estabelecendo-se no núcleo colonial Dantas, na paróquia do bairro Água Verde em Curitiba. O padre Pietro Colbachini atuou junto aos Scalabrinianos, a Congregação dos Missionários de São Carlos, que tinha como principal missão a assistência aos imigrantes e por essa razão veio ao Paraná, muito embora não tenha deixado de lado todo o ensinamento recebido da Ordem Jesuítica. Entrava em contradição inclusive com a Ordem Scalabriniana, negando a integração entre o catolicismo e a italianidade. Em vários documentos ainda conservados, podemos observar que o padre também era conhecido como “o feroz Jesuíta” e não como um missionário Scalabriniano. 


 


Passou grande parte de sua estada no Brasil como missionário, atendendo as colônias paranaenses Dantas (Água Verde), Santa Felicidade, Alfredo Chaves, Antonio Rebouças, Campo Comprido, Santa Maria do Novo Tirol da Boca da Serra, Murici e Zacarias. Todas elas no planalto de Curitiba, e que faziam parte da Capelania Curata Italiana, criada para dar assistência religiosa aos imigrantes italianos e estava estabelecida na Capela da Colônia de Santa Felicidade. 



O Padre Pietro Colbacchini também é lembrado pelo fato de ter escrito dois longos relatórios para os seus superiores e autoridades italianas, ambos publicados e divulgados. Um destes, no qual trata sobre o tema dos imigrantes, foi escrito em Curitiba e enviado, em outubro de 1892, ao Marquês João Batista Volpe Landi, no município italiano de Piacenza, então Presidente da Sociedade Italiana de São Rafael. O outro relatório, com tema referente a emigração italiana, foi enviado, em 1895, ao Ministro do Exterior da Itália. 



No relatório do missionário italiano datado de 1892,  ele relatou as precárias condições daqueles colonos que viviam no litoral paranaense, no período de 1875 e 1877. Entre outros tantos problemas, Colbacchini destacava no relatório principalmente as doenças que acometiam os imigrantes causadas pelos insetos. Assim descreveu a situação dos imigrantes das Colônias Alexandra e Nova Itália, ambas no litoral paranaense:

"...Durante o dia os trabalhos eram insuportáveis devido o calor excessivo e por enxames de mosquitos que fazem inchar as partes descobertas das pessoas e produzem fortes incômodos; à noite outra espécie do mesmo rompe o sono e sangra os pobres imigrantes. Entre a carne e a pele as picadas de um outro verme, que assume no seu desenvolvimento a grossura de um feijão, e que vem injetado por  uma mosca cor de ouro (berne). Nos pés, especialmente nas extremidades e no calcanhar, coceiras insuportáveis e feridas malcheirosas, produzidas por outro inseto (bicho de pé) que nidifica e incuba, e se desenvolve como uma pequena pulga. As crianças e os velhos são os mais susceptíveis a esta grave enfermidade, que não respeita, todavia, idade e sexo ou condição das pessoas. A isto acrescento as consequências produzidas diretamente pelo clima, isto é, tontura, enfraquecimento dos membros, falta de apetite, desânimo, preguiça e tédio da vida. Esta é a verdadeira condição daqueles que vivem no litoral do Paraná"



Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

domingo, 18 de outubro de 2020

Imigração Italiana no Paraná



No ano de 1853 a província do Paraná se desmembrou definitivamente de São Paulo e a partir de então foi dado início ao processo de colonização do seu território, com a criação de algumas colônias destinadas a receber os imigrantes de várias nacionalidades que começariam a chegar no estado.

A introdução de imigrantes italianos no Paraná se deu primeiramente através de um contrato firmado entre o Presidente da Província, Venâncio José Lisboa, e o empresário Sabino Tripoti, no ano de 1872. Um total de 262 imigrantes italianos foram instalados em Alexandra, a partir de 1875, uma colônia particular, de propriedade do agenciador, que ficava distante apenas 14 quilômetros da cidade de Paranaguá, já importante porto no Sul do país e porta de entrada dos imigrantes. A colônia de Alexandra era composta por uma sede e três núcleos: São Luís, Piedade e Toural. 

Alexandra era uma localidade pequena para o número de imigrantes que foram levados para lá. Os colonos ali instalados não tiveram êxito com as lavouras, devido ao clima de litoral e  pela péssima qualidade do solo encontradas em seus lotes, com terras improdutivas e localizadas em terrenos de difícil acesso.   Movido por interesses pessoais, o agenciador Sabino Tripoti, tinha fundado esta colônia em uma área pouco adaptada para a agricultura. Os imigrantes não estavam acostumados com aquele clima e também os cultivos que conheciam não se adaptavam àquelas terras. A maioria dos imigrantes era formada de pequenos agricultores vênetos, onde o clima era muito mais frio do que aquele do litoral paranaense. O calor aumentava o cansaço e provocava o aparecimento de doenças, especialmente, aquelas causadas por insetos tão comuns naquela região cercada pela mata atlântica. 



O missionário italiano Padre Pietro Colbacchini que passou grande parte de sua estada no Brasil atendendo as colônias paranaenses em um relatório para os seus superiores na Itália, de 1892,  o padre escreveu que as condições daqueles colonos que viviam no litoral paranaense, entre os anos de 1875 e 1877. Entre tantos problemas, o missionário Pietro Colbacchini destacava especialmente as doenças causadas pelos insetos: "...de dia era insuportável trabalhar devido ao forte calor e por enxames de mosquitos que faziam inchar as partes descobertas das pessoas produzindo  incômodos insuportáveis; à noite outra espécie do mesmo mosquito atrapalha o sonos e pica os pobres trabalhadores. Também, entre a carne e a pele, aparecia um verme, que ao crescer alcançavam a grossura de um feijão, eram injetados por  uma mosca cor de ouro (era o berne). Nos pés, especialmente nas extremidades e no calcanhar, apareciam coceiras insuportáveis e feridas malcheirosas, produzidas por outro inseto (bicho de pé) que nidifica e incuba, se desenvolvendo como uma pequena pulga. As crianças e os velhos são os mais susceptíveis a esta grave enfermidade, que não respeita, todavia, idade e sexo ou condição das pessoas. A isto acrescento as consequências produzidas diretamente pelo clima, isto é, tontura, enfraquecimento dos membros, falta de apetite, desânimo, preguiça e tédio da vida. Esta é a verdadeira condição daqueles que vivem no litoral do Paraná". 

Descobrindo que tinha sido enganados, o descontentamento já era muito grande entre os imigrantes que ameaçavam retornar para a Itália, abandonando o grande  sonho. Assim, em 22.04.1877 o Presidente da Província Adolfo Lamenha Lins rescindiu o contrato com o empresário Sabino Tripoti e promoveu a transferência dos colonos e de algumas outras novas famílias italianas que chegavam, para uma nova colônia denominada Nova Itália. Esta também se localizava na baixada litorânea do Paraná, na região de Morretes, nas proximidades do Porto de Barreiros, nos contrafortes da Serra do Mar. A Colônia Nova Itália tinha dimensões bem maiores que a colônia Alexandra. Era uma colônia governamental e estava dividida em 12 núcleos coloniais: Rio dos Pintos, Sesmaria, Sítio Grande e Cary, América, Marques, Entre Rios e Prainha, Cabrestante, Rio Sagrado, Ipiranga, Graciosa, Zulmira e Turvo. Em 1880 já tinha uma população de cerca de 2.318 pessoas assentadas em 529 lotes. 




A localização das colônias litorâneas dificultava a comercialização dos produtos, e as famílias italianas ali instaladas também desejavam trabalhar com a terra produzindo gêneros alimentícios e desenvolvendo a sua própria forma de plantio. Além disso, a maioria das colônias era margeada pelos principais rios do litoral paranaense, como o Rio Nhundiaquara e o Rio Sagrado. Esses rios em época de grandes chuvas transbordavam ocasionando enchentes e dificultando o trabalho nas lavouras. A locomoção pelas estradas era comprometida pela má conservação e pela dificuldade de acesso devido aos terrenos íngremes, levando em conta ainda que praticamente grande parte do acesso aos núcleos coloniais se dava pelas vias fluviais.  Em 1878, o Presidente da Província, Rodrigo Octávio de Oliveira Menezes, relatou a precariedade das condições de sobrevivência e a insatisfação dos colonos italianos ali estabelecidos: estavam sem alimentação, sem roupas e acometidos de muitas doenças decorrentes do clima do litoral. Havia mais de 800 famílias ocupando 610 lotes, muitos dos quais eram impróprios para o plantio. Tudo isso dificultava a sua permanência nas terras a eles destinadas. Devido aos mesmos problemas que afetaram e tornaram inviável a Colônia Alexandra, a colônia Nova Itália também não prosperou.  Ainda no ano de 1878, portanto somente dois a três anos após a fundação dessas comunidades, restavam na região poucas famílias italianas emigradas e alguns brasileiros. 

O projeto inicial do governo do Paraná não era a de remover os colonos italianos insatisfeitos até o planalto Curitibano, porém esse foi o destino da maioria daquelas famílias que deixaram as colônias do litoral. Por conta própria, sozinhos ou em grupos, se dirigiram até Curitiba, onde adquiram lotes de terras, nos arredores da capital paranaense, muito férteis, local com um clima ameno, muito parecido com aquele que estavam acostumados na Itália.  

 



Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS

















 
















segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Imigrantes Italianos no vapor America




LISTA DOS IMIGRANTES ITALIANOS
 Vapor  America

 Procedência Itália 

 Desembarque no Porto de Santos em 16 de Fevereiro de 1895


Agostini Cio(?) 18,operaio/
Bernardi Luigi 39,villico/
Bansi Giovanni 26,villico/
Bertoletti Francesco 17,villico/
Bonfà Angelo 24,villico/
Bernardi Pietro 31,villico/
Cogo Federico 33,cuoco (cozinheiro),
Colombini Luigi 23/
Colombini Alberto 32/
Carraro Eugenio 21/
Campele Teodoro 29(riscado)
Combi Giovanni 25, fabbro/
Carraro Antonio 33/
Della Santino Selvio;17/
De Lucakz(?) Pio 24/
Della Marchina Sebastiano 32,bracciante/
Di Pietro Filippo 36,agricoltore,/moglie Maria 36/
Della Betta Bonifacio 22/
Gergoletti Antonio 40, interprete,austríaco,moglie Maria,26/
Gallo Giovanni 39/
Ghirardi  Pan...(?) 21/
Guaggia Piovanni  21/
Gallarotti Gaetano 33, lattersiene/
Ganzerla Girolamo 50,villico,/
Giassi(Giani?)Enrico 22,villico/
Giachelin Giacomo 25,villico/
Gaio Natale 24 ,villico/
Marzscato(?) Alfonso 25,villico/
Micheloni GBatta 20/
Ortolani Cesare 26,operaio/
Pagliaro Nblesse(Alisse?)20,/
Pallavicini Pier Angelo(?) 22,telegrafista,/
Pasquinelli(?)Alfredo 17,agricultore/
Rampini Domenico 40,bracciante/
Schiavoni Vittorio27,bracciante/
Schlosser,Augusto,34,scrivano/
Tarelli Ettore 24, bracciante/
Tramonti Domenico 32/fornaciaro/moglie Anna 29,casalinga/
Tacchi Carlo 16,possidente/
Toscana Bartolomeo 30/
Di Iorio Antonio 23/
Zumarato Antonio 48/
Zanetti Camillo 29
Zannoni Giovanni 35,industriante/
Astorino Francesco 22/
Albini Lorenzo 41/
Bonchi Vito 52/
Broccoli Domenico 32/
Bellisario Francesco 44/
Berardinelli Giuseppe 42/
Civitarese Alessandro 23/fratello Vito 20/
Cesarini Antonio 29/
Coccia Carmine42/
Scimine(?)Francesco(?)21/moglie Sanseverina 23/figlio di menore- 9 meses/

Cristofaro Pietro 27/
Casaburi Mariantonio43/figli Iosegiulerno(?) 13/Andrea 1/Raffaele 9/
Cicchese Antonio 46/
Ciolfi Michele 44/
Caiazzo Francesco 22/
Ciarlo Filippo 32/
Cichelli Michele 39/
Carrozza Angelo 39/Matteo 36/
Desantis Francesco 29/moglie Francesca 21/
Di Fresco Florindo 27/Giuseppe 27/ Antonio 27/
Di Alfonso Antonio 45/
Di Gioia Francesco(?) 34/
Di Paolo Giuseppe 47/
Di Rado Nicola 25/
D'Andrea Michelangelo 51/
Di Santo Camillo 29/Antonio 26/Nicola 29/Giuseppe 42/ figlioVicenzo 8/
figlialtra Genovese(?)Pietro 13/
Di Toro  Ismaele 29/
D'Alfonso Epifania 22/

De Virgilis Donato 58/
Dragani  Donato 22/
Di Francesco Nicola 26/
Di Alessandro Benadetto 35/
Drago Ercole 35,orologiaio/
Di Vitis Pietrantonio 33/
Di Ienno (?)Salvatore 26/minorenne
D'Angelo Nicola 17/
Della Penna(?) Carmine 15/
Di Marco Alfonso 52/
Del Pizzo Antonio 35/minorenne
Pellegrino Carmine 16/
D'Achille Adamo 50/ figlio Flaviano 17/Giustino 12/
D'Innocenzo Antonio 51 figlio Pietro 23/Nicolà(15) minorenne Sposito(15)/
Del Pizzo Giovanni 51/figlio Domenico 12/Antonio 40/
Di Menna Antonio 24/
De Cesare  Antonio 25/Mannco(?)17/
Donato Vincenzo 64/
De Santis Vincenzo 7/
Di Prizio Giacomo 29/
Di Rocco Nunziato 34/
Fallone Rafaelle 43/(Fl 13)Biagio 33/
Finizio Vincenzo 46/
Falcone Carmine 22/
Fadanza Salvatore 23/
Giegliette Giuseppe 43/
Guerrera Orazio(?) 29/
Finamore Giovanni 40/minirenne
D'Aebillo Casmi(?)18/
Lioce Michele 31/
Lorefice(?) Domenico(?)54/
La Tito (?) Tommaso 28/
Messore Carmine 24/
Mastradomenica Are(ang...(?)32 (sexo feminino)/figli: Concetta 12/Mariantonia 1/Alfonsina 5/Angelina 3/Luigi 1/
Mattiolli Antonio 46/
Micaletti Camillo 56/
Mammarella Domenico 26/
Manzoni Camillo 26/
Carozza Antonio 34/
Martelli Emilio 32/
Morelli Nicola 21/
Nardone  Michele 22/Pasquale 43/
Odorisio Pietro 26/Enrico 28/Carminantonio 31/ minorenne Odorisio Beniamino16/

Puglieli Luigi 36/moglie
Di...Giulia 29/figlio Alfredo 4/
Pomeca Giovanni Antonio 55/
Paolecchia Nicolò 29/
Pilla Francesco 45/ minorenne Pettro Lorenzo 16/
Palmieri GBatta 44/
Porreca Domenico 29,musicante/Antonio 30/
Palazzo Rosa 50/
Pizzi GBatta 44/
Perciasepe Francesco 44/
Racchi Salvatore 21/ Donato 31/
Ronsini Michelangelo 62/figlio Giacobbe 14/Antonio 24,sacerdote/
Ruggiero Giuseppe 42/
Scaravaglione Carmine 22/moglie R...Carmine 24/
Santangelo Giuseppe 21/ Francesco 59/
Sccoi (Scioi..?)  Angelo 24/
Ti..(?) Nicola 24/ Domenica 39/
Ver (i)? Angelo 12/
D'Alessandro(?) ..18/
Ruggero...(?)/

Spinato Donato 51/moglie Iosefa 45/figlia Carlotta 19/Amalia 15/Carlo 23/
Ceccotti Natalle 73/moglie Caterina 6o/ figlio Gio Batta 25/Luigi 32/nuora Anna 21/nipote(neta) Carminia.2/
Cappelina Marco(?)22/ Giudita/
Titot Giovanni (64?) moglie Maria (?) 42/figlioGiovanni 9/Disolina 6/Germanno(?) 6/
Mason Leonardo 44/moglie Luigia 16/figlia Vero...16/Antonio 13/Agostino 12/
Dal-Tizzo(Pizzo?) Giacomino 41/figlio Angelo 18/Yacinto 13/
Maculan Adolfo 47/moglie Amabile(46) 46/figlio Angelino 17/Veraminnia..(?)15/ figlia Iosea(?)11/Fortunati 9/Luisino (?) 7/

Maculan Massimiliano 32/moglie Elisabeta 28/figlio Antonio 5/Ettore 4/Gsio(?) 10 e 6 mesi/
Perrot Osorio 43/moglie Iosefa 40/figlio Pietro 16/Deusia (?)/Santé 15/Roza 11/Beatrice 6/ Luigia 4/Giuseppe 2 e 6 mesi/suocero(sogro) Angelo 65/ suocera (sogra)Maria ¨66/
Glaino Calistino(?)31/moglie Angela 28/figlio Ermenegildo(?) 7/Oliva 3(morta il 10 febbraio 95)/Giuseppe 4 e 6 mesi/
Sansonato Giuseppe 43/moglie Angela 40/figli :Giovanna 16/Vincenzo 14/Germanno11/Angela 9/Maria 5/Luigi 3/Francesco 2/Elizabetta 3/

Dal Sasso Carlo 25/
Striches Carlo 14/
Fessari (Tessasi ou Tessari?) GBatta 28/moglie Domenica 19/
Pardon Giovanni 15/fratello (irmão) Pietro 14/
De-Osti Regina 30/figlia Maddalena 5/ Maria 3/
Anzanello Giuseppe 26/moglie Anna 20/
Gastaldi Davide 47/moglie Antonia 96(?)
Farina Massimigliano(?) 36/moglie Clementina 32/
Cavazzano Stefano 36/moglie Adele 34(?)/  figlia Demetria 10/Giuditta 9/Giuseppe 5/Giovanni 3/Luigi 1/
Montanari Carlo 29/moglie Virginnia 28/Alci..(?)6/
Scardellaro Pietro(?) 26/

Guizzini Gandoffo(?)53/moglie Annunziatta 51/Laura(?)19//Alessandro(?) 9/Giovanni 17/Alberto 43(?)
Lucckesi Giuseffe(?) 29/moglie Antonnietta 36/ figlio Angelo 2/
Innocenti Egidio(51) moglie Palmira(?) 40/figlio Goffredo 17/
Bezzan Antonio 54/moglie Giuseffina 50/figlio Andrea(?)17/ Giovanni Maria(?) 14/Annibale 7/Felice 22/
Del Vecchio Antonio 32/moglie Luigia 28/figlio Ermenegidio 5/Caterina 4/
Mian Sebasttiano 42/moglie Maria 42/figlia Maria 14/Alessandro(?) 7/
Innocente Pilade 31/ Rozalia 27/Emma 8/ Giulio 2/

Molinari Giuseffe 49/moglie Maria 42/figlio Ermenegidio 16/Angelina 13/Giuseffe 11/Roza 8/Luigi 1/Caterina 6/cognato(cunhado)  Luigi  26/
Flacci (Ilacci?) Pietro 42/moglie Antonia 41/figlio Angelo19/Giuseffe 16/Giovanni 19/Maria 10/
Spada Giovanni  49/Maria 35/figlia Elena 12/Vittorio 4/Inez 1 e 2 mesi/ /
Paganucci (Taganucci?) Agellino(?)42/figlio Nicola(?)..15/
Catelli Narcizo 23/moglie Palmerina(?) 18/fratello Aldino(?) 18/
Galli Giorgio 64/ Amadeo  21/Adolfo 22/Giorgio Emiliano(?)28/

Martinelli  Alonso(?) 25/Argine 20/
Del -Papa Eugenio 28/moglie Margherita 26/ figlio Carlo 8/fratello Francesco 29/
Ramacciotti Rafaele(?)29/moglie Edda(?)...42/
Soderi Aurelio(?) 19/moglieOrlanda 19/
Maschi Isidoro(?) 33/moglie Luigia 30/figlia Celedde(?) 7/Maria 4/(?)...2/madre Giovanna 66/
Leardi Giuseffe 32/moglie ...21/figlia Angenela (?)5/Cristina 3/Luigia 1/
Castagna Amatteo 58. /moglie Padqua (?) 39/figlio Giulio 16/Albina 13/Adele 9/.Francesco 4/
Giannini Narcizo (?)43/moglie .Canitia 32/figlia Barbara 12/figlia Filomena 6/

Salfati Arturo28/moglie Daria (?) 19/cognato Luigi 30/
Manfredini Pietro 40/moglie Maria 28/figlio Lorenzo 6/Anna 8/
Roman Luigi 65/moglie Giovanna 52/figlio Giuseffe 26/Gio Batta.21/Maria 10/
Battistella Domenico 70/moglie Maria 66/figlio Andrea 39/ Anna 26/
Ongaro nuora...35/nipote (neta) Giovanna 3/Roza 1/
Visentin Luigi 22/moglie Assunta(?) 18/sorella (irmã) Antonia 18/ Luigia 16/
Vercelli Adamo 60/nuora Ammellia 29/ figlio Adamo  3 e 6 mesi/
Marcon Luigi 34/moglie Antonia 32/figlio Antonio 6/ Maria 4/Roza 1/cognato Luigi 28/

Saroglia Domenico 33/ moglie Adelaide 34/figlia Giuseffina 11/Giovanni 28/ moglieTereza (?) 23/
Bilot  Angelo 36/moglie Maria 31/Engelberto 1/Maria 21/
Cirelli Luigi 39/moglie Regina 36/madre Clara 64/fratello Pietro 26/figlia Tereza 8/Sante 3/Virginia 1/
Duca Egidio 23/moglie Albina /
Cirelli(?) Giovanni 32/moglie Santa 31/figlio Gio Batta 5/
 2/
Beltrame Giovanni 43/moglie Santa 37/figlio Francesco 9/
Fomis (Comis?) Matteo 28/ moglie Virginia 23/figlio Giovanni1/

Berzano Carlo 52/moglie Tereza 50/figlio Pietro 17/Tereza 10/Vincenza 7/nipote Paolo 10/
Chinello Vespaziano  42/moglie Santa /figlia Appolonia 16/Clementina 12/Olivo 10/Maria 6/Regina 2/Orosório(?) 2 e 6 mesi/Giustina 1/
Busil Giorgio 27/moglie Tereza 19/
Ricler(Ricles ?) Enrico 22/moglie Maria 22/
Baliano Ferdinando 36/moglie Tereza 39/
Ceciliato Domenico 33/Padania(?)..29/figlia Emilia 4/Umberto 5/...2/sogro ...58/sogra Maria  51/Umberto 5/ cognata Florinda 42/

Bassi Angelo 24/ moglie Marietta 24/figlio Bruno 4/ figlia Severina 6 mesi/
Vecchiati Primo 28/moglie Maria 22/
Zampalini Filippo 30/moglie Roza 27/figli: Natalina 5/Efio (Esio?)2/Luigia 6 e 6 mesi/madre Maria 70/
Benetti Pasquale 40/moglie Kena(?)27/madre Afontina (?) convivente Arturo 16/
Panigada Hermirio(? )37/moglie Carolina(?) 39/Iosefina 15/Egisto(?)11/Giovanna 8/Giuseppe 6/Romilda 4/...9/
Franceschetti Giacomo 68/moglie Eugenia(?)39/figlia Germana 9/figli Rodolfo  6/
Moretti Luigi 30/ moglie Giovanna 29/figlia Dosolina(?)3 e 6mesi/

Lodi Giuseppe 93(?)Eosefa(?)49/figlia Silla 24/
Nosella Geovanni(?) 30figlio Arturo 9/Raimundo 5/ Guglielmo1/

De Felice Vincenzo 16/
Perugine Simone 12/ Seduttpietro..13(riscado)
Rubo Domenico 15/
Bertolini Giovanni 66/
Pizzichilo Antonio 42/
Gentile Antonio 34/
D'Izbano ( ?)Salvatore 19/

terça-feira, 24 de abril de 2018

Padre Pietro Colbacchini e a Colônia Bella Vista no Paraná



Padre Pietro Colbacchini, foi um dos primeiros missionários formados pelo Instituto Scalabriniano, na Itália. Nasceu na cidade de Bassano del Grappa, próxima à cidade Castello di Godego, em 1845. Dos entornos dessas duas cidades emigraram algumas famílias que formaram a Colônia Bella Vista, localizada a aproximadamente 14 km da cidade de Imbituva, no estado do Paraná. Ela foi fundada no ano de 1896 por imigrantes italianos, provenientes da região do Vêneto, na Itália. Esses imigrantes, inicialmente se instalaram em outras Colônias ao redor de Curitiba para depois migrarem para a região de Imbituva. Esta cidade está situada a 177 km de Curitiba e recebeu imigrantes alemães e italianos. A Colônia Bella Vista, na época da sua fundação, tinha uma área de 870 alqueires de terras férteis e chegou a ter 400 habitantes. Esta colônia não fazia parte daquelas criadas pelos governos estadual ou federal, ela foi adquirida pelos próprios imigrantes. 
O padre Colbacchini sensível ao sofrimento dos emigrantes vênetos no Paraná, resolveu emigrar para o Brasil, após ler as cartas que recebia dos seus antigos fiéis emigrados já a algum tempo antes, em companhia do Padre Angelo Cavalli, que acabou falecendo em 1870. A respeito das cartas disse: “Me dilaceraram o coração os lamentos que continham aquelas cartas contando do abandono em que se encontravam tantos desgraçados italianos e do perigo de perderem a sua fé.” Partiu para o Brasil no início de novembro de 1884. Inicialmente se instalou em São Paulo e em 1886 se dirigiu para o Paraná, onde já estavam assentados a maioria das famílias que saíram de sua região no Vêneto. Em Curitiba se fixou na Colônia Dantas, atual Bairro de Água Verde. Para realizar o seu trabalho pastoral tinha que se deslocar à cavalo, por grandes distâncias, entre as cidades de Colombo, São José dos Pinhais, Campo Largo e Imbituva. 


Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS