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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Lista de Vapores com Imigrantes no Porto do Rio de Janeiro





Adria - 28 de setembro de 1888
Adria - 27 de dezembro de 1888
Adria - 02 de abril de 1891
Agordat - 09 de julho de 1896
Amazon - 18 de maio de 1886
America - 22 de maio de 1882
America - 07 de julho de 1882
America - 20 de julho de 1882
America - 02 de outubro de 1896
Aquitaine - 04 de setembro de 1896
Argentina - 12 de novembro de 1876
Arno - 15 de julho de 1896
Artoes - 22 de abril de 1897
Attività - 20 de janeiro de 1896
Aurea - 25 de abril de 1877

Bahia - 26 de julho de 1882
Bearn - 08 de agosto de 1896
Bearn - 11 de agosto de 1896
Bearn - 09 de janeiro de 1897
Bearn - 12 de julho de 1897
Belgrano - 1º de outubro de 1875
Belgrano - 18 de maio de 1876
Belgrano - 10 de junho de 1876
Belgrano - 17 de fevereiro de 1877
Belgrano - 05 de março de 1877
Belgrano - 12 de junho de 1882
Belgrano - 11 de outubro de 1876
Biela - 16 de março de 1877
Biela - 1º de março de 1878
Bourgogne - 28 de agosto de 1890
Brazil - 04 de janeiro de 1891
Brenero - 14 de dezembro de 1885
Britania - 28 de maio de 1876
Britania - 02 de abril de 1877
Britania - 19 de março de 1886

Caffaro - 29 de julho de 1891
Camões - 04 de fevereiro de 1877
Camões - 04 de abril de 1877
Canova - 15 de março de 1877
Canova - 13 de abril de 1877
Catopaxi - 04 de fevereiro de 1877
Ceres - 30 de maio de 1875
Ceres - 17 de abril de 1877
Cervantes - 14 de janeiro de 1877
Chaves 2º - 19 de março de 1877
Città di Genova - 02 de maio de 1892
Colombia - 27 de maio de 1876
Colombia - 10 de fevereiro de 1877
Colombia - 24 de abril de 1877
Colombo - fevereiro de 1878
Colombo - 17 de janeiro 1882
Colombo - 13 de janeiro de 1897
Cybelle - 19 de março de 1877

Douro - 21 de agosto de 1876
Duque de Galícia - 1º de janeiro de 1888

Eclide - 06 de janeiro de 1892
Elba - 21 de março de 1877
Elbe - 21 de junho de 1876
Elbe - 21 de setembro de 1876
Equateur - 15 de agosto de 1876
Equateur - 14 de fevereiro de 1877
Equateur - 13 de maio de 1877
Equateur - 25 de julho de 1877
Espadarte - 06 de junho de 1876
Espagne - 16 de dezembro de 1897
Espírito Santo - 20 de março de 1877
Ester - 31 de julho de 1876
Ester - 17 de setembro de 1876
Ester - 21 de julho de 1877

Formoza - 28 de julho de 1911
Fortunata Raggio - 04 de junho de 1896

Galícia - 20 de julho de 1877
Gerà - 02 de outubro de 1892
Gironde - 20 de junho de 1876
Gironde - 31 de julho de 1876
Gironde - 30 de março de 1877
Gottardo - 28 de maio de 1886
Guadiana - 07 de fevereiro de 1877
Guadiana - 07 de maio de 1877

Habsburg - 16 de maio de 1877
Halley - 30 de janeiro de 1877
Hamburg - 1º de junho de 1882
Harald - 1º de março de 1878
Henri IV - 03 de junho de 1876
Henri IV - 13 de janeiro de 1877
Henri IV - 03 de maio de 1877
Henri IV - 13 de dezembro 1877
Hespanha - 06 de dezembro de 1891
Hevelius - 14 de outubro de 1876
Hevelius - 14 de janeiro de 1877
Hevelius - 16 de julho de 1877
Hohenzoller - 18 de agosto de 1876
Hollandia - 04 de agosto de 1911
Hypparchus – 08 de maio de 1877

Iberia - 21 de julho de 1876
Iberia - 22 de julho de 1877
Illimani - 18 de março de 1877
Inhauma - 12 de setembro de 1876
Isabella - 25 de janeiro de 1877
Isabella - 28 de janeiro de 1877

John Elder - 10 de novembro de 1876

Kepler - 28 de agosto de 1876
Kepler - 27 de março de 1877
Kromprinz Friedrich Wilhelm - 15 de abril de 1877
Kromprinz - 23 de setembro de 1888

La France - 26 de julho de 1876
La France - 06 de outubro de 1876
La France - 25 de outubro de 1876
La France - 27 de julho de 1877
La France - 25 de outubro de 1877
La France - 1º de fevereiro de 1882
La France - 29 de abril de 1882
La France - 11 de maio de 1882
La France - 05 de agosto de 1882
La Place - 26 de maio de 1876
La Place - 26 de setembro de 1876
Lavarello - 15 de julho de 1887
Liguria - 06 de agosto de 1876
Liguria - 26 de outubro de 1876
Liverpool - 22 de março de 1892

Marta - 09 de setembro de 1888
Marta - 15 de setembro de 1888
Mendoza - 10 de setembro de 1876
Mendoza - 1º de outubro de 1876
Minho - 07 de abril de 1876
Minho - 07 de outubro de 1876
Minho - 08 de abril de 1877
Mondego - 07 de junho de 1876
Mondego - 15 de agosto de 1876
Mondego - 07 de março de 1877
Montevideo - 28 de março de 1877

N. America - 08 de agosto de 1892
Napoli - 27 de outubro de 1892
Neva - 21 de fevereiro de 1877
Neva - 19 de fevereiro de 1884
Niger - 15 de junho de 1876
Niger - 24 de agosto de 1876
Niger - 13 de março de 1877

Orenoque - 15 de julho de 1876
Orenoque - 24 de setembro de 1876
Orenoque - 15 de outubro de 1876
Orenoque - 14 de abril de 1877
Orioni - 06 de junho de 1892

Pampa - 07 de agosto de 1882
Panton - 07 de julho de 1882
Parana - 12 de outubro de 1876
Parana - 31 de outubro de 1876
Parana - 11 de janeiro de 1877
Parana - 02 de fevereiro de 1877
Parana - 30 de abril de 1877
Parana - 26 de maio de 1886
Pernambuco - 18 de setembro de 1876
Perseo - 21 de agosto de 1885
Perseo - 21 de abril de 1886
Planeta - 23 de dezembro de 1895
Poitou - 05 de agosto de 1876
Poitou - 26 de agosto de 1876
Portenã - 10 de maio de 1876
Portenã - 06 de junho de 1876
Portenã - 08 de setembro de 1876
Portenã - 02 de outubro de 1876
Potosi - 17 de setembro de 1876
Presidente - 02 de abril de 1877
Provence - 28 de agosto de 1890

Reggio d'Italia - 1º de agosto de 1911
Re Umberto - 16 de agosto de 1882
Re Umberto - 04 de agosto de 1911
Rhenania - 26 de setembro de 1876
Rio de Janeiro - 20 de setembro de 1876
Rio de Janeiro - 20 de outubro de 1876
Rio de Janeiro - 28 de janeiro de 1877
Rio de Janeiro - 28 de fevereiro de 1878
Rio de Janeiro - 28 de agosto de 1890
Rio Grande - 22 de janeiro de 1877
Rio Plata - 24 de junho de 1882
Rio Plata - 25 de junho de 1882
Rio Plata - 29 de junho de 1882
Rivadavia - 30 de março de 1877
Roma - 18 de fevereiro de 1886

San Gottardo - 25 de dezembro de 1891
San Gottardo - 06 de janeiro de 1892
San Martin - 12 de março de 1877
San Martin - 06 de julho de 1888
San Martin - 10 de julho de 1888
San Martin - 13 de julho de 1888
San Martin - 19 de julho de 1888
San Martin - 21 de julho de 1888
San Martin - 25 de julho de 1888
San Martin - 03 de agosto de 1888
Savoie - 06 de setembro de 1876
Savoie - 26 de setembro de 1876
Senegal - 09 de novembro de 1876
Senegal - 09 de fevereiro de 1877
Senegal - 1º de março de 1877
Senegal - 09 de maio de 1877
Sirio - 18 de maio de 1886
S. José - 26 de maio de 1882
Sorata - 23 de julho de 1876
Sud America - 06 de março1877

Tagus - 22 de abril de 1877
Tagus - 21 de julho de 1877
Teniers - 20 de outubro de 1876
Thames - 28 de dezembro de 1896
Toscana - 29 de julho de 1911
Transporte Madeira - 10 de fevereiro de 1877
Tycho Brahe - 26 de fevereiro de 1878

Valparadiso - 28 de agosto de 1876
Valparadiso - 31 de agosto de 1876
Valparaiso - 15 de abril de 1877
Vicenzo Florio - 25 de setembro de 1891
Victoria - 15 de junho de 1888
Ville de Bahia - 29 de junho de 1876
Ville de Santos - 15 de junho de 1875
Ville de Santos - 30 de setembro de 1876
Ville de Santos - 30 de março de 1877
Ville de Santos - 09 de abril de 1877
Ville de Santos - 31 de julho de 1877
Ville de Santos - 28 de fevereiro de 1878
Visconde de Inhauma - 12 de setembro de 1876

Washington - 09 de abril de 1886
Werneck - 03 de outubro de 1876
Weser - 26 de outubro de 1888




Datas de Chegada que Não consta o nome do vapor


13 de janeiro de 1882 - São Paulo
31 de janeiro de 1884 - São Paulo
10 de fevereiro de 1884 - São Paulo
02 de março de 1884 - São Paulo
04 de março de 1884 - São Paulo
06 de março de 1884 - São Paulo
18 de abril de 1886 - São Paulo
20 de abril de 1886 - São Paulo
26 de abril de 1886 - São Paulo
1º de maio de 1886 - São Paulo
16 de maio de 1886 - São Paulo
Anterior 1940 - Espírito Santo
Anterior 1941 - Espírito Santo
Anterior 1942 - Espírito Santo
Anterior 1943 - Espírito Santo
Anterior 1944 - Espírito Santo
Anterior 1945 - Espírito Santo
Anterior 1946 - Espírito Santo
Após 1963 - Espírito Santo






domingo, 24 de janeiro de 2021

A Criação da Língua Italiana e o Surgimento do Talian

Dante Alighieri


Por ocasião da formação do Reino da Itália, o dialeto falado nas diversas partes do território que mais tarde veio se chamar Itália, era a língua usada por todos: o rei, os burgueses, os aristocráticos e principalmente pelo povo comum. No novo reino a língua que usava era somente os diversos dialetos regionais, com suas centenas de variantes. Quando foi proclamada a unidade italiana no ano de 1861, aqueles que conheciam a língua italiana, a língua usada por Dante em suas obras literárias, era a grande minoria da população do reino, aproximadamente 600.000 falantes, em um universo de 25 milhões de habitantes. Uma parte da população usava ainda o latim, os demais usavam uma língua a base do dialeto toscano, que era uma espécie de língua mercantil e de viajantes. Nos atos públicos usavam ainda o dialeto. A língua italiana era  mais usada pelos escritores e poetas. 

Após a unificação italiana também chegou a escola pública e com ela a língua italiana, a qual ainda custou muito tempo para ser usada pelo povo. Este povo a considerava uma língua estrangeira, pois, combatia os dialetos de antiga tradição, uma língua trazida e imposta a força pelos novos patrões. Esta língua usada nas academias, nos tribunais, no parlamento era incompreensível para o grande público, o que contribuiu para isolar os mais cultos do comum homem de rua. 

A Itália ainda não existia de fato, mas, já tinha uma língua oficial. Na verdade quem conseguiu unir os italianos não foram os governantes, a religião, a história ou a força e sim a literatura que já estava presente nas grandes obras de Dante, Boccacio, Machiavelli, Petrarca e mais alguns outros. 


Colônia Caxias no século XIX


Quando à partir de 1875 as primeiras levas de emigrantes italianos partiram para a América, e os Vênetos foram os primeiros a sair, a grande maioria deles compreendia o idioma italiano, mas, muito poucos foram aqueles que falavam. Os que vieram para o Rio Grande do Sul foram assentados nas colônias, localizadas no meio da mata, longe das cidades e sem estradas para  locomoção. Este longo isolamento forçado fez com que eles ficassem por muitos anos por fora do que acontecia no mundo. Sabiam muito pouco do que estava acontecendo no próprio Brasil. As únicas informações que recebiam da Itália era através das poucas cartas trazidas pelos imigrantes que ainda  vinham chegavam. 


Caxias em 1880


No Rio Grande do Sul chegaram mais de 80.000 imigrantes, sendo a maioria formada por vênetos e lombardos e o restante eram os chamados tiroleses, trentinos e friulani. Os provenientes da Emilia Romagna, Liguria, Piemonte e Toscana eram muitos poucos. A língua italiana era usada muito raramente e somente em poucas ocasiões, predominava o dialeto que cada família tinha aprendido e trazido com eles. Com os casamentos que foram acontecendo entre italianos das diversas regiões, um problema surgia para o entendimento na mesma família. Assim, com os vênetos que constituíam a grande maioria, foi surgindo uma nova linguagem dialetal misto, que tinha por base a antiga língua de Veneza, acrescida de palavras dos dialetos da outras regiões. Nascia assim uma linguagem nova que assimilava palavras de todos os grupos de emigrantes que viviam próximos, sempre com o predomínio dos dialetos vênetos falados pela maioria do imigrantes. A essa nova língua foi posteriormente dado o nome de talian, o vêneto sul rio grandense. Esta nova linguagem somente se consolidou por volta do ano de 1925, quando em um jornal da Colônia Caxias, o Stafetta Riograndense, passou a publicar semanalmente e suas páginas a história, escrita em talian, do personagem Nanetto Pipetta, nassùo in Italia e vignudo in Mèrica par catar la cucagna. A partir de então o talian se consolidou e se transformou em uma verdadeira língua, escrita e falada ainda hoje pela maior parte dos descendentes de italianos do sul do Brasil. Essa língua adquiriu status próprio e em vários municípios gaúchos, berços da imigração italiana no estado, foi declarada como a segunda língua oficial da cidade. 



quinta-feira, 29 de março de 2018

Questionamento de um Emigrante Italiano

Os questionamentos feitos por um italiano anônimo para um ministro italiano da época, onde podemos avaliar as condições em que o povo pobre estava vivendo na Itália do final do século XIX.



“Que coisa entendeis por uma nação, Senhor Ministro?

É a massa dos desafortunados?

Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca provamos pão branco.

Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho.

Criamos animais, mas não comemos a carne!

Apesar disso, vós nos aconselhais a não abandonar a nossa pátria?

Mas é uma pátria onde não se consegue viver do próprio trabalho?”




“Che cosa Lei capisce per uma nazione, Signore Ministro?

È la massa degli sfortunati?

Piantiamo e noi raccogliamo il grano, ma non proviamo mai pane bianco.

Noi coltiviamo la vite, ma non beviamo il vino.

Noi allevamo gli animali, ma non mangiamo la carne.

Nonostante voi ci consigliate a non abbandonare la nostra patria?

Ma è una patria dove non si riesce da vivere del proprio lavoro?”




Dr. Luiz Carlos B. Piazzetta
Erechim RS